segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

NOTÍCIAS





O TRIÂNGULO DE DEZEMBRO E OUTRAS FICÇÕES

O "Costeleta" Norberto Cunha, associado e colaborador do nosso jornal em artigos "Naquele Tempo", fez a apresentação do seu livro "O Triângulo de Dezembro e Outras Ficções", no passado dia 12 de Dezembro na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa em Faro. A Direcção da nossa Associação e outros "Costeletas" estiveram presentes no evento, com destaque para Daniel Mendonça, Franklin Marques, Isabel Coelho, João Ramos, Jacinta Ramos (Mimi), Luís Cunha, Vitor Cunha, João Rezende e Rogério Coelho (que fotografou). Na foto podemos apreciar a apresentação do Livro pelo Autor. Lemos, gostámos e apresentamos ao Autor as nossas felicitaçõs e aguardamos o próximo lançamento.

sábado, 29 de dezembro de 2007

POESIA COSTELETA

Por Isabel Coelho
Poema do "Costeleta" Orlando Augusto da Silva

SILÊNCIO

Eram tão brancas, brancas de neve,
As cabeças já curvadas para a frente...
Dum branco do papel em que se escreve,
As letras a alguém que está ausente.

Dois idosos, "Velhos", - Como se chama?
Ambos de bordão, marido e mulher?!
Que num gesto, como quem clama,
Prostrados, se sentaram sem poder.

Era vê-los, eu vi-os, - estava perto!
Havia entre eles, como que um deserto,
Mudos ficaram tempos sem falar.

E ali, naquela imensa avenida,
Onde tudo se movia e era vida,
Só eles, juntos, estavam sem estar.

15/11/2006
-------------------------------------

JORNAL "o COSTELETA"

Vai ser enviado a todos os associados, na 1ª quinzena de Janeiro, o Nº 95
A quem o solicitar enviaremos por correio electrónico (indique o seu EMAIL)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

NAQUELE TEMPO: " A Açoteia"


O SORRISO

Os sinos da velha igreja soaram. É quase noite. A chuva cai tristonha, lentamente, muito lentamente,

O homem grita, a mulher segue-o. E a chuva indiferente, continua a cair.

O velho recorda, o menino sorri.

Acendem-se as luzes. Calaram-se os choros, os queixumes; mas a tristeza voltou.

Tudo isto é vida, sim é vida que passa, que ri e não torna mais. A lua redonda desponta lá muito longe rindo, rindo perdidamente.

Eu da minha janela vejo tudo isto. Vejo a vida lá fora a rir-se de mim.

Estou triste, porque quero misturar-me com ela, rir com ela perdidamente.

A chuva cai com mais força, a vida continua a fugir-me.

As sombras alongam-se na rua, o comboio passa.

Passa a vida indiferente, tudo passa estrangula-me e não me deixa pensar.

Ela não me ama, não me deseja. Sou matéria que ela arrastou e converteu em lama. O dia chegou. O sol voltou a brilhar. Lá fora a vida continua

António Anselmo Viegas

IN AÇOTEIA Nº 1

ABERTURA

(o moço e a bandeira)

VAMOS ABRIR O NOSSO ESPAÇO

Este espaço é nosso .

Por isso o Dr. Libertário Viegas escreve ao Domingo, o Camarada Rogério Coelho escreve à segunda - feira, a esposa a Isabelinha escreve à terça,`a quarta escreve o Felizardo, à quinta escreve o Norberto Cunha, à sexta o Pudim Paixão e ao sábado escreve o Romualdo Cavaco.
Até lá, aí vai

Um abraço
do JBS