quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

AS MOÇAS DO MEU TEMPO

AS MOÇAS DA ESCOLA ERAM AS MAIS BONITAS.!...

Se o Liceu se apresentava com a Rute, a Aidé e a Ilda Capela (a primeira e a última minhas colegas do Magistério) a Escola surgia com a Isabel Coelho, a Fernanda Maia, a Madalena Maia, a Pisa, a Susana Moreno e a Marília Pedrinho.

Se perdêssemos na graciosidade, ganharíamos o combate através da simpatia das nossas moças.

Eram moças amigas, cheias de juventude e talento, que nos ajudavam a cabular nos exercícios.

Todos nós gostávamos de as ver passar, na sua elegância e porte bem femininos, um sorriso às vezes, era a beleza que passava. Não vale a pena esconder este aspecto da vida, porque foi também com os piropos do António José Guerreiro Leonardo e de outros, que elas se fizeram mulheres e nós nos fizemos homens. . .

Mas estamos a falar de amor... e de mais nada. Estamos a falar desse sentimento nobre que cada um de nós possui para dar, em quantidade maior ou menor e que nos pode proporcionar bem estar. Se sim, se encontrámos o caminho... continuemos nele.

Foi ela quem me ensinou o amor, diz RAUL BRANDÃO no Húmus e nas Memórias, referindo-se à mulher.. Estou convencido, sem ser especialista, que muitos homens não desfrutaram ainda desse estado de espírito maravilhoso, porque o amor é feminino.

E eles pensam que é outra coisa.

No amor, nada é grosseiro se houver afecto. O afecto é tudo na vida. Sem afectos a vida não tem sentido e torna-se chata... não é assim professor Doutor Júlio Machado Vaz?...

Por
JoãoBrito Sousa

3 comentários:

Anónimo disse...

WASHINGTON, Wenesday, 2008.01.09

My dear friend,

Como sempre és estupendo…uma memória que os tempos não apagaram…

As nossas mocas eram mais vivas,mais abertas que as bifas….. basta lembrar aquele rumorejar que se ouvia quando passavamos nos corredores onde se situavam as portas que o Director teimava em manter fechadas!

Das moças que falas, lembro de sobremaneira a Susana…sempre com um sorriso; a ultima vez que a vi ,faz muitos anos ainda continuava igual a ela mesma.

Um abraco meu amigo….

Diogo
Felizmente ainda no activo

avlis disse...

Hi! There in WASHINGTON

Felizmente que ainda há amigos que, felizmente no activo, disponibilizam algum tempo para deixar por cá as suas memórias.

Felizmente que o amigo Brito, fazendo jus à sua pujante memória evocativa e à talentosa capacidade de a expressar por escrito, aqui vai trazendo os motes para que nos derpertemos e se evoque também as recordações que os anos passados foram diluindo no tempo.

Felizmente que os felizmente já reformados vão tendo capacidade para estar atentos a estas coisas e ainda se deliciam com a evocação do sorriso e da simpatia das suas velhas (?!) colegas "coteletas".

Felizmente que a vida continua aí, viva para perdurar, sentida para recordar.

Felizmente que há velhos "costeletas" que, ainda que portas fora, felizmente souberam dar as cartas neste jogo da vida e jogaram bons trunfos para continuarem felizmente no activo.

Felizmente!

arnaldo silva
felizmente reformado

PS - Ontem tinha escrito um comentário semelhante. Como não o vejo por aqui fiquei na dúvida se terá sido censurado ou se terá sido um erro informático que impossibilitou a sua publicação. Na dúvida repito-o agora.

avlis disse...

"Costeletas" de Outrora

O tema que o "costeleta" Brito traz hoje aqui provocou, trazidas do recôndito da minha memória, muitas emoções, pelos mais variados motivos, mexendo com evocações e constatações que, não obstante a sua variedade, vou concretizar em dois tipos.

Obviamente, afloraram de imediato todos os rostos , simpáticos, afáveis, camaradas e sorridentes das "costeletas" que comigo conviveram naqueles tempos de Escola. Com os mesmos rostos vieram também, em torbilhão, todas as recordações que o saudável convívio proporcionou. A questão
é que, nos últimos três anos em que estudei na Tomás Cabreira, tive o privilégio de fazer parte de turmas mistas.

Naturalmente que o convívio em turmas mistas, na força do despontar da adolescência, despertava não apenas o prazer da convivência com os elementos do sexo oposto mas também as primeiras batidas de corações em paixonetas incontroladas. Evocar esses sentimentos , cinquenta anos volvidos, sabe bem.
Soube bem!

Mas, a visão das "costeletas" de outrora, despoletou ainda um outro tipo de emoção. A emoção provocada ao verificar a alteração - devia dizer, evolução? - dos costumes e dos comportamentos sociais a que assisti nestes meus sessenta e quatro anos de existência .

Vocês, "costeletas" de aqueles tempos, lembram-se de uma proibição emanada da Digníssima Direcção da nossa Escola que impossibilitava a entrada de alunos e professores pelo mesmo portão?! Então devem lembrar-se, igualmente, daquela determinação, da mesmíssima Direcção, que forçava a entrada das "costeletas" por uma porta da Escola e a dos seus colegas por uma outra, que se quedava "a milhas" de distância da porta delas. E foi aqui, ao lembrar-me destas determinações, que a comparação dos comportamentos sociais provocou um outro tipo de emoções.

Para avaliá-las, atente-se na postura e nas manifestações de dois quaisquer adolescentes de hoje, num qualquer átrio de uma qualquer Escola actual deste país, durante um "furo" ou aguardando o "toque de entrada".

Novos tempos!
Outros tempos!

Será motivo para ter pena de se haver nascido há tanto tempo?!

Arnaldo silva
Felizmente reformado