terça-feira, 11 de março de 2008

O PRODUTO COSTELETA


SAÍDAS PROFISSIONAIS PARA OS COSTELETAS.

O ensino, naquele tempo dos anos 50, visto à distância, pode considerar-se válido. Parecia que não se aprendia nada nem se ensinava nada, assim a modos como o Aníbal descreve o ensino de ar pachorrento do Dr. Uva.

Parece que foi ali que aprendemos tudo, mesmo aqueles que continuaram a estudar pouco mais aprenderam porque nós já tínhamos as bases.

No Ciclo Preparatório, tínhamos Ciências com a Drª Conceição Sintra, Matemática com a Drª Suzete ou Drª Dora, Português com a Drª Maria José Chamiço Guilherme, Desenho com a D. Fernanda, o Prof. Celestino ou Prof. Batalha e Trabalhos Manais com os Mestres Mário, Roseta e Guerreiro nos trabalhos de carpintaria e os Mestres Cruz e Damião nas oficinas de serralharia..

Este modelo deu os seus frutos, porquanto os alunos poderiam dar resposta às suas aptências profissionais, pois os que tinham mais jeito para trabalhos de mãos poderiam ensaiar essa possibilidade nas oficinas de serralharia e seguir por essa via, se para ela se achassem vocacionados

Os que tinham menos habilidade, experimentavam as oficinas de carpintaria e depois logo se via. Pessoalmente, entendo que estas inclinações para as oficinas e aulas de desenho, davam-nos uns bons indicadores para escolhermos o nosso futuro que se situava entre o Comércio e a Indústria.

Terminado o Curso Comercial ou os cursos da Indústria (Serralheiros ou Electricistas), a nossa Escola dava-nos a possibilidade de ingressarmos numas Secções especiais, ditas Preparatórias para ingresso nos Institutos Comercial ou Industrial, em Lisboa, rua das Chagas ou Buenos Aires, respectivamente. ou ainda no Magistério Primário na cidade e talvez outros cursos que desconheço.

Foi este percurso em direcção à Rua das Chagas que fez o Aníbal, que mais tarde rumou ao Quelhas..

Texto de
João Brito Sousa

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