domingo, 20 de abril de 2008

UM BIFE E UM COSTOLETA


Estou em Faro,
instalado no Hotel Eva. São dez horas da manhã e estou pronto para sair. Saio e dirijo-me para a direita em direcção à doca. Alargo o horizonte e vejo ao fundo o Jardim Manuel Bivar, onde o Carlos Alberto Magalhães vendia jornais no quiosque do Pai Vieguinhas. E veio-me à lembrança quando lá iam o Verdelhão e o Justino bater papo com o Carlos Alberto. E o Seita, o fotógrafo à la minuta ainda lá estará?

Tudo isto me vem `a lembrança num minuto.

Sento-me num banco `a beira mar e escrevo estes versos.

Ó FARO

Cidade do meu tempo que diferente estás!
Dos tempos em que eu andava por aqui...
Para ti ser igual ao antigo ou não, tanto faz
Mas não a mim ...porque não foi isto que vivi.

Enquanto escrevo desvio o olhar e reparo
Num "tipo" que na minha direcção vem...
É um camarada que conheço bem de FARO
E que por ali andará a passear também...

Olho-o intensamente na esperança de ver
Uma personagem que permitisse estabelecer...
Um pouco de conversa nesta manhã fria!

E era ele o JAIME REIS um aluno do Liceu
Que adora a cidade de FARO tanto como eu
Que encontrei nesse frio mas simpático dia ...

Texto de
João Brito Sousa

1 comentário:

Anónimo disse...

ENCONTROS

Quando numa manhã fria
Tu desceste à cidade,
Tinhas grande a expectativa,
Tinhas maior a saudade…
Confessa lá…
Que não faz mal,
O que querias encontrar,

Já não existe.
O que querias encontrar, acabou
Não, não fiques triste,
Porque o nosso tempo passou.
Vá lá, vá lá…
A doca à direita,
Ao desceres a avenida
Essa, ainda lá está.
É a vida.
E do nosso tempo? A malta?

Dessa nem sinal
Eu sei, sei que nos faz falta
Um ou outro e outro ainda
Para um encontro real.
Mas tudo parte, acaba e finda.
Embora longe, ausente,
Com esforço, tu resistes.
És persistente
Insistes.
Porque sou parte,
Te agradeci,
Naquele forte abraço
Quando te vi
Naquela manhã fria
Ali tão perto do mar
Com o ar a saber a sal
Cheirando a maresia.
Em Faro
Naquele encontro virtual.

Jaime Reis