segunda-feira, 5 de maio de 2008

TERRAS PEQUENAS e GRANDES COSTELETAS.


























ALGUNS AMIGOS DO COSTELETA ANTÓNIO INÁCIO GAGO VIEGAS

SÍTIO DA AREIA

e o costeleta ANTÓNIO INÁCIO GAGO VIEGAS.
Licenciado em CONTABILIDADE pelo Iscal.
Dedicou, profissionalmente, grande parte do seu tempo ao apoio contabilístico das empresas suas clientes, pela via da sua empresa de contabilidade, desde que se radicou no ALGARVE,

Foi professor de Contabilidade, na Escola Comercial e Industrial de FARO.

Foi TOC em várias empresa sediadas no ALGARVE..

Ainda estudante em LISBOA, foi um vendedor de computadores PHILIPS fazendo parte daquela equipa denominada “O HOMEM DA REGISCONTA”

É empresário de sucesso nos ramos da agricultura e da construção civil.

É um bom amigo.

É natural do sítio da AREIA, da freguesia de ESTOI..


Encontrei o ANTÓNIO INÁCIO GAGO VIEGAS no estabelecimento “O SEU CAFÉ” em FARO. Falámos de muita coisa. E a conversa deu nisto.

Muito trabalho?

Sim, sempre tive muita coisa para fazer em toda a minha vida. Sinto-me bem de saúde e ando ocupado com a vida empresarial. Assim, o tempo passa rápido, melhor, nem dou por ele passar. A minha vida foi sempre assim.

Ainda tens projectos?

Os meus projectos agora vão na direcção da calma e do sossego. Estou aí a arrumar umas coisas. No fundo, os meus projectos, passam por ajudar os filhos, porque penso que a vida está muito difícil para os jovens. Quando eu entrei no mercado de trabalho, aos meus vinte e poucos anos, aparentemente havia mais oferta de emprego. Hoje parece-me que a coisa está difícil.

A vida?

Tive um grande acidente de automóvel que de certa maneira condicionou a minha vida. Estive num cama de Hospital alguns meses mas levantei-me e fui à luta. Foi difícil A malta aí dizia que eu era o homem feliz porque me corria tudo bem. Mas o acidente trouxe-me a perda dos dois entes mais queridos, a esposa e o filho. Tive de recomeçar tudo de novo. Voltei a casar e tenho uma esposa muito minha amiga, trabalhadora incansável e uma grande mulher que me deu dois rebentos maravilhosos . E, cá estamos.
E que tal?

Tenho tido trabalho e tenho viajado, tendo estado em festas com amigos, umas vezes convidando eu outras sendo convidado e a coisa vai andando. E tenho bons amigos que me têm acompanhado nos bons e nos maus momentos. Penso que a vida é isto, um jogo onde umas vezes se ganha e outras se perde... Um dia, o jogo acaba...

São boas as recordações da infância ?

Muito boas. Os meus pais vivam da agricultura e isso queria dizer que a parte alimentar estava assegurada com o cultivo da horta. Nesse aspecto a coisa estava bem.. Depois os meus Pais, a minha avô e a minha irmã trataram-me sempre com muito carinho. Brincava aqui com os moços das redondezas, nunca tive problemas. Quando veio a primária eu já era um rapazote desenrascado. E aos dez anos fui para FARO para a Escola Comercial e Industrial.

Foi difícil aí ?

Nem por isso e acho que me integrei muito bem. Havia já lá na Escola, muita malta daqui do sítio, andava com eles e lá me ia safando.

Quem era essa malta?

Era o meu primo Reinaldo Neto, o Bartolomeu das bananas, o Victor Carromba, os irmãos Charneca, o Carlos Granja e o Zé Neto, eu sei lá, uma remessa deles aí....

Fizeste lá muitos amigos?

Sim, eu acho que a Escola é o lugar ideal para fazer amigos. É na Escola e na tropa que se fazem as grandes amizades. Da Escola, quero salientar toda a malta do meu 1º ano 1ª Turma, velhos amigos, mas peço licença para salientar um, que, não sendo melhor que os outros, era diferente. Era o Zé Vitorino Pedro Rodrigues de Boliqueime. Tenho muitas saudades dele. Depois fui fazendo amigos nos anos seguintes, de tal modo, que quando cheguei ao último ano já não tinham conta, mas quero salientar o Firmino Cabrita Longo de Albufeira e o Luciano Machado de Messines.
Quero deixar ainda uma palavra para o Zé Aleixo Salvador de S.. Brás de Alportel, um grande homem e outra para o grande Arnaldo Silva, velho companheiro E claro, para os outros todos, incluindo os já falecidos Lourinho, Sabino e o João Pencarinha.
E já agora, uma palavra de grande amizade para o Brito de Sousa, que, com o seu estilo peculiar conseguiu encantar os meus Pais, irmã, cunhado e sobrinhos, pois era ele que fazia de Pai Natal cá em casa quando eu estive na “guerra” em ANGOLA Além disso era um montanheiro como eu, vinha de bicicleta a pedal para a Escola e tivemos uma óptima relação e uma vez que eu precisei até me emprestou vinte escudos.....

Porquê falar agora no empréstimo dos vinte escudos?

Não é pela quantidade de dinheiro; foi o gesto. Há situações na nossa vida em que uma atitude define um homem e é superior a tudo.

Depois, o que é que veio a seguir?.

Foi o Instituto Comercial de Lisboa e os amigos, a tropa e os amigos, o regresso da tropa, os exames no ICL como militar, os chumbos a Cálculo Financeiro com o ARMANDO GONÇALVES, por alcunha o Menos Dois, o emprego na REGISCONTA, os jogos de lerpa na Sacramento à Lapa, o Pitrónio, o noivado, o casamento, a vinda para o ALGARVE, o acidente de automóvel, o Hospital e o inesquecível médico, o Dr Plínio Tavares, as viagens ao estrangeiro, a agricultura e agora a construção Civil. E isto em traços largos

Uma recordação boa do Instituto Comercia de Lisboa e um grande amigo.

Duas, quando fui aprovado no exame de francês com a Isabelinha Saraiva com 11 valores e logicamente quando acabei o curso.. O grande amigo, entre tantos, talvez o Júlio Ferrolho, o calmeirão da Feteira, Figueira da Foz.

Tropa e os amigos.

A tropa foi o normal. Regressei sem mazelas aparentes o que foi bom. Amigos foram todos os que sempre estiveram ao meu lado. Faleceu agora um camarada nosso, o Armindo, a quem aproveito a ocasião para recordá-lo aqui, porque foi um grande homem e um bom amigo..

Uma palavra final para o blogue http://oscosteletas.blogspot.com/.

Acho uma boa ideia. É um espaço que pode servir para recordarmos tempos antigos e modernos. Às vezes lembro-me de malta que nunca mais vi, como o Álvaro Paulino Revés e outros e essa do blogue poderá ser uma boa via para a gente se encontrar. Além disso, é um espaço aberto que dá a possibilidade a quem gosta de escrever de o fazer aí, com o é o caso do Brito Sousa. Acho um ideia simpática.

Um voto final e especial.

Saúde e sorte para todos.

Texto de
João Brito Sousa

1 comentário:

avlis disse...

O Viegas

Se atentarmos bem, aquando da leitura do texto aqui apresentado, a palavra que mais se repete nele é "amigos". Está aí um dos segredos da felicidade de viver do amigo Viegas. Digo felicidade de viver porque, não obstante algumas agruras da vida, algumas delas bem fortes e causticantes, capazes de provocar o infortúnio e a descrença no interesse de continuar vivendo, o Viegas é aquele tipo de ser humano que transpira felicidade no seu acto de estar.

Com ele e para ele não há lugar para tristezas, descaminhos para pesadas introspecções ou momentos de fraqueza e descrédito no facto de se ter que continuar a viver. Com ele estamos sempre com um amigo porque nele a expontaneidade da amizade é inata. No seu relacionamento com os outros, a simplicidade do seu trato prima pela incondicional entrega a uma sã convivência.

Privei de muito perto com ele, como colega de turma na nossa Escola, como anfitrião em Luanda, quando ele vinha "do mato", passar umas férias e como colega de quarto, em Lisboa, aquando da passagem pelo ICL. Nunca presenciei uma perda de paciência no convívio com todo o mundo do nosso círculo e sempre o vi disponível para prestar uma ajuda a quem quer que dele se aproximasse, dela necessitado. Sempre estavam em primeiro lugar os amigos.

Nem mesmo se "marafava" quando um dos colegas de quarto - éramos cinco - lhe gamava umas famosas tangerinas que lhe eram enviadas da "santa terrinha" ou se apropriava de uma peça do seu vestuário, para mudar o visual. Os amigos sempre foram a sua prioridade. E tem muitos...

Que a vida lhe continue a sorrir e a felicidade de viver nunca o abondone!

O amigo

Arnaldo silva
Felizmente reformado