quinta-feira, 19 de junho de 2008

OBSERVAÇÃO COSTELETA

(Capela de Pechão)

QUEM ESCLARECE O VINEBALDO CHARNECA

Eu sou o Vinebaldo Evangelista Ferradeira Charneca,outro
montanheiro,confesso que fiquei muito confuso no ultimo almoço
convívio dos costeletes do dia 8 do corrente, porquanto, todos os
oradores durante o evento,falaram sobre a Tomaz Cabreira, sobre a
Industrial e Comercial de Faro, sobre a João de Deus e ninguém falou
da Serpa Pinto.

Ora bem, se a minha memória não me atraiçoa, eu
entrei para o Serpa Pinto em 1950 depois de ter feito um exame de
admissão, fui aluno do 1º 3ª onde andava toda a malta montanheira, na
sua maioria, especialmente aquela que vinha no combóio correio que os
trazia desde Tunes e Almancil até Faro o combóio vinha do Santa
Apolonia.

Lá vinha o hoje presidente Anibal, o Ferreira, o Cristina, o Luzia,
o Tefê e chegavam a Faro ás 6 da manhã estes eram da minha turma
porque havia outros de outras turmas, estou a lembrar-me do Cuco do
Palma da Inês enfim, muitos deles já não devo conhece-los.

Se bem me lembro a Serpa Pinto acabou em 1952, ainda lá frequentei o
2º ano do ciclo, altura em que se deu a transição, a Tomáz Cabreira
era na Sé as obras onde iria ser a Escola Industrial de Faro já
tinham começado, já lá estava o ginásio no 1º ano da Industria, isto
em 1952/3 passamos a ter oficinas no quintalão da Sé ( pertença da
diocesse) e o resto das disciplinas nas novas instalações, onde fora
a Serpa Pinto entretanto demolida ( era um edificio amarelo) no topo
da Alameda cuja entrada era ao lado da Escola com um arruamento
ladeado por alecrim devidamente tratado que mais pareciam muros.

O guarda da Alameda tinha um filho que também andava na Escola mas já
não consigo juntar o nome á pessoa. Penso que foi em 1954/5 que todos
passaram a ter as aulas no novo edificio da Escola Industrial e
Comercial ao cimo da Alameda (Onde hoje se encontra) contudo, ignoro
quando recuperou o nome de Tomaz Cabreira.

Desculpe-me esta minha ousadia mas confesso que, tal como disse
fiquei confuso com as informações fornecidas pelos ordores,
especialmente pelo agora Director da Escola Tomaz Cabreira e, em casa
tirei as minhas duvidas,fui finalista em 1955%6, fui para Alverca
onde fiz parte do grupo que accionou a sirene para o pessoal largar o
serviço a quando da visita do general Delgado ás OGMA, tive muitos
problemas por isso na altura, posteriormente fui para a KLM e depois
para a TAP .

Encontro-me reformado mas não acabado,ainda justifico a
minha existência, sou empresário, armeiro, na minha terrinha Pechão,
onde resido e me sinto muito bem.

Sendo isto um desabafo, estou certo que os colegas mais velhos não
ignoram a história da ESCOLA, mas os mais novos devem saber destas
coisas e, segundo deu para eu entender, não mostraram o minimo
conhecimento desse facto, daí a minha confusão e como tal lanço aqui
o meu alerta

Outra coisa, os cucciolos mais velhos da Escola,nesse tempo,era o meu
e o do Hernani, depois apareceu o Reinaldo Moreno, o João tinha um
Alpino.

Um abraço.vinebaldo charneca

O MEU COMENTÁRIO

Aló Vinebaldo, ainda te liguei para casa, foi parar às mensagens...
Quem sabia bem disso que perguntas era o Franklin que já não há.
O mano ROGER dá ai um jeito nisso.
Um abraço do
João Brito Sousa

2 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

O Mano Roger responde ao Brito de Sousa.
Caro Vinebaldo, deve haver qualquer lapso da tua memória, porquanto, estudei na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira nos anos 40, e as oficinas da parte Industrial funcionavam naquele anexo do seminário ou, como referes,numa parte da "Diocese". Era um pátio com as oficinas do lado esquerdo e por cima a sala onde a D. Maria dava as suas aulas da Formação Feminina. Quando se entrava pelo portão, em frente, estava uma sala que tinha um pequeno palco, onde o Engº Coroa ensaiava o teatro para a festa de finalistas, de que eu fiz parte. Isto nos anos 40 e não em 52/53, como fazes referência.
E aqui vai uma pequena história da D. Maria, baixinha, casada com o Mestre Guerreiro, das oficinas, que tinha quase o dobro da altura.
As 4.30 ele vinha à porta, olhava para cima, batia as palmas e gritava "já são horas de lanchar"
E logo a seguir, a janela abria-se e a D. Maria dizia para baixo "Zequinha, podes subir".
A malta, que apanhava tudo, cantava na festa de finalistas estas duas quadras, das que eram dirigidasa todos os professores:

São quatro e meia
Ouvem-se as palmas soar
E uma voz forte dizer:
Já são horas de lanchar!

E logo então
Uma janela a abrir
E uma voz meiga dizer:
Zequinha, podes subir!

Que me perdoe o Almeida, que as fez,se há alguma troca de palavras, mas... era assim

Rogério Coelho

Anónimo disse...

Hó mano Roger,desculpa lá mas não entendo como posso estar enganado,se eu nasci em 38 ainda no rescaldo da guerra,como em 40 poderia andar na Tomaz Cabreira. Eu fiz exame de admissão na serpa Pinto e entrei para lá em 1950.A ser assim teria mais 10 anos de idade, espera aí. Vinebaldo