quinta-feira, 19 de junho de 2008

PARA O MAURÍCIO VELHO COSTELETA

(aqui era o terreno do Macarinho, do Marreco e do Seita à la minute olha ó passarinho)

CENAS da CIDADE DE FARO

Estamos em Faro, no jardim ao pé do Coreto, onde o Seita tinha a loja das fotos à la minute, o Vieguinhas o quiosque onde vendia jornais, gelados e outros e, por ali, estavam permanentemente, dois engraxadores, que além de engraxar os sapatos aos clientes, vendiam jogo de lotaria da Casa da Sorte..

Os engraxadores eram o Macarinho e o Marreco, bons profissionais da pomada, ambos amigos do Sidónio escultor, que ensaiava passos de dança com eles lá no jardim nos fins de tarde.

Aló Macarinho... e enquanto se voltava para trás o Sidónio escondia-se e aquilo era uma festa.

Era assim aos fins de tarde no jardim Manuel Bívar..
One day, o Sidónio chegou e o Macarinho estava a combinar com o Marreco. Mano, com o é que fazemos. Vamos receber a massa e depois?....Qual massa perguntou o Sidónio. Mano, ganhámos a lotaria, moce!...

A massa chegou para quatro anos. Faz hoje sessenta anos que voltaram ao jardim com a caixa da graxa. A grana acabou. Mas chegaram sorridentes. ...

O Sidónio estava lá e perguntou: Manos e o denhero???

Qual denhero móh... fomos a Aymonte, metemos conversa com duas espanholas, alugamos uma carruagem só para nós no comboio correio e fomos té ao Porto móh...

Mano.. foi até aqui... e punham a mão aberta na garganta ... e riam a bandeiras despregadas.

A melhor foi quando o revisor veio pedir os bilhetes. Aquele mano ali.. estava no truca truca.....

Com a mão aberta na garganta.... riam e riam e riam..


Texto de
João Brito Sousa

Sem comentários: