quinta-feira, 31 de julho de 2008




RECORDANDO

O Franklin e o "o Costeleta"

São muitas e muitas as lembranças que tenho deste querido amigo nas diversas facetas da nossa vida.


Conheci o Franklin desde que veio para Faro, tinha ele 8 anos (era um catraio) e eu 18 (já um homensinho).


O meu contacto com ele foi mais através do pai Franklin, de quem guardo boas recordações, especialmente nas paripécias passadas na Orquestra Típica de Faro.


Mas deixemos isso e vamos falar do Franklin e do seu (nosso) "o Costeleta".


Como sabemos o "órgão" (como ele gostava de lhe chamar), foi uma das suas iniciativas, quando assumiu a presidência da direcção da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira. E posso garantir que o Franklin adorava o nosso jornalinho já que, entre outras coisas, ele constituia um elo de ligação dos alunos da escola, levando notícias desde
Faro a qualquer local onde se encontrasse um Costeleta.


Daí que, por sua iniciativa, fossem criadas várias rubricas, como: "Naquele tempo", "Meu tipo inesquecível", "Costeletas em foco", entre outras, por vezes ocasionais.


Uma grande maioria dos sócios da nossa Associação, não faz ideia, dos tormentos que passávamos, principalmente ele, quando se aproximava a feitura do jornalinho, sem haver artigos de interesse para publicar, muitas vezes devido à falta de colaboração, por parte de alguns sócios.


Mas ele-Franklin-lá ia descobrindo um ou outro assunto e o nosso "o Costeleta"raramente se atrasava.


A parte que me competia era a da composição e paginação. Por vezes e quando o via mais desalentado, lá lhe dava uma ou outra dica, que ele aproveitava, colocando-a no jornal num português impecável.


Como já o disse noutros escritos, o nosso querido amigo, era um perfeccionista nato e muito exigente com ele próprio.


Por vezes dizia-lhe: "Franklin, pareces o redactor de um jornal muito importante" ao que ele replicava, com aquele humor que se lhe conhecia:
E é que sou mesmo! Há lá no mundo um jornal tão importante como o nosso?!!

A confirmar as suas preocupações e por vezes aflições, inserimos pequenos apontamentos de gravações em vídeo da festa do 7º Aniversário de "o Costeleta"., realizado no Hotel Mónaco (Montenegro) - Faro

ANIVERSÁRIO DE "O COSTELETA

16 de Outubro de 1999




Antes do almoço, convive-se no bar do Hotel


O "discursinho rimado" do Sr. Presidente



Apagam-se as velinhas e canta-se os

parabéns a você

Depois vem a dança em que o Sr. Presidente

também toma parte


E é assim, é assim que eu quero recordar sempre o nosso Franklin Marques.

J. Almeida Lima



A ARTE COSTELETA


UM COSTELETA DA ESCRITA E PARA A ESCRITA.

UM ABRAÇO AOS BIFES DE TODO O MUNDO

Estou a zero.. . Andei por outros lugares e perdi-me. E o texto para o blogue "os costeletas" nada... Mas aprendi esta noite uma coisa muito importante. Aprendi como e quando é que se é tido como escritor. O Dr. Mário Soares é que disse. É-se escritor quando conseguimos escrever uma obra de ficção. Não sabia..

O blogue http://fuckingblogues.blogspot.com/ é simpático. E u escrevi lá o 18º cmentário. Vão lá ver.

Um pouco de BB em "A Cara da Gente"

"O pintor caiava a parede e assobiava. A casa cuja parede ele pintava estava rodeada de árvores. Nas árvores cantavam pássaros de uma só estação só..."

Um pouco da nossa cidade..

Logo ali perto, no começo da rua primeiro de Dezembro, havia uns Leonores que vendiam pastelaria e eram muito frequentados pela gulodice da terra, sobretudo feminina...

E agora MALTA DO LICEU QUE ESTUDOU COMIGO.

NA ESCOLA DO MAGISTÉRIO PRIMÁRIO EM FARO

Ilda Capela
Renato
Rute
Graça Aleixo
Branca Moreno
Xico Eusébio
Alcina Ramos

NO ICL Lisboa,
SAMUEL
Figura marcante de Liceu de Faro e personagem dos livros do Luís ??? de Setúbal.

JOVITO que disse, precisava de dormir aí vinte anos seguidos para limpar a alma.

O MAIOR DO LICEU HORÁCIO SANTOS,

que perdeu a corrida com um costeleta e a carteira também.


UM ABRAÇO GRANDE PARA TODOS DO


JBS

quarta-feira, 30 de julho de 2008

CORREIO COSTELETA

Do 1º amo 1ª turma de 52/53, (Francisco Cabrita , à esquerda, sentado, de fato, Humberto Gomes, Brito de Sousa, de pé de camisa vermelha, António Viegas, Zé Bartílio e João Bica)
amigos, 1º à esquerda de camisa aos quadrados o Zé Pires de Estoi e o primeiro à direita de costas ao lado do Bica, o Gregório.
RECEBIDO DO FRANCISCO GABRIEL CARVALHO CABRITA

Bom dia bom amigo João Brito Sousa

Peço desculpa pelo atraso de correspondência .Pois já lá vão 3 semanas que cheguei a Califórnia e quando, com muita alegria, vi o meu nome e fotografia ( agora já sei porque me pediste a fotografia) na tua, sempre muito desejada, pagina #7 no Noticias De S. Brás fiquei surpreendido e ao mesmo tempo fiquei,feliz por tu escreveres as palavras de elogio ao lado do Nuno Leonardo.

Estou eternamente agradecido a ti por teres- me apresentado a um mundo que eu desconhecia, “ O MUNDO DOS COSTELETAS “. Pois graças a ti fiz amizade com vários camaradas e quando for a Portugal vou fazer o possível para te ver e para ver outros amigos que eu tive o prazer de restaurar amizade.Também quero dizer-te que e com frequência que dou uma visita ao nosso blog que muito aprecio.

Continua a escrever Deus deu-te esse grande talento e por conseguinte usa-o.Um grande abraco e ate breve

Francisco Gabriel C. Cabrita


AO FRANCISCO GABRIEL,

CARO AMIGO,

Bom dia para ti.

A tua presença entre nós foi um momento alto do nosso almoço anual de confraternização. Apreciei muito o teu gesto de estar presente e a tua simpatia por querer estar entre nós.

Soube depois através da malta, que tu mostraste muito agrado em estar com todos nós. E quero que saibas que também nós gostámos muito de estar contigo e continuamos a esperar ver-te em todos os almoços anuais. .. e noutros também, em todos os momentos que tu queiras.

Uma cena do primeiro primeira de à 56 anos.

1 º andar, sal 18, na ala da Drª Conceição Sintra

Diz a Professora,

Que dia é hoje menino MANUEL CAVACO GUERREIRO

É sábado snehora Professora,

Sábado?......

Não.. Sim .. Não.. Sim


Risota da malta


OS COSTELETAS

Somos todos amigos
Uns dos outros
Mas em especial
Daqueles que cedo partiram
E agora sentiram
A vontade de voltar
A estar
Connosco na nossa festa
Que não há com esta..

Para ti um grande abraço

Voaste até à Califórnia
Mas de ti, connosco...
É o teu coração que fica
E volta sempre
Ó Francisco Gabriel Carvalho Cabrita

MEU VELHO AMIGO

APARECE, aparce sempre que possas
E para isso tenhas toda a disponibilidade
Farei das mimhas disponibilidades, vossas
Para fortalecer a já nossa grande amizade..

Foi com grande orgulho e simpatia
Que estive a teu lado feliz e contente
Francisco... não mais esqueço esse dia
Que foi um dia grande cá para a gente

Tu de S. Brás de Alportel e eu dos Braciais
Fomos companheiros de escola e amigos leais
E é por isso que estou aqui a falar contigo

Por isso faz da caminhada da vida um prazer
Não peças nada a ninguém; faz o que sabes fazer
E serás um homem feliz ó meu velho amigo....

texto de
João Brito Sousa

terça-feira, 29 de julho de 2008

PESSOAS DE RELEVO NO UNIVERSO COSTELETA


RECORDANDO OS MEUS PROFESSORES de 52/53 - 1º ano 1ª Turma e 2º ano 1ª Turma CICLO PREPARATÓRIO


A Drª Suzete, de Matemática, muito simpática e muito boa professora, que mais tarde casou com um nosso professor, e seu colega. Era uma jovem quando chegou à escola...

A Drª Conceição Sintra, já falecida, professora de Ciências Naturais e esposa do médico Dr. Manuel da Silva.

Professora de desenho D. Fernanda, alta e competente...

Mestre Mário e Mestre Guerreiro das Oficinas de Carpintaria

Mestre Damião e Mestre Cruz, Mestres das Oficinas de Serralharia

A professora de Português que não me lembro o nome

A Drª Dora da Matemática, muito boa professora

O Professor Celestino, professor de desenho.

O professor Américo, grande educador e amigo

O contínuo Armando de farda azul de surrobeco no inverno e de cotim no verão

FORAM ESTES ...


Os professores que eu tive

e retive

na memória da vida ...

Desde o princípio tive

mais de cem

Que me ajudaram

E me orientaram

A chegar ao fim

E felizmente

ainda cá estou

E infelizmente

Já não vou

À escola ..

Para aprender

Mas voltarei um dia

Para vos ver...


a todos eles e de todos nós um muito obrigado.
Texto de
João BRITO SOUSA

segunda-feira, 28 de julho de 2008

CORREIO COSTELETA


OS NOMES DS PROFESSORES
por Romaldo Cavaco

Sobre os nomes de alguns professores, relembro:Em pé - segundo da esquerda - Médico da Disciplina de Higiene - tinha oconsultório por cima de Farmácia Batista ou ao lado. Quem sabe o seu nome?Em pé - penúltimo a seguir ao Dr. Moreira Ferreira: Eng. Júlio Cristovão Mealha.Além de Prof.da Escola (Industria) foi presidente da C.M.Loulé e salvo erroAdministrador das Cervejas Marina.
De joelhos: segundo da esquerda: É o Eng. Osvaldo Bagarrão - Tavira - Tevefunções de preponderãncia na EDP.

Agora um apelo: Houve outro desafio Escola/liceu com outra foto. Nesse desafiofoi Juiz de Linha o conhecido bandeirinha - Dr. Uva. A bandeirinha era um paude vassoura que tinha a bandeira de papel com as cores da Escola junto àspalmas da mesma. A quem encontrar essa foto tem almoço marcado no Moinho(privado) da Cortelha.

Um abraço e até já!!!.
romualdo.

domingo, 27 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSSA ESCOLA (Final)

PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (XIII)



25
Anunciámos, no apontamento anterior, a futura grande reforma do Ensino Técnico, de 1948.
Entrada da EscolaNa realidade, a grande transformação ocorreria em 1947, com a promulgação da respectiva Lei de Bases (Lei 2 025 - D. G. Nº 139, de 19 de Junho). Aí se previa as categorias das diversas escolas, designa-das como técnicas elementares, industriais, co-merciais e industriais e comerciais.
Mas, 1948 é, efectivamente, o ano da sua implementação, com a publicação dos decretos 37 028 e 37 029 (D. G. nº 198, de 25 de Agosto), este último promulgando o Estatuto do Ensino Profissional Industrial e Comercial.
Uma nova fase se inicia na vida da Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira que, embora continuando a funcionar nas velhas instalações e prosseguindo os cursos do Dec. 20 420, de 1931, assiste à abertura da Escola Técnica Elementar Serpa Pinto, cujos alunos, com o Ciclo Preparatório concluído, receberá a partir de 1950.
Terá esta Escola Sérpa Pinto uma duração efémera: o tempo necessário para a conclusão das obras de adaptação do antigo edifício do Liceu, obras aliás já previstas no atrás citado Dec. 37 028 .
Refira-se, como mera curiosidade, que a cedência deste edifício pela Direcção Geral do Ensino liceal à Direcção Geral do Ensino Técnico Profissional foi formalizada por protocolo celebrado em 26 de Julho de 1948, em que outorgaram, como representantes daquelas Direcções Gerais, respecti-vamente, os Drs. José Ascenso (Reitor do Liceu) e Fernando Carvalho Lima (Director da Escola) ~ o Sr. Mário Afonso, Chefe da Secção de Finanças, em representação da Fazenda Nacional.
Com as obras concluídas, o ano lectivo de 1.952/1.953 marca o início de uma nova etapa na vida da Escola. No remodelado edifício, passam a funcionar o Ciclo Preparatório e os Cursos Gerais (agora equivalentes ao 5º ano Liceal). Serpa Pinto e Tomás Cabreira são remetidos. para o anonimato. O "novo"




26

estabelecimento de ensino denominar-se-á Escola Industrial e Comercial de Faro. Só muitos anos mais tarde, já em 1973, a Escola conhecerá novas valências de formação, passando a leccionar os recém-criados Cursos Complementares do Ensino Técnico, equivalentes ao (então) 7º ano dos Liceus.
Com a extinção dos ensinos liceal e técnico profissional, ocorrida após o 25 de Abril de 1974, a Escola readquire o nome do seu antigo patrono, passando, pela Portaria nQ 608/79, de 22 de Novembro, a designar-se, tal como ainda se designa, ESCOLA SECUNDÁRIA DE TOMÁS CABREIRA, EM FARO.


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Terminamos, assim, esta resumida série de apontamentos com que pretendemos satisfazer a curiosidade de muitos colegas que nos formulavam as mais diversas perguntas sobre a vida da nossa Escola.
Fizemo-lo com muito entusiasmo. Um entusiasmo com que, de algum modo, procurámos superar a nossa falta de preparação para trabalhos desta índole. Que nos perdoem os leitores d' «o Costeleta" qualquer inexactidão ou referência menos explícita.

Franklin Marques

sábado, 26 de julho de 2008

ALÓ VILA REAL SANTO ANTÓNIO

(os nossos professors, BATALHA, ,?, AMÉRICO, DIRECTOR FERNANDO MORIRA,?;?
joelhos, BAPTISTA,?, FERREIRA MATIAS, ?, COROA.)


CRÓNICA PARA UM AMIGO

Esta crónica vai para o

JORGE MANUEL AMADO, meu parceiro de carteira,
1º ano 1º turma, ano 52/53
uma habilidade enorme
para o desenho e grande amigo.

JORGE,

A desenhar eras o maior
Cabelo encaracolado
E amigo do Zé Manuel Bernardo
Velhos tempos
Na ria de Faro,
Com o Quicas dos Moinhos
Sala 18, fila do meio
Ano 52/53
À tua direita o Manel,
depois cabeleireiro
E irmão do Rui Amaro
do Liceu
À tua esquerda ficava eu
À minha esquerda o Vieguinhas
De Pechão
E à esquerda deste o nosso guarda redes
O Humberto Gomes
De Olhão
À frente deste
O Reinaldo Neto de Estoi
Que o Professor AMÉRICO
Queria fazer dele um bom guarda redes de
Andebol
À frente do Reinaldo
O Zé Bartílio da Palma
Escritor e poeta
Ao lado do Zé o Luís Guimarães
De Lisboa
Pequenino, tinha visto jogar o Matateu
E era do Belenenses
Ao lado do Luís na minha fila
O Fernando Moreira de TUNES
E ao lado dele o
ANTÓNIO MANUEL RAMOS JOSÉ, ou o SABINO, ou o TOINO
Que hay tombado já (como el Manel cabeleirero)
Hermanos mios
Por detrás de SABINO,
Manuel Geraldes, el RUSSO ( ME DESCULPA)
Por detras del Russo
JORGE MANUEL AMADO
Y a su lado
O montanero del Patacom
João Manuel de Brito SOUSA
Y en my frente, el marinero
FRANCISCO PAULO AFONSO VIEGAS
D.Quicas, dos Moínhos.


Hasta outro dia.

JOÃO BRITO SOUSA

sexta-feira, 25 de julho de 2008

OS 120 AN0S DA NOSSA ESCOLA (continuação)



PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (XII)

23
o apontamento anterior deixou-nos no ano de 1930, aquele em que a Escola adquiriu a denominação por que tantos de nós a conhecemos: Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira.
Dispensamos, a partir de agora, as consultas de certo modo exaustivas a que temos vindo a proceder, já que a alteração mais significativa na vida da Escola apenas ocorrerá com a grande reforma de 1948, de que falaremos no próximo número.
Até lá, registamos apenas que, no quadro dos cursos ministrados na Tomás Cabreira, definido pelo Decreto nº 18 420, de Junho de 1930, a que anteriormente nos referimos, a alteração mais significativa foi a substituição do Curso de Costura Caseira pelo Curso de Costura e Bordados, ocorrida, a par de outras menos relevantes alterações (composição curricular e carga horária dos cursos), por força de uma nova (mais uma e tão pouco tempo após a anterior!) "organização do ensino técnico profissional' consignada no Decreto nº 20 420, de Outubro de 1931.
Realçamos este diploma legal por ter sido no seu enquadramento que tantos Costeletas, hoje nossos Associados, iniciaram e/ou concluíram os seus cursos. Referimo-nos, obviamente, àqueles que se matricularam na Escola entre 1931 e 1947, em qualquer dos cursos ali ministrados: Serralheiro (5 anos), Carpinteiro (novamente, 5 anos), Costura e Bordados (4 anos) e Comércio (3 anos). (1) ... "
Ora, quem nos lê, e conheça a exiguidade das instalações escolares de então - as do Largo da Sé e da Rua do Município - pensará, certamente, que o funcio-namento de cursos tão diversos apenas seria possível em função de um redu-zido índice de frequência. Nada demais errado.

Conforme pudemos apurar (e confessamos que com grande surpresa), no penúltimo ano de vigência do referido Decreto nº 20 420, (ano lectivo de 1946/47) a Escola era frequentada (pasme-se!!!) por quase ... um milhar de alunos!!! Para sermos mais precisos, exactamente por 954, repartidos pelos cursos diurnos (766) e nocturnos (188).


24
Perguntar-se-á como era possível alojar tanta gente em tão reduzido espaço. Talvez por milagres do Dr. Fernando Carvalho Lima (e seus antecessores), talvez pela boa vontade dos professores, talvez pela grande capacidade de adaptação às mais difíceis situações dos alunos da época, habituados como estavam a outras com que se haviam já deparado na vida ...

(1) É de admitir que alguns destes cursos não tenham, de imediato, entrado em funcionamento nos moldes então definidos pois, ainda em 1934, um jornal/ocal inseria um anúncio de matrículas em que era oferecido aos candidatos o Curso de Costura Caseira" e não "Curso de Costura e Bordados". Porquê???
NAQUELE TEMPO
A Indústria fncionava no Largo da Sé – O Comércio na rua do Municipio

Franklin Marques

CORREIO COSTELETA

(algarvios a apanharem figues em SANTA BÁRBARA DE NEXE)

JB de Sousa, boa noite.
por ANTÓNIO BRITO AFONSO

Tenho seguido com prazer os teus escritos, produto dessa tua excepcinal memória, grande capacidade descritiva e enorme amor pela nossa terra.

Àcerca do Raúl de Matos, pai do nosso colega, devo dizer-te que sempe ouvi a minha avó referir que o Raúl nasceu em Bordeira e que foi muito novo para Faro.

O poeta, em jovem, aparecia muito na taberna-restaurante de uma bordeirense -Antonia Bexiga -situda na antiga rua do peixe frito.

A sua origem,tal como referi, é coisa que vou procurar confirmar junto dos mais velhos da minha terra.

Entretanto, seja como fôr, envio-te esta simples, romântica e muito bela quadra da autoria do Raúl, presumivelmente dedicada a uma donzela farense que, de algum modo, dá força à minha versão sobre o seu local de nascimento. Aí vai:

Se nasceste junto ao mar
E eu junto à fonte nasci
Não precisas perguntar
Porque corro para ti

Obrigado Antóno Brito Afonso.

PS- Falei com o filho do RAUL, o nosso colega MATOS, que me disse ser a Mãe de Bordeira e o Pai de FARO.

VAMOS À PROCURA DELES.

BERNARDINO MARTINS, O QUEIXINHO

Grande amigo, percorria o interior do pátio da Escola onde se jogava andebol a dar cabeçadas na bola. Bernadino, conatuma história... tu que sabes tantas .

Percorria o pátio da escola
a jogar à bola de cabeça
Onde hovesse uma bola
Corria para ela à pressa.


Engº ZÉ REIS ou o Zé MAGANÃO de TAVIRA

Foi do segundo quarta com o Bartolo e com o Mário PROENÇA de Olhão e do BPA. Foram alunos do Zeca AFONSO.

Uma vez o Zé, ainda aluno do INSTITUTO INDUSTRIAL DE LISBOA, na rua Buenos AIRES

à ESTRELA, o Zé estreou um pull over amarelo e foi almoçar á tasca do costume. E pediu sopa.
Cheguei eu ... Zé, estás bom... e a sopa derramou-se no pull over novinho

Fez-me lembrar aqueles verso do CLEMENTINO BAETA da minha terra, a quem o industrial da minha terra, lhe prometeu um fato que nunca lhe deu.

O FATO QUE TU ME OFERECESTE
QUANDO EU FUI TEU EMPREGADO
ESTÁ MAIS NOVO DO QUE ESTE
MUITO TEMPO TEM DURADO.

continua.

Um abraço para todos.

Publicação de
JOÃO BRITO SOUSA

quinta-feira, 24 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)

21



PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (XI)

21
Prosseguindo a nossa "caminhada" pelos Diários do Governo, deparámo-nos com um longo deserto em matéria legislativa que, de modo específico, à nossa Escola dissesse respeito.
Com efeito, para além do diploma de 1921 que atribuiu o nome de Tomás Cabreira à Escola Comercial de Faro, de que demos notícia no apontamento anterior, nada mais de relevante encontrámos ao longo da década de 20.
Diga-se, contudo, em abono da verdade, que foi publicada legislação de âmbito geral de muito interesse para os ensinos industrial e comercial, mais propriamente para este úlltimo.
A título de curiosidade, registamos, por exemplo, os decretos de 1924 que estabelecem, um deles "o ensino da educação física nas escolas elementares de ensino industrial e comercial" e outro que "determina que em todas as escolas dependentes do Ministério (Comércio e Comunicações) sejam instalados grupos de escoteiros de Portugal".
São curiosas estas determinações. Quanto à educação física, não imaginamos um espaço para o seu funcionamento nas instalações da Escola, tal como as conhecemos nos anos 40... Quanto ao grupo de escoteiros de Portugal, lembramo-nos de um sediado na Rua Monsenhor Boto (entre "o comércio" e "a indústria"). Teria alguma relação com a determinação legal?.
No que respeita ao ensino comercial, não poderemos deixar de referir uma Lei de 1925, que reestrutura este ensino, aumentando de três para quatro o número de anos de duração do curso e fixando a distribuição das suas 11 disciplinas por cada um dos anos, com indicação das respectivas cargas horárias semanais. Entremos, agora, na década de 30. Logo no seu primeiro ano, com o ensino técnico profissional novamente sob a tutela do Ministério da Instrução Pública, o Decreto nQ 18.420, procede a mais uma organização deste ensino.
Trata·se de um diploma extremamente longo, reunindo algumas centenas de artigos, de que destacamos, por nos interessar directamente, o seguinte:
"Art. 363º - São fundidas as escolas de artes e ofícios de Pedro Nunes e comercial de Tomás Cabreira, de Faro, constituindo uma só escola industrial e comercial."


22
A Escola resultante desta fusão passaria a denominar-se, tal como muitos de nós nos recordamos, Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira.
Também a titulo de curiosidade, registe-se que Pedro Nunes não foi esquecido, pois o seu nome foi atribuído à Escola Industrial e Comercial de Águeda. Consideramos este decreto de grande importância para o ensino ministrado na nossa Escola, particularmente o industrial. (Pensamos, até, que, desde a fundação da Escola, em 1888, o ensino industrial aqui ministrado teve sempre um carácter eminentemente prático, havendo mesmo cursos que admitiam a sua frequência por indivíduos analfabetos). Este diploma altera significativamente o panorama anterior, já que os cursos agora introduzidos - serralheiro (5 anos), carpinteiro (4 anos), costura caseira (4 anos), não obstante as suas fortes componentes oficinais, (que chegam a atingir as 24 horas de aulas semanais no 4º ano do curso de carpinteiro), incluem, agora, disciplinas de natureza mais intelectual. Apenas o curso de comércio nos parece retroceder quer em termos de duração (novamente 3 anos) quer na sua composição curricular, que se apresenta reduzida relativamente à definida em 1925

Franklin Marques

EU SOU UM COSTELETA


SOU COSTELETA

ESTOU A ZERO

Faltam vinte minutos para colocar
o post no blogue e nada me ocorre....
Talvez ligando ao MATOS para falar
do SPORTING... o clube que não morre

Ou ao Zé Carlos que está em Vila Real de Santo António
E que me disse que me dava o TM do JORGE AMADO
E até hoje não deu...

Zé manda isso.. pá.....

Estive falar hoje com o André Ferreira,
um costeleta de Olhão
Que me disse que em certa altura lá no Magistério
Se deixou apaixonar pela Teresa Rato.
que era muito boa aluna e muito bonita ..

João Gonçalves Viegas Jacinto, velho

amigo e companheiro
Camarada e parceiro
Estás em Lagos, não e?...
Diz-me ó companheiro
Tens visto por aí o Álvaro Paulino Revez
Sim... esse menino e bom aluno da Mina
De S. Domingos

Trá-lo à cidade...

Sabes quem te manda um abraço

e me telefonou há dias
Foi o Ricardo do BNU... o Lopes Florindo
Do Alto daCagnita...

Tens visto o JACINTO da cortiça
É pá esse gajo ....
Era bom jogador de bilhar ... por onde andará

Ai vai um abraço para o Zé Paixão ... amigo da malta
Amigos
É o que faz falta

Ó Luís de Olhão
Que quando chegavas a Faro à estação
Dizias em voz alta... para toda a gente ouvir
QUEM QUER (CARA)PAU

Parecias o RAUL do BACALHAU QUER ALHO

Aló velho JOSÉ LÚCIO BEATRIZ DIAS
Lembras-te daquela
Do track

Aló Zé Guta, o JAIME REIS pergunta sempre por ti.
Vamos jogar uma bilharada que o Jaime vai também..

ZÉ ... lembras-te quando fomos à boleia para Lisboa e só deu até ESTOI
Mas fomos os maiores... deixa lá.

texto de

João Brito Sousa

quarta-feira, 23 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (Continuação)

PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (X)
19
Vimos, no apontamento anterior, que da "divisão" da Escola Industrial e Comercial de. Pedro Nunes resultou a criação, em Faro, dos seguintes estabelecimentos de ensino:
Escola de Carpintaria e Trabalhos Femininos, de Pedro Nunes; Escola Comercial de Faro;
Aula Comercial de Faro.
Relativamente à primeira, inserida na categoria das escolas genericamente designadas por Escolas de Artes e Ofícios, entendêmo-Ia como promotora de um ensino industrial de feição essencialmente prática, tanto mais que as chamadas Escolas Industriais continuaram a existir com currículos muito mais avançados. Como do seu próprio nome se depreende, a Escola Pedro Nunes apenas preparava jovens (e adultos, também) para o desempenho das artes de carpintaria e de trabalhos femininos, aprendizagens que eram complementadas com aulas de desenho aplicável.
Relativamente à sua organização, é de salientar a flexibilidade que lhe era concedida pois, nos termos do Regulamento das Escolas de Artes e Ofícios, «O plano de ensino, sua duração e programas do curso serão variaveis segundo as localidades onde forem estabelecidas a arte ou o ofício a que se destinarem, e constituirão matéria que devera ser essencialmente regulamentada por cada uma delas».
(O sublinhado é nosso, pois parece-nos estar perante uma orientação pedagógica estabelecida nos nossos dias, quando tanto se fala na flexibilização dos currículos, de modo a que a escola se adapte às condições socio-económicas do meio em que se insere).
Todavia, o mesmo não sucedia com a Escola Comercial, cujo curso tinha a duração de três anos, com definição da carga curricular de cada um deles e com programas fixados a nível nacional.
Da Aula Comercial nada encontrámos digno de registo. Teria ela, de facto, funcionado paralelamente à Escola Comercial? Aceitamos essa probabilidade, tendo em consideração que o seu objectivo essencial era «formar caixeiros de balcão». E terminamos o apontamento de hoje trazendo à estampa o diploma legal em que, pela primeira vez (já no ano de 1921), nos aparece o


20
nome de Tomás Cabreira, atribuído, como se verá, à até então designada Escola Comercial de Faro.
Aqui fica, reproduzido na íntegra:

«MINISTÉRIO DO COMÉRCIO E COMUNICAÇÕES
Direcção Geral do Ensino Industrial e Comercial
Portaria nQ 2.576

«Tendo em atenção o sentir de todos os intelectuais do Algarve e o que representou o Conselho Escolar da Escola Comercial de Faro para que a essa Escola fôsse dado o nome do insigne economista e ilustre professor algarvio Tomás António da Guarda Cabreira: manda o Govêrno da República Portuguesa pelo Ministro do Comércio e Comunicações, que a Escola Comercial de Faro passe a denominar-se Escola Comercial de Tomás Cabreira.
Paços do Govêrno da República, 17 de Janeiro de 1921. - O Ministro do Comércio e Comunicações, António Joaquim Ferreira da Fonseca.»
Franklin Marques

GRANDES COSTELETAS


GRANDES COSTELETAS


JORGE TAVARES,
É do Largo de S. SEBASTIÃO. Contabilista e Fiscalista.

JORGE CACHAÇO
Bancário e amigo. primo do NELSON

JORGE VALENTE DOS SANTOS
Bancário, amigo do Romualdo Cavaco e meu treinador de guarda redes de andebol, na Alameda, ao pé do Lago.

JORGE MANUEL AMADO, o meu primeiro parceiro de carteira a residir em VLA REAL DE SANTO ANÓNIO.
Vem ver a malta, Jorge ....

MATOS, o filho do grande poeta RAUL DE MATOS., aquele que disse...

ALGARVE ... óh minha rosa florida
Onde eu de manhã vejo o brilho
E acordo de bem e feliz com a vida
Como se me tivesse nascido um filho.

Viva o sporting.. Tenho saudades do Ló quando a gente ia a Quarteira, com o ROCHA....da tropa.

POMPÍLIO ROMBINHA, velho amigo e campeão medalhado no tempo do BICA a guarda redes
Um abração para todos.

TEXTO DE

João Brito Sousa

terça-feira, 22 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)


PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (IX)

17
Quando, em 1914, com a criação do curso de comércio, a Escola adquiriu a desig­nação oficial de Escola Industrial e Comercial de Pedro Nunes, pensámos que esta­ria definido um estatuto institucional que o futuro pouco poderia alterar.
E esta suposição viria a consolidar-se quando, dois anos mais tarde, um novo "regulamento da organização do ensino elementar industrial e comercial'. então publicado, em nada alterou as valências atribuídas à Escola, mantendo-lhe a deno­minação e definindo os cursos a ministrar e o respectivo quadro docente.
Eis senão quando, já em 1918, a Secretaria de Estado do Comércio, que entretanto passara a tutelar este tipo de ensino, faz publicar um novo diploma que altera radicalmente o anterior. (*)
E a Escola desagrega-se. Separam-se os cursos de natureza industrial dos orien­tados para a actividade comercial e, em vez de um único, são criados 3 (três!!!) estabelecimentos de ensino, a saber:
- Escola de Artes e Ofícios, de Pedra Nunes;
- Aula Comercial;
- Escola Elementar de Comércio.
Porém, urna rectificação a este diploma, saída cerca de um mês após a sua publi­cação, viria alterar a designação deste último estabelecimento para Escola Comer­cial de Faro mas mantendo, em paralelo, a Aula Comercial.
Interrogamo-nos sobre o efectivo funcionamento desta Aula Comercial, pois não lhe encontrámos qualquer referência em legislação posterior, designadamente no decreto que fixa os quadros de pessoal da "Escola de Artes e Ofícios" (ali referida corno "Escola de Carpintaria e Trabalhos Femininos de Pedro Nunes, de Faro') e da "Escola Comercia! de Faro".

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Pensamos que, com esta "organização", o nível do ensino industrial ministrado em Faro terá sofrido um considerável retrocesso, pois os cursos das escolas de


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artes e ofícios eram de natureza tão elementar que poderiam, até, admitir a matrícula de indivíduos analfabetos.
O próprio quadro docente fixado não permite, aliás, outra inferência, pois era exclu­sivamente composto por um professor de Desenho, um mestre de carpintaria e uma mestra de trabalhos femininos.
Temos, no entanto uma opinião muito favorável quanto ao ensino comercial, a partir daí implementado. O curso das escolas comerciais, com a duração de três anos, comportava já um elenco de disciplinas de indiscutível valia. Se não, vejamos:
1. língua pátria; 2. Língua francesa; 3. Língua inglesa; 4. Aritmética comercial; 5. Elementos de teoria do comércio, de direito comercial e de economia política; 6. Geografia comercial, vias de comunicação e transportes; 7. Escrituração e conta­bilidade comercial; 8. Noções de tecnologia de mercadorias; 9. Trabalhos práticos de Caligrafia, Estenografia e Dactilografia.
Ficamo-nos por este ano de 1919. Como evoluirá a Escola daqui em diante? Procu­raremos responder a esta questão em futuros apontamentos.
(*) Os que se interessam por questões relacionadas com o ensino em Portugal encontrarão, no "RELATÓRIO" que faz parte deste diploma (Decreto nº 5:029) D.G. n" 263 (I Série), de 5 de Dezembro de 1918, um extenso historial da evolução do ensino industrial e comercial.


Franklin Marques

A ESCOLA E OS COSTELETAS


A ESCOLA E OS COSTELETAS

Hoje, aos 65 anos, quando olho para trás, recordo com saudade, os tempos da escola e da tropa, se bem que a minha tropa, fosse mais ir à inspecção militar ao JARDIM da ESTRELA, que foi o suficiente para me roubarem uma balalaika que a minha mãe me tinha comprado e conseguir ficar livre do serviço militar obrigatório.
Da escola, sim, lembro-me alguma coisa. Uma vez fui ao BNU em Faro, estava lá o Mestre Carolino, senhor Mestre como está, terei dado uma guinada com o corpo, de tal ordem, que o Mestre disse... olhe , agora é que eu conheci ...
Velho querido e amigo Mestre, tantas vezes que nós perguntámos à máquina e ela muda e queda. Mestre, e daquela vez que um queria jogar a máquina pela janela fora..
E tu ó camarada do RIO SECO a quem a gente chamava o MENINO JESUS, por seres branco como a cal da parede. Como e onde estais?...
E tu ó BENJAMIM de uma mão só e com grande habilidade para o desenho, where are you my friend. Came on, please

Camarada ORLANDO PESSOA do 1º 2ª onde é que paras.!.. e o JOÃO MANUEL BÁRBARA NUNES igualmente do 1º 2ª where are you?....

Favor apresentar-se ao serviço

Texto de
João Brito Sousa

segunda-feira, 21 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)

Mario Lyster Franco
1931


PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (VIII)

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1914! Um ano tragicamente assinalado na Histó­ria da Humanidade - o do início do sangrento conflito que foi a I Guerra Mundial, do qual muitos de nós ainda pudemos ouvir relatos, feitos, por exemplo, pelo saudoso professor de "Noções", José de Sousa Uva Júnior (o Zé da Uva), que fora combatente em França.
Mas 1914 foi um ano particularmente marcante para a nossa Escola, com a criação, na mesma, do "curso elementar de comércio",
Tratava-se de um curso que já funcionava (tanto quanto julgamos saber), pelo menos desde 1891, apenas em duas "escolas elementares de commercio", localizadas uma em Lisboa e outra no Porto, embora posteriormente (talvez a partir de 1901), fosse admitida a possibilidade de funci­onamento, nas·"escolas industriaes", da discipli­na de "noções geraes de commercio, escritura­ção e calculo commercial", disposição de que, aliás, não nos foi dado beneficiar.
1914 é, pois, o ano de um "salto qualitativo" no estatuto da nossa Escola que passa, a partir de então, a designar-se "Escola Industrial e Comercial de Pedro Nunes - em Faro".
A introdução, na Escola, do curso de comércio constituiu, inegavelmente, uma medida muito positiva, mas o seu funcionamento foi de tal modo sujeito a restri­ções de ordem orçamental, que o respectivo Decreto de criação previa já que a maior parte das disciplinas do plano curricular (cinco, num total de seis) poderia ser regida por professores do Liceu locaL.,

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E terminamos o apontamento de hoje com uma nota de curiosidade, talvez grata a muitos de nós.
Diversas cerimónias têm assinalado, neste ano de 2002, o centenário do nasci­mento de Mário Lyster Franco, um farense notável, distinto escritor, jornalista, advogado, presidente da Câmara Municipal e ... professor da nossa Escola.

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E a curiosidade é esta: Talvez pelo facto de seu pai, o pintor Carlos Augusto Lyster Franco, ser, naquele ano de 1914, o Director da Escola, o jovem, então com 12 anos, Mário Augusto Barbosa Lyster Franco foi o primeiro aluno matriculado no curso elementar de comércio recém criado!!!


Franklin Marques

O COSTELETA A. GABADINHO

(o antónio está ao lado esquerdo do Sr. João de camisa branca e mangas compridas)

BOM DIA ANTÓNIO,

QUEREMOS OS TEUS COMENTÁRIOS AQUI.

Urgentemente


É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,

alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,

é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.

É urgente o amor,
É urgente permanecer.

Eugénio de Andrade

A ESCOLA E OS COSTELETAS


AO DANIEL MENDONÇA.

Tenho falado aqui de tantas coisas ... e só agora me ocorreu falar do Daniel Mendonça, um velho amigo, quadro superior do BNU e o homem a quem se deve o primeiro almoço dos antigos alunos da Escola. .

Trabalhava eu nessa altura, numa empresa de sub empreitadas da Lisnave, nos serviços de contabilidade /informática quando o telefone tocou e era o Daniel a convidar-me para o primeiro almoço anual. Disse que sim e lá estive no restaurante Forno da Brites.

Penso que foi lá que tudo se iniciou. Fiquei sentado ao lado do Honorato Viegas, esteve lá também o hoje senhor Presidente da República, o Zé Vitorino Neves do Arco, o Zé Amâncio e muitos outros.

Felizmente que não se deixou cair a ideia do almoço anual, que continua de pé, tendo estado este ano presentes mais de duzentas pessoas, com algumas presenças certas e efectivas como são os casos do Alberto Rocha e do Bernardo Estanco e outras que se iniciaram agora, como o João Bacoco e a esposa, o Pompílio Rombinha e esposa, o Matos e o Zé Manel e creio que o António Rabeca.

Gostei imenso de lá ver o Vitélio Cabrita, o Maurício, o Zé Pudim, o Sebastiana, o Diogo Costa Sousa e o mano, a professora Feliciana que morou lá na minha terra.

Foi simpático o gesto do Brito Afonso que aceitou o convite para estar presente na companhia da esposa, ele que foi dos mais brilhantes costeletas dos anos 50/60.

Já estamos a mexer na organização do almoço de 2009.

E disto tudo o culpado foste tu, ó Daniel Mendonça.

Daqui te envio um forte abraço e já agora, aí vai outro para o mano. Faz-me lá esse favor.

Texto de
João brito Sousa

domingo, 20 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)


PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (VII)

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Eis-nos chegados a 1913. A Escola Pedro Nunes conta, agora, um quarto de século de existência.
Como evoluiu, entretanto?
Pensamos que de forma pouco relevante. Com efeito, embora tivesse ganho o estatuto de escola industrial, mantemo-nos convictos de que, até agora, não ministrou qual­quer outro curso senão o de desenho industrial, embora complementado com os trabalhos oficinais de carpintaria e lavores femi-ninos.
E continuamos a basear a nossa convicção no facto de os poucos despachos sobre movimentos de docentes que fomos encontrando se reportarem exclu-sivamente a pro­fessores de desenho, nas três modalidades aqui leccionadas: desenho geral, dese­nho mecânico e desenho ornamental.
Será que a situação irá alterar-se nos próximos tempos?

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Ora, como pudemos constatar, pelos apontamentos anteriores, as escolas de ensino elementar industrial e comercial funcionavam sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, o qual, com a implantação da República, em 1910, se passou a designar Ministério do Fomento, em cuja esfera de acção este ensino conti­nuou incluído. E só bastante mais tarde, já nos finais de 1913, é que transitaria para o novo Ministério de Instrução Pública, entretanto criado, e no qual haviam já sido enqua­drados, entre outros, o ensino primário e o ensino liceal.
Registamos uma preocupação imediata do Governo de então, ao fazer publicar um diploma em que pode ler-se:
«Reconhecendo a necessidade de reorganizar, sobre novas bases, o ensino ele­mentar industrial e comercial professado nos estabelecimentos dependentes do Ministério de Instrução Pública: manda o Govêrno da República Portuguesa, pelo Ministro de Instrução pública que uma comissão composta dos seguintes cidadãos ( ... ), proceda à elaboração das referidas bases, indicando quais os melhoramentos urgentes a introduzir nas escolas de desenho industrial, preparatórias, industriais e
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elementares de comércio (...)”.
Que benefícios poderemos esperar desta "necessidade de reorganização", relativa­mente à Escola Industrial Pedro Nunes?
Ê o que procuraremos poder explicar seguidamente. Todavia... não esquecere-mos que, desde 1891, designadamente em 1897, 1901, 1907 e 1912, com idêntica motiva­ção, foram publicados diplomas semelhantes, cujos resultados práticos nunca pude­mos encontrar...


Franklin Marques

A NOSSA CIDADE











NOTÍCIAS DA NOSSA CIDADE

O Reporter estava lá.

CONC ENTRAÇÃO DE MOTARD'S


É considerada a maior concentração de motos da Europa. Cerca de 25.000 motos, de todos os feitios e tamanhos, estiveram nesta concentração junto do aeroporto, com espectáculos nos dias 17, 18 e 19 terminando no dia 20 com desfile pela cidade até ao jardim Manuel Bivar.

As fotos mostram algumas das motos no desfile.

Rogério Coelho

PALAVRAS PARA UM GRANDE COSTELETA

(era aqui o seu local de trabalho)

O COSTELETA,

que está sempre connosco, é o nosso Prof . de Ginástica, cujo nome e morada vai aí abaixo, para que não tenham desculpa de não dar uma palavrinha a essa grande personalidade que foi é o Professor

AMÉRICO JOSÉ NUNES COSTA

Rua do Parque

1500-483 LISBOA

Que muito contribuiu para a nossa formação de homens.

Posso dizer aqui, com total conhecimento de causa que o professor Américo tinha e tem orgulho em nós todos, montanheiros e citadinos, ajudando-nos bastante, corrigindo os nossos comportamentos .

A mim, disse.- me uma vez, quando me encontrou num almoço anual em VILAMOURA com uma camisa amarela vestida. Sempre tiveste a mania que eras o primeiro.

O primeiro, será sempre o senhor Professor Américo Costa Nunes, que nos deu aulas, nos educou e nos preparou para a vida.

Nunca mais me esqueço da simpatia que nutria pelo seu quarto de defesa, homem da minha terra, o CUSTÓDIO JULIÃO GUERREIRO DE CARVALHO, (o nice litle) que era muito tímido e no almoço anual da Escola, o Professor perguntava sempre por ele.

Para o grande educador que foi e pelo amigo que ainda é, aqui lhe deixo, em nome de todos, um

OBRIGADO SENHOR PROFESSOR AMÉRICO

Texto de
João Brito Sousa

sábado, 19 de julho de 2008

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS












Fazem anos em Julho:
22 – Rui Manuel da Conceição Rosa. 23 –Aníbal Rocha Fernandes Norte; Maria dos Anjos Santos Cebola. 24 - João Francisco Coelho Ramos; Victor Silva Vidal; Manuel de Sousa Lima. 25 - Fausto do Carmo Xavier; José Manuel Serôdio Bernardo; Baltazar Marçal Morais; Maria Filomena Coelho Gomes Jacó. 26 - Amélia Maria Celestino Campina; Leonardo Vila Nova Gonçalves. 28 - Albertino Filipe Bota; Gabriela Conceição Gonçalves Vieira; Maria José Rocheta V. Brás.


OS NOSSOS PARABÉNS



Colocação de Rogério Coelho

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)




PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA – (VI)
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A Pedro Nunes

Escola (efectivamnente) Industrial? Desde quando?

Estamos nos finais de 1908. Em 13 de Junho deste ano, a Escola Pedro Nunes celebrou o seu 20° aniversário. E nós lá fomos percorrendo as páginas dos Diários do Governo de todos esses 20 anos, em busca de tudo o que pudesse revestir-se de interesse "Para a História da Escola". Pouco poderemos, hoje, acrescentar ao que referimos em notas anteriores.
Com efeito, não encontrámos, até agora, qualquer elemento que nos pudesse garantir que a Escola, embora oficialmente designada "industrial" desde 1891, tivesse ministrado qualquer outro curso que não o de desenho industrial.
Detenhamo-nos no quadro de pessoal docente fixado em 1897, que já aqui reproduzimos.
Para além de um mestre de Carpintaria e de uma mestra de Lavores Femininos, integravam-no três professores, todos eles da área do Desenho:
- Alfredo Carlos Franco de Castro - Desenho Elementar;
- Adolpho Haussmann - Desenho Ornamental e Modelação;
- José Francisco Marques - Desenho Mecânico.
E este quadro docente permaneceria (tanto quanto nos é possível afirmar) até ao ano de 1908 em que, como dissemos, nos situamos, neste momento de buscas. Houve, obviamente, algu­mas alterações de nomes (falecimentos, transferências), mas não detectámos qualquer nomea­ção de professores para as restantes disciplinas do elenco curricular do curso industrial ­profissional aqui criado em 1897: Língua Portuguesa, Aritmética e Geometria e Princípios de Física e Química.
Escola (efectivamente) industrial? Desde quando? Uma dúvida que subsiste. Daí, a razão do subtítulo deste apontamento.

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A título de curiosidade, deixamos aqui alguns casos de mobilidade de docentes, que conse­guimos respigar:
- Em 1904, António Ezequiel Pereira, que exercia em Ponta Delgada, é nomeado para a vaga deixada pelo falecimento de A{fredo Carlos Franco de Castro (O

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primeiro Director da Esco­la);
- Em 1906, a propósito de uma licença concedida a José Francisco Marques, encontramos uma referência à sua condição de Director (Teria sido o segundo?);
- Em 1907, o mesmo professor é transferido para Setúbal, enquanto Carlos Augusto Lyster Franco (que muitos de nós ainda conheceram em plena actividade docente), aprovado em concurso de provas públicas desde 1905, é nomeado para a vaga por ele deixada.
(Teria Lyster Franco sido o terceiro Director da Escola? Cremos que sim. Procuraremos confirmá-lo.)




Franklin Marques

A CIDADE E A ESCOLA (V)


A CASA DOS RAPAZES E A ESCOLA

A denominada CASA DOS RAPAZES é uma grande instituição que já funcionava no meu tempo e que deu bons alunos, bons funcionários e bons quadros superiores de empresas..

Em todas as turmas havia um, pelo menos, um aluno proveniente de lá. No meu primeiro ano, o seu “representante” era o JOSÉ MATEUS FERRINHO PEDRO que chegou a gerente do BPI n Seixal.

Jogaram pela selecção da Escola em andebol, Guerreiro, Barracosa e Jesuíno.

No futebol Manuel Dias e Bernardino Martins.

Na banca, Hélio BPA Albufeira, Remendinho BNU em Lisboa...

Nos Seguros, LADARI

A Casa dos Rapazes é uma instituição que tem 63 anos de idade, que, além de um vasto número de funcionários, proporciona aos jovens utilizadores, no dia a dia, o ambiente familiar que não tiveram, zelando pela sua educação, comportamento, alimentação, saúde, higiene, entretenimento, ocupação de tempos livres, etc., dispondo ainda de um corpo de técnicos para acompanhá-los, composto por Psicólogas, técnicos de serviço Social e Professoras destacadas pela Direcção Regional de Educação do Algarve para apoio pós-escolaHá todo um trabalho de conjunto a fazer para que, neste espaço, os jovens alcancem, ou recuperem, o equilíbrio e estabilidade emocional que lhes permita uma futura reintegração

texto de
João brito Sousa

sexta-feira, 18 de julho de 2008

A CIDADE E A ESCOLA (IV)




RECORDANDO...

Naquele tempo o S.C FARENSE alinhava com ISAURINDO, REINA, VENTURA E CELESTINO, FAUSTO MATOS e ZÉ MARIA, BRITO, BALELA, CAMPOS, REALITO E QUEIMADO .

A Escola alinhava com MALAIA, JÚLIO PILOTO, CARONHO E PINTO FARIA, PEPE E JULIÃO, NUNO, EUGÉNIO, JACINTO FERREIRA, PUSKAS E JOÃO PARRA.

O SCFARENSE, com aquela equipa e com o Quaresma a treinador, ainda fez o primeiro lugar da zona sul por duas ou três vezes. A linha avançada era boa e o espanhol Rialito já fazia a trivela nessa tempo e Campos era goleador.

Na equipa da Escola, os laterais Piloto e Pinto Faria subiam bem, Caronho era o intelectual da equipa, Julião a segurança, Pepe a inteligência, Nuno a velocidade e o drible, Eugénio a habilidade, Jacinto Ferreira era o homem golo, Puskas lançador e goleador e João Parra tinha tudo.

O melhor jogador que vi jogar no Farense, foi o Atraca, que jogou ainda no FCPORTO a defesa esquerdo e foi chamado aos treinos da selecção nacional.. Era um jogador seguro, muito boa colocação no terreno e fazia ala com o Nóbrega. Voltou ao Farense mais tarde, onde ainda jogou umas épocas a quarto de defesa e era intransponível..

O melhor jogador da Escola que vi jogar foi o Zé Gonçalves, camisa dez, pensador de jogo, intuição, habilidade e arte.

Um pouco da cidade.... Rua de Santo António, Livraria Silva, propriedade do Sr. Eduardo João da Silva, pessoa muito agradável. Cavalheiro, sisudo, mas não carrancudo. Habitual à porta o poeta de Estoi, o Dr. Emiliano da Costa, o criador da Rosairinha e do Belé de Soisa

Era aqui que comprávamos as canetas de tinta permanente Ero...

Texto de
João brito Sousa

quinta-feira, 17 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)


PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (V)

Resumo dos apontamentos anteriores:
1888 - A Escola é criada como "escola de desenho industrial";
1891 - A Escola é incluída no quadro das "escolas industriaes elementares”;
1897 - A Escola passa a designar-se, apenas, "industrial".

Deixemos para trás o Séc. XIX e os 9 anos de existência da Escola Pedro Nunes, marcados pela publicação de sucessivos diplomas, de um modo geral sob a denomi­nação de «organização (às vezes reorganização) do ensino industrial elementar e commercial”.,

Ora, logo no primeiro ano do Séc. XX (1901), o Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, que tutelava as escolas de cariz profissional, particularmente vocacionadas para o aperfeiçoamento de operários, faz publicar,. no Diário do Governo nQ 295, de 30 de Dezembro, um novo diploma, com objectivos em tudo idênticos aos já aqui referi­dos, mas sem qualquer substancial relevância para a Escola Pedro Nunes. Com efei­to, são mantidos os cursos (o de desenho industrial e o profissional) com que a Escola fora, até então, contemplada. E, tal como sucedera em 1897, uma vez mais é estipulado que «o provimento das cadeiras e a installação das officinas que faltarem para completar as indicadas (...) só poderá ter logar á medida que as necessidades do ensino o aconselhem, depois de auctorizada no orçamento da despesa do Estado a respectiva verba».

E, novamente, por força de uma outra disposição deste diploma, são fixadas as disci­plinas que "transitoriamente" funcionariam na Escola Pedro Nunes, as quais, em boa verdade, estavam longe de cobrir toda a componente curricular do curso profissional. A título de curiosidade indicamos, seguidamente, as disciplinas com que os nossos colegas do final do Séc. XIX/princípio do Séc. XX "tinham de se haver', bem como a constituição do

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Quadro Docente da Escola:

Professores :
Alfredo Carlos Franco de Castro
(Director)
Professor efectivo
Disciplina: - Desenho Elementar
Adolpho Haussmann

?
Disciplina: - Desenho ornamental e modelação
José Francisco Marques
Professor auxiliar
Disciplina: - Desenho mecânico

Mestres :
António Caetano dos Reis
Oficinas: -Carpintaria
Laura Gonçalves
Oficinas: -Lavores femininos


Franklin Marques

A CIDADE E OS COSTELETAS

RECORDANDO..

Esta crónica é para o DADINHO, que eu encontrei em OLHÃO e me disse ser costeleta com muito orgulho.

Eu penso que não há nenhum costeleta que não tenha saudade do tempo da Escola. Foram períodos áureos de camaradagem, onde nós aprendemos a gostar uns dos outros. É claro que também tivemos as nossas brigas, guerreámos e demos porrada uns aos outros, mas hoje recordamos isso com uma fraternidade imensa.

Já contei aqui aquela história com o Brito Afonso, que à distância recordo com saudade.

E as porradas com o Rodrigues e com o Reinaldo Neto, Zé Pedro Soares e João dos Santos, o Nogueira e o Alfredo Teixeira, o Ivo e o Passos, o Carrasqueira e outros.

Recordo aqui o já falecido Zé Eusébio de Salir e gerente do Sotto Mayor em Faro, que me cortou o quico da boina e eu nunca mais lhe falei . Parlermice minha que fica no baú das recordações daquele tempo.

Recordo aqui o já falecido Luís Cunha gerente igualmente do Sotto Mayor em S. Brás de Alportel que, uma vez me atendeu o telemóvel na rua de Santo António e me disse, obrigado amigo.

Recordo aqui o já falecido Franklin Marques a quem eu costumava dizer que era o melhor homem do mundo. Olá Frank... como é isso aí....

Deixo aqui um abraço amigo para os meus colegas da Escola Primária de Mar e Guerra, o Zé e o Quim Rafael, o Zé Elias, o Bernardo, o Zé e o Xico Gabadinho, a Maria da Glória, a Esmeralda e a Susana Moreno, os meus primos Louro, o Diogo Tarreta, amigo perdido e reencontrado como ele diz... e para o falecido Zé Baptista, irmão do Víctor, o primeiro de nós a possuir telemóvel e me disse ó João, toma lá o meu número para me ligares..

Recordo o Alberto Rocha, que me fala regularmente, o Zé Emiliano que vi agora de soslaio em Faro, o Vitélio Cabrita que eu conhecia bem mas ele não me conhecia e outros. mais...

Recordo o Zé Vitorino Neves do Arco, o Romualdo Cavaco, o Jorge Santos o meu treinador de andebol e o Fausto Xavier todos do BNU.,

Mas esta crónica, que é para todos os costeletas, vai especialmente para o DADINHO que me encontrou em Olhão e disse-me: Eu sou do tempo do Caronho e marquei três golos à malta do LICEU quando o Parra secou o Bomba.

Esta crónica vai para essa equipa de andebol que honrou os costeletas e jogou com PALMINHA, BARÃO, CARONHO e JULIÃO, JÚDICE, PARRA e DADINHO.

E para a cidade recordemos um pouco a Casa Verde, a Sapataria Atlas, o Banco do Algarve, o Salão de Bilhares do Sr. Marcelino e o Café Central. ali ao pé do jardim..

Ó Escola.. ó minha cidade... como eu te amo.

Texto de
João Brito Sousa

quarta-feira, 16 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)





PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (IV)

Resumo dos apontamentos anteriores:
1888:.... A Escola é criada, como "escola de desenho industrial", tendo por patrono Pedro Nunes";
1891- A Escola é incluída no quadro das "escolas industriaes elementares",
Situemo-nos, agora, no ano de 1893. Um novo diploma introduz algumas alterações, sem qualquer relevância para a Escola Pedro Nunes, ao decreto de 1891.
Nas buscas efectuadas encontrámos, seguidamente, um decreto de 1897, publicado no Diário do Governo nº 283, do dia seguinte, visando, uma vez mais, a reorganização das "escolas industriaes e de desenho industrial".
Transcrevemos:
Art. 1º As escolas industriaes e de desenho industrial são estabelecimentos de instrucção para operarios e aprendizes de ambos os sexos.
Art. 2º As escolas têem por fim ministrar o ensino do desenho e os conhecimentos theoricos necessarios a operarios e aprendizes, bem como o ensino profissional com­pleto.
Art. 3º As escolas são:
a) De desenho industrial;
b) Industriaes.
Art. 4º Os cursos ministrados nas escolas são:
a) De desenho industrial;
b) Profissional;
c) Industrial.
Art. 5º São Escolas industriaes aquellas onde forem ministrados todos os cursos indi­cados no artigo 4º ou somente o curso profissional ou industrial com o de desenho industrial.
Art. 17º Segundo a classificação dos artigos 5º e 6º, são industriaes ( ... ) as designadas no seguinte quadro:


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Escolas industriaes
Sedes: - Faro
Nomes: - Pedro Nunes
Cursos: - Desenho Industrial = Profissional
Disciplinas I - Desenho elementar
II - Desenho

a) Mecânico

c) Ornamental e Modelação
III - Língua Portuguesa

IV - Aritmética e Geometria
VII - Principios da Phisica e Chimica

Oficinas: - Carpintaria - Serralharia - Marcenaria - Cordoaria e aparelhos de pesca - Lavores Femininos

Art. 18º As disciplinas e officinas que começam a funcionar desde já, são, por escolas, as que constam do quadro anexo a este decreto.
§ 1º Só serão providas as cadeiras e installadas as officinas que faltarem para comple­tar os differentes cursos, mediante auctorização legislativa, á medida que as necessi­dades do ensino o aconselhem e uma vez que seja inscripta no orçamento do estado a verba para esse fim necessaria.»
(Transcrição, na parte que interessa, do quadro referido no Art. 18º):
Pedro Nunes

Disciplinas: I.
II (b) e (c)
Officinas: Carpintaria - Lavores femininos

ooooOooo

E aqui temos um novo enquadramento da Escola Pedro Nunes, que muda a sua ante­rior designação de "industrial elementar" para, simplesmente, "industrial", visto ser abrangida pelo disposto no artº 5º.
Todavia, se compararmos a doutrina do art2 17º (Quadro) com as restrições impostas pelo artº 18Q, será legítimo interrogarmo-nos sobre se teria funcionado na Escola, por força do presente diploma, algum outro curso que não o de desenho industrial. Repare-se no número de disciplinas e de oficinas cujo início de funcionamento é prote­lado.


Franklin Marques

GANHOU UM COSTELETA




ESTA HISTÓRIA É PARA UM BIFE....AMIGO DOS COSTELETAS, O HORÁCIO SANTOS.
por DIOGO COSTA SOUSA

Escola, liceu e a cidade miscejenavam...criaram personalidades, criaram rivalidades e...namoricos.....O "picadeiro como a apelidávamos dava isso tudo....e, que tal "pista" depois da uma ou duas da manha?...Com certeza que foram poucas vezes mas eu recordo uma em que envolveu aposta e tudo!!!

Os daquele tempo, lembram-se que o pai do Horácio Santos, bife de reputação, era conceccionário dos carros da marca Austin. O Horácio, para inveja de nós todos passeava as suas artes de bom condutor com os celebres Cooper...muito rápidos e manobráveis...

Acontece que por essa altura para minha casa foi comprada uma mota JAWA...(essa mota ainda existe, faz parte do museu que meu irmão Reinaldo conserva de todos os veículos motorizados da família...acontece, que quando assistíamos aos "santos sacrifícios das saídas" da Escola e Liceu, eu e o Horácio, já tínhamos mais ou menos feito uns arranques...ao desafio o que mostrava que a minha mota, pelo menos no arranque, era mais rápida que o Cooper......

Uma noite, depois da sandes em pão de forma e a imperial no Aliança, aparece a conversa/desafio de quem seria mais rápido e nada melhor que provar a tese, sublinhando com uma "apostinha" de cem escudos, muito dinheiro para a época...

O Horácio não tendo dinheiro com ele apostou uma carteira em pele de crocodilo....

A coisa consistia então de ver quem, partindo os dois do canto do aliança chegaria ao infante no alto de santo António primeiro....as claques dividiam-se e, foram colocar-se nos pontos chave para evitar qualquer encontro com trafego...o que seria praticamente impossível devido ao adiantado da hora .Naquele tempo a nossa mais importante e bonita rua ainda era aberta ao transito automóvel

Foi dada a partida e, tal como eu previra, no arranque fui bastante mais rápido, lembro-me que passei rente a' loja do "Miranda joalheiros" ao cortar por dentro a curva, ao fim da rua de santo António teria uns cem metros de avanço que o Horácio já não consegui recuperar até ao Infante...embora tenha reduzido......

Ainda hoje guardo a carteira....como recordação do Horácio....que ainda na ultima vez que o vi, há muitos anos me disse....E a minha carteira?

Escola e Liceu misturavam-se na rua de santo António, brincavam sadiamente......bifes e costeletas eram afinal a nossa juventude, jovial e quase sempre pura e cega de classes.
um abraço ao Horácio se conseguires contactar com ele....e guardo a carteira...que ainda por cima esta autografada por um "homem da noite" famoso daquele tempo.

Publicação de
João brito Sousa

terça-feira, 15 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)

PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (III)

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Antes de mais, queremos deixar aqui registada a nossa falta de formação no campo da investigação documental à qual, certamente, não serão indiferentes eventuais lapsos, omissões e (quem sabe?), até mesmo incorrecções. É, pois, provável que alguma documentação com interesse se nos "escape". Com esta limitação e sem preocupações de ordenação cronológica, propomo-nos, no entanto, continuar a levar aos Costeletas "aquilo" que se nos for deparando.
Nos apontamentos publicados nos dois últimos números d' «o Costeleta», deixámos a certeza (documentada) do início da nossa Escola. 1888 foi, sem qualquer dúvida, o ano da sua criação, sob a designação de escola de desenho industrial Pedro Nunes.
Ora, esta modalidade de ensino - o desenho industrial - terá sido implementada no ano de 1883, como "um nível de ensino nitidamente inferior" ao previsto para as primeiras escolas industriais que, também nesse ano, iniciaram o seu efectivo funcionamento, não obstante terem sido criadas quase 20 anos antes - em 1864.
Depois da portaria e do decreto já aqui publicados, referiremos, hoje, um outro diploma: um decreto do Ministério das Obras Públicas, saído no Diário do Governo n° 227, de 9 de Outubro de 1891. Trata-se de um documento que comporta um extenso Regulamento sobre a "Organisação do ensi­no industrial e commercial", do qual transcrevemos:
“Art. 87º As escolas industriaes são:
a)completas;
b)incompletas; e
c) elementares ............... »
A escola Pedro Nunes aparece-nos incluída nesta terceira categoria, aquela em que se inserem as escolas que professam «unicamente o ramo de ensino de desenho industrial ou este e o officinal technico».
Com esta designação - industrial elementar - não nos parece que se tenha introduzido qualquer relevante alteração ao anterior estatuto da escola.
O que reputamos de maior interesse no presente decreto é o facto de o respectivo articulado nos permitir conhecer a composição curricular do curso (ou cursos?) aqui ministrado, o que, até agora, não tínhamos encontrado em qualquer diploma legal.

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No que se refere ao desenho, ele comportava as seguintes modalidades (disciplinas):
4. Desenho elementar Classe I - preparatória
Classe II - complementar
5. Desenho "architectonico" Classe I - desenho artístico e modelação
Classe Il - desenho "technico"
6. Desenho ornamental Classe I - desenho de ornato e modelação
Classe Il - composição ornamental
Pensamos, com alguma fundamentada convicção, que estas modalidades de desenho industrial esta­vam relacionadas com a indústria de construção naval, tanto mais que, quanto às anteriormente previstas "pequenas officinas", este documento consignava:
«.Art. 95" As escolas em que ficam estabelecidas officinas, privadas ou contratadas, de ensino technico, são as seguintes:
... ... ...
C) Escolas industriaes elementares
... ... ...
17º Pedro Nunes, Faro
a) Carpintaria naval
b) Poliame
Fica-nos, no entanto, a dúvida sobre se estas oficinas já existiriam desde a criação da escola em 1888, ou se tiveram início apenas a partir da publicação do decreto que hoje aqui trouxemos.Para quem, eventualmente, desconheça o termo, informamos que o Dicionário da Porto Editora regista: “Poleame, s.m. conjunto das polés, roldanas, mou-tões, sapatas, andorinhas, etc. que se empregam para passagem dos cabos nauticos (De polé).

Franklin Marques

segunda-feira, 14 de julho de 2008

INAUGURAÇÃO DO CARIMBO

















Quando o Conselho Executivo da nossa Escola, nos cedeu uma salinha para as nossas reuniões, arquivo de documentos, etc, de imediato alguém lembrou que não tinhamos um carimbo e que portanto havia que mandar fazer um. A ideia foi aprovada por unanimidade e de imediato se procedeu à encomenda do mesmo.
Agora observem o cerimonial da sua inauguração: (ver fotos)
Primeiro alindou-se a sala para receber sua "magestade", o carimbo .
Em segundo lugar, procedeu-se à colocação da fita na porta, para ser cortada.
Depois, o Secretário, Rogério Coelho (como lhe competia) trouxe a tesoura na respectiva almofada. Em seguida a nossa esbelta e sempre bonita Mimi, foi eleita para cortar a fita. Procedeu-se à escolha de um local de honra para a colocação do carimbo. E como é da praxe a inauguração do Sr. carimbo foi festejada.
Finalmente o Secretário procedeu à elaboração da respectica acta, com horas, minutos e segundos. Depois de lida em voz sonora e timbrada, a acta foi aprovada e assinada por todos os presentes

J.Almeida Lima

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)


PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (II)
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Lembrar-se-ão, por certo, que terminámos o anterior apontamento com a afirmação de que a Escola foi "baptizada" mesmo antes do seu "nascimento".
Ê, na verdade, uma situação insólita para a qual não encontramos explicação e que constituiu um grande quebra-cabeças, quando nos propusemos desvendar as "nossas" origens. Se não, vejamos:
Como, também, certamente, estarão recordados, o Decreto que criou, em Faro, uma "escola de desenho industrial" foi assinado pelo Rei D. Luís em 13 de Junho de 1888. Mas a sua publicação só se verificaria no Diário do Governo n° 185, de 16 de Agosto daquele ano. Ora, o primeiro diploma legal que se nos deparou (Diário do Governo n° 93, de 24 de Abri!), quando das buscas que efectuámos na legislação de 1888, foi a seguinte Portaria:
"MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS
PORTARIA
Direcção geral do commercio e industria
2ª Repartição
Industria
Tendo subido á presença de Sua Magestade EI-Rei o offício em que o inspector das escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do sul propõe que, em homenagem á memoria e ao nome de pessoas que em Portugal iIIustram os annaes das sciencias, artes e industrias, ou a quem estas têem merecido auxilio e protecção, se dê por titulo ás escolas recentemente creadas o nome d'aquelles que mais se têem elevado; n'este instituto: O mesmo augusto senhor ha por bem, conformando-se com a referida proposta, determinar que ás alludidas escolas se dêem os seguintes nomes:
Escola em Peniche «Rainha D. Maria Pia», em Setubal "Princeza D. Amelia», em Leiria «Domingos de Sequeira», em Faro "Pedro Nunes» ..
O que, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria; se communica para os devidos effeitos ao mesmo inspector.
Paço, em 23 de abril de 1888 = Emygdio Julio Navarro.
Para Francisco da Fonseca Benevides, inspector das escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do suL"
"Escolas recentemente creadas" -- é o que aqui se pode ler. Mas... "creadas" quando e como? Anteriormente, por certo; embora... talvez apenas no espírito
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do legislador ou nas intenções dos governantes... Comparemos as datas. E, facilmente, verificaremos que a data da assinatura da “certidão" de "baptismo" com o nome de Pedro Nunes (23 de Abril) antecede, em quase dois meses, a data da assinatura da "certidão" de "nascimento" (13 de Junho).
Propomos que os mais curiosos tentem desvendar este enigna. Nós já o fizemos. Mas sem qualquer resultado esclarecedor.

por Franklin Marques

Colocado por Rogério Coelho