terça-feira, 8 de julho de 2008

ESCOLA, ESCOLA, ESCOLA..


ESCOLA, ESCOLA, ESCOLA... COSTELETAS SEMPRE.

A Escola é uma saudade. Apaixono - me por ela quando a recordo. E vem-me à memória o quanto a estranhei quando lá entrei, o andar à porrada com a malta, da primeira vez que fui para a rua com a Drª Conceição Sintra, da primeira punhada que dei no Justo Sousa, na primeira galheta que me deu o Victor Abrantes logo no segundo ou terceiro dia de Escola do primeiro ano, de quando me deixei urinar na aula de português por não saber pedir à professora que queria ir lá fora., do Zé Júlio, o meu primeiro parceiro de carteira não oficial, do Jorge Manuel Amado, o velho parceiro de carteira quando já tudo estava em ordem.

Sempre tive uma certa pancada para andar com os mais velhos.

Recordo aqui alguns dos (mais) velhos do meu tempo, com muita saudade.

O Franklin da Mocidade portuguesa recentemente falecido e que era um amigão é daquelas pessoas que não deviam morrer nunca..

O Zé Clérigo do Passo da Fuzeta, aluno com automóvel que dançava no rancho da Conceição de Faro com a Isabelinha Grelha, uma rapariga do campesinato, linda de morrer, o Zé chegava para o ensaio e dizia-lhe, Isa vamos dançar a escovinha e rodopiavam... rodopiavam...

Tenho saudades do Jacinto, a quem nós chamávamos o Conde de Salir e tocava a malaguêna com uma esferográfica nos dentes.

O Encarnação Viegas, distinto jornalista do Diário de Notícias, cabelo louríssimo,que fez carreira no jornalismo em Lisboa.

O João Manjua Leal, professor e jornalista, grande homem das letras, aquele que sabe tantas histórias e histórias da cidade, que conheceu o Dr. Mealha, um indivíduo sempre apressado, com um ar distraído e muito brincalhão. Contava-se até, que quando não conseguia logo à primeira tentativa enfiar a agulha da injecção na veia do paciente, dizia na brincadeira:: - “ Dê cá o outro braço que esta veia está entupida.”

O Zé Amâncio que foi Comandante de Castelo nos tempos do Zé Paixão, do Zé Luís, do Zé Palminha, e de outros, Seguiu a Marinha e viveu em Almada há quarenta anos. Falecido...

O Custódio Julião de Carvalho Guerreiro e o Manuel Pires Vitória, naturais do Patacão, o primeiro filho da Professora lá da terra e grande jogador de futebol, quarto de defesa que não deixava passar nada, fez grandes jogos com o Victor Caronho a central, boa colocação no terreno, boa visão de jogo, rápido sobre a bola, bom a sair a jogar hoje reformado da banca e agricultor.

Manuel Pires Vitória, empresário de sucesso.

(continua)
João Brito Sousa

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