quarta-feira, 24 de setembro de 2008

POESIA DE ZÉLIA CRISTINA

2008.09.24

A VIDA
de Zélia Maria Cristina CABRITA

A VIDA

E esse rio que corre não sei para onde,
Esse mar imenso,
Essa terra que o arado desbrava e semeia,
Essa flor casual que nasce sem ser plantada,
Essa pedra na estrada,
Esse sorriso de criança,
A lágrima no rosto dum velho.
A vida
Essa coisa que nos escorre,
Por entre os dedos,
Que não para jamais,
Enquanto se sente juventude dentro de nós,
A vida
Essa coisa que de um momento para o outro
Pode cessar sem mesmo se ter vivido,
A verdade, depois de se ter mentido,
A ilusão, mesmo depois de a ter perdido.
A vida.
A minha e a tua
Amanhã- pó nada,
Ódios, amores, rancores, indiferenças
Não terão mais sentido para mim
A vida
A minha
Que começou um dia,
Não sei quando,
Teve meio e princípio,
Terá então um fim.

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