quinta-feira, 2 de outubro de 2008

DO CORREIO ELECTRÓNICO

Recebido, por Email, transcrevemos na íntegra, esta mensagem do Jorge Tavares:

Meu caro Rogério,

Quando andei nas lides jornalísticas, recebi de oferta três livros, denominados "selecções da Gazeta" e que transcrevem centenas de textos jornalisticos, comentários, poesias, etc, do semanário "Gazeta do Sul" que se publicou entre 1930 e 1955 na vila do Montijo. Hoje ao reler algumas páginas, deparei com esta poesia de Camilo Castelo Branco que achei interessante divulgá-la.

AMIGOS

Amigos, cento e dez ou talvez mais,
Eu já contei, vaidades que eu sentia!
Supuz que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal, entre os mortais.

Amigos, cento e dez, tão serviçais
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais

Um dia adoeci profundamente:
Ceguei, dos cento e dez houve um sómente
Que não desfez os laços quasi rotos.

Que vamos -diziam- lá fazer?
Se ele está cego não nos pode ver!
Que cento e nove impávidos marotos

Um abraço
Jorge Tavares

3 comentários:

Anónimo disse...

2008.10.03

Viva.

EM AMIGOS?... qual será a mensagem do autor?...

Todo o gesto ou atitude tem uma finalidade?.

E qual será a mensagem de quem enviou o texto?

O conteúdo do soneto e respectiva mensagem, nós conhecemos... Agora .. mandar um texto para publicar no blogue, se calhar a querer dizer que somos todos uns sacanas uns para os outros ... é, no mínimo, doloroso.

Confesso que não vejo oportunidade no soneto e entendo que quem o enviou deveria dizer qual a finalidade...

Mr. JT, fico à espera...

João Brito SOUSA

Anónimo disse...

Não vou perder tempo a comentar intencionalidades, quando estas nunca estiveram na minha mente.

Cada pessoa é livre de interpretar a intenção dos outros como quiser.

A este respeito gostaria de lembrar o proverbio popular - Pelos teus favais,regulas os demais -.

Mais acrescento - se e quando classifico alguem de sacana - deixa de fazer parte das pessoas com quem privo pessoalmente, por escrito ou de outra forma.

Assunto esclarecido.

Anónimo disse...

JORGE, MEU VELHO,

Um dia virá que nos fará rir disto tudo.

Concordo contigo, assunto esclarecido e sem rancor, acrescentaria eu.

Jorge, não pode ser de outra maneira. Eu não conto para nada mas somos obrgados, temos essa obrigação, de saber ser costeleta.

Não estar de acordo é apenas uma atitude.. válida ... suponho.

ab.

João Brito Sousa