sexta-feira, 10 de outubro de 2008

NO ALMOÇO DOS BIFES ESTEVE LÁ UM COSTELETA

(Fernando Dourado, Luís Gama Silva, Zezinho, Ilídio... )

UM COSTELETA NO ALMOÇO DOS BIFES
(continuação)

FADO DO REENCONTRO

Pus no portal da saudade,
Asas, que o tempo levou,
Pus no portal da saudade.
Asas que o tempo levou,
O tempo perdeu as asas
e a saudade amortalhou.
Pus no portal da saudade,
Asas, que o tempo levou

Sorvamos da Taça em Vida,
O Vinho da Eternidade.
5 – O CAMINHO de, Vieira Calado
para a Graciete, não presente


Descobre-se o caminho pelo verde das árvores
Pela toca onde hiberna o réptil,
Uma aldeia nua num deserto
De árvores do deserto

Sobe-se pelas suas vertigens,
O lugar onde colocamos o impulso do sangue,
As aranhas que temos no sítio da alma

Por fim assentamos a flor dos pés na terra
Para lermos, na obscuridade, sobre o chão,
O ruído de todas as cosas.

O CAMINHO por João Brito Sousa

És tu meu amor....


E O FERNANDO DOURADO disse,

“É GRATIFICANTE UM ENCONTRO DESTES. VÊ-SE QUE AINDA HÁ MUITA JUVENTUDE NESTA GENTE”..

6 - É ESTA SUBSTÂNCIA de Vieira Calado
para a Liliana Elias

É esta a substância que trago
Nos olhos nas veias do caminho
Porque sou feito de astros
Pó de estrelas vácuo
E vazio me perpetuo
porque tenho em mim o fogo
que inunda a alma
ou a vida
ou havida memória
dos que foram.
E por isso resisto
pelo silêncio
que arde
e se multiplica
no espelho dum coração que bate
habitado pela luz.

È ESTA SUBSTÂNCIA por João Brito Sousa

É esta substância de mim
Um homem
Assim
Como não sei o quê..
É esta substância
Que me traz a ânsia
De ser alguém
Eu e outra ou outra
Quem?....

E o ZEZINHO PARAÍSO disse. “ RECORDAR É VIVER...”

7 – A NOSSA CASA É UM LUGAR AO VENTO por Vieira Calado
para a Maria Álvaro não presente.

A nossa casa é m lugar ao vento, mas buscamos
O absoluto, a bárbara verdade duma onda sobre a raia.

Tudo nos pertence porque guardamos na memória
Os restos do apego às coisas que tivemos, os gestos
De gratidão que vimos no coração dos dias violentos,

Esta época não é nossa. Subverte os conceitos
Do ânimo, os desígnios legítimos da plenitude.

Mas por isso ainda somos a centelha que arde devagar
Na paisagem estreita das árvores estóicas, em momentos
De tempestade, na consciência das opções sublevadas

A NOSSA CASA É UM LUGAR AO VENTO


A nossa casa é a minha casa
É onde resides
E vives
E onde dizes que vais morrer
E onde apanhas as tuas bebedeiras
De luar
Noites inteiras.

E O EULER disse “QUEBOM...”

8 – FLORES DO OUTONO de Vieira Calado
para a Liliana do Vidal não presente.

A gora vou reclinando o corpo
Entre a terra e as estrelas.

O espaço é breve
Para a brisa do mar
que ainda soa.

E no entanto,
Adormeço
no meu sonho,
sereno de harmonias.

Incendiando o fino pó
Da terra
Com estas flores violentas,
Exíguas, do outono

FLORES DO OUTONO por Brito Sousa

Flores outonais,
Belas, belas, belas ... cada vez
Mais...

E o TABETA disse:

“GRANDES AMIGOS.ÀS VEZES, NAS COMPETIÇÕES DA ”BUFA” A COISA AZEDAVA, MAS ERA SÓ NAQUELES MOMENTOS. GRANDES RECORDAÕES E MAIORES SAUDADES” ...

9 – VENTO VIAJANTE por Vieira Calado
para a Aidé não presente


Vento viajante, ó velho vento circundante
Unindo este a oeste com a sua lira redonda
Sempre a sucumbir nestes horizontes
Em timbres de loucura e mansidão

Vento que sopras o perfume das flores,
Inconsciente, diurno, em céus de estrelas
Perdidas sobre a praia azul tranquila.

VENTO VIAJANTE por João brito Sousa

Vento que vais viajar ... para onde? Não sabes,
Nem eu...
saí hoje... do LICEU.
Qual é a tua o meu..

O vento sempre a cirandar
E avela sempre a levar
Com aquele ar em movimento
Como eu.....


E o ADOLFO PINTO CONTREIRAS dos Gorjões, disse:

“È UMA ALEGRIA VOLTAR A CONVIVER E RECORDAR OS TEMPOS DA JUVENTUDE COM OS MOÇOS COMPANHEIROS DESSA MESMA JUVENTUDE. ESTAR VIVOS E VÊ-LOS AO FIM DE TANTO TEMPO É VERDADEIRAMENTE UMA ALEGRIA.


10 – AGORA ESCUTO A VIBRAÇÃO DO AR, por Vieira Calado
para a Quitéria Elias, não presente


Agora escuto a vibração do ar
Este muro de cores frias, de frio


Que anima o pólen dos olhos
o meu próprio respirar,
Um arco de sombras
De águas velozes, vivas.

Como um sinal preclaro
Que enche o ar
E o incendeia

Com um murmúrio matinal
Dum líquen
Perpétuo e ausente


AGORA ESCUTO A VIBRAÇÃO DO AR
por João Brito Sousa

Escuto quem vibra no horizonte da noite ..
Apenas isso... nada mais incomoda
Tudo isto vibra no mar
E também no ar ...

E A ISILDA DELFINO (costeleta) disse:

“MAIS UM ENCONTRO DE MUITA AMIZADE.
. É BOM ABRAÇAR AMIGOS QUE VIVERAM CONOSCO OS MELHORES MOMENTOS DA NOSSA VIDA. VALE A PENA! .....

publicação de
JOÃO BRITO SOUSA

Sem comentários: