domingo, 30 de novembro de 2008

ANIVERSARIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS

Fazem anos em Dezembro


01 - Bertília Maria Rilhó Sousa Rodrigues Pereira. 02 - Esmeralda M.M. Carmo Bolas Soares. 03 - João Sabino Ladeira 04 - Alberto Afonso Cavaco; Olinda Maria Revés Celestino Lino Torres; Rosália da Conceição Correia Fernandes dos Santos; Maria Vitória Ramos Raposinho Rosa da Cunha; Ana Bela Soares de Mendonça da Silva. 05 – Maria do Carmo Santos Cabrita Oliveira 06 - Manuel Martins Felizardo. 08 - José Conceição Mendonça Contreiras; Eduardo Conceição Pires; Maria Amélia C. Sebarrinha D. Fernandes; Francisco Gago Assunção; Rosélia Conceição Correia Fernandes Tomás; Tomé da Conceição Apolo; Manuela Conceição Verissimo Bernardo Cavaco. 09 – Rosa Maria Machado Martins. 10 - Maria de Fátima Ferro da Costa; Olinda Maria Grade da Silva. 11 - Vítor Manuel Gomes Palma. 12 - Ângelo Leal Costa; Valdemiro Pinheiro Bispo. 15 - Maria Filipe Vieira Sousa Guerreiro; Manuel Justino da Conceição Pedro.


PARABÈNS A TODOS



Perquisa de Rogério Coelho

PORQUE HOJE É DOMINGO













CORREIO COSTELETA


1 - FROM WASHINGTON,
Por Diogo Costa Sousa

Amigo joao

Acabei de chegar ...

Já passei os olhos pelos blogs....o meu cordão umbilical até vocês....claro que fiquei surpreendido mas satisfeito com o que vi... mas e' pa' o Maurício ou e' muito mais velho que no's ou então esta enganado no preço das coisas!!!!!...eu nunca conheci preços tão baixos....os que eu conheci eram dez vezes os por ele citados....dez centavos o quilo nas batatas?....seriam quinze tostões a' arroba.....eu nunca conheci preço inferior a doze escudos.....e já' era tão barato que muitas vezes não compensava a apanha.

2 – DO ESTORIL
por Maurício Severo

Caro João.

Outro abraço.Já calculava que não deixavas passar em branco essa minha lembrança , mal alinhavada, de pequenas passagens da vida dummôço, igual a tantos outros dessaminha geração. Tenho saudades desse tempo, embora a vida dos jó-veis não tivesse melhores oportunidades que a dos actuais.

Quantas imagens não perduram ainda na minha memória, factos, figuras e lembranças duma vida vivida na vélhinha cidade de FARO, com bons amigos, alguns dos quais já partiram para outras para-gens.,É bom recordar !. Quem me dera"ter engenho e arte" como pedia Camões às Musas, e que em ti não faltam, para gravar as minhas recordações como tu consegues natua lírica .

Que na tua "fonte", como na de Hipocrene, continue a brotar sempre um critalino lirismo.Mais um apertado abraço doMAURÍCIO S. DOMINGUES

MEU COMENTÁRIO

HOJE É DOMINGO.

E é com especial satisfação que publico estes dois textos de dois costeletas, fiéis ao blogue desde que tiveram conhecimento da sua existência.

Sinto-me orgulhoso por ainda haver dois, porque estes eu tenho a certeza que são verdadeiros representantes de milhares de costeletas que andam por aí mas que não têm tempo de nos mandar uma peripécia apesar do mano ROGER os ter convidado tanta e tanta vez. .

Tenho muito orgulho em ter frequentado a ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL DE FARO.

Tenho muito orgulho em ser costeleta ....

MAURÍCIO E DIOGO


Excelentes pessoas e dois grandes cavalheiros....
Que não se conhecem porque a geração é diferente
Mas eles são indiscutivelmente dos primeiros
A mandar crónicas e comentários aqui para a gente

A dez centavos diz o Diogo nunca ter visto tal preço
Mas o Maurício viu e comprou-as até lá na feira
Onde ia com o Pai, no princípio, quase no começo
Mas já lá estava ao pé da igreja a grande alfarrobeira

DIOGO, o costeleta MAURÍCIO não está enganado
E mais velho ... eu diria talvez um pouco mais usado
Mas é um homem que joga forte e vai sempre a jogo...

E podes ter a certeza que quando o conheceres, vais ver
Que a sua personalidade te vai obrigar a reconhecer
Com ele podes constituir a firma MAURICIO E DIOGO.


publicação de
João Brito Sousa

sábado, 29 de novembro de 2008

MÊS DA POESIA



PARA O AMIGO DIOGO COSTA E SOUSA, EM WASHINGTON

QUE É UM DOS FIÉIS DO BLOGUE.









ERAM A DEZ CENTAVOS ...

MAURÍCIO... mas que bela prosa, que bela memória
Que belos tempos esses da feira do Carmo e procissões!.
Mas que encanto essa descrição que vai ficar na História
Tenho a certeza que esse naco ainda vai abanar corações.

O teu texto, meu velho, é a história da nossa cidade....
Que tu e o velho e grande amigo Diogo Tarreta calcorrearam
Foram vocês dois ainda jovens que inventaram a amizade
E são os dois que como homens mais me impressionaram

No vossso imaginário a feira e as procissões ainda existem
E as saudades que têm dentro de cada um ainda persistem
E pensam que as ruas estão cheias de flores rosa e cravos

Da cidade onde tantas, tantas tardes e noites se passearam
E imaginem que as coisas estão todas aí e não se alteraram
É tudo barato ... cenouras, couves e cebolas a dez centavos


Publicação de
João BRITO SOUSA

UM COMENTÁRIO TRANSFORMADO EM POST

(era daqui, destas hortas, que as cebolas iamm para a feira)


A FEIRA DO CARMO
por MAURÍCIO SEVERO

Recordo-me perfeitamente dessafeira onde ia com o meu pai comprar alguns produtos hortícolas.
Era conhecida do povo como a "Feiradas Cebolas," tal a quantidade de cebolas que eram postas à venda.
A batata também aparecia em grande quantidade. Ainda me lembro dos preços (cebolas a 15 e 20 centavos e a batata a 10 centavos o quilo. Durante muitos anos houve uma renhida disputa entre a Igreja do Carmo e a Câmara Municipal , o que deu motivo ao não calcetamento do Terreiro da Feira. O Largo do Carmo e todo o espaço que envolvia a igreja era de terra batida,onde os feirantes vendiam os seus produtos, e creio que era a Confraria que explorava e recebia as rendas.

Julgo que todo o terreiro era propriedade da Igreja, desde há séculos, mas actualmente desconheço como foi resolvida a questão.

O que é certo é que o terreno não era tratado pela Câmara por se considerar propriedade da Igreja. Já grande parte da cidade estava calcetada a alcatroada e o Largo do Carmo e zonas adjacentes continuavam de terra batida.Se a memória não me atraiçoa lembro-me de existir dentro da igreja uma "capela de ossos", que penso ainda existir. Participei quando tinha de 10 a 15 anos nas pro-cissões do Carmo, vestindo uma opa branca e na mão uma vara redonda de madeira. Não sei se a procissão ainda se realiza. Na Semana Santa toda a cidade ia ver as procissões.

A rapaziada não faltava à que se realizava à noite , a do "Senhor Morto", porque era muito concorrida por môças namoradeiras.

É tudo por hoje.
Um abraço do Maurício

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

MÊS DA POESIA




O ZEZINHO BEIRÃO DO FRANKLIN

Que belo trabalho ó grande Mestre... ó Virtuoso!...
Que grande jeito tinhas para os poemas ó rapaz ...
Do teu lápis, saía poema se algum assunto jeitoso ...
Te despertasse a alma; surgia poema belo e capaz .

Merecedor de declamação em casa ou na rua
Porque a tua poesia tem a harmonia dos amantes
E os poetas escrevem e declamam toda a obra sua
Onde for preciso e depois já nada é como dantes....

O poema ao Zezinho Beirão ... só tu o podias fazer
Porque foste professor mas aluno também podias ser
Das aulas da vida que o ZEZINHO conhecia bem

E depois da aula do Professor Zezinho terminada
Estava tudo dito; para aprender não havia mais nada
E essa vida do ZEZINHO que bela poesia contem


publicação de
João Brito Sousa

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

MÊS DE POESIA


Neste mês de poesia, tomo a liberdade de colocar no nosso blogue este trabalho do saudoso Franklin Marques. Tenho a certeza que todos os Farenses, e não só, se lembrarão do Zezinho Beirão mas, poucos conhecerão esta obra do nosso Franklin.
Colocado por Rogério Coelho
(Esta obra foi-me oferecida pelo autor)


Traz peixe fresco da praça.
E uns copos de cachaça...)
Rua fora, molengão.
Muito senhor dos seus actos,
Atrás de si... vinte gatos:
- Eis o Zezinho Beirão!
Pára aqui, pára acolá,
E a freguesia lá está
Sempre com grande atenção ..
Pois, se interrompe a viagem
E faz 'ma curta paragem,
Vai haver distribuição.
"Toma lá tu, desgraçado,
E também tu, ó malhado,
Que eu sei que não és mau ...
Olha, o Zezinho não come,
Mas não quere que passes fome.
Aí vai um carapau... "

E era assim, dia após dia.
Seguido da gataria,
Nunca ninguém entendeu
Como é que o bom do Zezinho
Tinha dinheiro p'ró vinho
Se peixe nunca vendeu...
À tarde, tudo mudava.
Pelas ruas passeava
Seus quatro cães protegidos,
Já que os havia adoptado,
E, até mesmo, baptizado
Com nomes por si escolhidos.
O mais velho e habilidoso
Era o Pepe. E era curioso
Ver como ele obedecia
Com rara fidelidade
A qualquer habilidade
Que o Zezinho lhe exigia.

Era sempre apetecida
A Costumada partida
Que o Zezinho, esse "demónio",
Fazia a quem se apinhava
Na roda que se formava
Na Rua de Santo António,
Apoiado nas traseiras,
Erguidas as dianteiras,
O Pepito ia indicar,
A uma ordem do Zé
Quem estava ali ao pé
E era "peixinho do mar"...
Havia troças, ruído.
Corava o pobre escolhido.
P'las ruas se escapulia...
Soavam as gargalhadas,
A bandeiras despregadas
A malta da roda ria.

Depois, tudo dispersava
Porque um polícia chegava
E o Zezinho, num momento,
Ali mesmo era intimado
A "andar" p 'ra outro lado
P'rá acabar o ajuntamento.
Rom-Rom, Neru e Mirita
(Dois cães e uma cadelita)
Era o resto da matilha
Com que o Zezinho Beirão,
Em tardes quentes de Verão,
Tomava banhos na Ilha.

******
Zezinho quanta saudade
Deixaste nesta cidade,
Neste recanto do Mundo!..
Quem não riu com tuas "partes",
Não conheceu tuas "artes"
Meu filósofo vagabundo?!

Lembrar tuas peripécias,
Recordar tuas facécias,
Teus ditos cheios de graça,
É trabalho que merecia
Que alguém fizesse algum dia
Para a geração que passa!
Quem nesse tempo viveu,
Por certo inda não esqueceu
Seus óculos, modelo raro,
Modelo simplificado
Em que havia dispensado
As lentes. Só tinha aro...
Foi falada aquela vez
Em que ao ver um inglês
De calções a passear,
O Zezinho o imitou
E em cuecas ficou
No Jadim Manuel Bivar.



Depois, quando interpelado
E a vestir-se obrigado
P'lo polícia que surgiu
Na sua lógica fria
Ao agente respondia:
- "Ele também se despiu..."

Era, de resto, a Policia
Em quem a sua malícia
Mais se assestava, brejeira,
Pois, quando vinha com a "torta"
Ia cantar-lhes à porta
Esta canção brasileira:

"Daqui nâo saio
Daqui ninguém me tira... "

Só dois versos respeitados.
Os outros... Improvisados,
Quase sempre, a rematar,
Cantava num tom baixinho:
"Não levem p'rá i o Zezinho
Que o Zezinho não quere entrar"

Mas, eis que chegou o dia
Em que na sua alegria
Foi posto um ponto final.
Qual pardal engaiolado,
Zezinho viu-se internado
No Albergue Distrital.

Bem protestou. Mas, em vão...
À sua própria razão
Se impôs a da sociedade.
Pensou: "Um filho da rua,
Dono do Sol e da Lua,
Privado de liberdade?"

*****
E um comboio que então passou
O Zezinho libertou ...


Franklin Marques

FARO A CIDADE DOS COSTELETAS

(interior da Igreja do Carmo)


O LARGO DO CARMO.
por João Brito Sousa

Quem vem do Posto da Polícia de Trânsito para o Mercado, passa pelo Refúgio Aboim Ascensão que fica à esquerda e logo a seguir vem o Largo do Carmo à direita, ficando situado em frente à Recauchutagem Leopoldo.

O Largo do Carmo tem coisas que são de sua exclusiva propriedade, coisas únicas, que são só dele, como por exemplo, a alfarrobeira toda viçosa que está ao pé da Igreja. O Largo teve há alguns anos um clube de futebol, chamado FAMILIA TRAPP, que atingiu alguma notoriedade em jogos não federados onde a figura principal era o Capitolino, um razoável jogador de futebol que alinhava no meio campo.

O Largo tem a estação dos Correios, tem a Igreja do Carmo carregada de História, um monumento de visita obrigatória e tem a Escola Primária onde eu fiz o meu estágio com o Professor Amável.

Este Professor, nesse tempo já estava um pouco velhote mas, foi, sem tirar nem por, uma grande figura cultural da cidade. E a cidade não pode perder de vista aqueles que foram grandes. Além destes situações naturais havia a feira anual em Junho onde o pessoal do campo iam vender as primeiras melancias da colheita do ano. O forte da feira era à noite, onde se vendiam produtos hortícolas e havia toda a espécie de diversão que normalmente existe nas feiras.

Há muitas ruas que vêm desembocar no Largo do Carmo. São as ruas que vem da Cadeia, do Largo de São Sebastião, do Largo de S. Pedro e da rua que nos leva até `a estrada que vai para São Brás de Alportel, cujo percurso se fazia através da frota da camionagem Santos.

Hoje o Largo sofreu algumas melhorias e, se houver feira ainda, ela já foi, pois realizava-se no mês de JUNHO que já passou.

Amanhã é dia de ir à Fuzeta, ao Pierrot, estão lá o Manuel Poeira, o João Malaia, o Victor Caronho, Matias, Madeirinha, Reina, João Parra, António Paulo, Fonte Santa e falta um...

Qualquer dia vou também, com o Júlio Piloto, Zé Felix, Zeca Basto e Honorato Viegas.


Texto de
João Brito Sousa

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

MÊS DA POESIA/ RECONHECIMENTO


A TODOS OS ALUNOS


Que elevaram bem alto
o nome da Escola

Aos que emigraram a salto

Aos que jogaram à bola
e se safaram

a todos eu quero
mandar um abraço de amigo

E um especial

para o MAURÍCIO SEVERO.

Publicação de
João Brito Sousa

MÊS DA POESIA







COM OS MEUS SINCEROS VOTOS DE PARABENS À

MARIA JOSÉ FRAQUEZA

PELO LANÇAMENTO DO SEU NOVO LIVRO



"Vogando no Espaço"


DEDICO-LHE ESTE SONETO E PEÇO-LHE LICENÇA PARA


USAR O TÍTULO, SOLICITANDO-LHE QUE VOGUE


COMIGO EM DIRECÇÃO À MEMÓRIA DO FRANKLIN ...


“VOGANDO NO ESPAÇO”


Se pudesse vogar... ia, até aí onde estás ...
Fazer-te companhia, estar contigo... ver-te!...
Ia e vinha tantas as vezes que fosse capaz
Porque a minha vontade era convencer-te ...

A voltares até nós e contar-nos uma história
Que me alegrasse a mim e aos outros irmãos ...
Isso seria, se acontecesse, uma grande vitória
Mas amigo, isso não está nas minhas mãos...

Mas por agora é assim....veremos outra altura
Se não puder ir agora a dor na minha alma perdura
Não queria... mas tu foste... que desembaraço!...

Por isso amigo e meu velho poeta consagrado ...
Foste embora e deixaste-me bem “charengado”...
Mas um dia vou buscar-te vogando no espaço...

JBS

terça-feira, 25 de novembro de 2008

MÊS DE POESIA...

Maria José Fraqueza


A Costeleta Maria José Fraqueza fará a apresentação do seu novo livro

"Vogando no Espaço"

no dia 13 de Dezembro próximo

O evento será efectuado no salão do Sport Lisboa e Fuseta pelas 15 horas
No decorrer do
Concurso Internacional de Quadras Natalícias
Os interessados no livro, que não possam estar presentes, poderão ecomendar pela importância de 10 € para



apresentamos um poema deste novo livro


VOGANDO NO ESPAÇO

Percorri o pátio das crianças
Flutuei sobre astros de luz
Como pássaro de asas aladas…
Como cavalo à rédea solta
Vagueei!...
Vagueei sem me encontrar
Olhei o Lago da Memória
As nuvens aclararam…
Dissipou-se o nevoeiro…
Vagueei ao vento….
Voguei nas marés…
Envelheci!...
As ondas me levaram
Adornei-me sobre véus de espuma
Dissipou-se a bruma…
Já não vejo castelos edificados
Ao Luar de Prata
Renasci nas muralhas do silêncio
Voltei à Vida!
Ouvi a serenata
Vogando no espaço…



Colocado por Rogério Coelho

BIFES E COSTELETAS


NOS ANOS 50 ERA ASSIM...
(texto retirado do blogue o cão Merdock de Vieira Calado)

A rivalidade que naquele tempo havia,
entre os alunos Liceu João de Deus
e os alunos da Escola Técnica Tomás Cabreira centrava-se,
como seria de esperar, nas competições desportivas.Era sabido que os alunos da Escola chamavam bifes, aos do Liceu.E, parece que foi o José Nascimento, farto de ouvir chamar-lhe
esse quase ultraje
(pois passava todos os dias junto da Tomás Cabreira,
no seu caminho para as aulas),quem inventou um outro semelhante quase ultraje, para os rivais da Escola.A partir daí, as coisas ficaram assim.
Os bifes, dum lado e os costoletas, do outro.Mas não deixa de ser curioso que,
na grande marcha em favor da libertação do Merdock,vários alunos da Escola tivessem aderido à manifestação.Porquê?
Teriam eles, também, percebido, que estavam no mesmo barco,
ciosos de liberdade?

publicação
João Brito Sousa

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

RECORDANDO


Professora D. Maria e Mestre Guerreiro


Quem se lembra deste casal? Que Deus os tenha à sua guarda.

Recordando este poema do Almeida Lima:

São quatro e meia
Ouvem-se as palmas soar,
E uma voz forte dizer
Já são horas de lanchar!

E logo então,
Se vê uma Janela abrir
E uma voz meiga dizer
Zequinha, podes subir

Quadras cantadas, entre outras, na récita de finalistas, salvo erro em 1947.
O Roger também fez parte desta festa de finalistas. Que saudade...

Colocado por Rogério Coelho

POSTAL ILUSTRADO


Esta foto é para recordarem. Nomes? Adivinhem

Colocado por Rogério Coelho

POSTAL ILUSTRADO

Esta foto do ano lectivo 1957/58, é um belo POSTAL ILUSTRADO para recordarem

Colocado por Rogério Coelho

POSTAL ILUSTRADO


Curso de Serralheiros - Aula de Mestre Olívio - 17-04-1953
Na fila de cima o 5º a contar da esquerda é o "João Fome". Não é esse o seu nome. Quem ???
Os outros, vejam quem são, recordem.
Colocado por Rogério Coelho

MÊS DA POESIA




MÊS DA POESIA
(para o FRANK... também)

RIQUEZA… É AMOR AO PROXIMO


Não faças da riqueza um Deus;
Não compres a sabedoria;
Aprende a amar e fazer adeus,
Como o voar de uma cotovia.

Não jures promessas de riqueza;
Não uses a sorte como desejo;
Olha o verde que semeia beleza,
No campo selvagem que aqui vejo.

Luta como homem que és!
Ajuda na extinção da pobreza,
E salva o mundo de negras marés.

Defendei a suave e terna natureza!
Junta as mãos e junta os pés,
E salta por amor, esse sim… riqueza!


Acácio Martins

MÊS DA POESIA












MÊS DA POESIA
com Dedicatória ao Saudoso Franklin Marques

HÁ POESIA NO CERRO MALHÃO ! ...

Ainda lá está o velho cerro Malhão, onde tu, Mano...
Brincavas de manhã à noite durante quase todo o dia
Olhando para ti ninguém dirá que “fueras” um serrano
E que tiveste esta ideia brilhante do mês da poesia ...

E interrogo-me, como é que um “Malhanense !...”
Se lembrou de nos apelar a toda a nossa sabedoria
Para que se fizesse chegar à população ”Costeletense”
Uma palavra de amigo, sim, mas pelo comboio da poesia

O fundamental, amigos, é que nós nunca nos neguemos
A fomentar essa velha amizade e dizer que podemos
Se quisermos, claro está, estender uns aos outros a mão...

E cantando o Hino da Escola com a mesma energia
Com que eu juntei estas frases convencido que é poesia
Brindemos à unidade porque há poesia no cerrro Malhão.

publicação de
João Brito Sousa

domingo, 23 de novembro de 2008

MÊS DE POESIA

Casimiro de Brito


No dia 19 do corrente, o Costeleta, Poeta e Escritor Casimiro de Brito, fez o lançamento, em Faro, do seu último livro, "69 Poemas de Amor".

Ao acaso, trancrevemos do seu livro este poema:

INTENSIDADES

1
Cuidado. O amor
é um pequeno animal
desprevenido, uma teia
que se desfia
pouco a pouco. Guardo
silêncio
para que possam ouvi-lo
desfazer-se.

19
Já que não posso mudar o mundo
deixa-me sacudir a areia
das tuas sandálias.

26
Entraste na casa do meu corpo,
desarrumaste as salas todas
e já não sei quem sou, onde estou.
O amor sabe. O amor é um pássaro cego
que nunca se perde no seu voo.



Colocado por Rogério Coelho

MÊS DA POESIA

"Costeleta" Maria Romana Rosa


" Mutação"

Pulsava no meu peito, em harmonia,
Um porvir radioso de criança
E toda a alacridade se envolvia
Na minha mente alada de esperança!

Os meus sonhos, repletos de magia,
Eram hinos de amor e de bonança,
Em cenários de luz e fantasia,
Como estrelas cadentes numa dança!


Mas o tempo passou... e a realidade
Fez de mim ·0 retrato da saudade,
A nostalgia plena... e a emoção!


Agora, o meu "Outono" ... tão dolente,
Vê e sente o real noutra vertente,
A trilha que norteia a mutação!.,.


Maria Romana Rosa
1º Prémio - Faro - Coobital
Colocado por Rogério Coelho

HISTÓRIA DE LISBOA, IMPRENSA/ JN


POR DEBAIXO DA EXPO
JN

Admirável mundo desconhecido no subsolo do Parque das Nações abriu-se ao público e
São 6,5 quilómetros de uma outra cidade desconhecida no subsolo do Parque das Nações, em Lisboa, sem a qual a que existe à superfície não poderia funcionar. Trata-se de um verdadeiro complexo logístico, único em todo o país.

Desde o abastecimento de água quente até à recolha de lixo, que tanto pode ser o orgânico como o reciclável, vários são os serviços de manutenção urbana que existem na, que se pode denominar, 'cidade sombra' da zona oriental de Lisboa. Ao longo da Avenida D.João II e Alameda dos Oceanos, a Galeria Técnica do Parque das Nações conta já com uma década de existência - nasceu com a Exposição Mundial dos Oceanos (Expo'98) -, sendo um dos ex-libris da área e dos equipamentos mais visitados por técnicos internacionais nas áreas da engenharia e arquitectura de espaços urbanos.

Concebida quando ainda o Parque das Nações não passava de uma zona industrial, especializada no sector dos combustíveis, a cidade subterrânea permite gerir de uma forma muito mais eficaz qualquer problema que surja relativamente ao fornecimento de um dos serviços que ali estão concentrados. Ou seja, em casos de ruptura nas condutas de água ou de problemas no abastecimento de electricidade não há necessidade de destruir o pavimento para os resolver e facilmente um técnico os pode detectar.

"O projecto foi desenvolvido com um objectivo de servir uma população de 25 mil habitantes e estamos longe de atingir esse limite", explicou, ontem, ao JN, Carlos Barbosa, administrador da Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações. "A maioria das famílias não é composta por uma média de três pessoas mas por menos. Depois, muita da habitação que estava prevista deu lugar a serviços. Não há por isso necessidade de readaptação", frisou, durante uma visita técnica às galerias subterrâneas.

Segundo o dirigente, esta foi a primeira vez que o complexo, com 3,05 metros de altura por 4,25 de largura, se abriu ao público em geral. A organização da iniciativa coube à secção regional da Ordem dos Arquitectos, no âmbito das comemorações dos 10 anos sobre a Expo'98.

Para uma família residente no Parque das Nações, viver sobre esta galeria significa contar com alguns privilégios - que para outros poderiam significar uma dor de cabeça - como, por exemplo, não ter um simples caixote do lixo ou um esquentador.

No primeiro caso, todos os resíduos são simplesmente aspirados por um sistema centralizado. A matéria orgânica é colocada num alçapão, existente em cada fogo. Dali só sairá após accionado o sistema central de sucção, que ocorre duas vezes ao dia. Já os restantes resíduos reclicáveis são colocados em idênticos alçapões na entrada de cada edifício, sofrendo o mesmo processo de sucção.

Monitorizado ao longo de 24 horas, o complexo fornece ainda água quente (não há perigo de ninguém ficar com o banho a meio), água fria para refrigeração e água para consumo e para rega. Contam-se ainda entre as várias condutas redes eléctricas e de telecomunicações em fibra óptica.
De fora desta cidade ficaram os esgotos, tendo em conta que uma ruptura poderia colocar em risco o funcionamento. "Com a simples subida das marés poderia ocorrer um congestionamento das condutas e provocar um extravase para dentro do túnel", sustentou Carlos Barbosa.

Neste universo um único senão. A força de sucção do lixo é tão grande que destrói o vidro colocado nas condutas pelos habitantes. Depois de percorrer os vários quilómetros de condutas, aquele material está reduzido a pó e pouco interessa às empresas de transformação de vidro.

publicação de
JBS

MÊS DA POESIA







2008. 11. 23

Boa Noite !

Aí vai mais um soneto do António Machado.
com Dedicatória ao Saudoso Franklin Marques
IMPLORAÇÃO

Camões, grande Camões, um mausoléu
Teu corpo em Belém tem por morada,
Mas tu e Dinamene estais no Céu,
E eu cá na Terra aturando esta cambada

De néscios a quem se lhes tira o chapéu,
E jumentos de orelha arrebitada
Que conspurcam este Portugal que é meu,
E foi ditosa Pátria tua amada !

Se lá desse "Olimpo" imaginário
Onde estás, entre guerreiros e poetas.
Deste nobre e Luso Povo temerário,

Te é dado enviar a tais patetas
Um pouco de pudor e escrúpulo vário,
Imploro-te Luís Vaz... que lho remetas !

.Mais um trabalho do António Machado

À memória do Dr. José de Campos Coroa O Homem, o Professor, o Amigo.

Nascido no Alentejo,
Em Coimbra se formou,
O Algarve foi desejo
De amar o que tanto amou.

De Faro a Vila Real
Vão vinte anos de amor,
Vão espinhos do roseiral
Da vida dum professor.

Vão léguas de pensamento,
Vai o tempo e o Destino,
Vai o Homem e o talento
Que dedicou ao ensino.

E eis que tudo é acabado
Num Novembro p?ra esquecer,
Triste sina, triste Fado,
Triste forma de morrer !

Mas, poder não teve a morte
Sobre o Homem que viveu,
Pois seu viver foi tão forte,
Que a própria morte venceu !

Deixou-nos amor, ternura,
Teatro, arte e saber;
Deu-nos tudo o que a Cultura
Faz dos Homens, Homens ser.

JOSÉ DE CAMPOS COROA
Foi talento, foi bondade;
Foi o exemplo, a pessoa
Por quem nos chora a Saudade.

Cumprimentos daLídia Machado V

publicação de
JBS

sábado, 22 de novembro de 2008

MÊS DA POESIA




2008.11.22


(its for you FRANK...)


HÁ POESIA NO CÉU

Dedicatória especial ao Saudoso Franklin Marques


Se nós quisermos... haverá... sim, haverá poesia !...
No céu, na terra ou noutro lugar ... até à janela!...
Eu tenho um amigo, que foi p'ro céu mas não iria
Se tivesse a certeza que aí não podia estar com ela ...

Porque nasceram juntos e nunca se separaram ...
Encontravam-se sempre às tardes perto do lago
E entregaram-se um ao outro .... e até se amaram
E, ambos... devagarinho para não fazer estrago,...

Passeavam –se nos corredores das rosas floridas
E o amor que um pelo outro sentiam, eram vidas
Que encarnavam ele de fato e ela de grinalda e véu..

E imaginaram-se sempre juntos e apaixonados
E surgiam rosas brancas por todos os lados
Ele eras tu Frank e ela .. a poesia que há no céu....
João Brito Sousa

FRANKLIN...

Estou farto de chamar por ti... tenho um recado
Moss .. tenho um recado para ti.. onde estás?.
JBS

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ESTE É O MÊS DA POESIA


Maria José Fraqueza para Franklin Marques




HÁ POESIA NO CÉU

Dedicatória especial ao Saudoso Franklin Marques

O Céu abriu as portas par em par…
Os anjos receberam com Amor…
A Poesia cantada num altar…
Cada poema é bênção do Criador

O Franklin meu amigo vou louvar,
Que o meu poema seja como flor…
Meus olhos já cansados de chorar
Por andar a carpir a minha dor!

A dor, esta saudade tão sentida…
Com a mágoa dolorosa da partida,
Que se sofre, num elo de Amizade!

O Seu corpo desceu à terra fria,
Mas na Terra ficou a Poesia…
Por ele há-de falar eternamente!

F R A N K L I N

Franklin, o teu nome está presente,
Tu sempre foste Amigo de Verdade
Por isso, estarás eternamente…
No nosso coração cheio de saudade!

Franklin, eu bendigo sinceramente
Pelo percurso lindo de amizade…
Como Jesus amaste firmemente
Praticando na Terra a irmandade!

Por isso, a recordar o costeleta
A tua grande amiga da Fuseta
Na sua poesia mais sentida…

No grandioso espaço universal,
Tu foste companheiro sem igual
Porque és Imortal, Além da Vida!




Maria José Fraqueza




Colocado por Rogério Coelho

UM POUCO DE HISTÓRIA


O CASTELO DE PADERNE.
(este texto é para todos os costeletas mas em especial para a FELICIANA GRADE, que tem qualquer coisa a ver com PADERNE e também com o PATACÃO)

Vamos hoje falar de HISTÓRIA, porque a História de Paderne é rica e porque “A História é o homem” segundo a fórmula de Lucien Febvre.

A história interessa-se pela realidade humana no seu conjunto; torna-se o estudo racional do desenvolvimento da cultura. A história manifesta portanto uma dupla vocação da espécie humana, capaz ao mesmo tempo de loucura e de ordem. Entre estes dois antagonismos prossegue um debate em que se joga o próprio destino da humanidade. O sentido da história corresponde ao movimento da civilização. Relata, mas não trata os acontecimentos de caducos ou antiguidades mortas.

O histórico não é o antigo, o ultrapassado, o inactual, mas o próprio núcleo da actualidade, a garantia do futuro. Não se procura a história por amor ao facto exacto e preciso; busca-se a história porque esta autoriza uma filosofia. Daí o sucesso da literatura histórica e a frequente referência ao testemunho da história. A história ao serviço da razão, ensina o direito divino da humanidade. A história conduz ao Progresso e este constitui uma sucessão de etapas da consciência.

A História sofre também a agressão das ciências sociais como a demografia ou a economia. A História demográfica apresenta os seus modelos, substituindo-os nos conjuntos das mentalidades e de sistemas culturais enquanto a História económica gira em torno de noções como a das crises, que permitem reencontrar, através da conjuntura, a actuação e o mecanismo de um conjunto
A ciência histórica é uma forma da consciência que uma comunidade toma de si mesma, ou seja, é o conhecimento da vida colectiva baseada no homem..

Paderne é uma terra com História, muita História, expressa nos seus Castelo, Igreja Matriz, Ermida da Nossa Senhora da Cruz, Ermida da Nossa Senhora da Assunção, Azenha, Fonte e Ponte do Castelo. O Castelo de Paderne é um dos que figuram no Escudo Maior da Bandeira de Portugal, que é vermelho e tem à sua volta representados, os sete castelos que estão relacionados com as cidades fortificadas que D. Afonso III tomou aos mouros. Este castelo foi conquistado aos mouros por D. Paio Peres Correia em 1248 e desactivado em 1858.

O castelo foi erguido em taipa pelos Almoádas entre o século XI e o século XII, durante a última fase da ocupação muçulmana da península, controlando a antiga estrada romana que cruzava a ribeira de Quarteira por uma ponte a Sudeste. Neste período, o progresso da Reconquista cristã levava à edificação de uma linha defensiva integrada por fortificações de porte médio e de carácter rural na região, das quais esta é um dos melhores exemplos.

A referência mais antiga sobre o castelo remonta a 1189, quando foi conquistado em um violento assalto nocturno pelas forças de D. Sancho I (1185-1211), com o auxílio de uma esquadra de cruzados ingleses. Esse domínio, entretanto, foi efémero, uma vez que, mais tarde, foi recuperada pelas forças almóadas sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur.

Sabe-se que o Castelo está degradado e compete aos padernenses uma palavra acerca da sua recuperação, porque é um imóvel considerado de interesse público desde 1971. De momento, apenas se vislumbram alguns panos de muralha, o torreão de entrada e as paredes mestras da sua Ermida.

Têm a palavra os padernenses.

João Brito Sousa

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO DE CASIMIRO DE BRITO

CASIMIRO DE BRITO

O Livo: "69 Poemas de Amor"
Comemorando os 50 anos de Poeta e Escritor

















O nosso associado “Costeleta”, Poeta e Escritor Casimiro de Brito, fez o lançamento do seu último livro “69 Poemas de Amor”
Foi no dia 19 de Novembro de 2008 no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro “António Ramos Rosa”, celebrando os 50 anos de Poeta e Escritor.
Falando com João Leal antes do lançamento do livro, este garantiu-me que não se alongaria e que falaria pouco.
O auditório encontrava-se quase repleto de assistentes. O Presidente da Associação não esteve presente por motivo de saúde, estando a nossa Associação representada pelo associado João Leal, a Vice-Presidente Isabel Coelho e o Secretário Rogério Coelho, que captou as fotografias que encabeçamos esta notícia. Notámos a presença dos associados Costeletas, o poeta Dr. Manuel Inocêncio, a poetisa Maria José Fraqueza, o Victor Venâncio e o irmão do saudoso Luís Cunha.Que nos desculpem outros que não pudemos referenciar.
João Leal, de improviso, falou de facto pouco mas disse muito, enaltecendo a figura do Poeta/Escritor Casimiro de Brito, e convidou a Vice-presidente Isabel Coelho para entregar um estojo contendo a medalha da nossa Associação e a inscrição gravada que reproduzimos:

Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomaz Cabreira
Felicitações a
CASIMIRO DE BRITO

50 Anos de Poeta e Escritor
19 Novembro 2008



Nas fotos, que destacamos, podemos ver no salão de entrada da Biblioteca alguns expositores com os livros editados pelo Poeta, os assistentes, a mesa de honra constituída pelo Vereador da Cultura de V.Real Santo Antº, Casimiro de Brito e o Editor das 4 águas de Tavira, e a leitura de poemas pelos actores, o João Leal no uso da palavra e a Vice-Presidente que, junto da mesa de honra, entregara a Casimiro de Brito as felicitações da nossa Associação e Casimiro de Brito assinando os autógrafos nos livros para a Isabel Coelho, Maurício Domingues e João Brito de Sousa.

Rogério Coelho

ANA GASTÃO E CASIMIRO DE BRITO


ESCREVER OU A ARTE DE BEM CAIR
entrevistado por
Ana Marques Gastão

Toda a experiência num poema, espécie de canto final em vida. Livro das Quedas, de Casimiro de Brito (nascido em Loulé 1938), entrelaça quotidiano e erudição, leveza e densidade no tempo ininterrupto da linguagem. Não um requiem, mas uma celebração. Mais de 140 títulos publicados, o autor, que esteve ligado à Poesia 61, está representado em 140 antologias e traduzido em 20 línguas. Tradutor, ensaísta, é presidente do Pen Clube Português. Entre outros, recebeu o primeiro prémio de poesia Leopold Senghor (2002) atribuído pela Académie Mondiale de Poésie, Fundação Luther King. "O estilo de um poeta é a sua impressão digital"

A ideia de queda que preside ao seu livro pode ser entendida como inclinação para algo ou alguém, o que nos coloca perante a questão do desejo. Somos uma civilização do desejo? que temos próximo do caos é o desejo.
Somos escravos da ordem vigente, o desejo escapa-lhe, não é disciplinado e liga-nos ao mais profundo de nós mesmos. Se Platão, um enorme poeta, além de filósofo, não tivesse dito que os poetas deveriam ser expulsos da cidade, mas o contrário, o mundo seria completamente diferente. Não haveria vendilhões do templo, mas política feita por sábios ou loucos.

Não há escolha perante o desejo?
Não, como no amor, aliás. O poeta libanês Kahil Gibran escreveu "Se o amor te acenar, segue-o." Felizmente somos contraditórios, não excluímos na nossa fuga à ordem. O poeta move-se entre o desejo e a forma. O estilo é a sua impressão digital. Valéry escreveu sobre a oscilação entre a música e o sentido, mas não chega, deve falar-se também da paixão, da dor do mundo. Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima, é uma cosmogonia dotada de voo e queda, um épico subjectivo. Há pontos em comum com o seu livro no sentido de serem obras de uma vida? Talvez por serem ambos estruturas abertas onde cabe tudo. O meu livro é um labirinto. Penso que cada poema é o último e, como no amor, tenho a sensação de que o vivo pela primeira vez. O corpo que amamos e conhecemos, por mais que se dispa, está sempre vestido porque possui o enigma.

Há muito de uso da tradição, de intertexto, de deslocamento, de polifonia nesta obra. Um livro de poetas?

Claro, é uma polifonia dramática, onde estão presentes os poetas marcantes da minha vida.Pound, outro autor de uma épica sem enredo, escreveu que chegou demasiado tarde à suprema incerteza. Poderia dizer o mesmo? A incerteza invadiu-me muito cedo.O meu caminho é o de perder- -me no labirinto.
Livro das Quedas é poesia em convulsão, mas filtrada pelo despojamento?

Esse despojamento tem causas idade, conhecimento poético e ser capaz de levar 19 anos a trabalhar um poema, como aconteceu com o número 55 do livro. Em fonética, queda quer dizer leitura final de uma frase, baixando a voz. Escreve baixo nesta obra, que exalta, de alguma forma, o mínimo?

Penso que sim, por isso digo "A música/já não dói, o corpo já não o sinto fugir de mim..."

(continua)

recolha de
JBS

É BIFE !...

(de pé da esq. para a dreita, ROGÉRIO, JBS E JAIME REIS, o bife)
COOPERAÇÃO.

Pós moces de
Fare
Um abraçe

Jaime Cabrita Reis

Pergunta o miúdo à mãe:- Ó mãe, o qué um insete ?- Ê cá nã sê, preguntá mana ...!- Ó mana, o qué um insete ?- Pôs nã sê... preguntó pai .!-Ó pai, o qué um insete ?-Ó mê ganda burre... Um insete.... sã Oite ...!

colocação de
JOÃO BRITO SOUSA

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

POETA E COSTELETA







POETA E COSTELETA

CONVIDADO PARA ESTAR PRESENTE NO LANÇAMENTO DA OBRA POÉTICA DE CASIMIRO DE BRITO, às 21 .30 na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa.

ACÁCIO JOSÉ MADEIRA MARTINS


é um costeleta dos anos 90, ano em que entrou para a Escola Tomás Cabreira. Natural de S. Brás de Alportel, viveu com os pais em S. Romão, frequentou a escola primária dos Vilarinhos/S: Romão tendo ingressado de seguida no Externato de São Brás em 1985.

Foi nesta altura que diz ter começado a gostar da leitura e também da escrita.

Tinha 17 anos quando ingressou na Universidade do Algarve, para o Curso de Engenharia Civil. Durante o segundo ano do curso, estagiou quatro meses na Alemanha, na Universidade Técnica Hochschle Bremen e aos vinte anos, concluiu o curso de Engenheiro Técnico Civil

Inicia o estágio laboral na empresa Eduardo Pinto Contreiras Filhos Lda, onde ainda hoje se encontra desempenhando funções no Departamento de Infraestruturas de Construção Civil.

Tem escrito milhares de poemas e pensamentos que pensa publicar em breve

Reside actualmente em S.B rás de Alportel onde reparte o tempo pela engenharia cicvl e a poesia.


Texto de
João Brito Sousa