quinta-feira, 27 de novembro de 2008

FARO A CIDADE DOS COSTELETAS

(interior da Igreja do Carmo)


O LARGO DO CARMO.
por João Brito Sousa

Quem vem do Posto da Polícia de Trânsito para o Mercado, passa pelo Refúgio Aboim Ascensão que fica à esquerda e logo a seguir vem o Largo do Carmo à direita, ficando situado em frente à Recauchutagem Leopoldo.

O Largo do Carmo tem coisas que são de sua exclusiva propriedade, coisas únicas, que são só dele, como por exemplo, a alfarrobeira toda viçosa que está ao pé da Igreja. O Largo teve há alguns anos um clube de futebol, chamado FAMILIA TRAPP, que atingiu alguma notoriedade em jogos não federados onde a figura principal era o Capitolino, um razoável jogador de futebol que alinhava no meio campo.

O Largo tem a estação dos Correios, tem a Igreja do Carmo carregada de História, um monumento de visita obrigatória e tem a Escola Primária onde eu fiz o meu estágio com o Professor Amável.

Este Professor, nesse tempo já estava um pouco velhote mas, foi, sem tirar nem por, uma grande figura cultural da cidade. E a cidade não pode perder de vista aqueles que foram grandes. Além destes situações naturais havia a feira anual em Junho onde o pessoal do campo iam vender as primeiras melancias da colheita do ano. O forte da feira era à noite, onde se vendiam produtos hortícolas e havia toda a espécie de diversão que normalmente existe nas feiras.

Há muitas ruas que vêm desembocar no Largo do Carmo. São as ruas que vem da Cadeia, do Largo de São Sebastião, do Largo de S. Pedro e da rua que nos leva até `a estrada que vai para São Brás de Alportel, cujo percurso se fazia através da frota da camionagem Santos.

Hoje o Largo sofreu algumas melhorias e, se houver feira ainda, ela já foi, pois realizava-se no mês de JUNHO que já passou.

Amanhã é dia de ir à Fuzeta, ao Pierrot, estão lá o Manuel Poeira, o João Malaia, o Victor Caronho, Matias, Madeirinha, Reina, João Parra, António Paulo, Fonte Santa e falta um...

Qualquer dia vou também, com o Júlio Piloto, Zé Felix, Zeca Basto e Honorato Viegas.


Texto de
João Brito Sousa

5 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

OK Ermão
Está tudo correcto. A feira já não se faz.
Roger

Anónimo disse...

Caro João Brito Sousa.
Um abraço
Recordo-me perfeitamente dessa
feira onde ia com o meu pai com-
prar alguns produtos hortícolas.
Era conhecida do povo como a "

Feira
das Cebolas," tal a quantidade de
cebolas que eram postas à venda.
A batata também aparecia em grande
quantidade. Ainda me lembro dos
preços (cebolas a 15 e 20 centavos
e a batata a 10 centavos o quilo.
Durante muitos anos houve uma
renhida disputa entre a Igreja do
Carmo e a Câmara Municipal , o que
deu motivo ao não calcetamento do
Terreiro da Feira. O Largo do
Carmo e todo o espaço que envolvia
a igreja era de terra batida,onde
os feirantes vendiam os seus pro-
dutos, e creio que era a Confraria
que explorava e recebia as rendas.
Julgo que todo o terreiro era
propriedade da Igreja, desde há
séculos, mas actualmente desconhe-
ço como foi resolvida a questão.
O que é certo é que o terreno não era tratado pela Câmara por se considerar propriedade da Igreja. Já grande parte da cidade
estava calcetada a alcatroada e o Largo do Carmo e zonas adjacentes
continuavam de terra batida.
Se a memória não me atraiçoa lem-
bro-me de existir dentro da igreja
uma "capela de ossos", que penso ainda existir. Participei quando tinha de 10 a 15 anos nas pro-
cissões do Carmo, vestindo uma opa
branca e na mão uma vara redonda de madeira. Não sei se a procissão
ainda se realiza. Na Semana Santa
toda a cidade ia ver as procissões.
A rapaziada não faltava à que se realizava à noite , a do "Senhor
Morto", porque era muito concorrida por môças namoradeiras.

É tudo por hoje
Um abraço do Maurício

Anónimo disse...

MANO ROGER,

Acho que não podemos deixar escondido por detrás das "cortinas" este excepcional texto/comentário do nosso estimado Maurício (o único que eu saiba duas vezes costeleta)

Portanto, pelo que encerrra de belo e de História, este comenário vai subir à categoria de post.

Com os meus sinceros parabens ao MAURÍCIO, pelo excepcional texto e
também por estar sempre disponivel para colaborar.

Um grande abraço do

João Brito Sousa

Anónimo disse...

CARO JOÃO,
UM ABRAÇÃO PARA TI , EXTENSIVO
AO MANO ROGER.

CONTINUAS IGUAL E TI MESMO !
NADA FALTA !

Meia dúzia de palavras dizem
tudo. obrigado.

MAURÍCIO SEVERO DOMINGUES

Anónimo disse...

Amigo Brito de Sousa


Não sou utilizador deste meio de comunicação, gosto mais de usar o telemovel pois ao ouvir a voz sinto maior proximidade com os amigos.
Como já te disse através do telemovel visito com certa regularidade o blog Os Costeletas o qual através dos teus escritos e de outros rapazes de várias gerações escolares, mantém vivos os momentos da nossa juventude.
Gostei imenso do teu artigo sobre a Feira do Carmo, penso no entanto que ela se realizava na semana que termina por volta de 20 de Julho.
Lembro-me que a altura desta feira tinha lugar quando os nossos exames na escola acabavam, e nós já libertos podiamos passear nos dias de feira até mais tarde.
Um grande abraço do amigo Heliodoro Félix