sábado, 1 de novembro de 2008

HOMENAGEM À FUZETA

(á direita, Caronho, Parra, ??'?' MAT I AS e Amtonio Paulo)








FRANCISCO VIEGAS MATIAS

È natural da Fuzeta. Passou uns tempos na Noruega e voltou à sua Fuzeta. Nos anos 60/70, jogou futebol na primeira categoria do OLHANENSE .

Foi um bom jogador de futebol nos anos 60 e jogava na ponta direita. Recebia a bola encostado à linha e, se o defesa deixava que ele a dominasse estava perdido. Passava o defesa por dentro ou por fora conforme a disposição de momento. Era rápido. Estou a vê-lo baixote, bola dominada e parada `a frente das botas, a pensar. Depois, simulava e passava pelo adversário com a bola dominada, chegava `a linha de cabeceira e centrava sempre bem, para o avançado marcar golo.

No seu tempo, foi considerado pelo jornal “ABOLA” como o terceiro dos cinco melhores melhor extremos direito a jogar em Portugal, que eram 1º) o CARLOS DUARTE do FCPorto, um jogador de muito talento que jogava ao lado do Hernâni, 1o JOSÉ AUGUSTO do SLBenfica internacional e campeão europeu com o Eusébio, 3º o MATIAS que jogava com o CAMPOS, GANCHO, CAVA E PARRA. e nosso entrevistado, 4º o CRISPIM, que foi internacional júnior do Sporting do tempo do PEDRAS, JORGE, MOREIRA E SERAFIM e que jogou depois na Académica e por fim, o 5º o DIMAS, do Belenenses que foi internacional contra a Inglaterra quando ganhámos por 3 a 1 e a linha avançada era constituída por DIMAS, MATATEU, ÁGUAS, TRAVASSOS E ZÉ PEDRO..

Jogou ainda na selecção de Angola contra a selecção de Moçambique e na selecção de Luanda contra a selecção da Rodésia, tendo sido treinado por Fernando Peyroteo.

É este cavalheiro que está na nossa frente e a quem vamos fazer a entrevista. Aí vai a primeira pergunta.

BRISAS DO SUL (BS) – Ainda tens pais? És Pai? È difícil ser Pai? O que
é que dizes aos teus filhos? E o que é que o teu pai te dizia a ti?

FRANCISCO MATIAS( FM) – Não, já não tenho Pai. Perder um Pai é, talvez, perder um pouco de nós também. Eu tinha uma boa relação com o meu Pai, que não perdia um jogo meu e era um grande amigo e o meu maior admirador. A mim, tal como a toda a gente, perdi uma pessoa que eu não queria perder por nada deste mundo. Mas não está na nossa mão.. chegou a hora dele ...e... Sim, sou pai de dois rapazes, um falecido e outro que trabalha na Noruega. Eu acho que é difícil, ser Pai, nos dias de hoje. Há muita oferta de coisa ruim para a juventude.
O que digo aos meus filhos é que tentem ser eles próprios os seus melhores amigos O meu Pai só me dizia; toma cuidado contigo meu filho E não precisava dizer mais nada. A gente entendia a mensagem dos pais. E estamos por aí.. ainda

BS – Como foi a tua juventude aqui na Fuzeta? Tens amor `a tua terra? Já foste `a pesca?
FM - A minha juventude aqui na Fuzeta foi igual ao da miudagem nu meio marítimo. Andamos na escola primária, jogamos `a bola, fazíamos recados às nossas mães era isto.

BS – Um lugar que tu gostes muito da Fuzeta e porquê.
FM – Não há lugares especiais aqui. Há a Fuzeta apenas e eu gosto da Fuzeta. Não se esqueça que eu tenho vivido sempre aqui.. E depois a riqueza de uma terra são as pessoas. E há aqui boa gente.

BS- Como atleta qual foi a melhor alegria.?
FM- Foi num jogo com o Benfica que empatamos por 1 a 1, com o Zé Augusto, o Eusébio, o Coluna ... e os outros craques todos. Fizemos um grande jogo. O Reina bateu-se taco a taco com o Eusébio, perdeu e ganhou lances, eu não dei chance nenhuma ao Cruz, o Madeirinha andava perto do Santana e empatamos o jogo. Naqueles jogos, a gente dá tudo, somos jovens sabe, se aquilo correr bem os jornais trazem aquelas coisas bonitas que a gente fez durante o jogo e a gente quase endoidece. Às vezes quando nos encontramos ainda falamos disso.

BS – A melhor exibição?
FM – Foi nesse jogo com o Benfica, talvez o meu melhor jogo. O Treinador disse-me para tentar chegar `alinha e centrar, que só queria isso. Ora o que o Mister se esqueceu de dizer, é que era preciso passar o Cruz e ele estava lá e era um osso duro de roer..
Mas correu tudo bem.

BS – O melhor treinador
FM – Armando Quaresma, interior do Belenenses

PUBLICAÃO DE
JOÃO Brito SOUSA

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