quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS

Fazem anos em Janeiro:
1- Óscar Pereira Lopes. 2-João Francisco Manjua Leal; Cristiano Domingos Costa; Domitila Carmo Reis Nobre Melo Ughetto. 3-António Plácido Rita¸António Agostinho Santos Ladeira. 4-Maria Isabel Reis Correia Gonçalves. 6-Deonilda Conceição Graça Zurrapa. 7-Bernardo Estanco dos Santos; Vitor Manuel Afonso da Costa Mendes. 8-Libertário Santos Viegas; José da Conceição dos Matinhos. 9–Rui Manuel Santos Pereira. 10-Maria do Carmo Arvela Silva; Custódio Julião Carvalho Guerreiro. 11- Maria Justina Pereira Dias Gonçalves Arroja. 12-Maria Odete Carlos Carvalho dos Santos. 13–António Martins Barriga. 14-Casimiro de Brito; Francisco José Moreira Correia (Ervilha). 15-Joaquim Marreiros Bandarra; Maria Lopes E. Ferreira; Maria de Lourdes Ramos de Almeida; Ausenda Maria Cruz Pires Campos Silva; Iolália Mendonça Morgado Pereira.


PARABÉNS A TODOS


Pesquisa de Rogério Coelho

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

VOTOS COSTELETAS











UM VIVA PARA 2009



PARA OS BIFES E COSTELETAS, ESPECIALMENTE, BOAS


ENTRADAS EM 2009 COM MUITA ALEGRIA PAZ E AMOR , são os votos do blogue



JBS

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

RECORDAR LUIS CUNHA


RECORDAR LUÍS CUNHA.
por João Brito Sousa


Soube da notícia da morte do Luís Cunha através do mail do Victor Venâncio e do blogue “OS COSTELETAS. Fiquei chocado, apesar dele me ter dito num passado recente, que não se sentia lá muito bem de saúde. Mas não o julgava tão perto do desenlace final.

Conheci o Luís desde sempre lá na Escola Comercial mas ele nunca soube quem eu era porque frequentávamos anos diferentes. O Luís começou por apreciar os textos que eu escrevia para a “DEFESA de FARO” e deixou-me uma ideia para escrever para o jornal “O COSTELETA”.


Pouco tempo depois o Rogério pediu-me uma história para lá também e fiquei escrevinhador. Mas foi o Luís Cunha quem me deu a dica. Isto claro sem desprimor para o Rogério, pessoa de quem sou muito amigo...

Ganhei grande consideração, simpatia e amizade pelo Luís Cunha, quando ele me disse que fotocopiava textos meus e que os apresentava na tertúlia que juntamente com outros havia constituído.

Fiquei banzado com esta atitude de uma pessoa que nem sequer me conhecia e passei a considera-lo como um grande amigo...Que desapareceu agora..

Aqui lhe quero prestar uma pequena homenagem..

LUÍS... DEIXASTE-ME MUITO TRISTE

Porque raio te foste embora.. ó meu caro LUÍS!...
Para mim tu eras daqueles que ficarias eternamente...
E tens apenas uma atenuante se foi Deus que quis..
Levar-te, ó amigo tão cedo do convívio da gente!..

Mas devias pedir um adiamento ó Luís Cunha
Porque todas as coisas têm um momento para se fazer...
Recebeste a ordem de Deus e será que Ele dispunha
Para te levar para a outra margem da vida sem nos dizer.

Luís Cunha .foste agora é porque voltarás um dia.
Não tenhas medo de nada caro amigo a morte é ironia
E tu Luís que foste um amigo.. continua... persiste...

Mas não devias ter deixado iludir-te ó camarada...
Às vezes procuramos por nós e não encontramos nada
Mas essa de te ires embora LÚIS, deixou-me triste.


Ao LUÍS CUNHA,


A propósito do teu texto colocado no blog ”A DEFESA DE FARO” com o título “CARRETILHAS” , termo que não conhecia, direi que efectivamente só conheci dessas brincadeiras, talvez estúpidas, as bechininas e as bombas, que eram bastante perigosas, pois houve muita rapaziada que ficou com os dedos das mãos em muito mau estado, por falta de habilidade no manejo das ditas.

Aconteceu-me isso a mim, dei mecha na bomba larguei-a antes de tempo, joguei-a para fogueira, a bomba não rebentou.... fui buscá-la de novo e ela... pum... mas ainda consegui largá-la a tempo.

Bombas e bechininas de S. João nunca mais... jurei a mim mesmo.


CARRETILHAS, BOMBAS E BECHININAS


Essa coisa da “carretilha” ou pistolas de fogo
Que expeliam jactos faiscantes que desenhavam
Caprichosas figuras luminosas nesse jogo
Jogado entre os carretilheiros que as largavam

Confesso não saber o que são nem as conhecer,
Só conheci as becheninas e as bombas de S. João.
Que largávamos à fogueira e desatavam a correr
E as bombas largavamo-las antes de rebentar na mão.

És tu Luís que dizes que as ditas eram empunhadas
Por manipuladores que as jogavam naquelas noitadas
Onde desenhavam caprichosas figuras luminosas...

E dizes ainda que no barrocal algarvio havia
Combates de carretilhas até quase ao romper do dia
O que tornava aquelas noites mais saborosas.


E agora o texto que eu escrevi e que o Luís mais gostou.

O ESTABELECIMENTO COMERCIAL
FELIZARDO & GLORINHA

Quando eu cheguei a Faro em 52 o estabelecimento comercial FELIZARDO & GLORINHA, já lá estava instalado de armas e bagagens na rua da PSP, como veio esclarecer agora o Luís Cunha.

O estabelecimento era dividido, se bem me lembro, em duas áreas comerciais, uma de mercearias e outra, digamos assim, de comes e bebes.

Além de toda a clientela do bairro, havíamos nós, os alunos da Escola Comercial e Industrial, que consumíamos da zona dos comes e bebes, as célebres sandes de atum, de cavala e de outros.

Para nós, a designação do estabelecimento era indiferentemente chamado de estabelecimento do Ti Felizardo ou o estabelecimento da Ti Glorinha. Dizer vamos à do Ti Felizardo ou dizer vamos a da Ti Glorinha era a mesma coisa.

Todavia, em termos de carinho recebido da parte do patronato, a D. Glorinha era como se fosse a nossa mãe, sempre atenta à nossa estadia ali, sempre preocupada com o que nos pudesse acontecer na cidade, sendo que, esta atenção, era mais direccionada para os montanheiros, como eu e éramos muitos, que não percebíamos nada do que era a Escola nem o que era a vida na cidade

È claro que faziam lá o seu negócio, como faziam também o senhor Manuel dos bigodes e o Coelhinho, que lá iam vender sorvetes e pinhões e um tipo de Olhão, que ia lá vender ratos, um rebuçado grande feito à base de mel, que a gente gostava muito.

Mas na loja da Ti Glorinha é que era bom e a gente ia lá tratar da nossa saúde. Comíamos umas sandes, bebíamos qualquer coisa e toca a andar.

Ainda hoje, falando com os alunos da Escola do meu tempo, quando nos encontramos, lá vem sempre uma referência de saudade das sandes da TI GLORINHA e do TI FELIZARDO.

Por isso tudo, o que quero realçar nesta crónica é o acolhimento que nós recebíamos dessas pessoas, digo FELIZARDO e GLORINHA, que antes de serem comerciantes eram seres humanos e que igualmente nos tratavam como tal A nossa vida estava mais facilitada com a sua presença no terreno. Em caso de necessidade nós sabíamos que eles estavam lá.

Não é porque nos emprestassem dinheiro a juros, não é porque nos vendessem as sandes fiado, não é porque os fizessem descontos nas encomendas ... nem por quaisquer outras milhares de razões... Nada disso.... nada

Nós íamos à do Ti FELIZARDO porque dos proprietários deste estabelecimento recebíamos... tão só... um pouco de carinho e amor ou seja, um pouco mais de calor humano... que foi muito importante para todos nós, que nos estávamos a iniciar na complicada caminhada da vida.

Agora que já terminei esse percurso e estou reformado, quero dizer-lhes muito obrigado Ti FELIZARDO e TI GLORINHA.

É a minha opinião e recordo-os com saudade.

Estejam lá onde estiverem, aí vai para eles, um ALABI... ALABÁ... BUM.. BÁ....que era o grito dos costeletas lá da Escola Comercial, onde aprendemos os rudimentos do Comércio ou os rudimento da Indústria.

Mas o outro aspecto da vida, começámos a aprender no TI FELIZARDO.

O que é que queres?

Cinco tostões de cigarros, Ti FELIZARDO.

E lá vinham três Hight Life, ou três Três Vintes, ou três Paris, que eram as marcas de tabaco mais populares desse tempo.

Eram outros tempo.

Agora já não fumo mas o estabelecimento ainda lá está, gerido agora por um neto, a quem peço o favor de honrar a memória dos avós.

Respeitosamente
ATÉ SEMPRE, LUÍS*
Quando parte um homem digno e bom, é toda a humanidade que o perde. Luís Cunha foi um desses homens. Sem ele, todos nós - familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos – ficámos mais pobres, mais sós, ainda que só alguns o saibam, o sintam; ainda que só alguns o chorem. E estes com acrescida mágoa se não chegaram a dizer-lhe “Obrigado, e até sempre”.
Resta-nos o Luís que guardamos na memória. Mera e efémera lembrança, dir-se-á, que já não o toca, o sensibiliza, que pouco, nada, lhe levará de nós. Mas recordá-lo é muito mais do que saudade. É continuar dele recebendo o que já não pode dar-nos; é também o fazermos por nós mesmos o que ele por nós sempre fez.
Íntegro, inteligente, culto, um pouco tímido mas afável, Luís Cunha foi um cidadão como poucos. Homem de pensamento e prática humanista, amante da sua cidade, do seu Algarve, do seu país, foi um fiel guardião da Liberdade, um promotor da cultura e um defensor do progresso humano em todas as suas vertentes. Não há muitos homens assim nos nossos dias. Fica pois o seu exemplo de aposta no futuro, naquele futuro que muitos persistem em rotular de utopia, mas que é desejável e possível e urge edificar enquanto é tempo.
Até sempre, Luís. Norberto Cunha
* Este escrito, oportuna e aparentemente enviado a “O Costeleta”, não lhe chegou, devido a um problema no meu computador, só muito depois detectado.

È ESTA PEQUENA HOMENAGEM QUE QUIS PRESTAR AO AMIGO LUÍS CUNHA..
João Brito Sousa

QUANDO ELES PARTEM

QUANDO ELES PARTEM

MARIA AMÉLA LOPES ROBERTO

faleceu hoje com 88 anos e é mãe da ISABEL COELHO vice presidente da Associação dos Antigos alunos da Escola TOMAZ CABREIRA

o BLOGUE http://oscosteletas.blogspot.com/ apresenta à familia sentidos pêsames...

João Brito Sousa

QUANDO ELES PARTEM

QUANDO ELES PARTEM,

Faleceu no dia 25 de DEZEMBRO com 72 anos, a colega

MARIA BERTINA BAPTISTA DOMINGOS MENDONÇA,
associada nº 154, tendo nascido em 25 de Dezembro de 1936 ...

publicação de
JoãoBRITOSOUSA

domingo, 28 de dezembro de 2008

JANTAR DE NATAL DA NOSSA ESCOLA







































Foi no dia 18

Estivemos lá e tirámos as fotografias que apresentamos acima.

Foi um belo jantar/convívio em que o Presidente do executivo ofereceu algumas prendas a professores e empregados já aposentados.

Foi projectado um vídeo com fotografias do passado e presente. O Presidente ofereceu a todos os presentes o CD desta projecção.

O evento foi no restaurante O GIMBRAS, de Faro, com um menú excelente.

Rogério Coelho

BOAS ENTRADAS EM 2009


UM BOM 2009

BOAS ENTRADAS PARA TODOS OS COSTELETAS,

são os votos do blogue




( voltaremos em 2/3/01/.2009)


João Brito Sousa

CORREIO do COSTELETA EDMUNDO FIALHO











Caro Brito,
Ao ler o teu artigo, no Costeleta de Novembro, vi lá uma pequena lacuna que quero mencionar:
Em 1950 ou 51, salvo erro, quando entrei para o Ciclo Preparatório, a nossa Escola chamáva-se Serpa Pinto e um ano (?) depois Escola Industrial e Comercial de Faro.
Aproveito para te enviar três fotos, tiradas em 1955, numa Excursão a Coimbra, passando por Nazaré. Terão alguma utilidade ?
Eu lembro-me bem de ti, mas tu talvez não te lembres de mim. No teu "Hoje é Domingo", recordei , com saudade, o Cuco, Moreno,Profesor Américo e esposa (minha explicadora) Mestre Olivio,Mestre Carolino (meu professor de Dactilografia) Alexandre e o, não mencionado, Mestre Mário.
Aproveito, para te desejar um Ano Novo, com muita saude.
Um abraço,
Fialho (sócio nº655)

P.S. Agradecia que o Código Postal, do meu endereço, fosse corrigido.
Foto com o Anibal: A contar da esquerda para a direita, de pé, eu sou o ultimo.

Edmundo Gomes Fialho
465 Fraser
Montreal
Canadá
H 4 M 1 Y 9

fialho@38videotron.ca

MEU CARO FIALHO,

AMIGO e COLEGA .

Viva,
Fiquei radiante por saber que te lembras de mim, uma vez que eu entrei em 1952, um ano depois, de ti,. portanto.
Eu lembro-me perfeitamente bem de ti e do teu primo. e daquela turma do 2º 4 do Curso Geral do Comercio, com o Zé Eusébo, o Jorge Barata, o Sabu, o Óscar de Quarteira, o Macedo,o Edménio que apontou a pistola, Zé Contreiras, justo sousa e companhia.
Muito obrigado pela sfotos são indispensáveis.

Vou colocar este teu mail no nosso blogue que te aconselho a visitares

Vou voltar a ti em breve, mas por agora
vai consultar o bloge da escola, em

http:/oscosteletas.blogspot.com

Um abraço apertado para ti, do

João Brito Sousa

PS - Vai lá ficar também o teu mail para a malta te contactar.. Eu já escrevi alguma coisa sobre essa foto que está no blog. De pé, Alfredo Teixeira, Jorge Cachaço, .???.. e Fialho, em baixo, Donaldo Vitélio, Aníbal e Palminha.

Obrigado pela referência que fazes ao Mestre Mário, um grande homem e amigo
Quem quiser contactar com o Edmundo o mail é:

Fialho38@videotron.ca

Publicação de
JBS

O COMBOIO CORREIO DAS CINCO DA MANHÃ


O COMBOIO CORREIO DAS 5 da MANHÃ


Os alunos que não viviam na cidade de Faro, para se deslocar há cinquenta anos para a Escola, faziam-no quase todos, através do único meio de transporte que existia nessa época: o comboio Correio, que chegava a Faro às sete horas da manhã.

Esta exigência da vida dos alunos da Escola, que foram crianças também, só é possível ser contada por um deles, porque só eles sentiram na pele e viveram os acontecimentos, porque, se for eu a contar aqui, a coisa perde força, porque eu já ouvi contar isso e não vivi, vou recontar e portanto, o impacto será menor.

A coisa começava em Messines e vinha por aí fora até Faro. Apesar de ser bastante cedo, a rapaziada não se fazia rogada e à chegada estava fresca como uma alface, apesar de há momentos atrás, os pais tivessem tido a maior das dificuldades para os preparar para a Escola. .

Falta fazer essa homenagem a todos os Pais, mas sobretudo aos Pais destes alunos, que ao frio, calor ou outra temperatura qualquer, preparavam os filhos e os lançavam para a vida, melhor, para o comboio das cinco da manhã.

Estas crianças foram uns heróis, porque iam todos os dias e vinham todos os dias do e para o seu local de trabalho, que era a Escola. E nunca disseram não. E se apenas alguns se licenciaram, todos conseguiram um bom modo de vida.

Às vezes, quase não tinham tempo para dormir, o mesmo para estudar, porque o comboio estava a chegar. Disse-me o Firmino Correia Cabrita Longo, que residia nas Fontainhas de Albufeira, aí a uns bons dois quilómetros da estação, que muitas vezes vinha pela linha, por ser mais perto, porque tinha que apanhar o comboio.

E a mãe a dizer-lhe, tem cuidado meu filho... olha o comboio. Como ficava aquele coração de Mãe?!...

Alguém terá de contar estas histórias para o blogue.

Tem a palavra, melhor, a caneta, o Honorato Viegas.

Texto de
João brito SOUSA

UM BOM DOMINGO COSTELETA


PARA TODOS OS COSTELETAS,


DESEJAMOS UM BOM DOMINGO.




JBS

sábado, 27 de dezembro de 2008

DOIS PONTOS


1 - OBRIGADO JORECA

Porque me mandaste “um filme” sobre a cidade de FARO, A NOSSA CIDADE. Foi lindo Jorge. Podia ter sido outra coisa, como, por exemplo,

Os polícias de trânsito que estavam à entrada da cidade, que obrigavam os camionistas, com peso a mais, a passar pela estrada que vai do Patacão ao Chelote, para fugir À BALANÇA. Lembras-te? Eram o Monteiro, o Marinhas e um outro

Podia ser um estabelecimento dum ferrador, que colocava ferraduras nos cavalos, mulas e machos, e que se situava, perto desse posto da POLÍCIA, O ferrador era calvo e vestia calças de ganga com suspensórios e uma camisa às riscas, encarnada.

Podia ser a casa da palma, havia ali ao lado da estalagem um tipo alto e seco que vendia isso, palma, para se fazer a emprêta para as golpelhas lá do campesinato.

Podia ser a casa do nosso explicador, o Jorge Primitivo, irmão do Teófilo João Luísa Primitivo. Andaram lá o Alberto Rocha, o Jorge Tavares, o Conde de Salir, o Zé Vitorino, o Zé Maria, o Lourinho, eu o Vieguinhas de Pechão e tantos otros....

Falta aqui muita coisa Joreca.

Depois digo mais.

Texto de
João Brito Sousa


2 - UMA CARTA A UM COSTELETA

Para o
FRANCISCO GABRIEL CARVALHO CABRITA. .

S. Bras de Alportel ou CLIFORNIA, ou homem do mundo.


Meu velho,

Como eu gostei de te ver no almoço da nossa Escola, meu amigo. O João Bica ficou de ver se conseguia arranjar a caderneta desse primeiro ano para nós trazermos o maior número possível dos alunos dessa turma.

Até veio o Reinaldo Neto, que me deu uma enorme alegria. Falta o João dos Santos e o Zé Pedro Soares.

O João António Sares Reis de Cacela terá de vir, tenho o telefone dele, já falei com o Jorge Amado, diz que vem, o Joaquim Cruz já lhe disse, vamos buscar o Celinho para chefiara turma, o Humberto Gomes é o Coordenador e o Vieguinhas é vendedor e o Herlander Estrela dará a aula. O tema é “A AMIZADE.”. E começará assim,

A nossa geração está de parabéns, estamos todos já reformados, é altura de nós próprios reclamarmos o título de vencedores....

E mais coisas.....

Um abraço para ti do

JOÃO M B SOUSA

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

MENSAGEM


RECEBIDO NO DIA DE NATAL


MENSAGEM


quinta-feira, 25 de Dezembro de 2008

De: Vice-Presidente Continental para Europa - José Luís Guedes de Campos Elos Internacional

O Elos Internacional deseja-lhe festas felizes.

---Melhores Saudações ElistasVice-Presidente Cont. p/ Europa

C.E. José Luís Guedes de Campos...

2 anexos — Baixar todos os anexos Exibir todas as imagens natal 2009 elosint.jpg232K


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texto de
João Brito Sousa

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

HOJE É 24.12


SONHAR É VIVER…


Sonhar é viver...
É deixar a vida acontecer.
O importante é fazer
de cada minuto uma vitória,
Uma glória,
Um sentimento...
Que se conquista a todo o momento.
Sonhar também é ficar feliz
Sonhar é encantar,
É saber esperar.
Porque todos nós sonhamos!
Sonhamos com todas as coisas
Que desejamos ter e não temos!
Sonhamos com os nossos sonhos
Sonhos feitos à medida da nossa cabeça!
Sonhamos com amores
Amores feitos à medida dos nossos corações.
Não vamos deixar voar os sonhos.
Vamos segura-los com a mão,
Com Ternura, com Paixão…
Não vão eles fugir…Mas…
Se partirem, se isso acontecer,
Vamos então deixar que partam mas apenas
Com um suspiro!
Por isso não vamos deixar morrer o sonho.
Vamos lutar à nossa medida!...
e se não conseguirmos aprender a sonhar
Mesmo depois de tanto tentar
O mais importante é saber que esse dia "um dia vai chegar" e que vais PODER SONHAR...!SONHAR À TUA MEDIDA!

Autor: Cristina Videira

recolha de
JBS

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

OBRIGADO Ó MAURÍCIO SEVERO

(Maurício e Romana, dois costeletas amigos)


AO MAURÍCIO SEVERO

GOSTARÍAMOS DE SER TAMBÉM
Parece-me que foste o único a ir ...
Ao mail... e enviar as boas festas
A todos.... como podem ver a seguir
Só os grandes têm atitudes destas.

Maurício, só assim compreendo bem
Que és o melhor de todos, podes crer
És amigo e duas vezes costeleta também
Por isso, quero a tua amizade merecer

Porque tu és o livro onde aprendemos
Os valores da vida que não queremos
Esquecer nunca, mas sim sabê-los bem

És simpático, correcto e competente
Valores que te fazem homem experiente
O que nós gostaríamos de ser também....


Ei-la:


UM ABRAÇO APERTADO NESTA QUADRA DE RECONCILIAÇÃO, PAZ E AMIZADE PARA TODOS OS COSTELETAS,
À ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA TOMÁS CABREIRA, AOS ADMINISTRADORES DO NOSSO BOGUE " OS COSTELETAS. BLOGSPOT.COM " E A TODOS OS SEUS FAMILIARES EU DESEJO UMA LONGA VIDA , PRÓSPERA E CHEIA DE SAÚDE.

MAURÍCIO SEVERO DOMINGUES


publicação de
João Brito Sousa

LARGO DE S. PEDRO


O LARGO DE S. PEDRO

Como estou fora da minha cidade e quando lá vou o tempo não chega para “matar” as saudades todas, por este processo consigo aproximar-me mais dela e passar nela o tempo que dura escrever esta crónica. Como gosto de recordar pessoas e locais por onde passei, aqui me têm a falar do Largo de S. Pedro.

Quem vem da rua da cadeia, dos lados de S. Sebastião e quartel da GNR, em Faro, vem desembocar ao Largo de S. Pedro. È aí que está a igreja do mesmo nome, onde eu ia à missa nos anos cinquenta e tais. Apesar de puto ainda, gostava da solenidade daquele acto e assistia sempre que podia.

A igreja enchia de fiéis e eu ficava impressionado com a pompa do senhor Abade, o meu padrinho de crisma o Padre José Gomes. Era um homem que, dentro da igreja via tudo, tinha um poder de observação terrível e atirava-se aos paroquianos quando o assunto era sério.

Mas era bom homem e foi lá que fiz a primeira comunhão. Como fui órfão de pai muito cedo, a minha mãe casou lá pela segunda vez e eu ainda me lembro de ter assistido à cerimónia.

A missa durava aí uma hora, mais ou menos, o senhor Padre lia o Missal e, tal como hoje, explicava o significado daquele domingo em termos bíblicos.

Antes da entrada no Largo, à esquerda, ficava ali uma oficina de reparação de bicicletas, cujo proprietário era o senhor Zé Linocas que era genro do senhor Virgílio Rosa , lá da minha terra, o Patacão. Uma vez, na récita da Sociedade Recreativa lá do sítio o actor e poeta, e muitas coisas mais, Clementino Baeta, que era um génio no palco, representou uma cena com uma bicicleta que tinha a campainha avariada. Recordo-me que a páginas tantas, o actor se virou para a campainha muito sério e, falando com ela disse-lhe: “Então tu também não tocas?... então, estou aqui estou a levar-te à do Zé Linocas.

Já dentro do Largo, ficava à esquerda de quem vem de S. Sebastião uma mercearia, que não sei como era porque nunca me abasteci lá. Depois ficava a Escola de Condução, cujo filho, Jacinto, andou lá na Escola Comercial e Industrial comigo e havia ainda outro filho, o Alfredo, que andava nos carros a ensinar a malta a conduzir e jogava à bola, a defesa direito, no Olhanense e a imprensa desportiva da época, chamava-lhe o “Bassora.”

Faro, uma saudade.

Texto de
João Brito Sousa

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

À CONVERSA COM BAPTISTA BASTOS


ISTO É CULTURA

A entrevista que vai a seguir, foi obtida por mim, para publicação (já foi publicada) no jornal "O OLHANENSE".

Porque consideramos BB um grande escritor aqui a deixamos para apreciação e crítica de todos so costeletas.


ARMANDO BAPTISTA BASTOS


...”Fugi de palavras antiquadas. Mas não desprezei as antigas....” em A CARA DA GENTE


Nasceu em Lisboa em 27 de Fevereiro1934. Aos dezanove anos, iniciou uma intensa e promissora carreira de jornalista, primeiro no Século e mais tarde no Diário Popular, permanecendo aí vinte e três anos. Escreveu nos mais prestigiados jornais e revistas, colaborou em inúmeros programas de rádio e na SIC conduziu o programa “Conversas Secretas”. Como jornalista, romancista e ensaísta é autor de duas dezenas de livros, cujo reconhecimento foi objecto de algumas das mais respeitadas distinções, das quais se destacam o Grande Prémio da Crítica, o Grande Prémio da Crónica da APE, o Pen Clube Prémio de Crónica João Carreira Bom. É um homem de rigor notável, de elevada craveira intelectual, defensor intransigente dos direitos humanos e um homem que sempre falou claro e directo. A sua lavoura foi sempre no campo da honra.

E foi com este alfacinha que estivemos à conversa. E deu nisto.

JORNAL O OLHANENSE (JO) – Bom dia Baptista Bastos. Essa saúde, como vai?

ARMANDO BAPTISTA BASTOS (BB) - A saúde vai bem, felizmente. A vida de um homem é feita de construções e de reconstruções. Vamos emendando aqui, corrigindo ali. É preciso resistir. É preciso dar sempre razão à esperança.

JO – Crise financeira mundial actual. Acha que a Literatura também é responsável?.

BB - O problema da crise já tinha sido prenunciado, há anos, por escritores como Richard Ford ou Philip Roth. Outros mais o adivinharam.

JO – A Literatura e o Homem caminham lado a lado? E entendem-se?

BB – A literatura é o homem ou, então, não o é. Toda a arte dá notícias do que se passa na acção e no coração do homem. A arte que as não dá reflecte um mal-entendido ou um equívoco grave.

JO – O senhor que correu o mundo inteiro, se fosse convidado a começar do zero aceitaria o desafio? Mudava o quê?

BB – Talvez. Não sei bem. Há países onde não me apetece nada regressar. A aprendizagem do mundo faz-se no contacto com o ser humano, e as diferenças da nossa condição enriquecem-na. Vi, como deve calcular, atitudes grandiosas, de coragem e dignidade. Mas também assisti ao contrário. É próprio de nós…

JO - A vida é um romance ou um romance é uma vida?

BB - A vida é um processo de combate. Mas é, também, o romance de uma demolição. Todos os homens carregam, em si, o fardo de uma dor insuportável. A sua grandeza reside na qualidade da sua dor.

JO - Concorda com os que dizem que a sua literatura é de Lisboa mas que tem passaporte para chegar a todo o lado?

BB - Quando escrevo sobre Lisboa e quem cá vive, estou a escrever sobre o mundo. O mundo mais não é do que uma série de ruas que se entrecruzam, de sonhos que se alimentam, de ideias que incitam os homens ao combate e à esperança.

JO – Escreveu no livro “Viagem de um Pai e de um Filho pelas ruas da amargura” que, “ Não havia palavras, no seu tempo. Que não havia linguagem; que teve de inventá-la”. E hoje, como é? . As coisas mudaram?

BB - As palavras pertencem a quem as ama. Essa citação que faz corresponde a uma metáfora. Queria dizer que, apesar de tudo, «não há machado que corte a raiz ao pensamento», como disse, melhor do que ninguém, o grande poeta e romancista Carlos de Oliveira.

JO - Ainda no mesmo livro escreve: “Fui envelhecendo mas escolhi o meu próprio envelhecimento”. Como assim?

BB - Queria dizer que envelhecer não significa envilecer. A velhice pode não ser uma punição se o homem que vai envelhecendo cumprir os rituais da honra, da dignidade e da ética.

JO - Escreveu no Secreto Adeus, “ Nunca haverá instantes serenos de beleza.” Porque a vida não deixa, é isso?

BB – 9 - A vida está cheia de armadilhas que os homens colocam no caminho uns dos outros. A beleza da vida procura-se, não se encontra.

JO – A literatura portuguesa em geral, como vai? Os novos autores, que tal? Acha que Torga merecia o Prémio NOBEL?

BB - Tenho uma péssima impressão do que por aí se publica. O Torga merecia o Nobel, claro!, mas também a Sophia, a Agustina, o imenso Aquilino. São escritores de génio. Irrepetíveis. Em comparação com a miséria que por aí se edita são grandes orquestras sinfónicas junto de tocadores de pífaro.

JO – Concorda com Torga quando ele diz: “É preciso fazer um esforço contínuo para amar o presente”. Será uma frase actual?

BB - O Torga é uma leitura que devia ser quase constante. Ele ergueu um impressionante panorama de Portugal. Os seus detractores não lhe chegam aos calcanhares. É outro mestre do idioma.

JO – O senhor disse no “Cavalo a Tinta da China” que “ser português não é uma nacionalidade; é um calvário”. Quererá dizer a mesma coisa que Torga?

BB - Não sei. Sei que é muito difícil. O João de Barros, o das «Décadas», escreveu: «Pátria madrasta, país padrasto.»

JO – Na mesma obra o senhor escreve ainda que, “As mulheres desprezam homens fracos e amam homens frágeis”. Como é isso? E já agora, o senhor ama?

BB - Os homens procuram nas mulheres o indecifrável segredo do sexo. A fragilidade do homem advém do facto de ter receio das mulheres e do poder persuasivo de que elas dispõem. Claro que amo! Sou um fanático pelas mulheres. Elas têm-me ensinado, com discrição, modéstia, mas veemência, a ser corajoso e audaz, quando a coragem e a audácia me escasseiam.

JO – O que é que falta ao nosso País? Amigos e inimigos, tem?

BB - Falta ao nosso país o rigor moral. E cada vez a tendência para a irresponsabilidade se acentua. Veja a actividades destes políticos, cada vez mais medíocres. Passe os olhos pela Imprensa, pelas rádios e pelas televisões e repare como a informação é pobre, manipulada e dissimulada. Quanto a mim: tenho os inimigos de sempre. Mas os meus amigos têm-se multiplicado, e provêm dos mais díspares lugares estéticos, ideológicos, partidários e políticos. Sou um homem de honra e impoluto. Isso é geralmente reconhecido, até pelos meus mais acérrimos detractores. Mas um homem sem inimigos é um campeão da convivência sorridente. Não é o meu caso. Escolho os meus inimigos e não o largo. Os amigos não se escolhem: acontecem. E um amigo nunca trai um amigo.

JO – Acha que é motivo de felicidade para um País ter intelectuais, nossos contemporâneos, como os pensadores AGOSTINHO DA SILVA e EDUARDO LOURENÇO. Considera-os grandes pensadores.?

BB - Não só esses, embora esses sejam admiráveis e foram ou são, caso do Lourenço, meus amigos muito queridos. Lembro o Eduardo Prado Coelho, um homem notável, que começa, já, a ser lamentavelmente esquecido.

JO – A obra de Dinis Machado, “O QUE DIZ MOLERO?” pode ser considerada, em sua opinião, uma obra de referência? Pelo estilo, conteúdo, mensagem... outro?...

BB - «O que diz Molero» é um livro imparável e incomparável. E o Diniz fou um velho camarada de sonhos e de copos.

JO – Imprensa regional, conhece? O que é que acha?

BB - A Imprensa regional pode ser a tábua de salvação da pluralidade. Basta nomear o «Jornal do Fundão», honra e glória da profissão.

JO – Portugal ainda é só Lisboa e o resto é paisagem?

BB - Não. Portugal é um todo linguístico, uma realidade política e administrativa, que todos devemos defender e preservar, com unhas e dentes acaso seja isso necessário.

JO - Tem saudades dos tempos do Século e do Diário Popular? O Rocha Martins é do seu tempo? E foi grande na profissão?.

BB - Como disse, melhor do que todos nós, o grande Teixeira de Pascoaes: «Tenho saudades do futuro.»

JO – O que é que gostaria de dizer que não foi perguntado?

BB - As perguntas foram inteligentes. Quisera eu saber corresponder ao que elas me propuseram. Obrigado!

João Brito Sousa (texto)

domingo, 21 de dezembro de 2008

BOAS FESTAS PARA TODOS OS COSTELETAS


PARABENS MARIA JOSÉ FRAQUEZA.

Pela tua capacidade de lutar, de fazer coisas, tantas coisas tu fazes mulher, a tua vida não te pertence, é tua e nossa, é dos costeletas todos, é do mundo inteiro, que podes crer lêem os teus contos com admiração e respeito pela tua enorme obra literária. Que é bela, como é belo o conto de Natal ...

A ESCADA DO TI MANEL

Suba, Ti MANEL
Dê luz à cidade e ... às pessoas
também
Faça isso para que o mundo repare
Que falta luz... falta inteligência
E falta alguém
Que nos ampare
Que nos conduza para fora
da ilusão...
(A Zé chama-lhe ingénuos...)
Mas esse gesto de acender o candeeiro
É bastante significativo
E quer dizer, primeiro
Que essa luz nos poderá unir
Na caminhada da vida
Com amizade
E solidariedade.

Texto de
João Brito Sousa

sábado, 20 de dezembro de 2008

CONTOS DE NATAL



Da Costeleta Escritora Maria José Fraqueza, recebemos, por correio electrónico, vários CONTOS DE NATAL.

Como a quadra é propícia escolhemos este que transcrevemos na íntegra.

Obrigado Zezinha.


RECORDAÇÕES DE NATAL

Desde criança que o hábito de pôr o sapatinho à chaminé se tem mantido pela vida fora. São costumes enraizados, que embora evoluíssem continuam de pé. E deste modo, hoje como ontem, filhos e netos (sim porque sou já avó) mantêm vivo o velho hábito de oferecer as prendas ou pondo o sapato à chaminé ou colocando junto das árvores de Nata" o que toda a gente sabe ser portador das ofertas. Todavia, nalgumas casas, os pais, um amigo ou algum familiar, vestem-se de "pai natal" para iludir alguns mais ingénuos.
Nesta euforia que se vê por toda a parte, as artérias das cidades e vilas muito iluminadas, maravilhosamente decoradas com motivos de natal, as multidões que se apinham nas ruas e nos estabelecimentos comerciais, nas grandes superfícies, igualmente enfeitadas a primor, há uma enorme loucura que nos faz pensar na mudança dos tempos, em que o Natal não era tão comercial, tão diferente da sua essência de humildade, simplicidade, sem luxos, sem riqueza...
Que diferença entre as luzes dos candelabros da velha aldeia, em que o acendedor subia as escadas para iluminar a noite com a chama ardente dos velhos candeeiros a petróleo e a azeite! E lá andava ele de escada ao ombro, tal como o Pai Natal com o saco às costas, subindo e descendo para tornar a noite mais clara, para dar luz às ruas, se não fora as noites enluaradas a dar-lhes um pouco mais de visibilidade.
Foi numa destas noites de Dezembro ao ver o Ti Manel subir uma escada para acender um lampião da rua que a pe-quenita Isabel lhe perguntou:
- Ó Ti Manel, é o senhor que empresta essa escada ao Menino Jesus, para ele descer à chaminé?
- Não minha pequenita, o Menino Jesus não precisa de escadas para subir e descer às chaminés! Responde o bom homem.
- Então como é que ele pode subir e descer sem escada? Eu vou dizer-te:
- o menino Jesus é anjo, um anjo bom, que sobe e desce porque tem asas!
- Ah! Assim tem outro jeito, por isso ele voa pelo mundo inteiro, porque no céu tem também nuvens brancas em que ele descansa.
E na capacidade de sonhar da jovem pequenita, no seu imaginário ela entendia a beleza desse mundo.
Era uma loucura, um renascer de esperanças, em cada ano nesta época natalícia ... Por vezes, os desejos das crianças eram insatisfeitos. Enquanto umas se alegravam com as prendas do sapato, havia sempre crianças que ficavam na espera de melhores dias.
Na casa do avô de Isabel, os sapatos nunca tinham um brinquedo. O avô era um grande "ferreta", porque era padeiro, amassava uns pãezinhos, com os mais diversos formatos: passarinhos, bonecos, corações, etc. Uns eram de massa doce, outros recheados com "linguiça" fininha, era a forma que ele tinha de poder presentear os netos. Mas as crianças sonhavam com outros brinquedos. Mas que brinquedos?
Se naquele tempo maior parte das crianças, brincavam com bonecos e bolas de trapos, papagaios de papel, barquinhos de cortiça, carrinhos de
Madeira e lata... E os bonecos... bonecos de papelão, outros de celulóide, só apareciam aos olhos das crianças, nas barracas dos feirantes...
Esses... nem o Pai Natal trazia no saco! Nem as árvores de Natal modernas que existem actualmente, apenas algum pinheiro trazido dalgum pinheiral das redondezas, que eram enfeitados, quando havia por tabletes de chocolate e rebuçados de mel.
Num certo Natal, apareceu então para alegria de Isabel, um lindo boneco com a cabeça e cara de porcelana e o corpito de pano, mais ou menos idêntico aos chorões que andaram em moda nos anos sessenta. O pai de Isabel havia trazido de Lisboa dois lindos bonecos de porcelana, um para ela e outro para a irmã mais nova. Foi a prenda mais querida e emocionante de toda sua vida! Foi um Natal em que o sapatinho lhe dera a melhor prenda.
Mas nem sempre a felicidade é completa em nossas vidas... Meses mais tarde Isabel perde o seu pai. A mãe jamais deixava as filhas brincar com os seus bonecos de porcelana com receio de que se partissem. Isabel ficou sempre com o desejo que em outros natais, outros bonecos como aquele viesse povoar os seus sonhos de criança, tudo fora e vão... Passava os dias a fitar aquele boneco que um dia fizera o seu Natal mais feliz. O Menino nunca mais descera à sua chaminé, só mais tarde compreendeu porque ele já não descia... e também porque a sua mãe preservava aquela relíquia.
Hoje a vida deu-lhe lindos netos de carne e osso e a Isabel então mulher, sente mais feliz com os lindos netos, vendo neles os bonecos que nunca teve e também para que eles guardem do seu Natal melhores recordações.
Maria José Fraqueza
colocado por Rogério Coelho

A SEGNDA CADEIA DE S. BRÁS DE ALPORTEL


A SEGUNDA CADEIA DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL,
(retirado de MEMÓRIA S DO POVO SAMBRASENSE de Sebasião Chaveca)

era uma peqena casa que está no pátio interior do edifício da Câmara Municipal e era constituída por dois quartos com janelas para o pátio, que tinham grades de ferro e por outro quarto interior onde não entrava a claridade do dia e também não tinha luz eléctrica, o que se tornava nma prisão muito má de suportar para uma cela que se chamava "segredo" e para o qual só iam os presos considerados muito perigosos.

Tanto nesta CADEIA como na outra anterior, os detidos só passavam uma noite, pois regra geral, eram remetidos para Faro no dia seguinte à sua detenção.

recolha de
JBS

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A PRIMEIRA CHEVROLET NA CORTIÇA


A PRIMEIRA CAMIONETA QUE CARREGOU CORTIÇA NO ALGARVE,


Foi uma Chevrolet que transportava 2700 Kilos e que era propriedade de António Chaveca.

Os homens que transportavam a cortiça em carroças achavam-se prejudicados no seu negócio porque a camioneta só de uma vez levava tanta cortiça como cinco carroças, por oiutro lado enquanto as carroças faziam uma viagem, a camioneta fazia várias.

Em Silves havia muitas dezenas destas carroças que só se dedicavam ao transporte de cortiça.

Quando a camioneta do Chaveca chegava com a sua carga, muitas vezes a sua integridade física esteve em perigo mas, pragas e ofensas verbais nunca faltavam.

Os carroceiros de Silves costumavam vir buscar cortiça fabricada a S. Brás e muitas vezes vinha uma caravana constituída por mais de uma dezena de carroças, mas, quando apareceu a camioneta nmca mais cá vieram.

Por isso, eles nem podiam ouvir falar da camioneta que transportava cortiça para Silves.

(retirado do livro "Memórias do Povo Sambrasense, de Sebastião Chaveca)

recolha de
JBS

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

FARO; CIDADE DOS COSTELETAS
















RUA DO MUNICÍPIO.
à memória do Franklin

A rua que vai do Arco da Vila até ao Largo da Câmara, é a chamada a do Município.
Do ponto de vista Histórico, entre os Romanos, pelo menos, Município é a cidade que tinha o privilégio de se governar segundo as suas próprias leis, onde porém, nem todos os habitantes possuíam os mesmos direitos.

Pode ser ainda divisão administrativa de um Estado, distrito ou região, com autonomia administrativa, e que é constituído por certos órgãos políticos – administrativos. Em Portugal, o Município é composto pela Junta de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal..

Nesta rua, que sobe ligeiramente, funcionaram a Escola do tempo do Professor e grande pedagogo olhanense, escritor, ensaísta e músico o Engº Piloto, do Mestre Guerreiro e D..Maria, o Dr. Urbano, talvez... e nessa Escola andou o Zaralho, aquele de Tavira que deu um chuto na cesta do polícia .. e lá se foram os pratos. .

A Câmara MUNICIPAL DE FARO e a Directoria de Faro da Polícia Judiciária, ficam nesta rua no nº 15 a última..

Fica igualmente aqui localizado um estabelecimento comercial de artigos de arte sacra e venda de livros. .

publicação de

João Brito Sousa

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

MENSAGENS DE NATAL

Maria José Fraqueza


Da escritora e poetisa MARIA JOSÉ FRAQUEZA, recebemos vários poemas com mensagens de Natal. Publicamos estas duas na íntegra.
Obrigado Zezinha.


(clik com a mãozinha em cima da mensagem para aumentar e ler melhor)




Colocado por Rogério Coelho






BOAS FESTAS PARA TODOS OS COSTELETAS


NA COMPANHIA DE ANTÓNIO RAMOS ROSA


Não possso adiar o amor para outro século.


Não posso adiar o amor
para outro século
Não posso adiar o amor
para outro século não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos
sobre as costas e a aurora indecisa
demore
não posso adiar
para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração

publicado por
JBS

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

BOAS FESTAS PARA OS BIFES


















Meus Caros Amigos,

Desejo-vos a todos “UM BOM NATAL e UM FELIZ ANO NOVO”.

Nesta altura do ano, há sempre um sorriso em cada um de nós para todos os outros e conseguimos portamo-nos como pessoas . É só nesta altura do ano porque no resto é à porrada. Digamos que somos maus de 10 de Janeiro até ao dia 8 de Dezembro de cada ano, e, a partir daí, começamos a ser bons, 8/12 a 10/ 01 de n+1. É mais ou menos isto e a cena repete-se todos os anos..

Tenho muitos e bons amigos que foram alunos do Liceu e que mais tarde foram meus colegas noutros estabelecimentos de ensino. Nunca senti má vontade da parte deles em relação a mim. .Malta bacana. Ainda agora estive presente no almoço deles e troquei ideias com pessoas que estão aí, ocupando lugares de eleição no sector público ou privado, pessoal VIP, digamos assim, e o relacionamento foi fantástico..

Gosto deles.

Foi muito saudável a rivalidade desportiva entre os dois estabelecimentos de ensino, anos 50/ 60, mas ainda não cheguei a concluir, qual deles foi melhor a jogar futebol com o número 10 nas costas, se o costeleta MANUEL POEIRA, internacional júnior se o Dr. ALELUIA do Liceu. Vi jogar os dois e valeu a apenas ver. Talento e arte e futebol .

Foram eles que, em tempos difíceis disseram não, organizaram-se, manifestaram-se e pegaram o Merdpck pela gola do casaco e não o deixaram morrer. Mas nós também estivemos lá (poucos mas bons) e dissemos presente.

E por muitas outras coisas mais, quero deixar a essa malta do Liceu, em nome de todos os costeletas, uma boa quadra natalícia e um bom ano de 2009.

E ainda um abraço do

JOÃO BRITO SOUSA
(em representação de todos os costeletas)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

DO CORREIO - MENSAGEM DE NATAL

A Costeleta Poetisa Maria Romana


Da Costeleta Poetisa,Maria Romana, para todos os costeletas, recebemos esta mensagem de Natal que transcrevemos.



Mensagem de Natal
Num momento de reflexão
Sentia na minha alma
Aquela paz, tão suave,
Que delineava os contornos
Do meu imaginário,
Um sonho alado,
Repleto de fantasia!
Enlevada pela acalmia,
A vida em meu redor
Emergia a presença do belo...
De repente, apercebi-me
Da verdadeira realidade!
Um Mundo conturbado,
Em sofrimento constante...
Sensível à voz da razão
Reflecti, profundamente
Na transparência sagrada
Das palavras
Que valorizam a alma humana;
Sentimentos plenos de grandeza,
Que, podem alcançar
A PAZ, AMOR COMPREENÇÃO,...
Em toda a Terra,
À Luz da boa vontade,
Fazendo renascer
Todos os dias
SUBLIMES NATAIS
Como Divinos Cânticos à Vida!

Maria Romana


colocado por Rogério Coelho

O NATAL



O NATAL
do Professor Doutor José António Pinheiro e Rosa, professor costeleta.

Para o Diogo Costa Sousa, em Washington, com os votos de BOAS FESTAS

“Sinos a tanger à meia-noite! Presépios armados pelas casas, cheios de ingénuas composições e de encantadores anacronismos! Ceias alegres nas famílias, menos para comer que para gozar a Santa atmosfera que Deus institui e radicou no coração humano, com reflexos e projecções até na própria escala animal! Árvores carregadas de luzes e de brinquedos, `a volta dos quais brilham ainda mais os olhares entusiasmados da pequenada! Barbudos ”Pais Natal”, de estrangeirada importação, mas de incontestável efeito sobre a gente miúda!....”

Pinheiro Rosa, nasceu em Faro a 5 de Maio de 1908.Concluído o curso Teológico dos Seminários em 1929, exerceu desde esse ano o professorado, primeiro no Seminário de Faro, depois no ensino livre e colégios particulares e por último nas disciplinas de letras do Ensino Técnico Oficial.

Em 1966 foi nomeado Director da Biblioteca e dos Museus de Faro, que reergueu na profunda decadência em que estavam mergulhados e instalou no edifício onde hoje se encontram.

Publicação de
João Brito Sousa.