quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ENCONTROS NA CIDADE ( I )

Jorge Tavares

(estão aí todos e pode ampliar-se)



ENCONTROS NA CIDADE (Rua de Santo António)

artigo de JorgeTavares

Ontem tive ocasião de reviver momentos de felicidade e de fortes recordações, num encontro de "costeletas" que o acaso proporcionou.


Fui ao meu barbeiro, como é hábito quinzenalmente, e fiz o trajecto de regresso ao parque de estacionamento da Pontinha, subindo a Rua de Santo António.


O primeiro encontro foi com o Xavier e o Afonso. Partilhando o mesmo caminho, iniciámos o desfiar de algumas das nossas recordações.


Um pouco mais adiante, um novo encontro. Grande satisfação ao encontrar o Vinibaldo Charneca, meu companheiro de turma, já reformado da Tap e armeiro em Pechão.


Mais uma paragem, mais lembranças e recordações.


Sem esperar, eis que se junta ao grupo o Varela e pouco depois, o Jorge Seromenho. De seguida, vimos passar mais um dos nossos e também meu companheiro de turma, o Aníbal Norte. , a quem infelizmente a vida nesta rampa final foi madrasta, pois está invisual.


A nossa conversa derivou para a educação que recebemos da família e da escola, cimentada pelas grandes dificuldades económicas dos nossos pais e pelo elevado grau de pedagogia dos nossos mestres.


Abordámos o testemunho que passámos aos nossos filhos ( cada um enalteceu as qualidades e o percurso académico dos seus ) reconhecendo que algum excesso de facilidades que lhes proporcionámos, foi resultado da necessidade de equilibrar as nossas próprias dificuldades, mas apesar de tudo, concluindo que não podíamos ter agido de outro modo.


Continuámos "passeando" e em frente da Geladaria Fiesta, vislumbrámos no seu interior o José Gonçalves (ex-funcionário do BNU) e o José Emiliano. Fantástico!! Como foi possível tantos, em tão pouso tempo e tão pequeno espaço geográfico?!


Concluímos que a grande maioria já pertencia ao clube dos AVÓS, e com uma idade média de SETENTA... . É de facto, uma enorme felicidade sentir que esta nossa geração teve um percurso admirável, colocando "costeletas" em todos os lugares da nossa vida colectiva, desde o mais elevado grau da magistratura, até às artes, passando pelo empresariado (comerciantes, industriais e agricultores), pelo jornalismo, pela dirigismo associativo, quadros superiores, bancários, académicos, professores. Até os que emigraram, nos locais onde se instalaram, são credores de estima, consideração e respeito.


Por fim chegámos à Pontinha. Lugar da separação.

Não foi um encontro préviamente marcado, embora o destino se encarregue de marcar encontros.


COMENTÁRIO


Parabéns ao Jorge Tavares pela crónica simples, de uma enorme beleza estética e de grande conteúdo de humanismo e amizade, de saudade também, à costeleta.


Com tão bons cronistas que a Escola tem, peço-vos ó Marcelino Viegas, ó João Manjua Leal, ó Mário Zambujal, ó Casimiro, ó Manuel Inocêncio Costa, ó Noberto Cunha, ó Maria José Fraqueza, ó Romana, ó Joaquim Teixeira, ó Diogo Costa Sousa, ó tantos outros..... ó grande, grande grande Maurício Severo, aló sócios honorários, Contra Almirante António Brito Afonso traga-nos de vez em quando uma história da sua Bordeira linda, aló Fernando Palminha que escreveste a história da tua terra, para quando aqui uma homenagem séria, sentida, carregada de honradez à memória desses grandes alunos de Boliqueime que foram o Leonel e o Cevadinha....


E metam tudo debaixo do título maravilhoso que o Jorge Tavares encntrou e que a partir de agora é nosso. Refiro-me ao " ENCONTROS NA CIDADE"

JBS

2 comentários:

Anónimo disse...

Se a Se' era das nossas igrejas a Catedral, a rua de santo Antonio das ruas era e continua a ser catedral.... O picdeiro como lhe chamavam as ma's lingas... O homem volta sempre Os lugares que lhe foram especiais e, a rua de santo antonio ear especial para no's principalmente os vindos do campo e nao sol... Era o modernismo , era luz, era cor, as lojas caras o clube farense ... O clube farense era mistico, era algo incessivel para no's... As mulheres mais bonitas , nao cheguei a saber por que razao pertenciam aquele grupo restricto... E, era ali na catedral das ruas que tudo acontecia.. Um professor faltava e duas opcoes aconteciam... Largo de s. Francisco para uma jogatana de futebol ou uma ida e volta a' rua de santo Antonio,para ai' cpnvergia a turma.ao que parece ainda continua a ser o lugar preferido dos ja avos costeletas.
Abraco para todos
Diogo

Anónimo disse...

Parabéns Sr. Jorge Tavares

Porque a Pontinha , a Rua de Santo António e o Jardim Manuel
Bivar, eram para a minha geração
a sua "Sala de Estar", locais de encontro para onde todos os
amigos convergiam, a sua crónica
encheu-me de saudades. " Recordar
é viver" e o seu trabalho trouxe-
me à lembrança momentos e figuras
que nunca esquecerei.
Bem haja caro Costeleta.
As minhas Saudações

MAURÍCIO SEVERO DOMINGUES