segunda-feira, 16 de março de 2009

ONDAS DE BRANCURA


POEMA


ONDAS DE BRANCURA

Ondas de ternura beijam minha praia
Vejo ao longe… brancas velas de bonança!
O Sol - astro rei, no poente desmaia…
Surge a noite e nova luz a vista alcança!

E no firmamento a Lua já ensaia…
O brilho dos astros no alem avança….
Manto divinal no lindo céu se espraia
Pulsa o coração travesso de criança

Num espaço astral risonha a Lua Cheia
E a musa lá do alto duma açoteia
De luzes e aromas, mais iluminada
Nos lembra com saudade a velha aldeia

Um céu de Luar! Um sumptuoso manto
Veste o meu Algarve o traje ideal
Há sonhos de magia a cada recanto
Surgem deusas em desfile nupcial!

Espalha-se um véu do mais belo arrendado
Contrastes de luz de brancura infinita
Lembra meu véu saudoso de noivado
Nessa amendoeira branca mais bonita!

Remoçam os troncos da velha rainha
Nas serras, na paisagem ao abandono
Que essa amendoeira por vezes velhinha
Lembra a rainha que perdeu seu trono!

Aqui e acolá … a paisagem extasia
Tons brancos e rosa no seu esplendor
Fazem ressaltar a cor, em harmonia
Um cortejo com suas damas de honor

Orgias de amor na bela paisagem
E a Terra parece sair dum exílio
Da Mãe Natureza a mais bela imagem
A noiva em flor entra em novo idílio

A lembrar a noiva doces em esponsais
Como Primavera em flor mais radiosa
Os rios e fontes enchem seus caudais
Na terra algarvia, sonhos cor de rosa!

Sobre o verde… as pétalas vão cair
Desta musa branca, bela, passageira
Deixem o meu Algarve sempre a florir
Plantem a linda flor de amendoeira!

Maria José Fraqueza

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