quinta-feira, 23 de abril de 2009

UM POEMA DE NORBERTO CUNHA

Norberto Cunha





INÍCIO


Me propago no espaço rarefeito
onde cabe inteiro o universo
e versos são as margens e o leito
de átomos fluindo verso a verso


Nasço aqui na planura, nesta ausência
Verso a verso de átomos navegada
Raiz de tempo e modo, existência
E onde não há versos não há nada


Universo ancorando em cada verso
cada verso um navio na cidade
uma égua, um sino, um grão de vinho


E aqui fabrico o pão e a liberdade
O amor e a vida, rosto emerso
De terra e ervas. E caminho.


Recebido e colocado por Rogério Coelho

1 comentário:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

PARABENS AO NORBERTO

Como dizia JORGE AMADO. eu não sei criticar mas sei o que é bom e o que não presta.

Um bom trabalho do Norberto CUNHA a quem envio um abraço

João Brito Sousa