sábado, 30 de maio de 2009

JORGE GAGO O DO POST DO DIA 27


ELE ESTÁ EM FARO

No post do passado dia 27, QUEM SERÁ ELE, referia-me a um atleta de eleição costeleta, o grande JORGE GAGO.

Encontrei-me com ele no Jumbo aí da cidade e demos dois dedos de conversa. É sempre um prazer falar com o JORGE, uma simpatia de rapaz. E digo-lhe sempre: JORGE, foste o maior.

Falei-lhe na tertúlia GRUPO DOS NOVE, constituída por jogadores do S.C. Olhanense dos anos 50/60, dos quais 6 são costeletas, que costumam reunir às quintas feiras num restaurante da Fuzeta.

Jorge, o Poeira, o Parra, o João Malaia o António Paulo (Tony Casaca), o Fonte Santa, e o Nuno Agostinho juntam-se na Fuzeta. Aparece lá pá. Não digas nada, eu quero fazer surpresa, disse-me o Jorge..

Na véspera telefonei-lhe a dizer o nome do restaurante. È pá, não posso ir . Mas não houve azar. No dia do almoço, quinta 28, com o Tm no altifalante o Jorge ainda falou à rapaziada.

E todos gostaram de o ouvir. E creio que o JORGE também..

Outro costeleta de prestígio, que tb falou pelo mesmo processo, foi o Zé Pinto Faria costeleta de Santa Bárbara de Nexe, engenheiro, reformado, jogador de futebol na equipa da Escola e no Farense a central ou defesa esquerdo e campeão nacional de Judo.

Foi isso que o Professor Américo nos pediu: SOLIDARIEDADE. Ela aí está a funcionar.

È às quintas na Fuzeta.

Texto de
JBS

sexta-feira, 29 de maio de 2009

AO COSTELETA CUSTÓDIO JULIÃO


MEU VELHO AMIGO

O meu obrigado pela promoção que fizeste da nossa terra. Fazes parte da cultura do povo do Patacão, onde, como atleta de eleição te revelaste grande.

Recordo a vitória sobre o Clube de Futebol do MONTENEGRO no campo do Afonso por 1 / 0, bola recebida à entrada da área e sem preparação a redondinha já lá está ...

Jogador de malha no PapoSeco, em grande estilo com o DAVID CASSETINHO e outros

Jogador de andebol nos campeonatos internos da Escola onde secavas o grande Víctor Caronho.

Jogador de futebol da Escola a meio campo com o Basto.

Colega de carteira do Manuel Poeira e contemporâneo do João Parra, Nuno Agostinho com quem estive hoje e te deixam um forte abraço.


E eu deixo-te outro.


JBS

quinta-feira, 28 de maio de 2009

REUNIÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃO




Associação dos Antigos Alunos
Da Escola Tomás Cabreira


CONVOCATÓRIA

Ao abrigo dos Art°s 14°, 15° e 17° dos Estatutos, convoco, a Assembleia Geral da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, para uma reunião ordinária no dia 13 de Junho de 2009, pelas 16 horas, a funcionar durante o almoço anual no Fórum do Hotel D. Pedro Golf em Vilamoura, com a seguinte ordem de trabalhos:
PONTO UM: -: Informações
PONTO DOIS: - Aprovação do Relatório e Contas de 2008
PONTO TRÊS: - Homenagem a Costeletas Ilustres
PONTO QUATRO: - Eleição dos Corpos Gerentes para um novo mandato

Faro, 27 de Maio de 2009
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
a) Joaquim Eduardo Gonçalves Teixeira

quarta-feira, 27 de maio de 2009

NOTAS SOLTAS COSTELETAS



1 - GENTE COSTELETA DOS BRACIAIS

(E eu fiz a 01/05/2009 37 anitos e também fui costeleta).Cristina Guerreiro (filha da Maria Susana de Jesus Moreno Guerreiro)

Não tenho o prazer de conhecer a costeleta CRISTINA GUERRREIRO, mas, tal como eu, é, julgo, natural dos Braciais. Mas a Cristina, melhor a Drª Cristina Guerreiro é uma ilustre financeira, cujas origens familiares são de elevada craveira social.

Aí ficam os registos:

AVÓ – Professora primária, que me aconselhou a mim quando vim estudar para Faro chamando-me a atenção para as companhias.

PAI- o Brigadeiro Salvador de Carvalho Guerreiro, bife, distinto militar de carreira, jogava a ponta esquerda na equipa de futebol do Liceu, atleta bastante rápido, que fazia os cem metros em 13 segundos quando o record nacional era 11 e tal.

MÃE – Maria Susana de Jesus Moreno, costeleta, professora e uma mulher moderna.

Tio Paterno - Custódio Julião Guerreiro Carvalho, distinto costeleta e funcionário da Caixa Geral de Depósitos e grande jogador de futebol da equipa da Escola e do clube da terra


2 ELE ESTÁ EM FARO


QUEM SERÁ ELE ?

Foi um atleta de eleição. Foi guarda redes na Escola e no Farense e talvez tenha sido o melhor de todos. Um autêntico Yashin com camisola negra e tudo. Eu e muitos da Escola viram-no jogar. Era brilhante..

Praticou ainda atletismo, natação e outros …

Era um predestinado
Quem é?
Texto de
JBS

terça-feira, 26 de maio de 2009

FLORES E FOLHAS DE MIM



Orlando Augusto da Silva







O Costeleta e Poeta Orlando Augusto da Silva, vai fazer o lançamento do seu novo livro:
Flores e Folhas de Mim

Da página 11 deste seu livro, transcrevemos a quadra:

A vida sempre me ensinou

Me disse e me deu sinais,

Que só devo ser como sou,

Igual a mim, e nada mais.

NR: - A data do lançamento deste seu livro está para breve. Logo que tenhamos conhecimento, daremos notícia.

Colocado por Rogério Coelho





UMA CONVOCATÓRIA HISTÓRICA

Jorge Tavares

------convocatória para reunião de direcção da AAAETC
- Numa tentativa de "limpar " gavetas cheias de papeis, encontrei uma convocatária, que pelo seu interesse, não direi histórico, antes de saudável recordação, recebida do nosso saudoso Feliciano Guerreiro de Matos, quando ambos pertencíamos à direcção da Associação. Passo a transcrever:


Presado(a) Co-Director
Encarrega-me Sua Excelência o Muito Ilustre Presidente desta Associação, Sr. Feliciano Guerreiro de Matos, mais conhecido por " O Chato", de solicitar a sua comparência numa reunião a realizar em 6 do corrente (terça-feira), pelas 21.00, na Escola Tomás Cabreira.Pretende Sua Excelência, agora regressado de uma longa vilegiatura na sua moradia em Lisboa, e em conformidade com as normas de democraticidade que sempre pautaram a sua conduta social, auscultar a opinião de todos os co-directores sobre um tema de transcendente importância: O PRÓXIMO ALMOÇO DOS COSTELETAS. Contando desde já com a sua presença, aproveito para informar que é preciso que todos sejam pontuais, porquanto:
- a Escola encerrará cerca das 22.00 horas;

- é bem possível que tenhamos de "alçar a caganeta" e ir reunir para outro lado

Costeletais saudações do

Mandatário de Sua Excelência -

assina Franklin



JORGE TAVARES
Recebido e colocado por Rogério Coelho

(NR: - Esta convocatória parece que vem mesmo a calhar. A reunião da Assembleia Geral não será no dia 6 mas no dia 13 de Junho)

26º CONVIVIO DA APAE - COVILHÃ

A P A E
Associação dos Antigos Professores alunos e empregados
da Escola Campos Melo
Covilhã
XXVI CONVÍVIO ANUAL
30 de Maio de 2009
Na impossibilidade de estarmos presentes, desejamos uma boa jornada de convívio e companheirismo
A Direcção da AAAETCabreira - Faro

segunda-feira, 25 de maio de 2009

ALMOÇO ANUAL COSTELETA




Mais Um Grande Almoço

Anual de Gala

No Fórum

do Hotel D. Pedro Golf-Vilamoura


Dia 13 de Junho - 13 horas


Menú

Sempre Especial e Variado


Musica ao Vivo Para Dançar


25 €


Vamos homenagear 4 ilustres Costeletas



Telm. de contacto: 919029068 (Isabel)

INSCREVE-TE - NÃO FALTES
A Direcção convida todos os Costeletas

sexta-feira, 22 de maio de 2009

ESTA NOSSA ASSOCIAÇÃO COSTELETA

Manuel Inocêncio da Costa








Associação dos Costeletas da Escola Secundária Tomás Cabreira

De Faro




Foi há poucos anos que tudo começou;
Um grupo de jovens com tal arrancou;
Com entusiasmo uma árvore plantou;
O vegetal era bom e a árvore pegou.
Da Escola Tomás Cabreira alunos eram,
Não muitos, mas cheios de generosidade,
Engrossando os primeiros, outros vieram,
Mais e menos jovens –não conta a idade!
Na génese da Associação estava a fraternidade;
A solidariedade, tempos passados recordar;
Cultivar a camaradagem e a amizade;
Quando possível ,à juventude regressar.
A árvore foi deitando algumas raízes;
O tronco engrossou, cresceram pernadas;
Houve convívio, reinação e dias felizes;
~Reuniões, bailes e festas animadas;
Os Costeletas criaram um blog e um jornal,
Onde evocam tempos presentes e passados;
Onde dão notícias de maneira informal;
Por favor colaborem, não estejam calados!
Aí, cantemos tudo –Professores, Alunos,
Alegrias, tristezas, algumas dores,
Brincadeiras, respeito, -nada de rancores!
As desilusões também e os puros amores!
Com cores alegres é que eu pinto,
A árvore deve ser sempre bem regada,
Nada de confusões –não com vinho tinto!
Que adiram mais jovens…e mais nada!
Se houver muita pernada e forte,
A árvore resistirá a ventos e tempestades.
Então, a Associação nunca perderá o norte;
A Nossa será uma das mais belas Irmandades!
Afastemo-nos do buraco negro da indiferença,
Que nos pode engolir num instante,
Fujamos da hipótese duma tal sentença,

Fixemo-nos em tudo o que é importante.
Estamos certos –a árvore florescerá,
E dará bons frutos para comer,
Que outros e cada um de nós saboreará,
Se trabalharmos sempre para o merecer!


Manuel Inocêncio da Costa
Recebido e colocado por Rogério Coelho

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O SEU A SEU DONO...

Jorge Tavares


CONVÉM ESCLARECER

Quando resolvi escrever este texto, fi-lo mais uma vez, na convicção de que, o assunto nele versado era pertinente, de interesse, e ainda, para que não subsistissem quaisquer dúvidas a respeito. Volto a lembrar que, em anterior escrito já afirmei a minha declaração de interesses: Não sou eleitor do concelho de Faro e tenho particular consideração e estima pelo Engº. Macário Correia. Continuando s/ este tema: Todos os que frequentámos a Escola Tomás Cabreira, sabemos pelos ensinamentos que nos foram ministrados, que devemos procurar a exactidão como forma de evitar o " assim...assim ". Com suporte nesta forma de encarar as questões, contactei o Engº Macário Correia (por escrito) a quem coloquei o assunto: Em prol da verdade, quer para o nosso blogue, como para ele que está vivendo uma pré-campanha eleitoral. Com a delicadeza que lhe é característica, telefonou-me o Sr. Eng. Macário Correia que me disse: - Em 1973 matriculou-se na Escola Tomás Cabreira para frequentar três cadeiras, indispensáveis ao curso que pretendia seguir. (Penso que se referia às disciplinas necessárias a completar as secções preparatórias).- No espaço de tempo que mediou, entre a matrícula e o início das aulas, o Ministro da Educação (Dr. Veiga Simão) alterou o curso, e o Sr. Eng. Macário Correia, e mais quatro colegas, foram obrigados a frequentar essas disciplinas em Tavira.- No ano seguinte, matriculou-se no Liceu João de Deus em Faro e passou efectivamente a frequentar as aulas neste estabelecimento de ensino." O esclarecimento desta questão, não é contudo impeditiva do Sr. Eng. Macário Correia, ser sempre muito bem recebido por todos nós e de podermos manifestar o nosso imenso prazer por saber que encarna o espírito da família costeleta. Os meus agradecimentos ao Eng. Macário Correia pela sua disponibilidade e à direcção do blogue que permitiu elucidar este assunto

Jorge Tavares 1950/56.
recebido e colocado por Rogério Coelho

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS



Já de regresso, aqui estão os aniversariantes da última quinzena de Maio.


. 16 - João Simão Jesus Sebastiana; João Nuno Correia Arroja Neves. 17 - Olga Maria Albino Oliveira Caronho; Orlando Augusto da Silva. 18 - Maria Ivete Jesus Costa Moreno; Víctor Venâncio Conceição Jesus; Noémia Maria Jacinto Fragata. 19 -José Francisco de Jesus Gabadinho; Reinaldo Santana Viegas; Bertino Sequeira Nunes. 20 - Joaquim António Ramalho. 21 - António José Santos Pereira. 22 - Belmiro Afonso Soares; Isilda Maria Gonçalves Teixeira; António Manuel Lindo Macedo. 23 - Maria Elsa Santos Palmeirinha. 25 - Maria Ana Marcos Ramos Cunha; Madalena Gregório Jorge Guerreiro; Romana Maria Dores Grelha Melo. 26 - Maria Marta Viegas Mendonça Saias; José Luciano Soledade Gonçalves; José Cândido. 27 – Manuel Assis Guerreiro Ferro 28 - Fernando Germano Faleiro Drago. 31 - José António Oliveira; Romualdo Cavaco.


PARABÉNS A TODOS


As minhas desculpas para os que fizeram anos de 16 a 19 e que só agora coloco e destaco.


Pesquisa e colocação de Rogério Coelho

CORREIO COSTELETA

Jorge Tavares



SPORTING CLUBE FARENSE versus SPORTING CLUBE OLHANENSE
por JORGE TAVARES

Comecei as minhas idas ao futebol, para ver os jogos do meu Sporting Clube Farense, colocando-me, como toda a rapaziada do meu tempo, à portas de entrada do estádio de São Luis, e solicitando aos homens que entravam "senhor leve-me consigo".


Na altura, cada adulto podia levar uma criança. Quando não era possível esta entrada, tinhamos como recurso ver metade do campo, no cimo do monte da carreira de tiro.



O primeiro salário, proporcionou-me de imediato associar-me, e apôs dois ou três anos, ter o meu lugar cativo na bancada central.



Pertenci ao grupo dos 1.000, e quando constitui a minha empresa, começei a participar com um donativo anual.



Acompanhava o Farense nas suas andanças, e tinha como recompensa uma terrível enchaqueca todos os Domingos ao final da tarde, acrescida da indisposição familiar.


Esta introdução é para afirmar, que nunca gostei do Sporting Clube Olhanense... um ódio visceral. Cidadão de Faro que gostasse do Olhanense, de imediato era rotulado de QUINTA COLUNA e "afastado" das tertúlias, no Café a Brasileira, como no Café Aliança, ou em qualquer esquina da cidade (lembrei-me do meu amigo Teixeira, grande Olhanense).




Hoje, tantos anos passados, e pelo desagradável estado em que se enconta o Sporting Clube Farense, reconheço às gentes de Olhão, o bairrismo que Faro nunca teve e, a luta para que o seu Clube, seja grande entre os grandes.



Parabens aos cidadãos de Olhão, particularmente aos nossos costeletas de coração Olhanense, e ao Clube pelo excelente campeonato e pela sua subida ao escalão maior do futebol nacional. Que se mantenham por muitos e longos anos.


terça-feira, 19 de maio de 2009

A FOTOGRAFIA DE BEJA.


A MELHOR EQUIPA DE ANDEBOL DA ESCOLA


A equipa-tipo era constituída da seguinte forma : guarda redes - Canseira, defesas - Amarante, Figueiredo e Vargas, avançados – Ribeiro, Casaca e Hélio; depois havia 4 ou 5 suplentes. Entre estes estava o Soromenho, os outros não me recordo, mas há uma fotografia tirada em Beja onde está o grupo todo, por isso tentar arranjar a fotografia.

Esta equipa participou no Campeonato Nacional na altura da Mocidade Portuguesa, na categoria de vanguardistas A. O primeiro jogo foi realizado no velhinho campo de São Luís contra o liceu de Faro, que na altura tinha como guarda redes o Jaiminho (infelizmente já falecido) e tinha também o Rocha Pinto que era maior que o Figueiredo; o resultado foi a favor da Escola, que ao intervalo perdíamos por 1 a zero, mas na segunda parte virámos o jogo a nosso favor com o 1º golo marcado por mim e os restantes 3 já não me lembro, mas tenho a impressão de que foi o Figueiredo e o Casaca.

O segundo jogo foi em Beja onde ganhámos por 9 a 1. Só não sei se foi contra a Escola ou Liceu, aqui quem foi o nosso treinador e responsável foi o Coronho, porque na altura o professor Américo já andava para se mudar para Lisboa e entregou a equipa ao Coronho.


(Foi aqui em Beja que tirámos várias fotografias).


Para irmos a Beja foi realizada uma excursão numa camioneta da EVA conjuntamente com os BIFES que também iam jogar voleibol. Em plena Serra do Caldeirão parámos a camioneta e tirámos uma fotografia (tenta descobrir também esta fotografia).


O terceiro jogo que fizemos foi com a Escola de Setúbal para apurar o representante do Sul para ir à final com o do Norte. Este jogo também foi realizado no São Luís e o resultado foi a nosso favor por 6 a 3.


E assim chegamos à final que foi realizada em Lisboa no Liceu Gil Vicente.


Fomos de comboio numa sexta – feira, partimos as 23.30 no Correio e chegámos a Lisboa no sábado de manhã (como tudo mudou). Ficámos num refeitório da fnac, hoje Inatel que era para os lados da Junqueira.


O jogo realizou-se no Domingo de manhã (fomos da Junqueira para o Gil Vicente no eléctrico).



Neste jogo da final já contámos com o Professor Américo mas também com o Coronho; perdemos por 4 a 3 mas no prolongamento porque no tempo regulamentar estávamos empatados a 3.


Esta equipa do Norte não sei se era Escola ou Liceu quase a totalidade dos jogadores já jogavam no FCP e Salgueiros que na altura era uma grande potência do Andebol Nacional especialmente de onze.


Este andebol neste ano ainda foi com as regras antigas, portanto a NOSSA EQUIPA foi muito grande.

E no princípio do Ano Lectivo houve uma reunião Magna no Ginásio, para dar a recepção aos alunos e onde nos entregaram as medalhas referentes ao segundo lugar alcançado.


Que eu me lembre, no tempo que andei na escola nunca mais se realizou esta reunião nos outros anos seguintes até eu sair da Escola.


Curiosidades de que eu me lembre:


1 –Na altura para nos deslocarmos para estes jogos tínhamos que ir vestidos com a farda da Mocidade Portuguesa, como nunca comprei esta farda, o Fernando Bento de Sousa, é que me emprestava a sua.


2 – O Professor Américo foi dar aulas para Lisboa.


3 – O Casaca jogou andebol de 7 muitos anos no Belenenses (não sei chegou a Internacional


4–O Figueiredo jogou andebol de 7 no Benfica foi internacional.(quando eu regressei do Ultramar nos anos 60 encontrei-o por acaso em Sete Rios, ia treinar e convidou-me para ir também mas recusei por várias razões que não vale a pena dizer.


5 – O Ribeiro foi jogar futebol nos juniores do Benfica (não sei qual o seu percurso como futebolista. Só há pouco tempo é que o encontrei em Faro


6 – O Soromenho (já falecido) foi guarda redes na primeira equipa do Farense, jogou também no Benfica andebol de 11 como guarda redes e praticou atletismo no mesmo clube na especialidade de salto em comprimento e triplo salto, creio que chegou a Internacional. Com o Fontainhas participou em vários Ralis do Algarve e de Portugal entre outros, em representação da Ford. Foi vendedor de automóveis no Entreposto de Faro e por acaso vendeu-me alguns carros “NISSAN” e conseguiu dar-me a volta quase sempre, Paz à sua alma.


7 – Dos outros que faltam perdi-lhes o rasto.


8 – Já me esquecia de te dizer o mais importante que tinha chumbado o ano por faltas a Religião e Moral, (como os tempos mudam).



Texto de

Amaranto Romão

segunda-feira, 18 de maio de 2009

OUTROS TEMPOS


NOTAS


1 - FILOSOFANDO

1.1 - A SAUDADE

Ai vai a foto com : Em cima Canceira, Hélder, Figueiredo, Célio, Amarante, Toi Vargas e Caronho ( Responsável )
Em baixo Casaca, Ribeiro, Seromenho e Hélio

Todos eles jogavam bom andebol, mas deram - me um trabalhão naquela viagem.
Fiquei amigo de todos
Tudo correu bem, pena foi perdermos a final
Um abraço
Vítor Caronho
SAUDADE: o Bilhete de Identidade do Povo Português?

Quando ouvem a palavra saudade são muitos os que pensam: - Ah sim, a saudade, a palavra que não se pode traduzir e que identifica os portugueses. Mas a saudade não é uma palavra, não é o bilhete de identidade dos portugueses; a saudade não se pode perceber nem definir, mas apenas viver, experienciar.
A saudade expressa-se em sentimentos, música, poemas, cantos mas, certamente, não é com palavras que a podemos traduzir. Antes de ser pensada a saudade foi cantada considera
no seu Labirinto da Saudade.


1.2 - O SONHO

Um homem sonha acordado
E sonhando a vida percorre
E desse sonho doirado
Só acorda quando morre.

A. Aleixo

Nada mais certo e nada mas verdadeiro. Nem temos o direito a sonhar.


Texto de

JBS

TUDO EM ORDEM



OUTONO E O NOSSO QUERIDO AMIGO ANTÓNIO DA ENCARNAÇÃO COSTELETA DE ESTOI. QUEM DÁ AÍ UMA DICA ACERCA DO ANTÓNIO ?
a frustração é grande
de manhã
quando venho ver o blogue
para saber se alguém
se dignou
fazer um comentário.
e zero.
Não imaginarão certamente
a preocupação, trabalho e canseira que isto dá....
e sempre no fio da navalha.
mas com uma enorme dedicação.
Viva a malta.
Sunday morning, 7 horas e 50 minutos
às 8 estarei melhor.
Aquela contada pelo Jorge Tavares, na aula do Dr. Uva, ó senhor Verdelhão, ó seu cagão, rua.... anima-me o estado de alma.
Perdi um amigo e compadre.
Non... nom returnerá.... jamais.

NOTAS.

1 – O SPORTNG CLUBE OLHANENSE, clube de futebol onde militaram os costeletas MANUEL POEIRA, JOÃO PARRA, FONTESANTA, NUNO AGOSTINHO, VICTOR CARONHO, ANTÓNIO PAULO, JÚLIO e….. assegurou hoje regresso à primeira divisão do campeonato português da modalidade.


O espaço costeleta regozija-se com o feito e felicita com um forte abraço a Direcção do Clube, Corpo Técnico, jogadores, massa associativa e todos os olhanenses.

2 - Um abraço ao António Encarnação de Estói a viver no Brasil que já topo. Mas António, manda ai uma foto tua para a publicarmos.

Parabéns pelo texto que acho ponderado e cuidado.

Estive ontem em Estoi a tomar um café no OSSÓNOBA e a ler o jornal. Não vi ninguém conhecido. Mas eles estão por lá. Nem o nosso poeta costeleta ORLANDO BICA que costuma andar por ali. E o grande Luís Isidoro, o professor, campeão de tiro aos pratos, igual.

3 – Ao DIOGO COSTA SOUSA da Senhora da Saúde a residir nos EUA, costeleta 200% assim como a esposa e o filho, o nosso querido Engº JOÃO PAULO da USNavy para quem o neto do Zé Basílio manda um abraço, quero informar que está tudo em ordem e daqui a pouco vou –me deitar no quarto de duas camas.

4 – Continuas um sonhador, disse ela. C´est la vie.


5 – Casou no sábado o filho do costeleta António Viegas do Sítio da Areia e a festa continuou até hoje. E cantou-se o fado, baixinho. Assim:


Nasci no SÍTIO DA AREIA
Numa casa farta e cheia
De amor e compreensão

Tive a Mãe que me adorou
Um Pai que me abraçou
E mais tarde um amigo irmão


6 - A DÚVIDA, em verso

MORTE, FESTA E FADO

Um camarada nosso morreu
Mas a festa estava marcada
Fez-se um intervalo na dor
E foi música até madrugada


Alguns amigos dos melhores
Desse homem que faleceu
Disseram-me amigo não chores
Porque era teu amigo e meu.

E estivemos no casamento
Onde de momento a momento
Eu me punha a pensar asssim


A gente morre, comove-se ou não?
Se para a festa convidados estão
Vamos para festa que a vida é assim


Texto de


JBS

sábado, 16 de maio de 2009

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS

Dado que me encontro a passar umas férias, para descanso, no Norte do país, não me é possível fazer a pesquisa e colocação dos aniversários, pelo que peço imensa desculpa aos aniversariantes desta última quinzena de Maio

Rogério Coelho

SOLIDARIEDADE

FALECEU O BIFE


Engº CARLOS ALBERTO CAETANO DIOGO, das Pontes de Marchil, a viver nos EUA.

ESPERA-SE A TODO O MOMENTO A SUA CHEGADA A FARO, A SUA CIDADE.

O BLOGUE OSCOSTELETAS associam-se à família na dor e presta sentida homenagem ao, também,um amigo dos costeletas.


PARTIU UM AMIGO.

QUE DESCANSE EM PAZ.


Texto de
JBS

ESTOU EM DIFICULDADES TÉCNICAS


E POR ISSO O BLOGUE ANDA UM POUCO À DERIVA.


UMAS NOTAS.


1 - A rapaziada não se apercebeu da amizade havida entre o Zé Basto e o Zé Jacinto que ainda hoje é uma coisa bonita e perdura ou o texto não teve esssa força.


2 - Subscrevo inteiramente as palavras do Norberto acerca do texto do Moreno que é d aminha terra e ´´e mais conhecido que o burro do cigano.


3 - O mail, com total razão de ser do Jorge Tavares,


O SEU A SEU DONO...convém esclarecer.

No passado 23 de Abril o blogue inseriu um texto, contendo uma entrevista com o Sr. Engº. Macário Correia, que mui gentilmente havia visitado a sede da nossa Associação.
O referido texto informava que o Sr. Eng. tinha sido aluno da Escola Tomás Cabreira e consequentemente pertencia à família costeleta.

Hoje, recebi na caixa do correio, um jornal da campanha eleitoral do Sr. Eng. , denominado Capital, e iniciei a sua leitura.
Surpresa das surpresas, logo na primeira página o texto começa assim:

-Fui aluno do antigo Liceu Nacional de Faro e aí vivi o histórico dia 25 de Abril de 1974.....-

Quando o Sr. Eng. afirma que foi aluno do antigo Liceu Nacional de Faro, quererá referir-se ao local aonde está instalada a nossa Escola, que, de facto, foi Liceu até ao finais da década de quarenta? Se essa expressão corresponder à sua intenção, então o Sr. Engº. não devia omitir que é costeleta e que, de facto, frequentou a Escola Tomás Cabreira em Faro.

Jorge Tavares
Recolha de
JBS

quarta-feira, 13 de maio de 2009

CORREIO COSTELETA


DAS CAMPINAS, JOSÉ ELIAS MORENO

Caro João:

Ontem cheguei a casa, cansado de um dia de trabalho campestre e antes do duche, dirigi-me ao meu posto de observação da Ria Formosa que é também de onde todos os dias ,mal me levanto contemplo a nossa querida Escola. Peguei numa "bucha" e num copo duma "pomada" que me receitaram para levantar o moral e sentei-me...a reflectir. A Ria estava na Baixa mar, linda desde a Armona até ao Pontal-que é o que dela me deixam ver os prédios a nascente e o mamarracho do Turismo a poente, uma suave maresia pairava sobre a Alameda e vinha insinuar-se, provocando-me outros pensamentos.

Assim estive ali até o Farol mandar a sua primeira piscadela, e passar sobre a Ria um ruidoso e trepidante avião ,a toda a pressa para os lados de Olhão ,que também se poderia dizer para as bandas de Tavira ou Vila Real, tanto faz .O que é certo é que o barulho do malvado me fez sair dos meus pensamentos, e não tive outro remédio que não fosse ir "dar banho".

Depois deste, de uma massinha de chocos de umas nêsperas e um chásinho para rebater, sentei-me em frente deste "Ditador" que mal conheço na versão Rede global, mas que sinto me vai tomar grande parte do tão precioso bem ,que não há dinheiro que pague, e nunca é demais, para a concretização dos nossos sonhos-o tempo.

Fui directo ao Blogue dos Costeletas,e passou não sobre ,mas por dentro da minha cabeça outro avião,ou turbilhão de pensamentos ao ler tudo o que escreveste sobre os nossos colegas ,no nosso Blogue que eu já me atrevo a considerar a nossa tertúlia.A tua entrevista ao Zeca Bastos fez-me -como num passe de mágica-retroceder no tempo aos primeiros dos anos sessenta do século passado, quando recentemente "imigrados" de Faro, nos encontrámos outra vez em Almada eu e o João Man.Correia Martins(primo do Zeca) a leccionar na Escola D. António da Costa do nosso director Jorge Escalço Valadas, o próprio Zeca, o João Jacinto, o Cabrita e a Antonieta, o Farinha o Clérigo do Paço,o Honorato Viegas ,(os outros que me perdoem)uns bancários outros professores e trabalhadores estudantes, de sangue na guelra e cheios de confiança e esperança num futuro onde aparentemente não pairava ainda qualquer suspeita. Aos sábados depois do almoço as esplanadas e os cafés da praça da Renovação regorgitavam de juventude.

Tomada a bica e discutidos os diversos pontos de vista sobre os assuntos do momento, com as devidas precauções, abriam-se então as pastas e dossiers passando-se a uma tarde de marranço ou revisão das matérias .Depois do jantar de sábado convergiam para a baixa de Lisboa, Costeletas das mais diversas partes da área metropolitana da capital,e o ponto de encontro ou passagem era normalmente o Café Martinho no Rossio. Ele eram os técnicos das OGMA de Alverca ,os estudantes universitários,os funcionários da APT, os bancários ,os professores, os Oficiais ,cadetes e sargentos da Armada e do Exército, técnicos e operários da CUF da Sorefame e da Lisnave,etc.,etc.Os Costeletas pontuavam na industria no comércio nos serviços e no desporto. Estas revoadas de Algarvios na baixa de Lisboa eram muito festejadas e simpáticamente aceites pelo pessoal dos locais onde se encontravam.

O ambiente caloroso do Café Acordeon de Faro e a saudade dos bailes das sociedades recreativas algarvias ao som da orquestra Night ad Day foi algumas vezes mitigada por alguns, graças à simpatia do Artur Andrade e do Idalécio Dias,que ao tempo actuavam na cave do Comodoro ali ao lado das portas escancaradas do saudoso Martinho. Já não há noites daquelas, nem Bairro Alto como naquele tempo. Mas, não vá o sapateiro
além da chinela...

Meu caro João: as conversas são como as cerejas e agora que elas estão aí-as cerejas-também não fica fora de propósito já que vendo bem, o propósito foi tu teres falado com o Zeca Bastos, eu dizer mais qualquer coisinha sobre esse querido amigo. Antes que me esqueça, ou que me não lembre mais, há que estabelecer ,urgentemente ,contacto com o Zé (Jacinto)Pinto, e provocar, agendar ou marcar um encontro entre os dois: Zeca Bastos v Zé Pinto. Sei que tens os teus esquemas, pois procura-o aí entre as Lejanas e a Sª da Saúde , ou entre esta e as Pontes de Marchil. Depois pede-lhes que te falem do seu tempo de tropa, adianto-te que a versão do ZB é deliciosa, contada no seu estilo e sotaque tipicamente farense anos sessenta. Como deves calcular, pela minha alcunha, a minha massa muscular na altura não era muito apropriada para a prática do futebol, nem para outra qualquer actividade desportiva, por isso nunca joguei futebol ,integrado nas equipas dos craques como o Zeca Bastos o Nuno o Parra ou o Poeira- Deus me livre.

Mas nem por isso deixei de conviver ao longo destes anos com ele na Costa da Caparica , onde ambos vivemos ,na praia ou nos bailaricos do calçadão frente ao Cuíca, nos jantares da Casa do Algarve, ou no Restaurante Arte da Comida, do Alfredo Teixeira, onde um grupo de Costeletas se junta em amena e salutar cavaqueira degustativa. O Zeca foi, é, e sempre será um fora de série .O seu estilo desportivo e elegante e o seu porte a sua educação e afabilidade no trato com toda a gente ,são marcantes. Como amigo e como ser humano: um puro. Mas se me permites, e ainda a propósito, deixa-me contar-te só mais esta. Uma noite no Arte da Comida ali na Rua dos Correeiros juntámo-nos dez ou doze, deixa ver: era eu, o Sebastiana,o Zé Paixão, o Custódio Barras, o Zeca Bastos, o Teófilo, o Júlio Piloto, o Zé Félix, o Prof. Américo, o Manuel Vargas, o Alfredo Pedro, o Alfredo Teixeira, o Victor Caronho, e dois Costeletas adoptivos(sabias que também os há?)estes eram os Bifes: Varela e o Apolónia. Olha! enganei-me

Afinal eram mais. Bom; estávamos quase a entrar nos figos torrados nas amêndoas e nos digestivos-quando o Apolónia se sai com esta: Éh pá!... no fim de semana passado em Vilamoura peguei no barco, fui à pesca e apanhei duas lulas deste tamanho; e abriu os braços à largura dos ombros ,para exemplificar o tamanho dos bichos, quase atingindo com um chapadão cada um dos comensais situados respectivamente á sua esquerda e à direita. Nem tinha ainda pousado os braços, e já o Júlio tinha ditado o triste fim das "lulonas" ,e no jeito que se lhe conhece, pergunta: É pá e onde é que estão as lulas? Também não demorou muito a inesperada resposta do feliz pescador: Trouxe-as para cima e estão no frigorífico. Gera-se então uma animada algaraviada, na procura de uma consensual ocasião e local apropriado para o repasto.

Contam-se as cabeças dos presentes ,fazem-se prognósticos para outras possíveis adesões, o Júlio mais uma vez protagonisa a escolha do menú: lulas de caldeirada com feijocas, e o Alfredo Teixeira, o eterno anfitrião decide o local e a data do evento: Na minha quinta em Sesimbra, de quarta a oito dias, que é o dia da semana que eu e o meu assistente técnico agrário, dedicamos à agricultura. Aprovado por unanimidade. E no dia e local combinado, compareci meia hora antes do "timing" pré estabelecido, munido de um bolo de amêndoa caseiro, não fosse necessário dar uma pequena ajuda em qualquer preparativo. Entrámos os três, o carro eu e o bolo ,pelo portão escancarado da quinta, e imediata e gentilmente saudados e convidados a estacionar em local apropriado, pelo Zeca Bastos, em representação do anfitrião, momentaneamente ausente, para resolver um pequeno problema de economato, a pedido da Chef.

Soube depois por portas e travessas, que esta ausência estaria relacionada com o tamanho das lulas, porque a quantidade de feijoca aprovisionada tinha sido bastante generosa.

Dirigimo-nos então para o local do evento, na zona do jardim, contíguo ao campo de futebol particular. Sob duas enormes pinheiras mansas atapetadas por verdejante relvado estava montada uma mesa em ferradura, cujas extremidades convergiam no sentido dos troncos ,num dos quais estava pendurado uma fotografia de grupo emoldurada num quadro A4,a que ,na natural azáfama de cumprimentar os outros convidados, não liguei muita importância, reservando para depois a satisfação da curiosidade. Entretanto chega o verdadeiro anfitrião com um cabaz ,prontamente conduzido à cozinha, após o que me convida a, na companhia do seu assistente técnico agrário, fazer uma pequena visita à horta e ao pomar, para que eu, na qualidade de agricultor de fim de semana pudesse opinar sobre as causas do aparecimento da fumagina nas laranjeiras ,e da prisão de ventre na ovelha.

E voltando-se para o Zeca Bastos (que acompanhava os circunstantes numas fatias de genuino Pata Negra acolitado por excelente queijo de Azeitão e um tinto de soberba catadura),pede-lhe que me acompanhe agora, a mim, na citada visita, enquanto a feijoada não apura. E foi assim que fiquei a saber da forma tão salutar como o Zeca passa as quartas-feiras da sua reforma. Instruído o caseiro sobre o tipo de fumigação a aplicar nas laranjeiras, da necessida urgente em parar com a ração de bolacha Short cake à ovelha, e de visitado o soberbo faval ,tomámos assento na mesa onde agora mais de vinte Costeletas confraternizavam numa amizade franca e jovial. Coube-nos a nós ligeiramente retardatários, ladear na cabeça da mesa o Manuel das Dores Brito Vargas e o anfitrião. Chegam dois monumentais tachos colocados estrategicamente sobre a mesa, pelo pessoal da cozinha e várias garrafas de branco, outras tantas ou
mais de tinto,sumos e águas.

Levantam-se simultâneamente as duas tampas, fecham-se todas as bocas, semicerram-se as palpebras e numa colectiva aspiração nasal dos odores exalados ,está feita a primeira aprovação .Excelente, por unanimidade. A prova gustativa é menos cerimoniosa, sempre acompanhada por parabéns à Chef, muito bom...muito bom, o melhor é a feijoca, passa aí o tinto, o molho está um espanto, etc...etc. Não faltam as piadas sobre os pescadores de lulas .os caçadores e outros mentirosos, nem a evocação dos tempos de Escola ,a camaradagem, os professores a amizade desinteressada e pura. Antes da chegada do pudim Abade de Priscos, do bolo de amêndoa e dos morangos, levanta-se o Manuel Vargas, olha para o quadro pendurado no tronco da pinheira, de copo na mão todos se levantam e olham para o quadro. E o Manel diz: Malta!

Vamos fazer um Brinde ao Matinhos. Todos erguem o seu copo: MATINHOS, TUDO Á FARTA PÁ, que era a saudação que ele tantas vezes repetiu ao longo da vida. O Francisco Matos estava naquela fotografia pendurada , tirada no mesmo lugar com os mesmos colegas, mas já nâo pertencia ao número dos vivos. Uma ligeira onda de emoção foi imediatamente afastada por uma prolongada salva de palmas. Se a vida é efémera ,porque há-de a tristeza ser duradoura?! Não sei responder a tão misterioso desígnio, mas tenho saudades de vós: Matinhos, Manuel Vargas e de todos os amigos que perdi.

Caro JBS: Só te queria dar este testemunho, e mandar-te uma palete de abraços para distribuires equitativa e fraternalmente entre todos os costeletas solidários e amigos.

JEM

recolha de JBS

terça-feira, 12 de maio de 2009

XAVIER BASTO, ZÉLIA NEVES e ZÉ JACINTO


3º ANO 1ª TURMA, ANO LECTIVO 1955/ 56

Cheguei no ALFA de hoje a Faro, à minha cidade. Foi aí que me preparei para a vida. Saí da estação e olhei demoradamente a rua Ventura Coelho, em frente, onde no nº 4, estive hospedado na casa da Natércia Pires Correia, a mulher do Francisco Zambujal. depois de lá ter estado também, o poeta Manuel Inocêncio Costa.
Estava nesta de matar saudades quando me cruzo com a Maria das Dores de BORDEIRA. E pergunto-lhe

JOÃO BRITO SOUSA (JBS) – Tu és a Maria das Dores de Bordeira, do 3º /1ª de 55/ 56 ?
MARIA DAS DORES (MD) – Sim, sou, como me conheces?

JBS – Conheço-te lá da Escola, do tempo do Zé Jacinto de Sousa Pinto e do Zé Correia Xavier de Basto e de muitos outros.

(MD) – Esses dois eram cá dois borrachos, dois moços mesmo giros que punham a cabeça em água às moças. Mas não se podia fazer nada. Se fosse hoje? ...

JBS – Mas tens estado com eles, perguntei.

(MD) - Às vezes vejo o Zé Jacinto, ele mora na rua Gago Coutinho, perto do Jumbo. Mas olha lá, não é ele que vai ali. Ó Zé Jacinto? Anda cá, pá.

JOSÉ JACINTO (JJ) – Olha a MARIA, há quanto tempo .... dá cá um abraço. E este cavalheiro quem é?, perguntou.

(MD) – É um colega mais novo do que nós que encontrei aqui. Lembras-te da Natércia do Zambujal que morava ali no 4. Foi hospede lá, em 1952. com o Manel Costa, lembras-te?

(JJ) – Nunca mais vi ninguém. Nem o meu grande amigo Zeca Basto, sempre muito penteadinho, bem engraxado, tudo a maneira, internacional da Escola ao lado do Julião, no tempo do Victor Caronho, Poeira, Parra e Nuno. Não sabes nada do Zeca Basto?

(MD) – Sei, o Zeca foi um excelente profissional da Banca, BNU, a secretária dele sempre limpinha, tudo no seu devido lugar, aquela caligrafia que até dava gosto olhar quando ele fazia os livros selados do Banco, foi um grande amigo. Lembras-te dele Zé Jacinto.

(JJ) – Se me lembro dele, então o Zeca Basto foi o meu melhor amigo aqui em FARO, na Escola e na tropa, ele é que me fazia a barba e dizia-me, tens pouca barba deb.... Tenho saudades dele, como tu dizes, sempre elegante.

(MD) – Então e a tua vida Zé Jacinto?

(JJ) -Vai-se andando mais ou menos. Sou um homem da saudade, lembro-me de tudo da minha juventude, o melhor tempo que a gente tem. E lembro-me bem da baixa da cidade, onde a malta passeava na Rua de Santo António, no Natal, era a Rua cheia de gente, o Bernardo Estanco dos Santos e o José Elias Moreno, sempre, na noite da procissão da sexta feira Santa, o silêncio da noite e depois no verão os bailes da alameda, eu o Basto e o Filipe Vieira. O Filipe lixava sempre a gente. Dançava muito bem, mademoiselle s´y vous plait, me concede l´honour de une dance. No baile do Grémio em Faro, na passagem do Ano, o Zeca Basto tinha um casaco claro de pele de camelo, camisa preta, gravata como o nosso Dr. Coroa e com uma piscadela de olho convidava a menina mais bonita do baile. E a malta gritava Aí Zeca Basto....

(JBS) – Ó Zé Jacinto, eu tenho aqui o telefone do Basto, vais falar com ele, ok.

(JJ) – Não acredito, dá-me aí. Aló Basto... aló....

ZECA BASTO (ZB) – Aló... aló... quem fala?

(JJ) – Basto és tu, há quanto tempo eu não te via. Onde é que estás ó Basto.

(ZB) – Estou na Costa da Caparica. Sabes quem é que me veio cá visitar há dias?

(JJ) – O Teixeira, o Farinha?....

(ZB) – Nenhum desses. Foi o General Alves de Sousa,

(JJ) – Esse que apertou com a gente quando o Murta nos apanhou à paisana?

(ZB) - Exactamente esse.

texto de
João Brito Sousa

domingo, 10 de maio de 2009

SPORTING CLUBE FARENSE ; UM POUCO DE HISTÓRIA.


FARENSE A DOIS ANOS DO CENTENÁRIO

Um pouco de história1 – As origens - 02.04.08


O Sporting Clube Farense comemorou mais um aniversário no dia 1 de Abril, dia mundialmente conhecido como dia das mentiras, mas no caso do clube da capital algarvia, sinónimo de uma grande realidade. Completou 98 anos de vida. Faltam, portanto, apenas dois para atingir o Centenário. Foi a 1 de Abril de 1910, ainda no tempo da monarquia, embora esta já se encontrasse moribunda, que nascia aquele que ainda hoje é o maior clube do Algarve, quer em grandeza, quer em palmarés, pese embora esteja a atravessar uma fase difícil da sua história. Mas já esteve pior. A sua fundação, no entanto, teve origem 3 anos antes, mais propriamente em 1907. Foi quando o futebol chegou ao Algarve trazido pala corveta “Duque de Palmela”, ancorada na Ria Formosa em Faro e na qual estava instalada uma escola de marinheiros. Estes efectuaram o primeiro jogo de futebol disputado no Algarve. O jogo foi disputado no Largo de S. Francisco, a 10 de Junho do mesmo ano, num terreno improvisado.Este jogo mexeu com alguns jovens, entre os quais João Gralho, que de imediato pensaram em constituir um grupo que se dedicasse à prática da modalidade. E assim foi. E João Gralho avançou mesmo em 1909/1910, com a criação de um clube de futebol, com equipamentos, campo, sede e sócios, que pagavam por semana uma quota de um pataco. Essa ideia foi logo apadrinhada por outros jovens farenses, entre os quais João Nugas e António Guerreiro da Silva Gago. E assim nasceu aquele que é hoje o Sporting Clube Farense, um dos poucos clubes portugueses que, como já referimos, nasceu ainda sob o regime monárquico. O Farense nasceu em 1910 e com grandes ligações ao Sporting Clube de Portugal, já que adoptou o nome do grande clube lisboeta. Por isso, os equipamentos eram idênticos, mas com uma curiosa diferença: como o clube tinha sido criado sob a influência do Sporting Clube de Portugal, quiseram adoptar as mesmas cores dos leões, mas Lisboa, na altura, não estava “à mão” como está hoje, a menos de 3 horas. Era bem mais longe do que é hoje, e o único contacto visual com a equipa da capital era através das fotografias que surgiam publicadas nos jornais da época. Só que nessa altura as fotos eram a preto e branco, e os uniformes ficaram… a preto e branco.



2 – Os campos de jogos e a Fundação da AF Algarve

Até hoje, o Farense utilizou quatro campos de jogos. O seu primeiro campo foi em S. Francisco, hoje transformado no Largo de S. Francisco, em parque de estacionamento durante todo o ano e palco da Feira de Santa Iria, a qual decorrem em meados de Outubro. Passou depois pelo Campo da Senhora da Saúde, situado onde estão hoje as instalações da RDP. Em 1922 instalou-se Estádio de S. Luís, de onde saiu recentemente para disputar os seus jogos no Estádio Algarve. No entanto, continua a utilizar o velho S. Luís, quer para treinos, quer para jogos das camadas jovens, quer ainda em alguns jogos de seniores, embora estes de forma esporádica. S. Luís que dentro em breve deverá ser vendido e demolido.O Sporting Clube Farense, como o clube de futebol mais antigo do Algarve, é, naturalmente, fundador da Associação de Futebol do Algarve. Mas antes de tal acontecer, fundou em 1914 a União de Futebol de Faro juntamente com a Associação Académica do Liceu de Faro, a Escola Normal de Faro, e o Boavista Futebol Clube, associação que teve uma viça efémera, pois foi dissolvida em Janeiro de 1916. Um ano depois surge a primeira Associação de Futebol do Algarve, a qual, devido a desinteligências surgidas no seu seio se extinguiu em princípios de 1918. Três anos depois, mais concretamente a 15 de Outubro de 1921, finalmente surge a que é hoje a Associação de Futebol do Algarve. Foi numa reunião realizada em Faro, nas instalações do Ginásio Clube Farense, à qual estiveram presentes vários clubes algarvios, nomeadamente o Sporting Clube Farense, Sport Lisboa e Faro, Boxing Futebol Clube, Sporting Clube Olhanense, Lusitano Futebol Clube, Glória Futebol Clube, Portimonense Sporting Clube, Silves Futebol Clube, Sport Club União, Sport Club “Os Leões Portimonenses” e Clube de Futebol Esperança de Lagos, os quais criaram, em definitivo, a Associação de Futebol de Faro, hoje Associação de Futebol do Algarve. Foi na madrugada de 16 de Outubro de 1921.



3 – A Filiação no Sporting e a entrada nos Nacionais

Em 1922, e depois de várias tentativas, o Sporting Clube Farense conseguia, finalmente, tornar-se filial do Sporting Clube de Portugal. Foi registada como a sua filial número 2. E hoje ainda o é.O Farense foi o primeiro clube a inscrever o seu nome como Campeão Regional. Foi em 1914, quando conquistou o Campeonato de Faro, prova disputada apenas uma vez e apenas com os 4 clubes da capital algarvia que constituíam a U.F.F. Na época da 1914/15 conquistou o primeiro Campeonato do Algarve. O SC Farense seria campeão do Algarve por mais 5 vezes até 1938.A partir da época de 1934/35 a Federação Portuguesa de Futebol criou definitivamente as ligas nacionais e o Farense entrou para a II Liga nacional, onde se manteve até 1937/38, altura em que as ligas se passaram a designar Campeonatos Nacionais num modelo bem mais democrático que o anterior. Assim a partir de 1938/39 o Farense passou a competir no Campeonato Nacional da II Divisão e logo no primeiro ano classificou-se em primeiro lugar da sua série. No ano seguinte, o Farense voltou a classificar-se em primeiro lugar da sua série, e depois nos play-off’s nacionais sagrou-se pela primeira vez Campeão Nacional da II Divisão na época de 1939/40. Curiosa e ironicamente o Farense não subiu de divisão para a tão ansiada I Divisão, pois esse campeonato, de 34/35 até 40/41 era restrito aos círculos de Lisboa/Setúbal e Porto não permitindo a entrada de outros clubes até 1941/42. Aliás, logo nesse ano, o primeiro clube algarvio a participar no Nacional da I Divisão foi o Olhanense. O “eterno rival” do Farense militou de 41/42 a 50/51 no escalão maior, tendo recebido a companhia, em 48/49 e 49/50, do Lusitano de VRSA, o qual, na altura tinha a representá-lo jogadores como o guarda-redes Isaurindo (o qual viria depois a jogar no SC Farense), Manuel Caldeira (transferiu-se para o Sporting, onde jogou com os “5 Violinos”) e “Mestre” José Maria Pedroto.



4 – As descidas e subidas e a desejada I Divisão

O Farense continuou na II Divisão, ficando por várias vezes em 1º lugar da Zona Sul, embora sem nunca conseguir, no entanto, sagrar-se campeão e subir de divisão.Nas épocas de 1947/48 e 1952/53 desceu à III Divisão, mas subiu logo no ano seguinte em ambos os casos. Por essas alturas o Farense mudaria o seu nome por apenas um ano, passando a denominar-se de Desportivo de Faro, mas logo a seguir voltou à sua designação inicial. O Farense continuou a sua caminhada pela II Divisão com vários primeiros lugares sem nunca conseguir subir. Em 1965 o SC Farense entra no pior período da sua história até então, descendo à III Divisão e ao Regional, já que na altura havia que se disputar primeiro o Distrital e depois a III Divisão. A seguir, em dois anos conseguiu, finalmente e de forma meteórica, a desejada subida à I Divisão Nacional. Antes, em 67/68, disputou a subida com o Sesimbra, em 3 jogos que ficaram na história por maus motivos. O Farense perdeu em Sesimbra no Vila Amália e venceu no S. Luís, num jogo polémico, com um penalty duvidoso. O desempate teve de acontecer num terceiro jogo realizado em Beja, com os sesimbrenses a fazerem deslocar à capital do Baixo Alentejo milhares de adeptos, o mesmo acontecendo com os algarvios. Houve pancadaria a “dar com um pau” e o Farense acabaria por perder o jogo. Mas no ano seguinte, em 1968/69 o Farense conseguiu, finalmente, regressar à II Divisão, depois de vencer em Montemor-o-Novo, por 2-1, com o golo da vitória a ser obtido por Pedro. Um jogo onde os montemorenses tiveram o apoio do… Olhanense, o qual disputava a subida com o Farense. Em 1969/70, após vencer em Portimão o conjunto local por 3-0, o Farense conseguiu a desejada subida, ao empatar com o Oriental a zero, resultado que lhe garantiu a promoção à tão desejada I Divisão Nacional.



5 – 6 anos na I Divisão e nova longa permanência na II Divisão

Assim, em 1970/71 o Farense estreou-se, finalmente no Nacional da I Divisão e no jogo de estreia derrotou o FC Porto por 1-0, com um golo apontado pelo falecido Ernesto Sousa, transferido nessa época só Sporting, juntamente com os igualmente já falecidos Bastos e Dani. Também nesse ano viriam do Sporting, o guarda-redes Barroca e, por empréstimo, Ferreira Pinto e Panhufa. O Farense, sob a liderança de Manuel Oliveira, apenas perdeu um jogo em casa, precisamente contra o Sporting. O Benfica também não passou em Faro (1-0, golo de Mário Nunes). A equipa algarvia cedeu empates a 6 adversários: Boavista, Académica, Vitória de Setúbal, Varzim, Barreirense e Desportivo da CUF (hoje Fabril do Barreiro). Acabou a época em 11º lugar. Este foi o início de três décadas douradas do Farense.O Farense ficou na I Divisão durante seis épocas consecutivas, descendo em 1975/76, no final de uma época conturbada, com vencimentos em atraso e a morte do jogador Amâncio a ensombrar a época. A sua melhor classificação foi um 7º lugar em 1973/74, com o falecido mister Carlos Silva na liderança técnica.Com um passivo algo pesado, o Farense teve de apertar o cinto na II Divisão, onde militou até 82/83, época em que regressou à I Divisão. O pior esteve para acontecer em 80/81, quando o Farense quase descia à III Divisão, fruto de uma época conturbada (fuga do Presidente Abílio Rodrigues, 3 treinadores e vencimentos em atraso). E tal não aconteceu porque ao Farense chegou um homem que durante 8 anos estaria à frente do Clube, tendo feito história, para além de catapultar o Farense para outros voos.


6 – Campeão Nacional da II Divisão e o início da era Fernando Barata

O nome desse homem que ficou na história do Farense: Fernando Barata, empresário hoteleiro que deu uma autêntica pedrada no charco, não só no Farense como também no futebol português. Depois de conseguida a permanência na II Divisão em 80/81, o Fernando Barata fazia a primeira tentativa de regressar à I Divisão. Para isso contratou o treinador António Medeiros e jogadores com andamento de I Divisão, tais como o guarda-redes Ferro, o defesa César (ex-Vitória de Setúbal), os médios Isidro e Rachão, os dianteiros Sanha, Jairo e Campos, entre outros.Mas as coisas não correram lá muito bem. Algumas derrotas imprevistas ditaram o afastamento de Medeiros e a contratação de Mário Lino, antigo técnico do Sporting e que em 74/75 já havia estado ao serviço do Farense, então na I Divisão (foi no ano imediatamente a seguir a ter feito a “dobradinha” no Sporting de Yazalde, Fraguito, Damas e Cª.) Depois de derrotar em casa o Marítimo, o seu principal adversário, o Farense foi surpreendido em casa pelo Lusitano de Évora e perdeu o primeiro lugar para os madeirenses. Na Liguilla começou bem (vitória sobre o Salgueiros por 4-1), empatando depois em Penafiel. Mas quando se deslocou a Alcobaça para o segundo jogo foi surpreendido pela decisão do CJ da FPF em promover o Alcobaça e a colocar na Liguilla a Académica. Uma bronca de todo o tamanho que ditou a suspensão da Liguilla até ao início da época seguinte.E Barata não perdeu tempo. Toca a formar uma equipa que não daria hipóteses a ninguém. E contratou uma equipa de luxo, onde pontificavam jogadores como Jorge Martins, Paulo Meneses, César, Vilaça, Manuel Cajuda, Leonardo, Paulo Campos, Mário Ventura, Óscar, Alexandre Alhinho, Alberto, Joel, Nelinho, Francisco Vital, entre outros. Era o segundo ano com Fernando Barata na liderança da direcção. Mas as coisas na Liguilla não correram bem, pois derrotas em Coimbra e em Vidal Pinheiro complicaram tudo. Nem a vitória por 6-0 sobre a Académica em S. Luís atenuou, pois o Salgueiros garantiria a subida ao vencer o Penafiel. O Farense tinha de jogar na II Divisão com uma equipa (e um orçamento) de primeira.Depois foi um passeio na II Divisão, sob o comando, primeiro do campeão europeu Artur Santos e depois do búlgaro Hristo Mladenov. O Farense subiu com 13 pontos sobre o Lusitano de Évora e 16 sobre o… Belenenses.



7 – O Regresso à I Divisão e a Final da Taça de Portugal

O Farense começava a ficar cada vez mais próximo de ser o maior clube do Algarve. Mas até então ainda era o Olhanense o clube algarvio com melhor palmarés e carreira no escalão principal do futebol português, com 15 presenças. Na altura, o Portimonense já contava 6 presenças na I Divisão, as mesmas que o Farense tinha conseguido até 75/76. Em 1983/84 o Farense regressava assim à I Divisão, com Barata a contratar o guarda-redes húngaro Ferenc Mezsaros internacional ex-Sporting. Também o internacional brasileiro Gil surgia em Faro fazendo dupla com o regressado José Rafael. O Farense, no entanto, desceria dois anos depois, já com o espanhol, desculpem, catalão Paco Fortes ao seu serviço. Mas não ficou na II Divisão mais do que uma época, pois com uma equipa fortíssima, onde pontificavam jogadores como Paco Fortes, Nelson Borges, Miguel Quaresma, Fernando Martins, entre outros, e sob o comando de Dinis Vital, o Farense subiu logo a seguir. O Farense voltou à I Divisão em 1986/87, mas voltaria a descer à II Divisão no ano de 1989/90. Ironicamente, foi na época seguinte (89/90), com Paco Fortes na liderança técnica, que, competindo na II Divisão, o Farense escreveu mais uma das mais brilhantes páginas na sua história, pois, contra todas as expectativas chegou à Final da Taça de Portugal, deixando para trás equipas como o Portalegrense (3-0), a Oliveirense (3-2), o Odivelas (1-9), o Esperança de Lagos (7-1), o União da Madeira (0-0 e 2-0) o Valonguense (4-0) e Belenenses (detentor do troféu) (1-2) na meia-final. A 27 de Maio de 1990 encontrou na final a equipa do Estrela da Amadora, empatando (1-1) após prolongamento, o que obrigou a uma finalíssima oito dias mais tarde, onde perdeu por 2-0, a 3 de Junho. Nesse ano surgiu o Hino do Farense, o qual foi gravado em Abril de 1990 por José Romão Bento Ferreira (autor da letra e música), Joaquim Rogério, Pedro Cabeçadas e Vítor Bento Ferreira. O autor destas linhas bem se recorda da gravação, feita nos estúdios de Faro da Diapasão e que terminou por volta das 3 horas da manhã. Na altura foi de imediato colocado no ar, através da já extinta Rádio ASA (nesse ano, o autor destas linhas, bem assim como Miguel Santos fizeram os relatos da totalidade dos jogos do Farense, quer para o Campeonato, quer para a Taça de Portugal (44 jogos!). Faziam ainda parte desta equipa de Desporto da Rádio ASA, Acácio Lopes, Marco Fernandes, Manuel Luís, António Correia, António Vieira e Horácio David.



8 – A década de Ouro

O Farense entrava assim na década de Ouro da sua história. A mais gloriosa de sempre. Regressou assim em 90/91 à I Divisão, onde se manteve durante 12 épocas consecutivas, descendo em 2001/02. O Estádio de S. Luís começou a ser conhecido como o “Inferno de S. Luís”, pois poucas eram as equipas que conseguiam vencer. O Farense somou dois 6ºs lugares, um oitavo e um 5º, naquela que foi a sua melhor classificação de sempre e permitiu o apuramento para a Taça UEFA. Foi em 94/95. No ano seguinte disputou a Taça UEFA, tendo sido eliminado pelo Lyon (0-1 no S. Luís e 1-0 no Estádio Gerland, naquela cidade francesa), hoje o crónico campeão francês (prepara-se para conseguir o 7º título consecutivo). Com esta participação na UEFA e mais uma época na I Divisão, o Farense acabou por ultrapassar os mais directos rivais algarvios, já que passou a contabilizar 16 presenças na I Divisão (mais uma que o Olhanense e mais 3 que o Portimonense. O Lusitano apenas esteve por duas épocas na I Divisão). Igualou o Portimonense nas competições europeias (jogou em 85/86 com o Partizan de Belgrado (vitória por 1-0 em Portimão e derrota em Belgrado por 3-0). Antes, com a disputa da final da Taça de Portugal já havia igualado o Olhanense. E hoje ainda é o 11º no Ranking Nacional, com 23 presenças na I Divisão. O Portimonense (13 presenças) é 25º, o Olhanense (15), 28º e o Lusitano VRSA (2), 50º.



9 – O período mais negro da sua história

Em 2002/03 entrou no período mais negro da sua história, sofrendo a maior crise de sempre do clube e descendo consecutivamente de divisão três épocas seguidas, parando apenas na 3ª Divisão, mas culminando com a desclassificação em 2005/06, por ter dado 3 faltas de comparência devido a dificuldades financeiras que impediram a inscrição da equipa sénior nesse ano.Mas a verdade é que o clube está a renascer. Na época passada foi campeão da II Distrital e está na presente temporada na liderança da I Distrital, o que poderá permitir o regresso aos Nacionais. E o futuro poderá ser mais risonho. Para quem já dava o Farense como morto e enterrado, o clube da capital algarvia está a provar que é mesmo um grande clube. Imortal. Parabéns Farense! Á vitória Farense, à vitória.José Mealha(Pesquisas: Farense Wikipédia, FPF, Jornal “Record” e arquivos pessoais)



PALMARÉS

Campeonato Nacional da I Divisão: 23 Presenças – Melhor: 5º lugar (1994/95); Taça de Portugal: 45 Presenças – Melhor: Finalista vencido em 1989/90 (Estrela da Amadora: 1-1 e 0-2 (finalíssima);Campeonato Nacional da II Divisão: 36 Presenças – Títulos: 2 (1939/40, 1982/83); Campeonato Nacional da III Divisão: 7 Presenças – 3 vezes primeiro classificado na sua Séria (1952/53, 1966/67 e 1968/69); Campeonato Regional do Algarve: 6 Títulos (1914/15, 1917/18, 1921/22, 1933/34, 1935/36, 1937/38); Campeonato Distrital da AF Algarve (II Divisão): Campeão em (2006/07); Taça UEFA: 1 presença (1995/96) – 2 jogos (1ª eliminatória – Olympique de Lyon (0-1 e 1-0).José Mealha
Colocado por: Colaborador Algarve Press


texto retirado da net

por João Brito Sousa

sábado, 9 de maio de 2009

HOMENAGEM AO SPORTING CLUBE OLHANENSE


CAMPEÕES NACIONAIS-


O Campeonato de Portugal vencido em 1924, é o o maior feito da história do Sporting Clube Olhaneense.
Eis os resultados desse ano:
1ª eliminatóriaFC Porto, 3 - Académica, 2Vianense, 2- Braga, 0Sp. Tomar, 9 - Portalegre, 0Olhanense, 1 - V. Setúbal, 02ª eliminatóriaFC porto, 3 - Vianense, 1Olhanense, 6 - U. Tomar, 0 3ª eliminatóriaOlhanense, 5 - Maritimo, 1FinalOlhanense, 4 - FC Porto,

FICHA DA FINAL

OLHANENSE, 4 - F.C. PORTO, 2


Final disputada em Lisboa, no Campo Grandeem 08 de Junho de 1924Árbitro: Germano de Vasconcelos (Braga)
OLHANENSE - Carlos Martins; Américo Martins e João Falcate; Fausto Peres, Raúl Figueiredo "Tamanqueiro" e Montenegro; Cassiano do Carmo, José Belo, Joaquim Gralho, José Carlos Delfim e Júlio Costa ("capitão").
F.C. PORTO - Borges de Avelar; Álvaro Coelho e Tavares Bastos; Coelho da Costa, Velez Carneiro e Floriano Pereira ("capitão"); Alexandre Cal, A. Freire, Hall, Simplício e João Nunes.Ao intervalo: 2-2Golos:1-0 por Delfim1-1 por Hall1-2 por Tavares Bastos (g.p.)2-2 por Tamanqueiro (g.p.) 3-2 por Gralho4-2 por Belo, a cinco minutos do final


Algumas notas:

CARLOS MARTINS (GR) - Defendia tudo como o costeleta António Paulo

MARTINS e FALCATE (DEFESAS)– Martins em força Falcate a técnica

TAMANQUEIRO e MONTENEGRO ( MÉDIOS) - Tamanqueiro era um artista que, se caísse, rapidamente se levantava (o Presidente da República da altura, o algarvio de Portimão e escritor, MANUEL TEIXEIRA GOMES é que adorava vê-lo jogar), Montenegro passa a bola não passa o homem.

CASSIANO – Um número sete rápido e habilidoso.

BELO – Jogador fino melhor que o Vasques do Sporting.

GRALHO – Arte a jogar à bola.

DELFIM – Jogava à olhanense. Classe e categoria

JÚLIO COSTA- Pequena maravilha.


COMENTÁRIOS, precisam-se.


Texto de
João Brito Sousa

sexta-feira, 8 de maio de 2009

RECORDANDO LUÍS CUNHA




RECORDANDO O LUÍS CUNHA

Eu conheci bem o Luís Cunha, apesar de nunca ter falado com ele, porque ele andava uns anos à minha frente lá na ESCOLA. Acontece que, uns meses antes do Luís falecer, trocámos umas ideias sobre poesia, que eu achava que ele fazia melhor do que eu.

Vejamos:

SONETO, para o Luís Cunha


AO NOSSO ENCONTRO.TELEFÓNICO


MEU VELHO

Foi um prazer contactar contigo a passear
Nessa rua da nossa cidade de há tantos anos
Tantos que até tu já nem te podes pentear
E com eles se foram os sonhos e desenganos

E foi um prazer também porque és portador
Do mesmo mal que eu possuo igualmente.
Só que tu serás mais sóbrio e eu mais sonhador
Mas somos dois sofredores como toda a gente

Luís Cunha, meu velho e honrado amigo
Que sejas feliz e tudo decorra bem contigo
E votos de um Bom Natal e Bom Ano Novo

São os votos sinceros que aí vão para ti
Que eu por enquanto irei ficando por aqui
Na cidade do trabalho e do bom povo. ..

João Brito Sousa

PS- Sem tempo para revisão.

E, na resposta Luís Cunha, disse:

Alô JBS, Não sou repentista como tu, mas cá engendrei - qual novo Sá de Miranda - uma resposta adequada ao teu soneto. Desejo que continues a deliciar-nos com as tuas crónicas. Grande abraço. Luís



SONETO


Caríssimo João, aqui te envio
Num versejar mui tosco e obsoleto
A gratidão imensa que confio
Aos catorze versos deste soneto

Tu tens a arte, a graça e o talento
De recordar vivências já passadas
E as gentes que quiseram mais isento
O mundo nosso e desses camaradas

Fiquei feliz de ouvir a tua voz
Mas há um mal atroz que me atormenta
E a ti também, pois rói dentro de nós

Esqueçamos por agora a negra sina
E enquanto brilha a luz que nos sustenta
Viva a cultura que nos ilumina

L.C

Quando soube do falecimento do Luís, escrevi


O LUÍS CUNHA MORREU...

Ainda ontem pensava em telefonar-lhe...
Queria saber dele .. no todo e em particular...
Como ia a sua saúde queria perguntar-lhe...
Queria saber se estava em casa ou a passear...

Não o fiz.. errei... mas devia tê-lo feito!...
Porque o Luís gostava daquilo que eu escrevia...
E eu queria ir vê-lo.. mas agora só no leito...
Deitado sempre .. como vou eu esquecer este dia!..

Perdoa-me ó Luís Cunha ... foste tu que me disseste
Que não me conhecias mas que os meus poemas leste
E gostavas .. mesmo desconhecendo quem era eu.....

E só porque ontem eu não fui perguntar por ti.....
Resolveste caro amigo Luís desaparecer daqui
Mas terá sido mesmo o Luís Cunha que morreu.?...


João Brito Sousa

PS- Penso que, o tal estado de alma com que o professor Américo caracterizou o costeleta, está aqui bem demonstrado .


Texto de
JBS

quinta-feira, 7 de maio de 2009

MENSAGEM 1000













MENSAGEM 1000

È especial.

1 - À CONVERSA COM JORGE TAVARES

Encontrei o Jorge Tavares na Rua de Santo António, à esquina do Aliança em frente à Caixa Geral de Depósitos, onde trabalhou o CUSTÓDIO JULIÃO, que fazia a linha média com o BASTO na equipa de futebol da Escola..

JOÃO BRITO SOUSA (BS) – Jorge, foste tu que disseste que a nossa foi uma geração de ouro. Ainda manténs isso?

JORGE TAVARES (JT) – Sem dúvida que sim. Repara que toda a nossa geração está aí, de cara levantada, todos, uns mais outros menos, fizemos uma carreira, descobrimos um itinerário de vida, estamos aqui. Sem vaidade assumimos os nossos erros, ganhámos e perdemos, chumbámos alguns anos, mas conseguimos. O importante na vida é conseguir, com honradez e trabalho, ganharmos o direito a um posto de trabalho. .

BS – A quem se deve isso?

JT – A duas vertentes. Em primeiro lugar à competência dos nossos Mestres e depois à dedicação dos alunos. Divertimo-nos mas estudávamos também. No nosso tempo tínhamos a noção que viver dá trabalho. E muitas vezes em condições precárias. Mas tivemos força e vencemos.

BS – Um professor que te marcasse?

JT - O professor que me marcou foram todos. Com métodos de trabalho diferentes mas com uma característica comum: uma enorme dedicação aos seus alunos e nós demos aquilo que pudemos. É interessante esse diálogo professor /aluno. Aconteceu que o diálogo nem sempre foi pacífico. Utilizar uma cábula é um processo de aprendizagem que só a escola nos dá a possibilidade de a por em prática. A escola prepara-nos com o apoio dos livros e obriga-nos a ser astutos ou espertos. É uma preparação para a vida de valor extraordinário. A vida lá fora é difícil e a escola dá-nos esse treino. É por isso que o saudoso Alex era sempre o primeiro a ser chamado no primeiro dia do período nas aulas do Dr. Uva..

BS – A malta?

JT - È o melhor que a Escola tem. A camaradagem, a inter ajuda, a amizade, as jogatanas, o andar à porrada, a bicicleta do Zé Vitorino Neves do Arco, os Alpinos do Zacarias e do Danilo, o Cucciollo do Vinebaldo Charneca, o Capitão Januário, o Ludgero Farinha sempre com o penteado em dia, o Zé Elias Moreno ( o Nestlé) e o Bernardo Estanco, o Ferro e o Salsinha com a mania da ginástica do Charles Atlas, o Matos Cartuxo, o Hélio de Loulé, a Cem à Hora, a Odete, o Banana, o puto Zé Correia, os Molarinhos e os Zambujal, o velho Frank, o João Leal, os inseparáveis depois da tropa Alberto Rocha e Zé Emiliano, o Brito de Estói, amicíssimo 100% do Alaberto Rocha que largou a bomba na aula do Xencora, Diamantino Piloto um pedagogo exemplar, o Mestre Olívio, o Mestre Mário do fado falado, Guerreiro e a D. Maria, Roseta, Damião e Cruz, Carolino inesquecível mestre, pergunte à máquina, a Drª Florinda, o Zé Vitorino na aula da Drª Celeste, Lozinha a Caixa, três quecas, sessenta paus, o Dr. Proença, anda cá Faísca que tu tens a mania que xabes, o Toino Zé Leonardo de S. Brás e as moças, o menino Jesus do Rio Seco, o Víctor Carromba, o Edménio e pistola na aula do fonética, os sempre impecáveis Jorge Barata e Fernando Bento de Sousa, o Manuel Zé Coelho Guerreiro, Rua do Lá Vai Um, PADERNE e eu, o Ludovico, o Teófilo, o Víctor Abrantes e a Marciana do Largo de S. Sebastião. E não me perguntes mais nada que uma lágrima já rola.

BS- Caro Jorge, desculpa o abuso, mas poderia ser assim. O que é que achas? Fico à espera da tua resposta.

JT -

2 - O LARGO DE S. SEBASTIÃO.

O Largo desempenhou grande função social nas aldeias, vilas e cidades, pois era ali que, noutros tempos, se juntava gente aos magotes para comemorar qualquer coisa. O Largo era o centro das localidades e era através do Largo que o povo comunicava com o mundo, como diz Manuel da Fonseca em “o Fogo e as Cinzas”.

Era ali que os viajantes se apeavam das diligências e contavam as novidades. Também à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. Nada a destruía; tinha vindo do Largo.

Estas crónicas que escrevo por puro prazer, para mim, constituem um elo de ligação à cidade que continuo a adorar, porque Faro é a minha cidade, a cidade que muito contribuiu para o estatuto de homem que hoje possuo.

Falar de Faro, constitui uma aproximação às origens, e na minha escrita por impulsos, apraz-me recordar locais e nomes de pessoas e contar algumas peripécias de outros tempos, que tenham acontecido comigo ou que tenha sido testemunha aí para essas bandas de S. Sebastião.

Quem entra em Faro e vem do Posto da Polícia de Viação e Trânsito em direcção ao refúgio Aboim Ascensão, à esquina da primeira rua à esquerda, que antigamente ia dar à estrada da Senhora da Saúde, ficava aí um estabelecimento comercial de comes e bebes e mercearia, salvo erro, cuja exploração pertencia a um polícia, cujo filho é o Zézinho “Polícia”, que me parece estar a residir em Coimbra e costumava andar aí com a gente.

Continuando em direcção ao Refúgio, primeira à direita é o Largo de S. Sebastião, zona de residência da minha colega de Magistério, a Professora Marciana. Gente “célebre” daí do meu tempo eram os irmãos Primitivo, o Jorge e o Teófilo, o Joaquim Padeiro (um rapaz adorável) o Jorge Tavares e o Ludovico, todos lá da Escola Comercial.

O Teófilo e o Ludovico eram excelentes jogadores de futebol, sendo o Ludovico até um super dotado na matéria. O Joaquim Padeiro evidenciou-se no andebol escolar, pois era detentor de um remate alto lá com o charuto.

Saindo de S. Sebastião em direcção a S. Pedro, fica à direita o Posto da GNR, onde nós, os da Escola Comercial íamos aos sábados aprender a manejar armas não sei para quê; era o serviço de Milícias.

Era aí que o Quinta Nova, um rapaz lá da Escola Comercial que tinha queda para militar, dava as suas instruções técnicas. Mas não matámos ninguém.

Segue-se depois à direita ainda, a cadeia antiga, onde esteve preso o Rui Rebola lá do Patacão, por ter sido apanhado pela polícia a conduzir um tractor agrícola sem carta de condução. Ainda me lembro de ir ver o Rui, aos sábados, mas não consegui entrar na cadeia, vi-o cá de fora. Ao lado da cadeia há ali uma capela onde ficam uns cadáveres à espera do enterro.

Foi de lá que saíram os funerais do Xico Zambujal, grande figura de professor e de artista de Faro e de pessoal ali do Patacão, entre os quais o meu padrasto. Como me competia, estive lá no funeral dele e o senhor padre, que acompanhou a cerimónia final, teve um discurso deste tipo:

Tens muito dinheiro...olha (e com o indicador apontava para o caixão...), como que a dizer que isso não vale de nada, tens ar condicionado?... e apontava, tem isto tens aquilo e apontava sempre. Saí de lá convicto que somos mesmo pó e que não valemos nada.
Continuando, agora à esquerda, ficava aí a sapataria Limpinho, cujo “boss” era casado com a Teresinha, que tinha sido minha mestra de escola paga, na Senhora da Saúde. E seguindo, estava agora à esquerda uma casa que recebia raparigas estudantes e depois entrava-se no Largo de S. Pedro, onde está a Igreja onde eu fui baptizado pois sou natural de S. Pedro e afilhado do Padre Zé Gomes.

Faro é a minha cidade. Vamos continuar a falar dela. Farense, sempre.


3 - À CONVERSA COM

JOSÉ CORREIA XAVIER DE BASTO

José Correia Xavier de Basto é natural de Faro onde estudou e se preparou para a vida.. É reformado da banca comercial, onde percorreu vários serviços com desempenhos de boa qualidade. É um homem estimado pelos amigos e um bom conhecedor da vida . Muito cuidadoso com o seu aspecto pessoal, foi igualmente muito cuidadoso com a sua imagem profissional. Gosta de desporto e ele próprio foi jogador de futebol. Foi com ele que tivemos esta conversa. Que deu nisto.


1 - (JBS) – A vida, o que é no seu entender? E gosta da vida?

XAVIER DE BASTO – A vida é andar por aí. É cumprir com as nossas responsabilidades, é ser leal, ser solidário... A vida, é, digamos, cumprir um programa que nos foi destinado ou que nós criamos, é cumprir com os objectivos traçados, é dizer bom dia, boa tarde, ser educado, é ir ver um bom espectáculo, emocionar-se, rir e chorar, a vida é viver e conviver. Quanto ao gostar da vida acho que é uma obrigação gostar da vida. A vida é uma janela que nos ofereceram para entrar e não podemos recusar a entrada. E depois é gerir essa estadia, umas vezes gere-se bem outras nem tanto. Mas é a vida.

2 – JBS - Os momentos de alegria?

XB – Haverá certamente alguns. Mas um dos momentos de grande alegria que senti, foi quando fui treinar futebol para jogar nos juniores do Farense, e o treinador me veio dizer que gostou de me ver jogar e que contava comigo. Foi um dia grande para mim porque eu tinha o sonho de jogar futebol no Farense e consegui. E gostei muito de jogar futebol..

3 – JBS– Qual a razão?

XB – Porque o futebol forma e educa as pessoas Exige muito de nós mas também nos dá muita coisa. Conheci muita gente no futebol e o futebol ensinou-me a estar presente em muitas cerimónias em ambientes exigentes, ensinou-me a ser solidário, a ser correcto com os adversários e muita coisa mais. Em suma, o futebol preparou-me para a vida e ajudou-me a viver, não financeiramente mas socialmente

4 – JBS- A escola, como foi?

XB – É o local que nunca mais esquecemos. Os primeiros amigos fazem-se aí na escola, na primária e depois na secundária, não só a nível de colegas mas também a nível de professores. A escola não é só o local onde aprendemos mas sim o local onde nos ensinam coisas importantes que nos acompanharão toda a vida.. Os valores da honra, da verdade, do cumprimento das nossas obrigações e outros valores aprendem-se na escola. E assim nos fazemos homens. Esta era a escola do meu tempo. Hoje parece que não é bem assim.

5 – (JBS ) - nome de um grande professor.

XB – Citarei dois. Américo Nunes da Costa, um professor, um pedagogo, um conhecedor profundo das relações sociais, em suma, um amigo, um grande amigo. Foi ele que nos educou a todos sendo amigo de todos na mesma dimensão. Foi Pai, foi Mestre , foi amigo e foi professor. Um grande homem. O outro que quero referir é outro professor que por sinal e de Olhão, o professor Diamantino Piloto, um Mestre e um amigo extraordinário

6 – (JBS) - Cultura, para si, o que significa? ...

XB – Há uma frase feita que elucida muito bem o significado dessa palavra. Cultura será então tudo o que nós sabemos depois de termos esquecido tudo o que aprendemos. No fundo cultura é saber em termos de possuir conhecimentos, é saber estar, é saber respeitar os outros, e saber dignificar-nos a nós e aos outros, cultura no fundo e o conhecimento total que a pessoa .

4 - A MELHOR EQUIPA DE ANDEBOL DA ESCOLA

Em continuação do que já foi dito sobre esta eqipa , aí vaida nossa conversa telefónica, vou tentar reconstituir o percurso da equipa de andebol de que falámos.
A equipa-tipo era constituída da seguinte forma : guarda redes - Canseira, defesas - Amaranto, Figueiredo e Vargas, avançados – Ribeiro, Casaca e Hélio; depois havia 4 ou 5 suplentes. Entre estes estava o Soromenho, os outros não me recordo,mas há uma fotografia tirada em Beja onde está o grupo todo, por isso tentar arranjar a fotografia.

Esta equipa participou no Campeonato Nacional na altura da Mocidade Portuguesa, na categoria de vanguardistas A (tenho a impressão que era assim que se chamava).
O primeiro jogo foi realizado no velhinho campo de São Luís contra o liceu de Faro, que na altura tinha como guarda redes o Jaiminho (infelizmente já falecido) e tinha também um grandalhão que era maior que o Figueiredo; o resultado foi 4 a 1 a favor da escola, que ao intervalo perdíamos por 4 a zero, mas na segunda parte virámos o jogo a nosso favor com o 1º golo marcado por mim e os restantes 3 já não me lembro, mas tenho a impressão de que foi o Figueiredo e o Casaca.

O segundo jogo foi em Beja onde ganhámos por 9 a 1.Só não sei se foi contra a Escola ou Liceu, aqui quem foi o nosso treinador e responsável foi o Coronho, porque na altura o professor Américo já andava para se mudar para Lisboa e entregou a equipa ao Coronho.(Foi aqui em Beja que tirámos várias fotografias).Para irmos a Beja foi realizada uma excursão numa camioneta da EVA conjuntamente com os BIFES que também iam jogar voleibol. Em plena Serra do Caldeirão parámos a camioneta e tirámos uma fotografia (tenta descobrir também esta fotografia).
O terceiro jogo que fizemos foi com a Escola de Setúbal para apurar o representante do Sul para ir à final com o do Norte.
Este jogo também foi realizado no São Luís e o resultado foi a Nosso por 6 a 3. E assim chegamos à final que foi realizada em Lisboa no Liceu Gil Vicente.

Fomos de comboio numa sexta – feira, partimos as 23.30 no Correio e chegámos a Lisboa no sábado de manhã (vê lá como tudo mudou). Ficámos num refeitório da fnac, hoje Inatel que era para os lados da Junqueira.

O jogo realizou-se no Domingo de manhã (fomos da Junqueira para o Gil Vicente no eléctrico).
Neste jogo da final já contámos com o Professor Américo mas também com o Coronho; perdemos por 4 a 3 mas no prolongamento porque no tempo regulamentar estávamos empatados a 3. Esta equipa do Norte não sei se era Escola ou Liceu quase a totalidade dos jogadores já jogavam no FCP e Salgueiros que na altura era uma grande potência do Andebol Nacional especialmente de onze.
Este andebol neste ano ainda foi com as regras antigas, portanto a NOSSA EQUIPA foi muito grande.

E no princípio do Ano Lectivo houve uma reunião Magna no Ginásio, para dar a recepção aos alunos e onde nos entregaram as medalhas referentes ao segundo lugar alcansado. Que eu me lembro, no meu tempo que andei na escola nunca mais se realizou esta reunião nos outros anos seguintes até eu sair da Escola.
Curiosidades de que eu me lembro
1 – Como sabes, na altura para nos deslocarmos para estes jogos tínhamos que ir vestidos com a farda da Mocidade Portuguesa, como nunca comprei esta farda,o Fernando(Belinha) é que me emprestava a sua.
2 – O Professor Américo foi dar aulas para Lisboa.
3 – O casaca jogou andebol de 7 muitos anos no Belenenses (não sei chegou a Internacional
4 – O Figueiredo jogou andebol de 7 no Benfica foi internacional.(quando eu regressei do Ultramar nos anos 60 encontrei-o por acaso em Sete Rios, ia treinar e convidou-me para ir também mas recusei por várias razões que não vale a pena dizer
5 – O Ribeiro foi jogar futebol nos juniores do Benfica (não sei qual o seu percurso como futebolista. Só há pouco tempo é que o encontrei em Faro
6 – O Soromenho (já falecido) foi guarda redes na primeira equipa do Farense, jogou também no Benfica andebol de 11 como guarda redes e praticou atletismo no mesmo clube na especialidade de salto em comprimento e triplo salto, creio que chegou a Internacional. Com o Fontainhas participou em vários Ralis do Algarve e de Portugal entre outros, em representação da Ford. Foi vendedor de automóveis no Entreposto de Faro e por acaso vendeu-me alguns carros “NISSAN” e conseguiu dar-me a volta quase sempre, Paz à sua alma.
7 – Dos outros que faltam perdi-lhes o rasto.
8 – Já me esquecia de te dizer o mais importante que tinha chumbado o ano por faltas a Religião e Moral (como os tempos mudam).
Amaranto Romão

Coordenação de

JBS