domingo, 21 de junho de 2009

O TIO DA MENINA CRISTINA

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O TIO DA Drª CRISTINA GUERREIRO

Conheci-o desde tempos idos
Sempre bem disposto, é verdade
E depois de tantos anos decorridos
Parece que tem a mesma idade

De aspecto franzino e de boas origens
Nunca teve problemas e sempre bem
Mas não era por ter valores e bens
Mas porque dançava como ninguém

Podia ter sido um bom estudante
Porque é esperto mas isso não garante
Que a coisa para o estudo desse certo

Preferiu a agricultura e o rancho da cidade
Nessas Universidades obteve 20 em felicidade
E provou ser homem inteligente e esperto

JBS


Caro JBS :

Gostei (aliás gosto sempre)das tuas notas, mas não te perdoo, que te tenhas esquecido do outro não menos importante tio da dª Cristina Guerreiro e irmão da mãe a minha prima, Susana.

Refiro-me ao José Emiliano de Jesus Moreno, exímio bailador de Corridinho, que apesar de não ter sido Costeleta, ingressou com o autor destas linhas e outros Costeletas, entre eles o Zé Clérigo do Passo da Fuzeta, Professor e BNU, no Rancho Folclórico da Conceição de Faro, no final dos anos cinquenta e sob a batuta dos Mestres Henrique Bernardo Ramos e Mário da Encarnação, deslumbrou o Coliseu de Lisboa e o País que o viram na televisão, com as suas escovinhas e sapateados, na Grande Noite Algarvia, ombreando em classe, com o brilho da Grande Orquestra Típica Regional do Algarve, e a elegância e verve do nosso "dizeur" João Dias Pires. A execução do Zé Moreno foi de tal maneira brilhante, que nem a presença da grande Amália, que fechou a segunda parte do sarau, o fez esquecer.

Ele está aí, para as curvas ainda hoje, mais internacional que o Luís Figo, a dançar no Rancho Folclórico de Faro, nos Hotéis ou nos Festivais Internacionais de Folclore, para nos relembrar o Carminho, os Fantasias e tantos outros.
Acerca do outro tio (da Dª Cristina, claro está) o Custódio Julião, tal como o segundo citado J.Emiliano, o Bartolomeu das bananeiras, o Viegas da Construção Civil mais o Victor Venâncio que foi guarda redes e mecânico em Alverca, esses são cá dos meus e vivemos espiando os nossos pecados entre o mar fértil e azul da Ria Formosa e o Barrocal, nas campinas de hortas semi abandonadas, cumprindo uma penitência, que nem já os profissionais parecem querer cumprir: :ser agricultor de fim de semana.

JOSÉ DO CARMO ELIAS MORENO

colocação de
JBS

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