segunda-feira, 6 de julho de 2009

OS AMIGOS TOLERAM OS DEFEITOS...


A frase acima é da autoria do costeleta que disse "SOMOS A GERAÇÃO DE OIRO".


Por se tratar de pessoa correcta e carregada de humanismo, trago para este espaço, um pouco do meu 3º romance, "NÃO ME ACORDES AMANHÃ", já em revisão final, como prova de reconhecimento às suas grandes qualidades de homem.



Mas e a Idade Moderna quando se iniciou Helena, perguntava eu.
Os historiadores, disse Helena, referem o início da Idade Moderna, situando-a, ora em 1453, ano da queda do Império Romano do Oriente com a tomada de Constantinopla pelos Turcos, ora em 1498, ano da chegada de Vasco da Gama à Índia.
Estas conversas tinham um óptimo sabor, e eram ao mesmo tempo proveitosas, pois melhoravam os nossos conhecimentos gerais, alguns deles já um pouco esquecidos. Quando se ama ou se gosta de outra pessoa, arranjam-se ideias e conseguimos funcionar com entusiasmo e querer. Não havia tempos mortos entre nós e a História, a Filosofia e a Literatura, ajudavam-nos a ultrapassar todas estas dificuldades.
Mas Helena, perguntei eu, esse movimento do Renascimento não deu origem a grandes transformações sócio económicas promovendo o desenvolvimento científico?
E Helena dizia:- os séculos XV-XVI são caracterizados por grandes modificações urbanas e industriais, com o desaparecimento do regime feudal característico da Idade Média, decorrendo delas grandes modificações económicas e sociais. Os intelectuais desse tempo são admiradores da cultura clássica e dos valores humanos. São considerados os humanistas.
E o que é que fizeram de especial?
Tinham bons conhecimentos do latim e do grego, disse Helena. Estudaram cuidadosamente os autores antigos, como Platão, Aristóteles e Cícero. No entanto, o humanismo renascentista foi mais do que o ressurgir das letras greco-latinas. Os humanistas tinham um novo conceito da vida e do mundo, diferente daquele conceito que predominava na Idade Média, visto que desenvolveram um apurado espírito crítico, particularmente no que diz respeito aos problemas da sociedade.
Mas criticavam a sociedade? ... e em que termos?
No Elogio da Loucura publicado em 1511, Erasmo de Roterdão o mais célebre dos humanistas, criticava a sociedade nestes termos:-“os negociantes mentem, roubam, defraudam, enganam e consideram-se pessoas muito importantes porque andam com os dedos cheios de anéis de ouro. Os reis e os príncipes não escutam senão os que lhes dizem coisas agradáveis. Os cortesãos são pessoas do mais rasteiro, mais servil e do mais hipócrita. Dormem até ao meio dia e mal acabado o almoço logo os chamam para o jantar. depois são os dados, o xadrez, os torneios, os adivinhos, os bobos, as amantes, os divertimentos, as chalaças... e deste modo, sem receio do tédio da vida, passam as horas, os dias, os meses, os anos, os séculos.”...
E quem foram os outros grande humanistas desse tempo, perguntei
E Helena, disse:- o Humanismo italiano foi extraordinariamente fecundo. Um dos seus mais notáveis representantes foi Maquiavel, autor do primeiro tratado de ciência política moderno, O Príncipe. O humanista inglês Thomas More, no seu livro Utopia, imagina uma sociedade ideal mas que constituiu algo de irrealizável mas por que se anseia.


Texto de
JBS

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