quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A CRÓNICA DO MINGAU


VAMOS DISCUTIR A CRÓNICA DO MINGAU?

MEU CARO

A tua crónica, acerca da aula do Dr. Urbano, não me parece justa nem pedagógica, por colocar em causa a dignidade do professor. Cenas dessas que tu contas, todos nós tivemos e houve em todos os estabelecimentos de ensino do País, como refere o psiquiatra Dr. Daniel Sampaio, sem tirar nem pôr, na sua obra “VOLTEI À ESCOLA”

Entre muitas histórias dessas, poderei referir aquela em que a D. Amélia, em Francês no 1º ano 1ª turma do CGC 54/ 55, não conseguia dar a aula, porque havia pedrada a sério dentro da sala com calhaus levados do recreio. As tampas das carteiras individuais levantavam e a rapaziada defendia-se assim dos arremessos. São atitudes que reprovo à distância e sem qualquer razão de ser. A minha postura de aluno deveria ser a de estar atento e aprender e respeitar a professora deixando-a trabalhar.

Mas a brincadeira começou logo no 1º ano nas aulas de desenho com a D. Fernanda a quem a rapaziada apelidava de camião gigante por ser muito alta. A pobre da senhora não conseguia dar a aula, porque nós, os putos não deixávamos, o que, convenhamos, não nos dignifica nada.

Nas aulas do Dr. Uva também houve umas coisas, mas o mestre conseguia dominar a turma com as faltas de cabeça gorda. Uma vez o Quinta Nova pediu uma explicação, senhor Doutor tenho uma dúvida e o mestre disse, uma dúvida foi o que o senhor disse? E vai daí o Dr. Uva deu um murro nuns dossiers que estavam sobre a secretária e era uma vez um par de óculos que estavam por baixo dos ditos. E há ainda aquela do Verdelhão, ó seu cagão....

Na aula do fonética, o Dr. Ribeiro da Silva não dominava a turma e vai daí o Edménio apontou-lhe a pistola. Mas esta turma ombreava com o 2º 4ª dos tempos do Franklin e ia desde o Zé Contreiras até ao Sabú, Óscares, Fialhos, Alex, Macedo, Jorge Barata & Companhia.

O Brito, dono da bomba de gasolina na Falfosa, emigrado na Venezuela e já falecido, disse-me que foi ele que colocou a bomba de Carnaval na aula do Xêncora.

Haverá muito mais histórias para contar, mas devemo-las encarar, hoje, com algum desgosto, porque decididamente não fomos bem comportados se bem que na altura achássemos muita graça.

Tem a palavra o Mingau...


Texto de

JBS

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