sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CORAGEM OU FALTA DELA


(coragem e força)



NÃO É BONITO

Há costeletas, que teimam em não querer perceber, que deveriam fomentar a unidade entre todos nós, aparecendo aqui a fazer comentários com alguma ironia, quase a roçar a indelicadeza e ainda por cima, escondendo-se sob a capa do anonimato.

Entendo que isso não é bonito e acho que ofende a força costeleta.

Quem teve professores como os Drs. Zé Uva, Fernando Moreira, Jorge Monteiro, Ferreira Matias, Zé Correia, Américo Nunes, Ângelo Passos, Mestres Olívio, Mendonça, Mário e tantos outros, não deve vir aqui colocar comentários menos apropriados, porque não nos ofendem a nós mas sim àqueles consagrados educadores.

Tudo o que posssam vir comentar em desabono dos que aqui trabalham, nada nos irá afectar poque resistimos e dominamos o medo e a isto chama-se coragem. É falta dela a quem se esconde debaixo de um anonimato.

A esses comentaristas anónimos deixo um abraço.

e um poema de Jorge de Sena.


COMO QUEIRAS ... AMOR


Como queiras, Amor, como tu queiras.
Entregue a ti, a tudo me abandono,
seguro e certo, num terror tranquilo.
A tudo quanto espero e quanto temo,
entregue a ti, Amor, eu me dedico.

Nada há que eu não conheça, que eu não saiba,
e nada, não, ainda há por que eu não espere
como de quem ser vida é ter destino.
As pequeninas coisas da maldade, a fria
tão tenebrosa divisão do medo
em que os homens se mordem com rosnidos
de malcontente crueldade imunda,
eu sei quanto me aguarda, me deseja,
e sei até quanto ela a mim me atrai.

Como queiras, Amor, como tu queiras.

De frágil que és, não poderás salvar-me.
Tua nobreza, essa ternura tépida
quais olhos marejados, carne entreaberta,
será só escárneo, ou, pior, um vão sorriso
em lábios que se fecham como olhares de raiva.
Não poderás salvar-me, nem salvar-te.
Apenas como queiras ficaremos vivos.
Será mais duro que morrer, talvez.
Entregue a ti, porém, eu me dedico
àquele amor por qual fui homem, posse
e uma tão extrema sujeição de tudo.

Como tu queiras, meu Amor, como tu queiras.

texto e colocação do poema por
JBS

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu caro João
Completamente, totalmente de acordo com esta tua prosa. Gosto da poesia de Jorge de Sena.
Pela parte que me toca, não me toca.
Não me considero "anónimo", porque, mesmo que o digam, não pensam.
Um abraço
Inté
Alfredo Mingau