quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O VÍCIO

(prefaciando o meu regresso à cultura)

De Alfredo Mingau

É, de facto.
Um dos muitos vícios da humanidade.
Começamos e, depois, é difícil pôr de parte.
Parece-me que entrei no vício. O meu desejo era, de facto, colocar o ponto final na escrita. O vício de querer aprender a escrever é mais forte que a vontade de “colocar a tampa na esferográfica".
Porque, de facto, sinto que fui aprendendo alguma coisa nesta espécie de estágio interrompido, na arte de bem escrever… mal! Mas, cheguei à conclusão que já entrei na realidade de que, dentro do bem escrito mal, pode-se aproveitar algo. A maioria dos leitores gostou, pelo menos fizeram referências nesse sentido. E pensei: porque acabar?
Na revisão do que se escreve, altera-se aqui, emenda-se acolá, revê-se a pontuação, arranja-se um sinónimo que dê mais preponderância à ideia, enfim… aprende-se!
Será que me fiz entender? Ou será que estou a divagar para dar uma justificação?
Não falaram bem do Mingau. O Mingau é abstracto! Logo, se eu visto a pele do Mingau quando falarem, falam da pele. Eu fico impune…!!! Pensei nisto… e resolvi dar continuidade às minhas “bem escritas mal”.
Quando coloquei o ponto final no meu último conto, já tinha outro escrito que ficou na gaveta. É fácil abrir a gaveta. E já lá está outro.!
Por outro lado, o Alfredo Mingau e o Brito de Sousa viraram a página.
Tenham um bom dia ou boa noite, conforme a hora que tomarem conhecimento.

2 comentários:

Anónimo disse...

VENHAM MAIS CINCO...

Para o Alfredo,

Em Paraty, o António Lobo Antunes disse, numa conferência que lá foi fazer, que os jovens escritores deveriam ver jogar o Mané Garrrincha durante dez minutos, porque o que Mané fazia vinha da alma.

A alma é o local onde o escritor se recolhe para acertar o passo com a sua sensibilidade e dizer coisas para os outros.

Tenho visto essa alma no Alfredo, porque consegue encantar.

Diz o Vergílio Ferreira que escritor é aquele que faz dos seus leitores seres melhores.


E Tomaz Sepulveda, o Colombiano, disse: escrevo todos os dias.O escritor tem essa necessidade.

Creio que é a isto que o Alfredo chama vício mas que quanto a mim é necessidade.

Tenho visto os textos do Alfredo e creio que ele se defende muito bem na crónica curta das recordações. Ele e a Lina Vedes, escritora Farense, navegam nas mesmas águas e poderiam até tomar uma bica no "O SEU CAFÉ" e trocar umas ideias.

Quanto à forma de escrita do Alfredo, sobretudo nos textos de recordações, tenho reparado que esses textos dominaram o blogue durante muitos dias, sinal de que o produto é bom.

Venha então lá esse conto que está na gaveta e outros e outros.

Até lá um abraço do

João Brito Sousa

Anónimo disse...

Gostei do comentário
Isto sim, é 100% do Brito de Sousa.
Os meus afazeres pessoais não me permitem colocar, neste momento, o conto da gaveta. Lá para a tardinha
Até lá
Alfredo Mingau