terça-feira, 27 de outubro de 2009

FALAR DOS NOSSOS.....
No passado sábado, na revista NS que o Diário de Noticias publica como suplemento, deparei-me com um texto que evocava o costeleta Rafael das Neves Correia. Resolvi transcrevê-lo para o blogue, não só que todos nós gostamos muito dele, como o mesmo representa uma fresta aberta da janela que permite "ver" o que foi a vida profisional do Rafael. Reproduzo o texto, sic:
O ADEUS DE "LUGAR AO SUL
" Durante quasi trinta anos, Rafael Correia gravou os sons em extinção do Portugal profundo. Saído do ar em Agosto passado, ao fim de quase trinta anos, LUGAR AO SUL foi um programa semanal, aos sábados, que tinha um público fiel.
O autor reformou-se e o programa desapareceu. O nome justificava-se por ser emitido de Faro ( RDPSul) e não porque a sua intenção de pesquisa se limitasse ao sul do país.
Foi obra de Rafael Correia, talvez um dos últimos homens "sem rosto" da rádio. O autor correu o país, de norte a sul, com um propósito simples: ouvir gente, gravar os sons dos seus ofícios, as suas lembranças e inquietações num trabalho de recolha que difícilmente se repetirá. Fora isso, era como se o autor não existisse.
Só nos últimos dez anos, porque a energia física já fosse a mesma, limitou as suas incursões ao Alentejo e ao Algarve. Era um programa sem pressas: durava duas horas, as perguntas não se atropelavam e o ritmo de quem falava era respeitado. A constante, hoje, tende a ser o atropelo.
Noel Cardoso, chefe de produção da RDPsul, diz à NS, que o programa foi um marco e que o feed back era alto, o que contrastava com a indisponibilidade de Rafael Correia se dar a conhecer para lá do programa que fazia.
"Era muito metido consigo mesmo, pesquisava sózinho, ia sózinho aos sitios e montava-o sózinho".
E não seria muito amigo de novas tecnologias, preferindo trabalhar com as máquinas que conhecia. Se alguém lhe telefonava ( não obstante o exército de fiéis de um programa tão discreto como as vida que retratava) não atender era a regra. Encontrá-lo foi impossível. Reformou-se e nunca mais ninguém o viu na RDP em Faro, onde o correio se acumula e aonde não voltou a recolher.
Texto
J.A.Souza
Rafael, se e quando quiseres, sabes sempre aonde nos encontrar. Caso te seja inviável, contacta, e nós iremos ter contigo.Um grande e forte abraço da familia costeleta, crente de que esta é a expressão da vontade colectiva.
Jorge Tavares
costeleta 1950/56

3 comentários:

Anónimo disse...

CARO JORGE,

Nunca lidei de perto com o Rafael, mas registo com agrado essa tua admiração pelo colega.

Admiro esse tua dedicação à causa costeleta num apelo , parece-me, à unidade.

É bonito,

Aceita um abraço do
João Brito Sousa

jctavares@jcarmotavares.pt disse...

Prezado moderador,

Deverá corrigir neste texto o seguinte:
O jornalista que escreveu o artigo na revista chama-se J.A. SOUSA e o nome Rafael é o inicio do ùltimo paragrafo, e que foi escrito por mim.
Obrigado
jorge tavares
costeleta 1950/56

jctavares@jcarmotavares.pt disse...

Bom dia,

Apesar dos meus pedidos ainda não foi alterado neste texto a separação do nome Rafael do nome de escritordo texto no NS
Deverá ficar:

J.A,SOUSA
RAFAEL, se e quando..............

Obrigado
jorge tavares
costeleta 1950/56