segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Recordações dos anos 30


Como se Vivia na Minha Rua

Introdução

Era “moce” e as recordações daquele tempo abrem-se, não na minha imaginação, mas na minha memória. Parece que foi ontem. Mas já lá vão setenta e alguns mais. Tentarei passar a “gravação do filme” daquilo que a minha memória se lembra do quotidiano da minha rua, naquele tempo.
Abramos um parêntesis para focar algo de diferente. Rapazinho, que eu era, não tinha brinquedos com a quantidade que hoje se vê. Muitos dos brinquedos imaginava-os. E, quando desejava alguma coisa, lutava para alcançar esse objectivo. As crianças de hoje não têm a imaginação não lutam, nem se empenham, não convivem, porque não vivem, como nós vivíamos, livremente. A ocupação de hoje é feita na frente de um televisor. Falta-lhes a liberdade, que nós tínhamos de correr pelas ruas sem o perigo dos carros, dos assaltos ou… dos raptos. A nossa televisão era de facto a rua. Mas vejamos em pormenor o quotidiano que referi.

A minha rua

Manhã cedo e batiam à porta. Era a “Ti Chica” com o leite num cântaro de lata. Ou então, quando ela não podia, o rapaz a bater e a gritar “Leititos”. E lá ia a mãe com a vasilha para comprar a quantidade, para o café da manhã, de toda a família.
O carteiro batendo a todas as portas para entregar pessoalmente a correspondência.
O homem das “carcanholas” a dois tostões a dúzia. A mulher das bananas e “alcagoitas”, por vezes passavam o “menino Xico, o “Cuco” o “Gaiana” o homem das rifas a apregoar “do menino pr’á menina, da menina pr’ó menino é “testão”. Tudo diferente daquilo que é hoje.
Mas continuemos, porque, estavamos a ouvir uma sineta no cimo da rua; era a carroça do lixo puxada pelas bestas, a cheirar que tresandava, com os homens que recolhiam o lixo, dentro das alcofas, para despejarem na carroça, com o acompanhamento de uma praga de moscas.
E, logo a seguir, vinham os aguadeiros com os cântaros de barro, que enchiam no poço de S. Pedro, fazerem a distribuição.
A “Ti Maria”, e outras, com seus produtos hortícolas, e que eram pesados naquela balança já ferrugenta e desalinhada. Balança romana que devia valer hoje uma boa quantia de euros para os coleccionadores daquelas relíquias. E a carroça ali ficava parada no meio da rua, com as mulheres à volta, e sem paragem do trânsito. Não haviam carros.
O homem do sal, numa pequena carroça, puxada pelo burro e que gritava “Sal e azar”, que a polícia de vez em quando o levava preso e que, depois de solto, voltava a vender o sal com o mesmo pregão.
Aproximava-se a hora do almoço, sentindo-se, por toda a rua, aquele cheirinho de boa comida.
E logo depois, verificava-se uma calmaria, naquele período de descanso sem burburinho.
Por vezes ouvia-se a gaita do caldeireiro ou do amola-tesouras, aquele que remendava com solda os tachos de cobre e punha “gatos” nos de barro, este com aquele barulho característico a amolar as tesouras e as facas.
À tardinha ouvia-se a correria louca dos ardinas com os jornais nas suas sacolas. Jornais que tinham chegado no rápido de Lisboa. Era uma “guerra” aberta entre o Vieguinhas e o Pardal apregoando o “Século” o “Diário de Notícias” e outros.
Por vezes observávamos desentendimentos entre as mulheres, com puxões de cabelo, por causa dos maridos ou das amantes.
Mais “filmes”, da nossa rua, poderíamos contar no dia a dia da cidade, bastava um pouco mais de atenção.
Era assim o dia a dia da minha rua.
Moderador
(nota: por imposição do João Brito de Sousa escrevi o "Aparo de Cana", sem imposição escrevi "Como se Vivia na Minha Rua".

POSTAL ILUSTRADO

Rocha
Fotos Algarvias
enviado por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides

Novembro – 30 – Segunda feira

1838 – México declara guerra à França, na sequência da ocupação francesa de Vera Cruz;
1874 – N. em Blenheim o estadista inglês Winston Churchil (M. em Londres 24.1.1965);
1935 – M. em Lisboa o poeta e escritor Fernando Pessoa (N. ib, em 1888)
1990 – Sai o último número do Diário de Lisboa, vespertino que iniciou a sua publicação em 7.4.1921.

Frase do dia: - As pessoas equivocadas parecem falar mais alto que os outros (Andy Rooney).

Rogério Coelho

A PROPÓSITO DA AMELINHA, CITADA PELO A. PALMEIRO.




DIVULGANDO OS NOSSOS POETAS.


A POETIZA AMELINHA.

AMÉLIA JÚDICE SANTOS, nasceu em Paderne no dia 28 de Fevereiro de 1907 e faleceu no dia 7 de Fevereiro de 2006

O gosto pela poesia nasceu muito cedo, reescrevendo, ou lendo os versos de poetas consagrados, nas chamadas récitas.

É de sua autoria este texto.

SAUDADE


Esta palavra saudade
Que a todos vai visitar
Seja partir ou chegar
Nem mais ela desliga
Fica para toda a vida
Até à Eternidade

Se eu disser que a saudade
...........................................
...........................................
Diz o Professor José Carlos Vilhena Mesquita, "A poesia é o paraíso da inteligência e das ideias, é a suprema elevação do pensamento, um alfobre de concepções quiméricas e de altruística entrega aos valores humanísticos do amor e da amizade.

A poesia é também uma seara de emoções e de sentimentos, de cujo pão se alimentam sonhos de liberdade e de solidariedade, que se consubstanciam no afecto e na lealdade, no desvelo e na paixão.

A poesia é um ascético templo de reflexão e desinteressada meditação sobre o fogo do amor, a luz do pensamento, a chama da vida e o imperscrutável mistério da morte.

O poeta é um singular actor, um privilegiado observador e um genial pintor, que no tablado da vida escreve com a pena molhada em lágrimas, poemas de amor e de sofrimento, passando indelevelmente para o etéreo, mas deixando atrás de si um rasto de ideias e de emoções, de que outros comungarão como uma terapia de vida ou um lugar de resistência."

Palavras retiradas do blogue
http://algarvehistóriacultura.blogspot.com

Mais obras da poetisa: PADERNE TERRA DE ENCANTOS,JÁ FUI MOÇA, AQUELA VELHINHA.


Texto e recolha de
João Brito Sousa

PEDIDOS DE NATAL

SENHOR TODO-PODEROSO

ESTE ANO VOCÊ LEVOU O MEU CANTOR E DANÇARINO PREFERIDO, MICHAEL JACKSON,
O MEU ACTOR PREFERIDO, PATRICK SWAYZE
E A MINHA ACTRIZ PREFERIDA, FARRAH FAWCETT......
SENHOR, QUERO SÓ LEMBRAR – LHE QUE O MEU POLÍTICO PREFERIDO É O EMPLASTRO......

António Viegas Palmeiro


O do Diogo é o que queremos, este é o que temos


É importante neste momento dar os parabéns ao Diogo pela importância do tema que aborda e pelo apelo implícito que faz ao debate, que se quer, honesto, frontal e sem apelo a politiquices, políticos, politiqueiros ou partidarismos.
Quero também felicitar o Moderador, pela coragem da publicação, sem se preocupar com as criticas que por aí, eventualmente, virão. Cumpre em minha opinião, o papel que lhe foi atribuído.
Contava-se há uns anos atrás uma piada (esta minha tendência) que entendo ainda hoje ser actual:
Dizia-se que Clinton tinha enviado a Portugal um emissário, porque lhe tinha constado que a legislação portuguesa era a melhor e a mais perfeita do mundo. O enviado ao regressar, confirmou ao Presidente que de facto assim era, mas que ainda faltava uma lei.
- Qual? perguntou Clinton
- Uma lei que faça cumprir a lei.
Chegando a este ponto, quero, sempre no meu entendimento, focar alguns aspectos, que são sempre polémicos e que estão na base dos grandes problemas de Portugal, senão, vejamos:
1) – A Constituição dos Estados Unidos da América
Tem 26 artigos
A constituição original tinha 7 artigos
( Sei que depois cada Estado tem a sua constituição, porém a dimensão do país
justifica)
2) – A Inglaterra não tem constituição (questiona-se se não existirá uma constituição
não escrita)
3) - A Constituição da República Portuguesa
Tem 296 artigos
Volto a referir, na minha opinião, existem 2 artigos no nosso Código Civil, muito bons quando usados para o bem, muito maus quando utilizados com outros fins, São eles o Artigo 9º. E o Artigo 10º., se me permitem vou transcrever o 9º.
Código Civil (Artigo 9º.)
(interpretação da lei)
1. A interpretação não deve cingir-se à letra da lei, mas reconstituir a partir dos textos o pensamento legislativo, tendo sobretudo em conta a unidade do sistema jurídico, as circunstâncias em que a lei foi elaborada e as condições especificas do tempo em que é aplicada.
2. Não pode, porém, ser considerado pelo intérprete o pensamento legislativo que não tenha na letra da lei um mínimo de correspondência verbal, ainda que imperfeitamente expresso.
3. Na fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete presumirá que o legislador consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu pensamento em termos adequados.
Artigo 10º.
(Integração das lacunas da lei)
Poupo-vos a transcrição, leiam e façam a interpretação, que entenderem.
Isto tudo sem falar no espírito da lei.

O que atrás ficou expresso, tem, para além das várias aplicações que se podem fazer no dia a dia, uma influência determinante nas leis que nos regem e na sua aplicação, feita muitas vezes consoante a interpretação que lhes dão os agentes responsáveis pela citada aplicação.
Não sendo esse o objectivo principal, bem vistas as coisas, há aqui uma forte ajuda ao nosso moderador, de forma a permitir-lhe um mais lato espaço de decisão, relativamente ao famoso artigo 4 dos Estatutos, responsável pela maior parte das polémicas do nosso blogue.
Quero aqui deixar bem expresso que não sou um homem do Direito, sou Técnico Oficial de Contas. No entanto aos 58 anos meteu-se-me na cabeça que deveria fazer Direito Fiscal. Entrei na Universidade Lusíada em Lisboa e lá andei até ao 3º ano, fui forçado a desistir porque aos 61 anos não aguentava fazer de Segunda a Sexta mais de 320 Km diários, saindo de casa antes das 18,00 horas e regressando para jantar depois das 01,00 do dia seguinte, no entanto alguma coisa ficou.
Um abraço costeleta
António Viegas Palmeiro


É importante neste momento dar os parabéns ao Diogo pela importância do tema que aborda e pelo apelo implícito que faz ao debate.doc

DO CORREIO

EDUCAÇÃO ESPARTANA

De António Encarnação

Quando nascia uma criança espartana, pendurava-se na porta da casa um ramo de oliveira (se fosse um menino) ou uma fita de lã (se nascesse uma menina). Havia rituais privados de purificação e reconhecimento da criança pelo pai, além de uma festa de nascimento conhecida como genetlia, na qual o recém-nascido recebia um nome e presentes de parentes e amigos.

Desde o nascimento até à morte, o espartano pertencia ao estado. Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos (uma forma de eugenia).

A partir dos 7 anos de idade, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à orientação do Estado, que tinha professores especializados para esse fim. Os jovens viviam em pequenos grupos, levando vidas muito austeras, realizavam exercícios de treino com armas e aprendiam a táctica de formação.

A educação espartana, supervisionada por um magistrado especial, o paidónomo, compreendia três ciclos, distribuídos por três anos:

Dos sete aos onze anos;
Dos doze aos quinze anos;
Dos dezesseis aos vinte anos (a efebia).



Em lugar de proteger os pés com calçados, as crianças eram obrigadas a andar descalças, a fim de aumentar a resistência dos pés. Usavam um só tipo de roupa o ano inteiro, para que aprendessem a suportar as oscilações do frio e do calor.
A alimentação era bem controlada. Se algum jovem sentisse fome em demasia, era permitido e até estimulado que furtasse para conseguir alimentos, pois acreditava-se que esta desenvoltura o auxiliaria durante a guerra. Castigavam-se, entretanto, aqueles que fossem apanhados roubando - não por terem roubado, mas por terem sido apanhados.
Uma vez por ano, os meninos eram chicoteados em público, diante do altar de Ártemis (deusa grega vingativa, a quem se ofereciam muitos sacrifícios). Essa cerimônia constituía uma espécie de concurso público de resistência à dor física.
Na adolescência, os jovens eram encarregados dos serviços de segurança na cidade. Qualquer cidadão adulto podia vigiá-los e puni-los. O respeito aos mais velhos era regra básica. Às refeições, por exemplo, os jovens deviam ficar calados, só respondendo de forma breve às perguntas que lhes fossem feitas pelos adultos.
Com 7 anos, o jovem espartano entrava no exército. Mas só aos 30 anos de idade adquiria plenos direitos políticos, podendo, então, participar da Assembléia do Povo ou dos Cidadãos (Apelá).

Depois de concluído o período de formação educativa, os cidadãos de Esparta, entre os vinte e os sessenta anos, estavam obrigados a participar na guerra. Continuavam a viver em grupos e deviam tomar uma refeição diária nos chamados syssitia.




A educação dos homens
Os homens espartanos (esparciatas) eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Aos 18 anos, voltavam a Esparta, e até os 30 anos de idade eram considerados cidadãos de segunda classe, sem direito a voto, por exemplo. Podiam ser agredidos por qualquer esparciata acima de 30 anos, ficavam nus e recebiam pouca comida (para aprenderem a furtar)[2][3]. Os jovens poderiam atacar a qualquer momento servos (hilotas), a fim de lutar e se preparar para a guerra, mas, se fossem mortos por ele, o servo receberia dois dias de folga (por conseguir matar alguém que não era bom o bastante para o exército espartano). Existia uma temporada de caça aos hilotas, para treinarem os jovens para a guerra.

O homem que conseguisse viver até os 30 anos tornava-se um oficial, voltando ao quartel com todos os direitos de cidadão espartano, além de direito ao voto, direito a ter relações sexuais com mulheres (antes dos 30 só eram autorizadas com homens) e direito a casar. Os homens engravidavam suas mulheres e casavam-se com elas; caso não conseguissem engravidá-las, devolviam-na à sua família e voltavam ao quartel para fazerem parte da tropa de elite do exército. Podiam, assim, "casar" com um homem do exército. Contudo, se conseguissem engravidar suas mulheres, casavam-se com elas e voltavam ao quartel depois de deixá-las grávidas em suas casas. Aos 60 anos, poderiam ir para a casa de suas esposas para viver com elas.

A educação das mulheres
As mulheres recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte e saudável para gerar filhos sadios e vigorosos. Consistia na prática do exercício físico ao ar livre, com a música e a dança relegadas para um segundo plano (ao contrário do que tinha sucedido na Época Arcaica). Assim como os homens, também iam aos quartéis quando completavam 7 anos de idade para serem educadas e treinadas para a guerra mas dormiam em casa, onde recebiam da mãe aulas de educação sexual, assim que atingiam a chamada menarca (primeira menstruação), começavam a receber aulas práticas de sexo, para gerarem bons cidadãos para o estado, aulas onde se usavam escravos, com coito interrompido para não engravidarem de hilotas (servos) e recebiam também uma educação mais avançada que a dos homens já que seriam elas que trabalhariam e cuidariam da casa enquanto seus maridos estivessem servindo ao exército.

Assim que atingiam a maturidade (entre 19 e 20 anos) elas pediam a autorização ao estado para casarem, passando por um teste para comprovar sua fertilidade (engravidavam de um escravo que era só para a reprodução, sendo muito bem tratado e alimentado e morto aos 30 anos, pois era considerado velho. O filho que ela tinha com esse escravo era morto e a mulher conseguia sua autorização para casar), caso elas não conseguissem engravidar, era mandada aos quartéis para, assim como os homens, servir ao exército espartano.

A mulher espartana podia ter qualquer homem que quisesse, mesmo sendo casada, já que seus maridos ficavam até os 60 anos de idade servindo ao exército nos quartéis, e podia também requisitar o seu marido ao general do quartel, mas o mesmo não poderia ser feito pelos homens.

Muitos filhos era sinal de vitalidade e força em Esparta, assim, quanto mais filhos a mulher tivesse, mais atraente ela seria, podendo engravidar de qualquer esparciata, mas o filho desta seria considerado filho do seu marido.


FONTES = net
Plutarco (50-120 d.C.),
filósofo e prosador grego do período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por Platão).
Xenofonte DISCIPULO DE SOCRATES



domingo, 29 de novembro de 2009


O Aparo de cana


Introdução

O que vou escrever passou-se nos anos 40. A memória para as datas sempre foi, para mim, um pouco complicada. 1941, talvez 1942 não interessa. Daquela turma recordo o Albertino Bota, o saudoso Feliciano Guerreiro Matos (a quem tratávamos por “Xatinho”), o Bastos do Banco Nacional Ultramarino, a Sebarrinha, recordo-me dela por causa dum caso que se passou na aula da Professora Irene da Conceição Jacinto, coisas pessoais, o Cravina de Quarteira, com grande habilidade para dar chutos na trapeira ou no “catchú”, nos “estádios” da Sé ou S Francisco, o César Nobre, o saudoso Júlio Costa, o Otilio Dourado da Luz de Tavira e que foi Chefe dos CTT, daquela povoação, que toda a gente o conhece do Rancho Folclórico da Luz de Tavira com o seu baile mandado no corridinho e o ciclo Rogério Coelho, Alfredo Mingau e Moderador, e outros que não me recordo os nomes..
O que vou relatar, é como uma “imposição”, solicitada pelo João Brito de Sousa, ao “moderador” para escrever alguma coisa.
A história situa-se na aula de caligrafia, que era leccionada pelo então Mestre José Maria, que tinha um defeito numa perna apoiando-se numa bengala e que uns o apelidavam de “jigajoga”, por causa do seu andar gingouso, e outros, porque era careca com alguns cabelos no “cocuruto” diziam o “31 cabelinhos”. O Mestre José Maria leccionava, também, Dactilografia e Estenografia.
Como podem verificar procuro escrever dentro do estilo do Alfredo a que o próprio não levará a mal. Mas vamos à história.

A História

O Moderador era, na aula de Caligrafia, parceiro de carteira com o Otílio Dourado. Este, tinha uma peculiaridade, ria por tudo e por nada com gargalhadas ruidosas. E era um gozo para mim contar piadas ou anedotas para o fazer rir. Era um espectáculo!
Naquele dia, porque o dinheiro para comprar aparos o gastara em cigarros “definitivos” ou “provisórios” (mata ratos), por serem os mais baratos, e num gelado “mola abaixo” comprado ao Setúbal, não me sobrara dinheiro para os aparos. Pegando numa cana, e no canivete, fiz um aparo com a largura suficiente para escrever a letra “francesa”.
Começara a aula, começou a escrita e começou a risota do Otílio com gargalhadas de cada vez que olhava para o meu trabalho com o aparo de cana. Mestre José Maria dava ordem para o Otílio manter o silêncio na aula. Eu dava-lhe um toque e dizia em voz baixa e de galhofa, que o aparo de cana escrevia melhor que o dele de lata. O Otilio gargalhava o Mestre mandava-o calar dizendo que o punha na rua. Até que…
- Senhor Otílio, agarre na sua pasta e saia.
- Senhor Mestre eu não… é este colega…
- Rua!
E aproximando-se da carteira e fixando o olhar na minha escrita perguntou
- Que aparo é esse?
- Senhor Mestre, não tinha dinheiro para comprar, fiz este de cana, escreve bem.
. Agarre na sua pasta e saia. Tem falta de material. Para a próxima aula não o deixo entrar se não trouxer o material como deve ser. Saia!
Fora da aula, no corredor, o Otilio olhava para mim e gargalhava…
Moderador

CANTINHO DOS MARAFADOS

"O PODER DA PROPAGANDA"

Duas criancinhas de cinco anos conversam no quarto.
O menino pergunta para a menina:
- O que você vai pedir no DIA DE NATAL?
- Eu vou pedir uma Barbie, e você?
- Eu vou pedir um TAMPAX! - responde o menino
- TAMPAX?! O que é isso?!
- Nem imagino... mas na televisão dizem que com TAMPAX a gente pode ir á praia todos os dias, andar de bicicleta, andar a cavalo, dançar, ir ao clube, correr, fazer um montão de coisas legais, e o melhor... SEM QUE NINGUÉM PERCEBA.
Que tal esta, Palmeiro?
Recebida do Maurício (alterei uma palavra)

DO CORREIO ELECTRÓNICO


O destino manda e nós obedecemos


Tinha programado para hoje escrever sobre algo diferente, mas ontem à noite, antes de dormir, repetindo uma rotina de todas as sextas-feiras, fui ler o jornal “a Avezinha” do qual sou assinante. Trata-se, para quem não conheça, de um semanário algarvio, editado em Paderne e que cumpre com orgulho o seu ano 89.
Fui agradavelmente surpreendido na página 4 com um artigo de opinião com o título “Crise e esperança” e mais surpreendido ainda fiquei ao constatar que o autor era o nosso costeleta João Brito Sousa.
O artigo é brilhante. O meu objectivo não é comentar a ligação do João a Paderne, provavelmente até é natural de lá; mas sim, o meu envolvimento com aquela terra.
Eu nunca por lá tinha passado e não conhecia ninguém.
Quando cheguei ao Brasil e no primeiro dia de trabalho, numa empresa com raízes portuguesas, fui apresentado aos colegas. Depois da apresentação aproximou-se um colega que me perguntou: De onde és lá em Portugal?
- Disse-lhe sou “Alengarvio” e expliquei-lhe a minha ligação ao Alentejo e ao Algarve. Disse-me então; eu sou espanhol, o meu pai era de Sevilha e a minha mãe é de Tavira e tu hoje vais almoçar comigo, porque eu quero que conheças a minha mãe. Conheci então uma pessoa maravilhosa que me recebeu como se eu fosse um amigo de longa data.
À saída recomendou ao filho que me apresentasse ainda naquele dia a uns outros amigos, o que aconteceu ao fim da tarde.
Os novos amigos eram algarvios, proprietários de um bar e restaurante e eram cunhados, casados com duas irmãs.
As duas senhoras e um deles são de Paderne o outro é do Algoz, descobrimos de imediato amigos comuns e só consegui sair de lá com o compromisso de que o fim de semana seguinte seria passado na casa deles, convite obviamente extensivo à minha família.
Conheci nesse fim de semana a família Júdice. Durante quase 10 anos, que foi o tempo da minha aventura brasileira, a porta daquela família sempre esteve aberta para acolher no seu seio, a minha família. Foram todos os dias de Natal, todos os dias de Páscoa e quase todos os fins de semana. Só quem viveu fora do país avalia o que representou para nós este acolhimento.
Passados poucos meses após o meu regresso a Portugal, um dos casais veio de férias, de imediato fui a Paderne e conheci então a família na sua origem e a maior parte dos seus familiares. Foi nessa oportunidade que conheci uma pessoa maravilhosa, a Dona Amélia Júdice (Amelinha, para a família e para os amigos mais próximos).
No dia em que nos conhecemos fez-me de imediato assinante da Avezinha e deu-me os livros que já tinha publicado.
Eu ficava embevecido olhando o seu rosto sereno, o sorriso bondoso, a paz que transparecia. Ela contava-me como escrevia os seus versos, religiosamente publicados pelo jornal de que tanto gostava. Dizia-me então que sonhava, ou pensava quando estava deitada e que a primeira coisa que fazia ao levantar era escrever tudo o que ia na sua cabeça.
Meu caro João, será que a Amelinha, certamente a conheceste bem, não merecia o seu nome, numa rua da terra que tanto amava?
Foi assim a minha ligação a Paderne! A terra tem que ser boa, quando as pessoas o são. Notável o esforço e a dedicação de todos ao nível da cultura, num meio tão pequeno.
Um forte abraço costeleta
António Viegas Palmeiro

sábado, 28 de novembro de 2009

CANTINHO DOS MARAFADOS


O padre e a pecadora


- Padre, perdoe-me porque pequei (voz feminina)
- Diga-me filha - quais são os seus pecados?
- Padre, o demonio da tentação se apoderou de mim, pobre pecadora.
- Como é isso filha?
- É que quando falo com um homem, tenho sensações no corpo que não saberia descrever...
- Filha, apesar de padre, eu também sou um homem...
- Sim, padre, por isso vim confessar-me consigo.
- Bem filha, como são essas sensações?
- Não sei bem como explicar - neste momento meu corpo se recusa a ficar de joelhos e necessito ficar mais a vontade.
- Sério??
- Sim, desejo relaxar - o melhor seria deitar-me...
- Filha, deitada como?
- De costas para o piso, até que passe a tensão...
- E que mais?
- É como um sofrimento que não encontro palavras.
- Continue minha filha.
- Talvez um pouco de calor me alivie...
- Calor?
- Calor padre, calor humano, que leve alívio ao meu padecer...
- E com que frequência é essa tentação?
- Permanente padre. Por exemplo, neste momento imagino que suas mãos massageando a minha pele me dariam muito alívio...
- Filha?!
- Sim padre, me perdoe, mas sinto necessidade de que alguém forte me estreite em seus braços e me dê o alívio de que necessito...
- Por exemplo, eu?
- Sim padre, você é o tipo de homem que imagino poderia aliviar-me.
- Perdoa-me minha filha, mas preciso saber tua idade...
- Setenta e quatro, padre.
- Filha, vai em paz que o teu problema é reumatismo...
António Viegas Palmeiro

QUE PORTUGAL QUEREMOS


Caros colegas
Exitei,parei,recuei e avancei de novo na aventura de passar para a escrita estes pensamentos/refleccoes.
Provavelmente nao passarao do patamar de serem lidos pelo "moderador"e,enviados para a 'sexta seccao",vulgo "delete"
Que Portugal queremos? Agora temos um sem Norte,sem a capacidade e a elasticidade para se adaptar a' globalizacao e internaciolizacao da economia,ate' agora quase sem chefias clarividentes porque muitas apenas de "politicos profissionais" e que levam as instituicoes a estagnar e funcionar como estao.
Temos um Portugal que gasta mais do que produz,que vai ficando mais pobre em relacao a' Europa onde se integra.
Alem de produzir menos,nao tem competitividade para vender os seus produtos.
No emprego,se a espiral de salarios prosseguir,a consequencia fatal sera o aumento de desempregados.
Fazer "formacao profissional" de seis meses quando para as mesmas seriam necessarios tres anos,levam a que os empresarios desconfiem dessa formacao e nao admitam.
Fazer licenciaturas de tres anos onde cinco ate' podem ser pouco,e' criar desempregados e frustacoes.E' a demagogia de tudo ser doutor !
Ou o estado cria condicoes para atrair investimento interno e externo ou e' fatal que o investidor escolhe outros paises para onde ir(...segundo Medina Carreira).
O investimento nao se atrai dando borlas que uma vez sugadas ate' ao tutano,fecham as portas e vao embora..e' preparando o" terreno"das competencias dos portugueses.
A maquina do estado (...outra vez segundo o dr Medina Carreira),come 80% das receitas num sistema fiscal desadequado.
A verdade nua e crua ,e' que se os portugueses querem viver em democracia,terao de recuperar a economia,produzindo e trabalhando mais e reduzir as despesas do estado.
Um abraco para todos....se isto for publicado.
DIOGO

DO CORREIO



FEIJOADA BRASILEIRA

Verão no hemisfério Sul !
Apesar do feijão fazer parte do Cardápio Brasileiro em qualquer época do ano , existe divergência com a feijoada , tem os que evitam por de ser um prato forte , e outros que não se importam com as calorias !
Historicamente a origem da feijoada Brasileira vem do tempo dos Escravos , ( embora com influência dos Portugueses , que também temos nossas feijoadas ) em que os donos tinham de os alimentar para terem robustez e poderem executar suas tarefas , que de acordo com a forma de pensar na época se tratava de “ equipamento “caro e tinha de ser rentável !


Daí lhes darem os restos das carnes dos animais que consumiam , Retiravam as partes nobres : no Porco o Lombo ; Pernil ( perna ) Costelinha ( entrecosto ) . Nas vacas o Contra-filé ( Rosbife ) ; Filé Mignon ( Lombo ) o Coxão ( Pujadoro ) alcatra ; Lagarto ( ganso ) Patinho ( rabadilha ) etc. !
Pela falta de meios de conservação ( frio ) salgavam o Toucinho e secavam ao sol as peças , menos apreciadas da carne das Vacas !
Nasciam desses aproveitamentos acrescentados no feijão Preto a Feijoada a que davam maior consistência com Farinha de mandioca , acompanhando a couve!
Com o andar dos tempos a mesma ganhou status Social ! foram acrescentados os embutidos (enchidos = Lingüiça, Paio etc ) a farinha de mandioca virou Farofa !

Existem restaurantes em a mesma tem dias certos na semana , apreciadores não faltam para o Prato Principal ( que divide com o Churrasco ) o top na gastronomia Brasileira !

Pessoalmente em muitas cidades tenho experimentado a feijoada No entanto a realidade é que aqui no Brasil a mais saborosa sempre encontrei em casa de amigos !

Em Portugal faço referência á melhor feijoada de Brasil /Portugal para o Restaurante Galeto onde me serviram há cerca de 30 anos !
Enquanto a melhor apresentada foi na mesma época num Restaurante na Rua dos Condes , ambos em Lisboa !

Uma Sugestão para este fim de Semana ? Bom proveito !

Saudações Costeletas .
António Encarnação

POSTAL ILUSTRADO

Tavira (clique na foto para aumentar)
Fotos Algarvias

Enviada por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides

Novembro – 28 – Sábado

1943 – Início da Conferência de Teerão (as forças aliadas, intervenientes na II guerra mundial, discutem planos para vencer a Alemanha e políticas do pós-guerra);
1944 – Estabelecido um acordo Luso-americano, para a concessão de facilidades militares aos EUA nos Açores;
2000 – Holanda torna-se no primeiro país do mundo a legalizar a eutanásia.

Frase do dia: - Se queres formar um juízo acerca de um homem, vê quem são os seus amigos (Fenelon)

Rogério Coelho

À UNIDADE COSTELETA




A VIDA COSTELETA
Tem andado ligeiramente adormecida. Digo isto, porque os presentes colaboradores do blogue conseguem dar-lhe alguma evidência, mas a coisa podia ir mais além se houvesse mais interesse e colaboração. E podiam dar-lhe mais, costeletas como Mário Zambujal, Casimiro de Brito, Maria José Fraqueza, Vasco Mantas, João Leal, Norberto Cunha, Marcelino Viegas e outros que não recordo o nome.
São pessoas com conhecimentos para vir aqui dar uma mãozinha. Cito estes nomes porque o blogue já contém alguma força intelectual e seria bom haver mais opiniões críticas, dessas que sabem mesmo, não menosprezando ninguém dos actuais, claro.
Gostava que viessem e era importante que viessem.
Ab do
JOÃO BRITO SOUSA

PS – Tomei a liberdade de escrever este artigo apenas na óptica de colaborador

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

RELEMBRANDO GRANDES FIGURAS ALGARVIAS


JÚLIO DANTAS

De Alfredo Mingau
( Costeleta da "Velha Guarda" dos anos 40)

Introdução

O que é mais difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo pouco.

Biografia

Era natural de Lagos, onde nasceu a 19 de Maio de 1876.
O pai era militar, tendo estudado no Colégio Militar. Formou-se, depois, em medicina (1909), na Escola Médico-cirúrgica de Lisboa.
Além de médico foi poeta, jornalista, político e dramaturgo.
Exerceu as funções de oficial médico do exército português. Foi Presidente da Academia de Ciências de Lisboa e Presidente do Conservatório Nacional.
Como político foi Ministro da Instrução Pública e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1921-1923) e embaixador no Brasil (1941-1949), tendo-se destacado na colaboração de um acordo ortográfico com o Brasil.
Almada Negreiros considerou Júlio Dantas como retrógrado, dedicando-lhe o Manifesto Anti-Dantas.

A sua obra

Em 1893 Julio Dantas publicou no Jornal Novidades o seu primeiro artigo e em 1897 lançou o seu primeiro livro de versos.
Considerado de estilo naturalista, como se pode apreciar em Paço de Vieiros (1903), e o Reposteiro Verde (1921), consideradas as suas melhores obras.
“A Ceia dos Cardeais” (1902) foi bastante popular e, da sua obra “A Severa”, foi feito, em 1931, pelo cineasta Leitão de Barros, o primeiro filme sonoro português.
Em poesia escreveu: “Nada” (1896) e “Sonetos” (1916).
Em teatro editou: “O que Morreu de Amor” (1899); “Viriato Trágico” (1900); “A Severa” (1901); “A Ceia dos Cardeais” (1902); “Paço de Vieiros” (1903); “Um Serão nas Laranjeiras” (1904); “Rosas de Todo o Ano” (1907); “Auto de El-Rei Seleuco de Camões” (1908); “Soror Mariana” (1915); “O Reposteiro Verde” (1921); “Frei António das Chagas” (1947).
Em prosa escreveu: “Outros Tempos” (1909); “Figuras de Ontem e de Hoje” (1914); “Pátria Portuguesa” (1914); “O Amor em Portugal no Século XVIII” (1915); “Abelhas Doiradas” (1920); “Arte de Amar” (1922); “Cartas de Londres” (1927); “Alta Roda” (1932); “Viagens em Espanha” (1936) e “Marcha Triunfal” (1954).
Traduziu as seguintes obras: “Rei Lear” de William Shakespear; “Cyrano de Bergerac” de Edmond Rostand; “O Azougue” de Paul Saunière; “O Caminheiro” peça em 5 actos de Jean Richepin.

Júlio Dantas faleceu em Lisboa no dia 25 de Maio de 1962.

POSTAL ILUSTRADO


Monte Gordo
Fotos Algarvias
Enviado por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides

Novembro – 27 – Sexta feira

602 – Imperador romano Maurício e seus cinco filhos decapitados em Chalcedon, na Ásia Menor;
1492 – Cristóvão Colombo chega a Cuba;
1909 – Fundada a Sociedade Promotora da Educação Física Nacional (SPEFN), antecessora do Comité Olímpico de Portugal;
1986 – Governo decide extinguir o papel selado, introduzido em Portugal em 24.12.1660 e abolido por duas vezes (Abril de 1668 e Janeiro de 1804);
1992 – Encerra o Jornal, semanário fundado em Lisboa, em 1975.

Frase do Dia: - De punhos cerrados não se pode apertar a mão a ninguém (Indira Ghandi)

Rogério Coelho

TEMA INTERNET

Pessoal explorem este sitio http://www.soinformatica.ca/index.php

Podem ver TV onde quer que estejam.
É um sitio Canadiano, para as comunidades de lingua Portuguesa, dá até para ver a Sport TV.
Clicando na direita debaixo do ecrã, dá para ver em tela cheia.

Um abraço

Victor Venâncio Jesus

HAJA SAÚDE


EU GOSTO DESTE BLOGUE


Uma vez, ouvi o actor Anthony Quinn, dizer não sei onde, a propósito do basquetebol americano, o seguinte: “I LOVE THIS GAME”.

Comigo, passa-se um bocado isso, tenho falta deste espaço onde encontro amigos, mesmo que às vezes não estejamos de acordo.

I LOVE THIS BLOGUE.

Também aqui aprendi a aceitar o não, apesar de ser difícil a princípio. E, apesar de já saber isso, certifiquei-me aqui que nem sempre temos razão. È importante saber ver os nossos erros. Eu sei como isso é difícil, porque estou quase sempre do lado errado e tenho que digerir essa condição.

A vida, pode correr-me mal amanhã (oxalá não), mas neste momento, sinto-me bem, pelo simples facto do senhor Moderador publicar o meu longo comentário. Sinto aqui uma mudança de comportamento.

E isso alegrou-me a alma.

Acho que poderemos voltar a sonhar. Trocar ideias, discutir os assuntos correntes, de forma a enriquecer os nossos conhecimentos. O que é salutar. E temos bons interpretes.

Vamos nessa?

Até já nem tem importância saber quem é o Alfredo Mingau. Ele já disse que era costeleta anos 40. Á vida é dar e receber. Temos que entender isso. Senhor Moderador, dê-nos a liberdade que nós lhe daremos a si e ao nosso espaço todo o nosso respeito.

E o nosso entusiasmo de jovens de sessenta e tal anos.
E escreveremos os nossos textos com devoção, E queremos que o Palmeiro não se vá embora e fique com histórias costeletas
E o Alfredo pode continuar com as suas crónicas “FIGURAS DO ALGARVE”, que eu prometo ler e comentar.

Sinto-me um irmão de todos.
Sinto uma lágrima a rolar de felicidade

E de ser costeleta.

E de ter sido aluno do Professor Américo, a quem deixo um abraço.

Mais outro para todo o universo costeleta, do Minho ao Algarve e todo o mundo, quiçá, como diz o meu amigo Matias, que jogou com o nº 7 no Olhanense.

Pela unidade costeleta
João Brito Sousa

DO CORREIO



Para todos os meus amigos Costeletas.

Recordo aqui, muitos daqueles com quem convivi.

De alguns confesso já não recordo o nome.

Com quase todos houve em vários momentos uma vivência que a fase de adolescência não permite esquecer

Alguns já partiram.

A todos renovo meus sinceros desejos de Boas Festas, extensivo às respectivas famílias.

Jaime Reis

CANTINHO DOS MARAFADOS


O Algarve no Brasil

A história que vos conto hoje é verídica e alguns dos intervenientes são pessoas conhecidas em Faro.
Penso que o único costeleta era eu.
Juntaram-se na mesma empresa em São Paulo, a trabalhar, eu, o meu compadre Guilherme , (filho do senhor Rodrigues, da Casa Rodrigues na Rua de Santo António) o Coelho, que era de Loulé, o Mendonça, de Tavira, um engenheiro cujo nome não me recordo e que morava no Patacão.
O meu amigo Roque, (do Restaurante Roque, na Ilha) tinha acabado de sair da empresa e regressado a Portugal, acho que veio assumir o restaurante por motivos de saúde dos pais.
Num jantar de fim do ano da citada empresa, vocês não estavam lá, mas eu garanto-vos que o Algarve estava bem representado.
Terminado o jantar, o grupo saiu junto; o estacionamento onde estavam os carros era um pouco longe e lá viemos a pé, conversando e lembrando episódios passados; Vividos aonde?
Façam um esforço e adivinhem! É claro que só podia ser em Faro.
Como ainda não estávamos suficientemente “calibrados” encontrámos um bar, já com a porta meio fechada e cujo dono (português) se dispôs a servir-nos a penúltima, ou seja a chamada “saideira”.
Por detrás do balcão arrumando e limpando, estava um empregado, com ares efeminados e que ao falar nos apercebemos ser português também. Trava-se então o seguinte diálogo:
- Você é português? Perguntou o Mendonça:
- Resposta: Sou sim.
- Insiste o Mendonça: Mas é do norte?
- Não, sou do sul.
- Mas não é do Algarve? Insiste agora o Coelho:
- Sou de “Legos”.
Num ápice o Coelho voou por cima do balcão, as mãos dele engalfinharam-se no pescoço do infeliz e foi o cabo dos trabalhos para conseguir que ele largasse.
Dizia o Lacobrigense, ai que ele me mata!
Respondia o Coelho: O que é que um desgraçado destes, vem fazer para tão longe? Só dar má fama ao Algarve.
Naquele tempo ainda se estranhava, hoje está banalizado, mas as histórias ficaram.
Um abraço a todos
Saudações costeletas
António Viegas Palmeiro

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

DO CORREIO

Estabelecimento Felizardo & Glorinha


RUA MANUEL ARRIAGA , 7


Praticamente fica em frente á entrada principal da Escola !
Na nossa época pertencente á D. Adelaide que alugava quartos para estudantes que moravam em outras localidades e freqüentavam a Escola ! os mesmos levavam lá seus amigos e amigos de amigos , transformando uma parte da casa numa pequena república onde Estudavam e passavam o tempo entre as aulas !
Por muito esforço que faça não consigo recordar o nome de nenhum ,um deles rapaz muito inteligente ! quando em pequeno tinha de acordo com o que falou metido a mão na engrenagem de um engenho de tirar água das noras , e ficou sem parte do braço até ao cotovelo , era de Olhão .
Também se encontrava hospedada na mesma casa , uma senhora que desempenhava as funções de Contínua á entrada da Escola , junto ao Senhor Viegas !

Por acaso a D. adelaide era Prima de meu Pai , daí freqüentar a casa !

Lá passava a maior parte do tempo , almoçava , estudava e deixava os livros , equipamento de ginástica , e até me emprestava dinheiro para investir nos comércios em frente á Escola , Pinhões , Revistas etc. cuja conta mais tarde meus pais acabavam de pagar sem me perguntarem a que se destinava !

Aconteceu um dia em que na aula de educação Física não sei se pelo Dr. Américo ou do Sr. João que trabalhava na Parte do ginásio , houve a ordem de fiscalizar as Toalhas de banho dos alunos ( existia o hábito de empréstimo entre alunos de turmas diferentes aos outros para evitar a falta ) .
Naturalmente que a D. Adelaide foi nesse dia a salvação para alguns pelo empréstimo das Toalhas , inclusive da minha !
Só que quando chegou a minha vez , estava tranqüilo mas, não contei que a mesma também tinha sido utilizada e ainda estava húmida.
Resultado também apanhei falta !

É com saudade que relembro a casa , assim como a do Felizardo e Glorinha , supondo que o Neto se chama Júlio e foi nos anos seguintes meu amigo , até que freqüentava a casa dele e dos Tios conhecidos como Mecharrinhas .

Saudações Costeletas
António Encarnação

POSTAL ILUSTRADO

Faro - (clique sobre a foto para ver maior)

Fotos Algarvias

Enviado por António Viegas Palmeiro



AGENDA


Efeméride

Novembro – 26 – Quinta feira

1812 – Desastre do exército francês, quando atravessava o rio Berezina, ao retirar da Rússia;
1949 – Sai o primeiro número do jornal desportivo Record. Depois de adoptar várias periodicidades, volta a publicar-se, a partir de 1.3.1995, diariamente, como no início:
1973 – A República da Guiné Bissau é reconhecida como estado soberano pela ONU.

Frase do Dia: - Quando o único instrumento que tens é um martelo, tratas qualquer problema que aparece como se fosse um prego. (Mark Twain)
Rogério Coelho

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DO CORREIO

AMIZADES COSTELETAS

Fizeram-se grandes amizades na Escola, mesmo entre rapazes. Amizades a sério que ainda hoje perduram. Em todos os estabelecimentos de ensino é assim. Vou recordar um pouco isso.

Em primeiro lugar, quero referir o Alex, ou o russo ou o cenoura, ou o Alexandre, porque era amigo de todos. Foi funcionário do BPSM em Lisboa e depois em Portimão. Uma vez vi-o eu andar montado num triciclo no interior da Papelaria Silva. Nas aulas de Contabilidade com a Drª Florinda ficava cá atrás. Quem lá esteve viu. Foi um costeleta brioso. Era o primeiro a ser chamado nas aulas do Dr. Uva.
Caderno em dia, 12 valores.

Alberto Rocha e José Emiliano, curiosamente dois costeletas que forjaram a sua amizade após saída da Escola; na tropa, em Tavira. A tropa é outro onde se fazem, igualmente, boas amizades, onde há entreajuda, tipo, um por todos e todos por um. Tenho o grato prazer de ser amigo dos dois. Sim senhor, somos amigos e compadres disse-me o Zé Emiliano. Falo muitas vezes com o Alberto Rocha, que já tem filhos crescidos. E mantém uma grande ligação de saudade e respeito pela Escola e pelos Mestres e Professores que lhe ensinaram coisas. Um abraço para os dois.

Zé Bartílio da Palma e Zé Mateus Ferrinho Pedro. Creio que não se vêem há muito tempo. Bancários reformados, no tempo de estudantes iam para a Alameda relembrar aula de História do Dr. Furtado, o camarada, amigo e professor.

Zeca Basto e Zé Jacinto, o bancário e o homem da cortiça. Grandes amizades na tropa em Tavira e grandes cenas. A pomada que o Basto usava para engraxar as botas foi um sucesso. Ainda hoje é recordada. Um abraço para os dois.

Os homens das motorizadas, Zé Clérigo do Passo da Fuzeta o primeiro a ter automóvel, o Hernâni de Quarteira com o Cucciollo, o João Ramos de Loulé com o Alpino, o Hélio de Loulé com o Lutz, o Zacarias de Estói com o Alpino, o Danilo de Pechão igual, o Diogo com a Mondial e muitos outros.

João Brito Sousa
Nota do Moderador:- Acertar os parágrafos e a margem direita dá-me um certo trabalho. Seria evitado se a escrita fosse efectuada no processador de texto, acertar justificando a margem direita, passar para o e-mail e enviar. Eu, aqui, tenho que acertar linha a linha. Poupem-me!

POSTAL ILUSTRADO

Vila Real de Santo António (clique sobre a foto para aumentar)

FOTOS ALGARVIAS
Enviado por António Viegas Palmeiro

AGENDA



Efemérides

Novembro – 25 – Quarta feira

• Dia Nacional da Cultura e da Ciência

1510 – Afonso de Albuquerque conquista Goa;
1845 – N. na Póvoa de Varzim o Escritor Eça de Queirós (m. em Paris 16.8.1900);
1875 – A Grã-Bretanha adquire o controle do Canal do Suez, através da compra de 176.602 acções ao Egipto;
1920 – Tomada da Bastilha em Coimbra: estudantes ocupam o Clube dos Lentes, para ali instalarem a que viria a ser a Associação Académica de Coimbra;
1975 – Em Portugal, um dispositivo militar, sob orientação do tenente-coronel Ramalho Eanes, opõe-se com êxito, a uma tentativa de sublevação de unidades militares;
1996 – Inaugurada, em Marselha, França, a sede do Conselho Mundial da água.

Frase do dia: - A ciência será sempre uma busca e jamais uma descoberta. É uma viajem, nunca uma chegada. (Karl Popper)

Rogério Coelho

DO CORREIO


Comentário

Nunca é demais realçar o grande apoio e a bondade dos autores dos comentários que me têm sido dirigidos, sinceramente agradeço.
Tenho a grande virtude de saber conhecer as minhas limitações, daí que se algo que possa escrever não agradar, a crítica será aceite com a mesma humildade que o eventual elogio.
Se me permitem vou individualizar, 2 ou 3 comentários:
João Brito Sousa
Leio com particular atenção os teus comentários, és um Mestre eu sou um discípulo aplicado.
Relativamente ao Sócrates, estou de acordo com todas as observações feitas.
Não sou estudioso do filósofo, nem de perto nem de longe, mas sou fascinado por tudo o que ele representa de carácter, de honestidade intelectual, de respeito pelo ser humano. Procuro aplicar e transmitir a filhos e netos o que é possível transportar até aos dias de hoje, da sabedoria e da integridade que nos legou.
Como é da praxe recolho muitas vezes um sorriso sarcástico ou debochado, como a dizer “já está passado”!
Sobre o José e a freira, pouco tenho a acrescentar! Acho que é perder tempo com ruim defunto. Apetece-me citar de novo o personagem “Odorico Paraguassu” criação do Dias Gomes (autor brasileiro) “ ele que vá curtir a sua defuntice para bem longe” e que nos deixe em paz.
Maurício Domingues
Obrigado pelo apoio, pelo que li, estamos em sintonia e isso é muito bom.
Diogo
O comentário não foi para mim, mas permita-me que lhe diga que em minha opinião, a limitação imposta no que se refere à politica e à religião, tem um sentido mais objectivo. Talvez restrições a falar sobre partidos ou a utilização dos nomes dos políticos, situações menos claras dos meandros partidários. Mas o homenzinho da Golegã não se enquadra, penso eu de que!...
Tenho razão ou não meu caro moderador? (eu dou cá uma trabalheira, não é?)
Um forte abraço costeleta a todos
António Viegas Palmeiro

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CANTINHO DOS MARAFADOS

Rir continua a ser o melhor remédio

Esclarecimento prévio: No Brasil um mau condutor é chamado de "barbeiro" uma manobra mal efectuada é uma "barbeiragem"

Vamos ao facto contado naquele tempo como verídico.

Após a "descolonização exemplar" muitos dos nossos compatriotas foram directamente para o Brasil, muitos conseguiram até levar o carrinho por via maritima, uns chegaram ao destino outros não, mas isso é outra história.
O nosso patrício, José Maria, barbeiro de profissão, teve sorte e conseguiu levar o descapotável com que passeava pelas ruas de Lourenço Marques (hoje Maputo). Mais importante do que levar foi ter a sorte que o mesmo chegasse ao destino, o porto de Santos.
Depois de cumpridas as formalidades alfandegárias, resolveu, acompanhado pela esposa, a D. Maria da Conceição, sair do porto de Santos, com destino a São Paulo, ao volante da máquina.
Esqueceu um pequeno pormenor; estava acostumado em Moçambique, (influência da África do Sul por sua vez influenciada pela Inglaterra) a conduzir pela esquerda e como é sabido, no Brasil, tal como aqui e na maioria dos países do Mundo a condução é feita pela direita.
Assim, conduzindo na mão contrária, cada carro que se cruzava com ele, fazia malabarismos para não bater no carro do José Maria.
Obviamente lá vinha a businadela da ordem e o grito: - Barbeiro, barbeiro!
O José Maria sorria feliz e dizia à Maria da Conceição: - Chegámos há uma semana e aqui já toda a gente me conhece! e continuava feliz sorrindo a cada buzinadela e a cada grito de "barbeiro" como que a agradecer o cumprimento.
Ao cruzar com um motorista mais mal disposto, em vez de Barbeiro, ouviu então "filho da p***".
A Maria da Conceição não perde a oportunidade e diz-lhe:
Parece que a senhora minha sogra também é muito conhecida por aqui.
Coitada, ao terceiro dia já conseguia abrir um dos olhos.
Um abraço
Antonio Viegas Palmeiro

POSTAL ILUSTRADO

Portimão - (Clique na foto para aumentar)
FOTOS ALGARVIAS

Enviado por António Viegas Palmeiro



AGENDA


Efemérides

Novembro – 24 – Terça- feira

1807 – Abrantes é conquistada pelas forças invasoras francesas, comandadas por Junot;
1942 – Tropas alemãs sofrem pesadas baixas na Batalha de Estalinegrado, no decurso da II Guerra Mundial;
1975 – Declarada, ao final do dia, o estado de sítio em Lisboa.


Frase do dia: - Jamais existiu uma guerra boa ou uma paz má. (Benjamin Banklin)

Rogério Coelho

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CANTINHO DOS MARAFADOS

SOCORRO – QUEM NOS ACODE?

Pobre país


Ao ler a revista Domingo, do jornal Correio da Manhã, deparei-me, na secção “Frases da Semana”, com esta “pérola”!
- “Estes colunistas de m*, tão jovens, submissos, obsoletos, em vez de pensarem: ‘que sorte ter um homem com esta capacidade de rebeldia’ , estão assustados porque José (Saramago) tocou num livro sagrado”
Pilar del Rio, mulher do escritor (Revista Pública/Jornal Público)

- Eu pergunto: Mas o que é isto? Onde estamos? Para onde vamos?
Primeiro o José (assim a senhora lhe chama) num ataque de senilidade (ou talvez não), propõe e advoga, que Portugal se transforme numa província de Espanha. Depois escreve o livreco que se conhece e tem acesso, à comunicação social, da sua proposta província espanhola, para com uma publicidade agressiva, qual vendedor da banha da cobra, vender o seu produto.
Agora surge a ex- freira (ou freira arrependida) insultando os jornalistas, apelidados de colunistas, com um despudor inaudito.
Eu gostaria de saber como a comunicação social espanhola iria reagir se alguma mulher portuguesa, os insultasse de forma tão desbragada. Ia ser o bom e o bonito!
Mas nós somos assim, coitadinhos, brandos costumes, comemos e calamos.
Como se não nos bastassem os ingleses e os danos causados em todos os aspectos: imagem, economia (comprovadamente causa objectiva de desemprego) com a história triste, da infeliz menina da Praia da Luz.
Neste triste episódio, só fornecemos o palco. Os actores, a peça, directores, contra-regra,
todos eram ingleses, só o bobo da corte era português e está a pagar bem caro a ousadia.
Um abraço
António Viegas Palmeiro

POSTAL ILUSTRADO

Armação de Pera - (Clique na foto para ver maior)
FOTOS ALGARVIAS
Enviado por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides

Novembro – 23 – Segunda-feira

1531 – Paz de Kappel põe termo à segunda guerra civil na Suíça;
1667 – O Rei D. Afonso VI abdica do trono português, a favor de seu irmão, D. Pedro;
1890 – O Grão-Ducado do Luxemburgo separa-se da Holanda;
2001 – Inaugurado, em Lisboa, o maior El Corte Inglês da Península Ibérica.

Frase do dia: - Na vida há algo pior que o fracasso: não ter tentado nada. (F. Roosevelt).

Rogério Coelho

domingo, 22 de novembro de 2009

CANTINHO DOS MARAFADOS


O Ministério da Saúde adverte: - Não rir é prejudicial à saúde
Dê no mínimo 3 boas gargalhadas por dia (Isento de Impostos)


Um lisboeta, de passagem pelo Alentejo para apanhar sol no Algarve, foi surpreendido com a notícia recebida via telemóvel, de que um amigo de Beja, tinha morrido e seria enterrado naquela tarde.
- Chateado com a situação, a perda de um amigo de longa data, procurou saber onde seria o velório e foi para lá.
- Ao chegar, viu que no caixão estava o morto inteiramente nu e ao lado um grande pote cheio de creme, no qual cada um dos presentes metia a mão e após apanhar um pouco, passava sobre o defunto.
- Surpreendido pela cena, coisa inusitada para ele aproximou-se da viúva e perguntou:
- Desculpe a ignorância, mas o que lhe estão a fazer, é tradição por aqui?
- A viúva respondeu: - Não! É inédito! Nunca o fizemos. Ele é que pediu, deixou escrito, como sua ultima vontade que queria ser cremado...
(ai, ai! Se a minha mulher e a minha filha, alentejanas de boa raça, descobrem, ainda levo uma sova)
(as outras duas filhas vão rir com gosto, são algarvias)
Antonio Viegas Palmeiro

RESPOSTA AO COMENTÁRIO SOBRE O CONCORDE

Meu caro Diogo
As efemérides extraio do livro "Efemérides".
Face ao seu comentário, informei-me sobre o avião "Concorde", tendo verificado o seguinte:

"Em Novembro de 1962, França e Inglaterra desenvolveram o projeto do avião supersónico Concorde, que depois de 7 anos de estudos e testes, decolou dia 2 de março de 1969, na cidade francesa de Toulouse. O primeiro vôo, comandado por André Turcat, durou 28 minutos. O avião media 62,10 metros de comprimento, 11,40 metros de altura e 25,56 metros de envergadura. Voava a 18 mil metros de altitude a 2.200 km/h (quase duas vezes a velocidade do som), com autonomia de 6.580 quilometros. Pesava 185 toneladas, levava 8 tripulantes e até 144 passageiros. O seu primeiro vôo comercial foi em 21 de janeiro de 1976. No Concorde, a viagem Paris-Rio de Janeiro durava 6,5 horas, enquanto um Jumbo 747 demorava cerca de 12 horas. O soviético Tupolev Tu-144, o primeiro avião supersónico civil, decolou antes do Concorde, em 31 de dezembro de 1968."
Aqui fica a rectificação
Rogério Coelho

POSTAL ILUSTRADO

Faro - (clicar em cima para ver maior)
FOTOS ALGARVIAS

Enviado por António Viegas Palmeiro

AGENDA

Efemérides

Novembro – 22 – Domingo

1963 – O Presidente dos EUA John F. Kennedy é assassinado em Dallas (Texas), quando desfila num cortejo motorizado;
1968 – Editado o primeiro álbum duplo da história da música popular. The Beatles (álbum branco);
1971 – Criado, em Portugal, o Serviço Nacional de Ambulâncias, na dependência do Ministério do Interior;
1977 – Avião supersónico Concorde efectua o seu voo experimental.

Frase do dia: - Elogie em público, critique em particular (H. Jackson Brown Jr.),
Rogério Coelho

sábado, 21 de novembro de 2009

CANTINHO DOS MARAFADOS




Rir é o melhor remédio

Um sujeito muito franzino está em tribunal com a cara toda rebentada. O Juiz pergunta-lhe; então homem o que lhe aconteceu?
Ao que este responde:
Senhor doutor Juiz, na terça feira passada saí já de noite do trabalho e encontrei uma prostituta encostada a uma parede, que tinha acabado de parir, como sou muito sensível não resisti e fui a correr a uma farmácia, comprei um grande quantidade de fraldas, algodão, álcool, doddots e outros artigos que o farmacêutico me indicou como necessários naquela emergência.
No caminho de volta fui parado por um policia que tinha uns 2 metros de altura e muito forte, que me perguntou desconfiado:
Para onde é que esse material vai?
E eu respondi:
Vai prá p*** que pariu!
Desde ai não me lembro de mais nada, Senhor Doutor.
Acordei 3 horas depois no hospital com boca e a cara neste estado.

Antonio Viegas Palmeiro

POSTAL ILUSTRADO

Alvor - Torralta
Fotos Algarvias
Envio de António Viegas Palmeiro

RELEMBRANDO GRANDES FIGURAS ALGARVIAS


MANUEL TEIXEIRA GOMES

De Alfredo Mingau - (Costeleta da "Velha Guarda" - anos 40)

Introdução

Para não tornar as minhas crónicas/biográficas longas e maçadoras, resolvi faze-las resumidas mas, numa resenha que dê a entender o percurso da pessoa escolhida.

Biografia

Manuel Teixeira Gomes nasceu em Vila Nova de Portimão em 27 de Maio de 1862.
Os Pais José Líbano Gomes e Maria da Glória Teixeira Gomes.
Estudou no Colégio de S. Luís Gonzaga até aos 10 anos de idade, de onde saiu para o Seminário de Coimbra para continuar os estudos. Passou, depois, para a Universidade de Coimbra frequentando Medicina e perde-se numa vida de boémia.
Mas o pai continua a dar-lhe uma mesada deixando-o viver a vida como ele queria. Entretanto, porque a sua tendência era para a arte, literatura, pintura e escultura, seguiu a literatura, continuando a dedicar-se, também, às outras, tendo como amigo Columbano.
Viveu alguns tempos no Porto colaborando em revistas e jornais. “O 1º de Janeiro”, do Porto e “A Luta” de Lisboa.
Como o pai se dedicava ao comércio de frutos secos, Teixeira Gomes viajou pela Europa e pelos países do Mediterrâneo como negociante.
Enamorou-se de Belmira das Neves, de quem teve duas filhas. Belmira era Filha de pescadores, facto que impediu o casamento com Manuel Teixeira Gomes por este pertencer a uma família importante de Portimão.
A sua vida política começa em 1911 como diplomata em Paris e Londres.
Escreveu “Inventário de Junho” (1899), “Agosto Azul” (1904), “Gente Singular” (1909).
Em Londres foi convidado pela Rainha Alexandra para lhe decorar o Gabinete Oriental no seu palácio de Buckingham.
Era Ministro dos Negócios Estrangeiros em Londres, quando foi chamado a Portugal, no início de 1918, pelo então eleito Presidente da República, Sidónio Pais que o demite do cargo. Teixeira Gomes fixa-se no Algarve como administrador de propriedades.
Em 6 de Agosto de 1923 é eleito como o 7º Presidente da República, depois de confrontado com Bernardino Machado.
No dia 11 de Dezembro de 1925 resigna ao cargo, partindo para Bougie, na Argélia, num auto-exilio voluntário, continuando a escrever. Uma das suas obras “O Exilado de Bougie”.
Além das obras indicadas escreveu:
- “Cartas Sem Moral Nenhuma” (1904);
- “Sabrina Freira” (1905);
- “Desenhos e Anedotas de João de Deus” (1907);
- “Cartas a Columbano” (1932);
- “Novelas Eróticas” (1935);
- “Regressos” (1935);
- “Miscelânea” (1937);
- “Maria Adelaide” (1938);
- “Carnaval Literário” (1938).
Não regressa mais a Portugal.
Morreu em 18 de Outubro 1941, na Argélia, e os seus restos mortais são transladados para Portugal em Maio de 1950. (Há quem aponte o dia 16 de Outubro de 1950).
Durante as cerimónias do funeral em Portimão foi agraciado, a título póstumo, com a Grã-Cruz das três Ordens Militares Portuguesas, a Legião de Honra e as mais altas condecorações inglesas.
Foi designado Patrono da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes de Portimão.
(Editado com o apoio gráfico de Rogério Coelho)

PASSEIOS POR FARO IDO II

Recordar lugares e Pessoas não é fácil , principalmente quando temos por base a memória que sem outros pontos de referência torna difícil , ao longo dos tempos se vão baralhando nomes e épocas em que as falhas da mesma se acentuam de forma natural e faz de Privilegiadas as pessoas que passados mais de 50 anos conseguem descrever relatos quase na totalidade nessa distância temporal !
Pessoalmente por mais esforços que faça são poucos os colegas de que me consigo recordar ! exemplo : nas actividades da Mocidade Portuguesa , que ás Quartas e Sábados tínhamos na Escola em que o Instrutor do castelo era o José Paixão ! de momento o colega que me vem á memória era o João Bernardino Sancho Cabrita que mais tarde foi Enfermeiro e morreu em França .

Com esta Introdução quero expressar MINHA ADMIRAÇÃO extensiva a outros colegas que aqui no Blog tem apresentado crônicas que nos trazem recordações sobre nossa Cidade, Escola e Pessoas que fizeram parte do nosso Passado !

Há mais de 30 anos que não passo pela Rua Conselheiro Bivar , mas a descrição despertou a memória para nomes e estabelecimentos que me fazem recuar ao Passado !
O estabelecimento de Cereais , na época não sei ? mais tarde era conhecido por “ Estabelecimentos Teófilo Fontainhas Neto “ ( me recordo uma frase em que falavam sobre os filhos do mesmo : todos grandes figuras empresariais , só teve azar com o mais novo , apelidado da mesma forma que todos os oposicionistas ao governo ! = Estavam enganados ! É o mais famoso e uma das grandes figuras publicas do Algarve o Cabrita Neto ! )

No armazém de Ameijoas , ouvi milhares de vezes falarem dos Cabeleiras mas não me lembrava mesmo , já que estava ligado e convivi alguns anos com pessoas que viviam da apanha das ameijoas !

A Pensão Luiza posso falar que a partir talvez de 1956 a conheci na Rua D. Francisco Gomes !
Não me recordo se o Banco Pinto e Sotto Mayor teve a primeira filial na Rua Conselheiro Bivar ? Sei que a partir da década de 60 o gerente era o Casimiro de Brito e a filial ficava no Largo 1º de Dezembro ?

Se situava na Rua nos últimos anos da década de 50 um estabelecimento denominado de Luso Algarve , seus donos de origem Judaica uma empresa aparentemente simples mas com grande volume de negócios , ( suponho que representantes das telhas lusalite ) localizada salvo o erro por baixo da Pensão Madalena .

Antes de subir a Rua Infante D. Henrique e descendo no lado Esquerdo do Largo da Madalena , estava a fábrica de Gelo do Custódio , que foi o impulsionador dos refrigerantes mais famoso na Época e região “ SOFRUTO “ .

Aguardando a subida da Rua Infante D. Henrique com total apoio .

Saudações Costeletas
António Encarnação

DO CORREIO


A FRASE DE KARL POPPER, citada pelo Rogério
BUSCA E DESCOBERTA; VIAGEM E CHEGADA
A ciência será sempre uma busca e jamais uma descoberta. É uma viajem,
nunca uma chegada. (Karl Popper)
A ciência, diz Popper, será sempre uma busca e jamais uma descoberta..
Não estou lá muito de acordo, porquanto, busca, é a procura no sentido
de descobrir algo em sentido genérico e descoberta é uma palavra
direccionada mais para o conhecimento e significa, num certo sentido,
a criação de algo através do conhecimento científico ou técnico, é o
reconhecimento do valor de algo até agora ignorado, é a experiência de
algo vivido pela primeira vez…. Por isso, entendo que ciência é
descobrir.
A ciência está mais ligada ao progresso e não à busca. Em minha
opinião, a ciência tem evoluído levada por necessidades de
investigação surgidas. Primeiro surge a causa que motiva a
investigação, que, se for bem sucedida, tem condições para se
constituir como um trabalho científico, que será certificado pela
Academia das Ciências e constitui-se como um ramo da ciência.
Na óptica de viagem e chegada, não me parece que a ciência seja uma
viagem nem tão pouco uma chegada, apesar de Popper afirmar isso. A
ciência, não vai em passeio, quando investiga trabalha com seriedade,
dispensando o aspecto lúdico da viagem. A ciência é a ferramenta de
maior utilidade ao progresso da humanidade e nunca encontra um porto
de chegada porque o seu trabalho é contínuo.
Para percebermos a frase de Popper é preciso perceber a sua filosofia.
Popper é melhor conhecido pela sua defesa do falsificacionismo como um
critério da demarcação entre a ciência e a não-ciência, e pela sua
defesa da sociedade aberta.
Para Popper a verdade é inalcançável, todavia devemos aproximar-nos
dela por tentativas. O estado actual da ciência é sempre provisório.
Ao encontrarmos uma teoria ainda não refutada pelos factos e pelas
observações, devemos perguntar-nos, será que é mesmo assim ? Ou será
que posso demonstrar que ela é falsa ?
A ciência, depois de testada não deverá oferecer dúvidas. Popper
admite demonstrar que o conceito é falso. Não concordo
E tu meu caro costeleta?
Investigação e texto de
João Brito Sousa

AGENDA


Efeméride

Novembro – 21 – Sábado

* Dia Mundial da Televisão

1877 – Thomas Edison anuncia a invenção do fonógrafo;
1933 – N. Em Lisboa o fadista Fernando Maurício (M. ib., 15.7.2003);
1943 – Independência do Líbano;
1960 - Portugal passa a participar no Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e no Fundo Monetário Internacional (FMI);
1976 – Forças armadas sírias completam a ocupação do Líbano.

Frase do dia: - A ciência será sempre uma busca e jamais uma descoberta. É uma viajem, nunca uma chegada. (Karl Popper)

Rogério Coelho

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

POESIA

NO FIM DA TARDE


Passeio no paredão junto à praia
E não penso em nada, apenas olho.
E enquanto a luz do sol já desmaia
Regresso a casa e aí me recolho …

E agora sentado à secretária recordo
Os lados bons da vida que tive e vivi
Deixo-me embalar e quando acordo
Verifico que foi utopia o que senti.

Na vida nada é certo; a vida é talvez
É a grande dúvida que não se desfez
É um percurso que terá fim ou não…

Quem nos poderia dizer isso ignorou
E nem um bom dia nem nada deixou
Anda por aí e deixou-nos nesta ilusão…..


João Brito de Sousa

DO CORREIO

Não sei a que atribuir esta minha tendência para rever algumas coisas de Sócrates.
Ainda bem que a noite está chegando e com ela o sono e novos sonhos e pesadelos, só espero que seja com o Euromilhões e não com o mesmo.

Antonio Viegas Palmeiro


O TRIPLO FILTRO


Na antiga Grécia, Sócrates foi famoso por sua sabedoria e pelo grande respeito, que a todos impunha e dispensava.

- Um dia um conhecido encontrou-se com o grande filósofo e disse-lhe:
- Sabes o que ouvi sobre o teu amigo?
- Espera um minuto, replicou Sócrates.
- Antes que me digas qualquer coisa, quero que passes por um pequeno exame, eu chamo esse exame de Triplo filtro.
- Triplo filtro? Perguntou o outro.
- Sim, continuou Sócrates.
- Antes que me fales sobre o meu amigo, vamos filtrar três vezes o que me vais dizer. Por isso chamo o exame do Triplo filtro.

- O primeiro filtro é a VERDADE
- O que me vais dizer é verdade?
- Não sei, disse o homem, realmente só ouvi falar sobre isso e …
- Bem, disse Sócrates, então realmente não sabes se é certo ou não.
- Agora permite-me continuar com outro filtro,
- O filtro da BONDADE
- É algo bom o que me vais dizer do meu amigo?
- Não pelo contrário …
- Então queres dizer-me algo de ruim do meu amigo, mas não estás seguro de de que seja verdade.
- Mesmo que eu agora quisesse ouvir, ainda não poderia, pois falta um filtro,
- O filtro da UTILIDADE
- Servir-me-á de algo, saber o que tens para me dizer do meu amigo?
- Não, na verdade não.
- Concluiu Sócrates:
- Se o que desejas dizer-me não é certo, nem bom e tão pouco ser-me-á útil, porque iria eu querer saber?

- Use este TRIPLO FILTRO cada vez que ouvir comentários sobre alguns dos seus amigos, próximos e queridos.
- A amizade é algo inviolável nunca perca um amigo por algum mal entendido ou comentário sem fundamento.

Antonio Viegas Palmeiro

DO CORREIO


Hoje acordei pensando em Sócrates.

Se me perguntarem o motivo de tal pensamento não sei explicar, não foi sonho nem pesadelo, muito menos inspiração divina.
Foi talvez a procura constante de uma pessoa que nos tenha deixado um legado importante, alguns exemplos de honestidade, um caracter nobre e a tentativa de conseguir a paz (além da morte)

Sócrates, nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 AC e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia antiga, considerado hoje um dos mais importantes filósofos da antiguidade.

Em anexo, um pequeno diálogo, entre ele e o discipulo Criton.

Um abraço

A IMORTALIDADE DA ALMA

Conhece-te a ti próprio e serás imortal

Alguns séculos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.

- A filosofia não era uma teoria especulativa mas a própria vida que ele vivia.

- Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.

- Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, os seus discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte.

- O filósofo, porém, não moveu um dedo para esse fim: com perfeita tranquilidade e paz de espírito aguardou o dia em que iria beber o veneno mortífero na véspera da execução os seus amigos conseguiram subornar o carcereiro (desde aquela época já existia esta prática) que abriu a porta da prisão.

- Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, disse ao mestre:
- Foge depressa Sócrates!
- Fugir por quê? Perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás que beber a taça de sicuta mortal! – insistiu Críton
Vamos Sócrates foge depressa para escapares à morte.

- Meu caro amigo Críton, que mau filósofo és tu. Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim…

- Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:
Críton, achas que isto aqui é Sócrates? E batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou: Achas que isto aqui é Sócrates? Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material, mas não a mim, EU SOU A MINHA ALMA, ninguém pode matar Sócrates.

- E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele achava uma teimosia, ou estranho idealismo do mestre.

- No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e o seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe entre soluços:
- Sócrates onde queres que te enterremos? Ao que o filósofo semi-consciente murmurou!
Já te disse ninguém pode enterrar Sócrates… Quanto a este invólucro onde quiseres, não sou eu EU SOU A MINHA ALMA.

- Assim expirou esse homem que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.
- Conhecia o seu verdadeiro eu, DIVINO, ETERNO e IMORTAL
- Assim somos todos nós, seres IMORTAIS, pois somos ALMA – LUZ – DIVINOS - ETERNOS.
SÓ MORREMOS QUANDO SOMOS ESQUECIDOS

Antonio Viegas Palmeiro



DO CORREIO


EM FARO E OLHÃO

Estive por aí uma semana. Agora, de vez em quando vou, porquanto estou matriculado na UATI.
Arranjei casa em Quarteira e já disse isso ao Jorge Tavares e ao Zé Elias Moreno. Quero contactar ainda o Victor Venâncio que parece só lá
vai no Verão e também o João Ramos e o Hernâni, todos velhas glórias costeletas.
E vou propôr que nos juntemos em Vilamoura, no café onde o Jorge lê o DN. Para ouvir do Hernâni as histórias da sua motorizada Cuciollo e do João Ramos as cenas do seu Alpino.
E outras coisas mais, obviamente….
Fui a Faro, como não podia deixar de ser. Encontrei o Filie Vieira, num café sito no local onde era a pensão do Zé Luís e também foi o estabelecimento do fotógrafo Arnaldo??? … Apareceu de seguida o Fausto Xavier, BNU e grande jogador de futebol nos juniores do Farense que ainda foi tentar a sua sorte ao Benfica.
Éh pá, tenho de ir. Prometi ao arquitecto Gomes da Costa que ia tomar café com ele. E lá foi. Deixou-me com o Filipe. Este Filipe, além de costeleta é uma óptima pessoa. Simpático mesmo. E depois ri com a vontade toda, quando refere que foi ponta de lança do Sport Faro e Benfica e que levou dez a zero dos juniores do Olhanense com Peira, o Parra e o Nuno. Palminha, guarda redes, Mário Zambujal camisa dez e pensador do jogo do Sport Lisboa, Filipe Vieira o goleador.
Era quinta feira e fui almoçar à Fuzeta com eles, Manuel Poeira, João Parra, Nuno, Fonte Santa, Tony Casaca, João Malaia, estes todos costeletas e ainda o Reina, Madeirinha e Matias.
Sempre que possa, voltarei.
Voltei à Escola e fui à aula de Literatura. Interessantíssimo. As instalações, os professores, os alunos, every thinhg ok
Fica para a próxima crónica.
Deixo-vos as saudações costeletas do costume.
João Brito de Sousa

DO CORREIO


Passeios por Faro IDO I I

Em primeiro lugar os meus parabéns pela iniciativa e pela boa memória.
No entanto eu fiquei com uma dúvida e que até pode nem ser dúvida se a unidade hoteleira a que me vou referir, eventualmente tivesse uma filial em outro ponto da cidade.
Estou a referir-me concretamente à Pensão Luísa. Esta pensão situava-se em 1955/1956 na Rua D. Teresa Ramalho Ortigão, uma rua que se cruza a meio com a Rua Caçadores 4, começa no Largo de São Francisco e terminava nesse tempo, num muro que dava para a horta do Ferragial.
Era um primeiro andar, tendo por baixo uma oficina, a casa ficava a cerca de 50 metros do citado largo.
Morei nessa rua no número 44, no número 42 morava o Dr. Joaquim Magalhães, o tal que foi secretário do grande António Aleixo. As casas era geminadas e o saguão servia as duas casas. A esposa do Dr. Magalhães, todas as tardes tocava piano, não sei se por prazer ou se dava aulas em casa. Sei sim que eu ficava extasiado a ouvir.
Nesse tempo, a rapaziada dos seus 12, 13, 14 anos, divertia-se quando o Zé Luís estava em Faro, o que raramente acontecia, porque sempre trazia uma loira espampanante renovada, o que fazia a alegria da garotada, metidos a homenzinhos, escolhendo pontos estratégicos para espreitar.
Nessas alturas os jogos de futebol no Largo de são Francisco, deixavam de ser junto do apeadeiro e passavam a ser perto da entrada do largo para dar tempo a escolher o melhor ponto de observação.
Um abraço
Antonio Viegas Palmeiro

DO CORREIO


Meu caro moderador

Quero que saiba que o meu compadre Chico existe e que apesar de inculto é um homem de grande sabedoria.
Sabedoria adquirida em tardes de soalheira e outras de rigorosa invernia, com a ponta da navalha talhando a cortiça, de onde saem autênticas obras de arte, que ele não vende, oferece aos amigos.
Sabedoria também adquirida em longas horas de solidão, cujo único diálogo é entre ele e o fiel amigo Piloto, que cumpre as ordens dadas pelo dono, com um rigor e lealdade de um militar da velha guarda.
Tudo isto meu caro amigo para lhe dizer que deixei nas mãos do meu compadre a responsabilidade de identificar o Emplastro.
-Disse que ia investigar e que assim que tivesse dados concretos me diria.
-Disse-me também para ficar atento aos sinais, que eventualmente pudessem servir de pistas.

Quanto ao tinto alentejano prometido, sou um homem dos velhos tempos, como tal de palavra.

Tenho acompanhado a discussão (discussão no bom sentido, óbviamente) por causa do "esqueci-me" e do "esqueceu-me", Não seria melhor esquecerem isso?
Porque quando entrar no nosso léxico a "machamba" e o "maning" dos moçambicanos, o "arretado" dos brasileiros, todos os arrevesados termos crioulos de Cabo Verde e de todas as outras ex-colónias. Haja discussão, meus amigos!
Um abraço

A todos os costeletas que me têm manifestado apoio
A todos o meu obrigado.
Destaco por ser justo o incentivo mais directo do colega João Brito de Sousa.
Saudações costeletas
Antonio Viegas Palmeiro

UM TEXTO...DIÁRIO, SEMANAL, MENSAL...OU DE VEZ EM QUANDO





Passeios por Faro IDO - II

Finalmente descansei o tempo necessário, para continuar o passeio pelas ruas Conselheiro Bívar, Largo da Madalena e Rua Infante D. Henrique.
Neste período de relax, e na sequência da publicação do primeiro passeio, fiquei aguardando leitores que me acompanhassem. Os três voluntários que se perfilaram para o fazer, são os colaboradores do blogue, António Encarnação, João Brito Sousa e Jaime Reis. Lá diz o adágio popular: "Poucos, mas bons".
Vamos então ao passeio!

Na continuidade do Edifício da Junta dos Portos, os Grandes Armazéns do Chiado, cujo nome traduzia a sua grandiosidade e que influenciou igualmente, na atribuição do nome da Rua, que popularmente se chamava Rua do Chiado. Este estabelecimento representou na altura, o grande centro comercial da cidade, se assim se podia chamar.
Continuando neste quarteirão, encontramos uns armazéns de venda de cereais, nomeadamente, aveia, milho, trigo, centeio e sementes diversas. Este estabelecimento, se a memória não me atraiçoa, era propriedade de Ramiro da Graça Cabrita, comerciante com sede em São Bartolomeu de Messines, que tinha no outro lado da rua, mesmo defronte, outros espaços onde funcionavam os escritórios.
Ainda no seguimento do quarteirão e antes da confluência com a Rua de São Pedro, existia uma loja de artigos eléctricos e outras bijuterias: O "Brick-à-Brack".
Do outro lado da Rua, e regressando ao estabelecimento do sapateiro, deparamo-nos com uma travessa que dá acesso à Rua da Alfandega e tem como referência, o estabelecimento dos ameijoeiros Cabeleiras.
Na esquina dessa travessa, o estabelecimento de máquinas e ferramentas do José Azinheira Rebelo, conhecido comerciante na cidade, que se afirmou como excelente basquetebolista da famosa equipa dos Bonjoanenses. Este estabelecimento tinha como vizinhos, no primeiro andar, a família do Dr. Rogério Peres, conhecido médico de crianças (pediatra).
Por cima dos armazéns de cereais referidos anteriormente, existia o Círculo Cultural do Algarve e os escritórios do advogado Carlos Picoito. Não posso deixar de referenciar o papel importante do referido Círculo na cultura da cidade: Local de encontro da intelectualidade regional,, serviu de passagem a grandes vultos das letras de âmbito nacional, bem como de contestação ao regime político ora vigente.
A barbearia que dava continuidade ao quarteirão, era propriedade do pai do Jorge G. Mendonça *, ele também costeleta, que viviam no Patacão. Lembrar o Jorge, é também recordar a irreverência da malta que se metia com ele por causa dos seus lábios muito grossos: "Jorge, china malaca, beiços de matraca, foste à nêspera ficaste caçado, puseste-te a chorar UEM! UEM!" *Depois era correr à frente do Jorge, para não apanhar umas caroladas.
Na loja que se seguia, instalou-se a primeira filial da Banco Pinto & Sotto Mayor, na qual iniciaram a sua actividade profissional na Banca os costeletas Rafael Correia e Casimiro de Brito(?). Dava-lhe continuidade, a Pensão Luísa, estabelecimento importante, não só como unidade hoteleira bastante frequentada, mas porque a sua proprietária Dª Maria Luísa era mãe do famoso farense José Luís, campeão nacional e mundial de luta livre.
No estabelecimento do rés-do-chão do edifício da pensão, existia uma loja de venda de tractores e máquinas agrícolas, propriedade do pai do bife Rui Vilhena, que infelizmente já nos deixou.
Porque este quarteirão chegou ao Largo da Madalena, regressamos ao outro lado e mais abaixo, onde na confluência com a Rua de São Pedro existia a Farmácia Almeida, cujo propriétário - Sr Almeida - era um cidadão farense de elevada estatura intelectual, como aliás, era quase regra na classe farmacêutica. Seguia-se o laboratório de análises clínicas do Dr. Ascensão Afonso e também a sua residência, antes de mudar para a Avenida 5 de Outubro.
O Largo da Madalena tinha três estabelecimentos importantes: As oficinas de assistência ao equipamento vendido na loja de máquinas agrícolas, a que me referi anteriormente, a garagem da Madalena, destinada a oficina e recolha de carros, cujo proprietário era conhecido popularmente pelo Dr. Burro e a loja de ferragens e outros utensílios, que era propriedade do Augusto Vieira dos Reis. Esta loja foi local de muitas visitas da rapaziada, para comprar berlindes abafadores, piões com careta, cordel para os ditos e meadas de fio para colocar no ar os papagaios que fazíamos, utilizando como cola, uma mistura de farinha e água. Quantas mensagens mandávamos pelo fio acima até ao papagaio que estava no ar, com a ajuda dos "rabos" feitos com os trapos que surripiávamos em casa.
Ainda no Largo da Madalena existia uma Igreja ( capela?), que naquela época servia de habitação. Posteriormente foi transformada em café/bar. Presentemente desconheço a sua utilidade, embora saiba que como Igreja já não existe!
Interrompo o passeio, antes do inicio da Rua Infante Dom Henrique, para descansar e mais folgadamente arrancar para a ùltima etapa, que promete grande dificuldade, atendendo ao enorme volume de actividades existentes.

* Esta lenga-lenga, como todas as nossas brincadeiras, eram inócuas, pelo que a sua divulgação deve ser entendida como tal.


jorge tavares
costeleta 1950/56