sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DO CORREIO


Meu caro moderador

Quero que saiba que o meu compadre Chico existe e que apesar de inculto é um homem de grande sabedoria.
Sabedoria adquirida em tardes de soalheira e outras de rigorosa invernia, com a ponta da navalha talhando a cortiça, de onde saem autênticas obras de arte, que ele não vende, oferece aos amigos.
Sabedoria também adquirida em longas horas de solidão, cujo único diálogo é entre ele e o fiel amigo Piloto, que cumpre as ordens dadas pelo dono, com um rigor e lealdade de um militar da velha guarda.
Tudo isto meu caro amigo para lhe dizer que deixei nas mãos do meu compadre a responsabilidade de identificar o Emplastro.
-Disse que ia investigar e que assim que tivesse dados concretos me diria.
-Disse-me também para ficar atento aos sinais, que eventualmente pudessem servir de pistas.

Quanto ao tinto alentejano prometido, sou um homem dos velhos tempos, como tal de palavra.

Tenho acompanhado a discussão (discussão no bom sentido, óbviamente) por causa do "esqueci-me" e do "esqueceu-me", Não seria melhor esquecerem isso?
Porque quando entrar no nosso léxico a "machamba" e o "maning" dos moçambicanos, o "arretado" dos brasileiros, todos os arrevesados termos crioulos de Cabo Verde e de todas as outras ex-colónias. Haja discussão, meus amigos!
Um abraço

A todos os costeletas que me têm manifestado apoio
A todos o meu obrigado.
Destaco por ser justo o incentivo mais directo do colega João Brito de Sousa.
Saudações costeletas
Antonio Viegas Palmeiro

2 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Meu caro Palmeiro
Os seus textos, com todo esse humor, são necessários para alegrar o nosso blogue. A sua presença estava a ser necessária.
Fico esperando por mais prosa e pela explicação do seu compadre Chico.
Quanto ao "esqueceu-me" não fui eu que levantei a questão. Respondi e darei a mão à palmatória se errei. E quem não erra? A língua portuguesa é muito ingrata.

Quanto `"pinga" foi apenas um desabafo.
Um abraço Costeleta
Moderador

Anónimo disse...

Ao António.

Agradou-me ler.

Só agora vi a referência que fazes à minha pessoa, já depois de ter comentado o teu Sócrates e a imortalidade da alma.

Manda a boa educação que te diga obrigado pelas palavras que me diriges.

Tenho simpatia pelo que escreves, ideias e estilo.

Pela foto não vou lá.

Serás do tempo do MANUEL PIRES VICTÓRIA da minha terra?

Seja como for, tens a miha consideração e amizade.

Ab.
João Brito Sousa