terça-feira, 6 de abril de 2010

TEMA: - CRÓNICA


O QUADRO DA SALA DE ESTAR

Sentei-me numa cadeira da sala de estar, debrucei-me sobre a mesa e apoiei a ca Beça entre as duas mãos; depois fixei atentamente, uma folha de papel e uma esferográfica que se encontrava junto dela.
Mas nada vinha à minha mente! De repente, olhei a parede branca, que estava em frente e, dependurada nela, uma enorme tela, que apresentava um magnífico cenário, alusivo à natureza.
Embora fosse uma pintura, por isso, estática, dava a impressão de ter vida; as cores eram tão reais!...
Pelos montes e vales corria a água, com alguma força, para os riachos que, espumando, dava a impressão de cascata e onde se misturava uma grande variedade de pequenas pedras.
A paisagem era exuberante, entre os espaços abertos das árvores, o sol teimava em brilhar, dando uma tonalidade muito especial, ao ambiente; o terreno húmido, de cor castanho mais claro, mais escuro; o firmamento de um azul, levemente esbatido; densas nuvens estavam a anunciar a chuva, que se aproximava; ainda carreiros bastante estreitos, que mal davam para caminhar lado a lado; lá, muito ao longe, a perder de vista, um rebanho, que pastava calmamente,
O cenário transmitia, através de uma imagem, uma Estação intermédia; o dia declinava…
Este quadro que, há tantos anos se mantinha nesta sala e sempre no mesmo lugar, foi visto, duma forma diferente, por mim, naquele momento!... Inspirada, transpus para a folha de papel, em branco, toda aquela maravilha!...
Uma pintura repleta de beleza!... Que, só um pintor, muito sensível, à criação Divina, podia representar em pleno, numa tela, a autenticidade da bucólica paisagem…
1º Lugar internacional
De Maria Romana da Costa Lopes Rosa

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