sexta-feira, 21 de maio de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO


Bom dia.

Há momentos na vida,em que um cidadão se interroga sobre o estado de atrazo civilizacional da sociedade em que vive .Porque será que apesar do tão propalado (e real em algumas áreas )avanço científico -tecnológico a que se guindou, o Homem ainda não consegue usar de forma ,equitativa e civilizada,os bens de Todos, e os de que se diz criador em favor de toda a humanidade? Será que a crise que nos tira o sono,tem alguma coisa a ver com isto?
Não sei se isto se passa na cabeça de outras pessoas,mas eu interrogo-me:isto irá acabar numa valente churrascada,ou nós vamos dividir o que ainda resta Irmãmente, (em substituição de democraticamente,para evitar falar de política).
Contaram-me hà dias esta "estória" que considero deliciosa:O senhor Arcellor Mittal,de origens muito modestas,mas actualmente o rei mundial -porque é o maior produtor mundial -do aço- teria afirmado à comunicação social e Económica que ;se cada habitante da Terra almejasse possuir o seu próprio frigorífico, todas as reservas de minério de ferro existentes no planeta não seriam suficientes;e depois faltaria aço para a construção civil,e as pessoas teriam que dormir debaixo das alfarrobeiras,e aço para automóveis...nicles, toca a andar de burro ; e aço para os grandes navios de cruzeiros, idem...idem ...aspas ,aspas ;e ferro para as enxadas e catanas dos agricultores africanos viste-o... and so on ...and so on.No dia seguinte,pela fresquinha, era anunciado na bolsa de Londres o aumento do preço do aço.
Espero que se divirtam mais com estas quadrinhas populares que eu engendrei (ao jeito do meu Poeta Preferido,com a devida vénia),do que eu me diverti com a anedota do senhor Rei do Aço.


Poema dos maus lençóis
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Não estão só os portugueses
deitados em maus lençóis,
estão também os ingleses
os gregos e os espanhóis.

A Europa gasta mais
do que aquilo que produz;
com procedimentos tais,
p'ra onde é que nos conduz?

Di-lo o senhor Trichet,
do Banco Central Europeu;
insuspeito e de cachet
mil vezes maior que o meu.

Não vejo sinais de progresso
que aliviem nossa mágua.
e com este retrocesso
temos os burrinhos na água.

A força e o valor
desta Europa decadente,
mandámos sem despudor
p'rás Terras do Sol Nascente.

Onde está a mais valia
da indústria deslocada?
Porque é que d' hoje em dia
há tanta gente parada?

Onde estão a altivez,
e o orgulho europeu?
Sinto como português
que algo nos corrompeu!

Antes, promessas de Mercado,
e salutar concorrência.
Hoje,crédito mal parado
E tanta...tanta falência.

A Aventura desta vez,
não nos corre de feição!
Nem o Mar é Português
nem El Rei é D.João.

As causas identificadas,
todos sabemos quais são:
Fronteiras escancaradas,
e a Nova globalização.

Hoje tudo é diferente,
já nada é como d'antes;
nem como a água corrente
em vasos comunicantes.

Esperemos que qualquer dia
sejam repostos os valores.
e nos devolvam a alegria
de viver dias melhores.

Mas há que ter ambição,
trabalhar e produzir,
para que a Exportação
volte de novo a subir.

Investir para crescer
e,realmente competir;
é o que há a fazer
para da crise sair.

E depois,não olvidar;
e aqui é que são elas...
Há a dívida a pagar
aos Patrões de Bruxelas.

Dança o nosso Primeiro
El Grande Tangueador,
agora que ele tem parceiro;
Somos nós o seu o tambor!

A mim falta-me a vontade,
é o desconforto dos cilícios:
de tanta austeridade,
e de tantos sacrifícios.

JEM

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro amigo,

As ideias estão ao alcance de cada um de nós, quer na prosa quer nas quadras.

Acho que tens jeito para eta coisa.

È caso para dizer, SIGA A MARINHA.

AB

JBS.