sábado, 22 de maio de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO


HOJE; SÁBADO


UM POUCO DE PORTO

O dia acordou simpático, o sol veio e trouxe luz à cidade. O movimento nas ruas é quase nenhum e a cidade está calma. Vou sair para tomar café e ler o jornal, aqui próximo de casa. É um ritual diário. Fico sentado à mesa só com a minha mulher. Às vezes aparece o senhor Pinto, o Pai do futebolista João Vieira Pinto que jogou no Benfica e conversamos um pouco. Fora disso não há mais nada em termos de conversas com pessoas, porque conheço pouca gente aqui no bairro onde habito.

Aos fins de tarde vou até à livraria Leitura, no Centro Comercial Bom Sucesso e demoro-me por lá. Marco encontro com o Engº Faro e Barros e falamos de várias coisas da cultura. O Engº é poeta e discutimos poesia. Outras vezes falamos sobre trabalhos em curso e o tempo passa.

Agradavelmente.

AQUI HÁ PASSADO, é o título do romance que escrevi sobre a cidade do PORTO e que quero publicar ainda este ano. Aí vai um pouco dele:

Conheci o Luís Costa Santana aos dezassete anos, quando já estava a terminar o último ano do Liceu e já pensava no ingresso na Faculdade de Engenharia.
Era um excelente aluno e vinha de boas famílias, gente bem e o avô, que tinha sido Juiz Desembargador em Beja, vinha da linhagem de Afonso Costa, o Ministro da Justiça a l ª República, que era contra os padres.
A casa onde Luís vivia com os pais e os avós era tipo pentagonal e o Juiz revia-se nela pelo seu ar apalaçado e aristocrático e pela enorme biblioteca que possuía com perto de seis mil volumes, que iam desde o Direito à Filosofia, passando pela Ética, Sociologia, Matemática e outros assuntos.
O Juiz adorava o neto como todos os avós, aliás, e explicava-lhe a Filosofia, a Matemática e a Física a pedido do sucessor, que pretendia dispensar dos exames de ingresso.
As lições eram particularmente animadas, porque o Luís era um rapaz muito interessado e muito vivo e colocava questões pertinentes.
Todavia, a partir de determinada altura, o rapaz não mais aparecera no local do costume, o que deixou o avô um pouco perturbado.. À hora do jantar de determinado dia, quando o encontrou, o avô perguntou-lhe a razão da ausência.
O que foi que te aconteceu, Luís, diz lá. Nunca mais apareceste e deixaste-me preocupado rapaz?
E, meio envergonhado, Luís olhou para o avô estabelecendo mentalmente
este raciocínio rápido, mas qual era a ideia., porque razão lhe perguntaria isso agora o avô, sem mais nem menos, deixavas-me que eu te dissesse, mas ainda disse:
Porquê isso agora avô?


João Brito Sousa

2 comentários:

MAURÍCIO DOMINGUES disse...

VIVA JOÃO.

FICO COM A IDEIA DE QUE
NÃO TENS ESTADO PARADO.
" FOGO À PEÇA", COMO DIZIAM OS
ARTILHEIROS PARA INICIAR O SEU
TRABALHO.
FICAMOS À ESPERA DE MAIS UMA
OBRA TUA ,QUE ESPERO SEJA EDITADA
NOS PRÓXIMOS MESES.

CONTINUAÇÃO DE UM RÁPIDO RESTABE-
LECIMENTO.

UM ABRAÇO DO MAURÍCIO

Anónimo disse...

MAURÍCIO,

Viva e obrigado pelas palavras.

Ab.
JBS