quarta-feira, 2 de junho de 2010


COMO VAI O ENSINO?

PROFESSOR ALUNO

O Mingau está de volta com um tema que considero actual e pertinente.

Agora que o ano lectivo está a findar, entendi que seria importante “focar” alguns dos problemas que enfermam o “ensino aprendizagem”. O texto do amigo Diogo Sousa sobre o “buhyiling” foi, como que um convite para o fazer. Não sobre o Buhyiling, porque, entendo que este problema está associado a outros factores com diagnóstico e solução que me transcendem.

Assim, vejamos…

O verdadeiro professor é aquele que ajuda ao aluno a encontrar as respostas sem em nenhum momento mostrar onde essa resposta está. Deve ser criativo e capaz de ver no limão azedo a possibilidade de fazer uma limonada.

É importante saber que, dentro da sala e fora dela, o professor é alguém em quem o aluno se espelha, uma vez que este é (ou deveria ser) o seu mais concreto exemplo de sabedoria, de carácter e, por que não, de heroísmo. Exemplo disso é que toda criança um dia brinca de escolinha e todos eles sempre querem ser o professor. Quando a disputa acontece, sempre acaba nessa posição o mais velho, o maior da turma, alguém de destaque e desenvoltura. Isso não é uma forma de respeito? Por que será que eles nunca deixam esse posto para o mais bobo? Isso provoca uma série de indagações.

Será que Deveria ser assim?, mas…

A arte de ensinar é uma tarefa difícil demais para que alguém se envolva nela por comodismo, falta de facto melhor, ou porque é preciso auferir ganhos. Já ouvi alguém afirmar que o Ministério da Educação era (será que ainda é?) uma agência de emprego.

Os profissionais críticos e actuantes na área de ensino, observam que, actualmente, impera um total descaso pelo acto de leccionar e aprender. Já não há mais o respeito mútuo entre discentes e docentes; a indisciplina em sala de aula é uma constante; a dificuldade que os estudantes encontram em usar a linguagem escrita como elemento de reforço ou registo da fala, uma triste realidade; e actos de violência escolar já fazem parte do nosso dia-a-dia. Portanto, este artigo tem como objectivo mostrar alguns dos problemas que se constata no decorrer do processo ensino-aprendizagem

Se as relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização de mudanças em nível profissional e comportamental, como podemos ignorar a importância de tal interacção entre professores e alunos?

Os problemas poderão estar, ou estão, nos comportamentos, desempenhos, métodos e técnicas de vários tipos de docentes

O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca

Toda a aula, em resumo, seja qual for o objectivo a que vise, e por mais claro, preciso, restrito, que este se apresente, tem sempre uma inelutável repercussão mais ou menos ampla, no comportamento e no pensamento dos alunos. Cada aula tem um tipo de professor diferente em que o “mais com mais e menos com menos” se repelem, peça fundamental no comportamento do docente e discente e, provoca neste, um “desinteresse” escolar.

A relação estabelecida entre professor e aluno, constitui o cerne do processo pedagógico.

Cremos que uma disciplina de “Relações Humanas” para os alunos e formação no mesmo sentido para professores, poderia ajudar o desempenho nas escolas e contribuir para um eficaz relacionamento e “interesse escolar”.

Composição com alguma recolha “daqui e dali”

O amigo João Brito de Sousa perguntava, num dos seus comentários recentes, onde está o Mingau?...
Alfredo Mingau

3 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Meu caro
Os Costeletas todos foram alunos da Tomás Cabreira.Muitos foram Professores, outros ainda sãO.
O tema, como ele diz, é pertinente e actual
Um bom tema para debate...
Cumprimentos ao Mingau
Rogério Coelho

Anónimo disse...

Bem vindo meu caro.
um abraço
diogo

Anónimo disse...

Viva!
O teu tema é actual, professores e alunos é um tema eterno. Todos os professores foram alunos, e aqui é que bate o ponto, porque enquanto professores exigem dos alunos o que não deram enquanto tal.
Eu fui um desses.
É verdade que perguntei pelo Mingou numa de apelo à unidade costeleta.
Um abraço do
JBS