terça-feira, 31 de agosto de 2010



VAMO-NOS DIVERTINDO...COM COISAS SÉRIAS



Gosto de poesia, particularmente da dita Popular. Encontrei há muitos anos uma das maneiras de satisfazer este pequeno prazer, lendo o grande poeta algarvio A. Aleixo.
Sou particular amigo do seu neto Vitor Aleixo, ex-Presidente da Camara Municipal de Loulé a quem normalmente o apelido de Livreiro, porque donos de papelarias e livrarias há muitos, mas conhecedores de livros, poucos. Vitor Aleixo é um deles.
Li, reli e agora voltei a ler os inéditos do poeta. Achei interessante de quando em quando passar umas quadras, sextilhas ou glosas deste livro. Hoje retirei esta glosa do capitulo ERÓTICAS, BURLESCAS E SATÍRICAS, que será publicada se o nosso Rogério assim o entender. O blogue e os costeletas estão precisando de humor.

jorge tavares
costeleta 1950/56

Mote

--Primo, que medo, que horror!...
Que bicho é que tem na mão?
--Oh! prima eu sou caçador,
Este bicho é um furão!...

Glosas

...Ande cá, pegue-lhe aqui
Co’a sua mãozinha linda;
Talvez ele cace ainda
Um coelhinho para si
--Quando os seus lhos eu vi,
Seu rosto mudou de côr,
E não perdeu o rubor
Ao tocar-lhe só c’um dedo...
---Então já não diz com medo:
“Primo, que medo, que horror!?...”

--Mas o bicho há-de morder...
--Não, não morde em moças novas,
Isto é p’ra meter nas covas
Onde caça grossa houver;
Talvez me saiba dizer
Onde alguns coelhos estão...
Disfarce a má impressão,
Venha-me já ensinar,
E não torne a perguntar:
“Que bicho é que tem na mão?”

---Eu cá sei onde estão três
Metidos num só buraco...
---Este bicho é tão velhaco
Que os tira só de uma vez...
Ainda há bem pouco ele fez
Coisa pior, o estupor:
Tirou-os com tal furor
Que, prima, chorei com pena,
E, se por tal me condena...
Oh! Prima, eu sou caçador.

Não me devia condenar...
Se foi Deus quem criou tudo,
Criou um bicho cabeludo
Para noutro bicho entrar...
---Primo, vamos começar
Da melhor maneira então...
Ai primo, é como um travão
Que chega à maior fundura...
Bem diz você que ele fura,
Este bicho é um furão!


Retirado do livro INÉDITOS DE ANTÓNIO ALEIXO
Sextilhas ERÓTICAS, BURLESCAS E SATÍRICAS.

DO CORREIO ELECTRÓNICO

DE LUIS DE SOUSA

Sr. Rogério Coelho; muito obrigado por publicar mi nota e lhe digo que me tem servido muito; cumprimentos de este costeleta.
Luis

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

OS MINEIROS CHILENOS

O melhor que vos posso dizer
É que não me esqueci de vocês…
Nem podia …
Nem devia …
Nem devo …
E é nesse sentido que me atrevo
A recordá-los aqui
Como grandes homens de bem
E heróis também
E nunca esquecerei
Que são vocês, ó mineiros valentes
Que estão aí no fundo
Enquanto eu e outros andamos
Aqui no mesmo mundo
Mas… cá fora…
Não sei se é melhor se é pior
Mas seja como for
È bom que tenham conhecimento
E saibam
Que por aqui há gente com alma
E sentimento
Que se for preciso, reza
Pela vossa salvação
Porque, por muito maus que sejamos
Ainda temos
Um coração para abrigar
Alguém que está em perigo
Como vocês estão
Agora e daqui mais uma hora
E outra e outra e outra
Até quando perfizerem
Quatro meses
É quando está previsto o regresso
Se resistirem.

Eu creio que vão resistir
Porque os vejo
Sorrir
E é esse o meu desejo.


JBS

domingo, 29 de agosto de 2010

O LUIS DE SOUSA

Da Venezuela, tenho falado com ele, diz que já falou com o Víctor Carromba, lembra-se do João Bico, do Luggero Campina, do Túlio, do Teotónio, do Edmundo Fialho, do Matos Cartuxo, do Figueiredo Jorge, do Bassora e mandou uma foto que aí vai. À frente está o Campina à esquerda. a seguir o Luuís de Sousa e atrás da úlitma fila o Bassora.

Vejam se topam

JBS

sábado, 28 de agosto de 2010

O TEMPO
Previsão para Faro:
Hoje -
32º
23º
SOL
Amanhã -
32º
22º
SOL
DAQUI... E DALI!



Tremoço fungicida amigo do ambiente
Tremoço tem propriedades fungicidas e é amigo do ambiente. Descoberta de cientistas portugueses já está patenteada e em fase de produção à escala-piloto em Portugal.
Maria Luiza Rolim (www.expresso.pt)

E esta, eim!
Quem havia de dizer do "camarão do mato"
RC

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


DAQUI E... DALI!
IN BLOGUE APCGORJEIOS
LOBO ANTUNES É PARVO OU...

Lobo Antunes é parvo ou é tão arrogante que pensa que pode vencer a História. Quando o velho pensamento dominante sobre a guerra colonial, aquele dos refugiados em Paris e outros belos refúgios europeus para elites culturais com poder de refúgio em condições, está em perda e declínio em favor do sentido da força de quem deu o sangue para escrever a Historia, o escritor único e inigualável LA (estilo Nabokov), vem desferir sobre os militares envolvidos nessa guerra, umas enormidades blasfemas que depois quer disfarçar com literatura.
António Barreto até já bota discurso de elogio ao combatente, Manuel Alegre foge de ser apodado de desertor como tratador da boca do leão, os cantautores de letras anti-guerra evitam canta-las, quase todo o mundo intelectual que construiu o pensamento dominante de que herói era o fugido à guerra, já pouca coragem têm agora para defender tal tese.
Não podemos calar as atrocidades cometidas de parte a parte mas também não podem os combatentes dessa guerra deixar que a História dela seja mal contada com acrescentos injuriosos inventados. Na guerra participaram em maioria jovens analfabetos das nossas aldeias e lugares mais desconhecidos e atrasados de Portugal, sem a mais pequena possibilidade de escaparem ao serviço militar obrigatório. Se o tentassem fazer arriscavam-se a levar um tiro pelas costas como sucedeu ao Búzio, vizinho e com familiares na minha aldeia.
Milhares desses jovens deram a vida e ficaram enterrados no mato assinalados por algum imbondeiro, tal como aconteceu ao Soldado raso Pires que morreu de um tiro apontado a mim. Estes jovens pagaram um tributo de sangue ao país que era o seu e os enviou, inescapavelmente, e de repente para o centro da guerra sem mais explicações. E com o sangue de milhares de jovens portugueses não se deve nem pode brincar às literaturas de escritor exibicionista.
A História acaba sempre por concordar e reconhecer o sacrifício do sangue, mesmo quando dado por mal empregue ou tenha servido para nada. No tempo arcaico as Erínias não dispensariam a respectiva resposta também sanguínea, e mesmo depois de transformadas em benevolentes jamais condescenderiam com a apologia do anti-herói. E sobretudo relegariam ao desprezo total qualquer atitude de cobardia sobre acto de guerra ou acto intelectual acerca da guerra, perante a comunidade do povo de pais e mães dos combatentes.

Labels: guerra colonial

posted by josé neves
AS 701 ESCOLAS.

REFLECTINDO MELHOR.

O problema que se deve colocar, é saber , qual das duas questões em conflito, é a mais proveitosa para conduzir o aluno para o patamar de Homem realizado.

Os pais querem os seus meninos por perto com receio da violência que grassa fora de casa enquanto o estado acha que os jovens, desde tenra idade, se incorporem, numa espécie de vida militar e comecem a saber que a vida não é o colo da mãe mas outra coisa muito diferente, para pior.

Os 15% sim e os 85 % não apresentados pelo Alfredo, são valores cobertos pelos sentimentos paternais, derivados das emoções que a situação produziu, mas não são, em minha opinião, valores fiáveis.

Os nossos colegas que vinham de Tunes, S. Marcos, Albufeira Boliqueime, Almancil e por aí fora no comboio correio, alguns deles apanhavam-no às 5 da manhã e regressavam às 7 da noite, por não haver alternativa, estavam o dia inteiro forra de casa e dispunham de pouco tempo para estudar.

Alguns deles foram para Lisboa onde seguiram a carreira académica, num mundo totalmente desconhecido nessa altura e venceram

O Estado julga que a integração social dos alunos mais cedo será mais útil. Talvez seja.

Mas eu defendo o ensino ao pé de casa nas primeiras idades.

O meu contributo para o debate está dado.

Não voltarei ao assunnto.

Ab.
JBS

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

DAQUI... E DALI!

Faro
Câmara ordena encerramento do café Aliança, por risco de desmoronamento
A Câmara de Faro ordenou terça-feira o encerramento do café centenário Aliança, que funcionava ilegalmente e apresentava risco de desmoronamento, uma decisão conjunta da autarquia e da ASAE.
"IN JN"
RC
DAQUI... E DALI!
Sobre o 701, acabei de ler no Correio da Manhã, parte da notícia que transcrevo e que, pelo que li de outras mais sobre o mesmo assunto, parece estar a transformar-se numa "bola de neve"

Câmaras estão arrependidas
O protocolo que determina o encerramento de escolas do 1º ciclo não está a ser respeitado por parte das Direcções Regionais de Educação (DRE), existindo cada vez mais municípios arrependidos de terem aceite as condições negociadas.

Por:André Pereira/ João Nuno Pepino / P.G.


A acusação é da Associação Nacional de Munícipios Portugueses (ANMP) que, segundo António José Ganhão, pretende ver discutida com o Ministério da Educação (ME) a questão do transporte das mais de 10 mil crianças transferidas.

'Temos muitos munícipios arrependidos de terem assinado os protocolos com as direcções regionais de educação. Lamego, o mais afectado com o fecho da escolas, é um deles', afirma António José Ganhão, explicando: 'Existe um protocolo chapéu, entre associação de municipios e ministério, que prevê ser o ministério a assumir as despesas de deslocação dos alunos. As direcção regionais de educação andaram a negociar a seu bel-prazer'.

Para já, a ANMP 'vai reavaliar o protocolo assinado em Junho e perceber quais as condições que não estão a ser cumpridas'. 'As direcções regionais de educação não podem negociar com os municípios sem respeitarem o que está estabelecido no protocolo que rege toda esta situação', acrescenta, sublinhando 'a necessidade de continuarem as negociações com o ministério até que tudo fique claro'.

Apesar de ter sido considerada a escola modelo do concelho a nível do 1º ciclo há apenas dois anos, a EB1 de Chã de Baixo é um dos 13 estabelecimentos de Santarém que vão fechar as portas. Os cerca de 500 habitantes da aldeia estão resignados, mas não concordam com a decisão do Ministério da Educação, sobretudo quando poderiam ter sido adoptadas outras soluções que salvaguardassem o interesse das crianças.
RC
DAQUI E... DALI


Sent from my iPhone
O nosso amigo "Costeleta" Diogo Sousa, a gosar umas merecidas féria em Myrtle Beach(usa), envia-me esta mensagem de saudades dos nossos caracois. Bom apetite e bom proveito.

---------- Mensagem encaminhada ----------

Data: 26 de agosto de 2010 02:23
Assunto: Caracois
Para: Rogerio Coelho <


Rogerio um pratinho de caracois portugueses congelados e..... reaquecidos em Myrtle beach ...... Abraco Diogo

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O 701 DO ALFREDO

O texto que vai a seguir também deve entrar no debate.


SERÁ QUE OS CENTROS ESCOLARES GARANTEM MELHORES CONDIÇOES E PROCESSOS
CORRECTOS DE SOCIALIZAÇÃO?



Os Centros Escolares de Ribeira de Pena e Cerva foram os últimos a abrir no distrito de Vila Real. O presidente da Câmara Municipal deRibeira de Pena, Agostinho Pinto, realçou que foi um investimentosignificativo, nomeadamente para a autarquia, mesmo assim, considera "o dinheiro bem gasto". "Há oito anos comecei a fechar escolas que tinham menos de cinco alunos, fomos pioneiros nisso, e começámos a integrá-los noutras.

Agora, as crianças têm melhores condições e processos correctos de socialização, aprendizagem e acesso a meios tecnológicos que eram impossíveis nas antigas escolas primárias.

O director Regional de Educação do Norte, Direcção Regional de Educação do Norte, António Leite, está convicto que, em relação a construção dos centros escolares, "o programa ficará concluído, a nível nacional, nos próximos dois a três anos". "É um Programa de grande impacto que vai e está a revolucionar o panorama da rede escolar do 1º Ciclo em todo o país.

É um esforço bastante significativo que o país está a fazer, com verbas oriundas de Fundos Europeus e das próprias autarquias. Os últimos centros que inaugurei, Ribeira de Pena e Cerva, são excelentes exemplos como numa terra do Interior, que alguns consideram pouco desenvolvida e atrasada, se pode dar um passo em frente no desenvolvimento, colocando ao serviço da população um equipamento tão bom como este. No Norte do país serão cerca de duzentos os Centros Escolares que vão substituir um universo de mais de três mil escolas.

Estou convencido que o distrito de Vila Real poderá ser um exemplo de como se pode fazer mais e melhor educação em Portugal"

(retirado do EXPRESSO)
JBS.
701

Li o que escreveu o Brito de Sousa sobre o artigo de um jornalista a concordar com o processo.
Ontem, dia 24, li no Jornal Correio da Manhã um artigo do Jornalista Pedro Galego com o título »Protestos contra fecho no Alentejo«.
Deste artigo gostaria de transcrever algumas passagens:
..........
“Circula entre a população uma SMS para mobilizar os que são contra a medida”
………
“Os habitantes de Santana do Campo, no Concelho de Arraiolos, vão amanhã manifestar-se contra o encerramento da escola primária da pequena aldeia alentejana”.
……….
“O protesto tem origem na Comissão de Pais, Avós, Encarregados de Educação, e Comunidade de Santana do Campo. A Comissão considera que esta é uma escola com sucesso e que não se devem considerar as crianças apenas como números”.
……….
“Se a Câmara não concorda, não disponibiliza os transportes escolares. O encerramento foi uma decisão unilateral do ME, com a qual não concordamos, disse o autarca de Arraiolos, acrescentando que se os pais também não concordam, a abertura do ano lectivo terá de ser feita em Santana do Campo.”
……….
“Ainda não sabemos se a mudança é para São Pedro (a cerca de 5 quilómetros) ou para Arraiolos (a nove)”.
……….
“A aldeia vai perder vida. Eles fazem aqui as suas actividades, animam isto. Nunca houve problemas. Esta medida vai prejudicar não só os miúdos, como toda a população. Considera uma jovem de 20 anos”.
……….
Segundo o Jornalista o Concelho de Arraiolos fecha a escola de Santana do Campo com um total de 9 alunos.
Não li neste artigo uma única palavra de concordância com o processo de encerramento que o ME quer levar a efeito.

Alfredo Mingau


Professor primário: Anos 1939/40


O texto cujo título reproduzo, é merecedor de algo mais do que um comentário, na minha óptica de leitor e costeleta.
Eis as duas razões porque me propus escrever este pequeno texto alusivo ao mesmo:
1.ª) O conteúdo e a forma do referido texto enquadra-se na minha sensibilidade. Podemos escrever ou falar, recordando, criticando, enaltecendo qualidades ou apontando defeitos, sem agressividades, que em regra chocam leitores e ou ouvintes.
A nossa família costeleta deve divulgar a fraternidade sem perder a vitalidade, intrínsica ou extrínsicamente. Tento que essa seja a minha via!

2.ª) Todo o texto me trouxe recordações. Conheci muito bem a professora Pessanha Viegas, que no meu tempo, foi directora da Escola Primária de São Luís, inaugurada quando fiz a quarta classe. O perfil da senhora está muito bem caracterizado.
O marido Arcanjo P. Viegas, proprietário de uma das primeiras Agências de Viagens no Algarve, situada na Rua Conselheiro Bivar (vulgo Rua do Chiado), escritório no qual trabalhou durante alguns anos o costeleta e meu particular amigo, Victor Manuel Sabino Ramos, e que infelizmente nos deixou muito precocemente.
Na rua das traseiras do edifício da Alfândega, funcionava um departamento governamental, do qual era director o Engenheiro Pessanha Viegas ( tambem lembrado no referido texto ), enquanto exerceu a sua actividade profissional em Faro.
Foi uma figura reconhecidamente de grande prestígio local. Particularizo a sua ligação ao Sporting Clube Farense como seu Presidente da Direcção e a quem prestou excelentes serviços, directos e indirectos.
De facto a residência do casal era no primeiro andar - hoje sede do PSD - do edifício onde, no rés-do-chão ainda está instalado o Distrito de Reserva.



jorge tavares
costeleta 1950/56
QUANDO ALGUÉM PARTE

Porque foi uma pessoa muito refereciada no Blogue, estimado e respeitado por todos os "Costeletas". Quase diáriamente junto ao portão norte da Escola, lá estava o Coelhinho com seu negócio de pinhões e amendoins no inverno e sorvetes quando o verão despontava. Quem não se lembra dele?
Últimamente ainda o vi algumas vezes. Morava na zona da Penha onde sempre lhe conheci habitação.
Soube no Sábado que o Coelhinho já não está entre nós há cerca de duas semanas.


Que descanse em paz


Nota: Se o Sr. Rogério achar conveniente dê a conhecer aos colegas "Costeletas".

Cumprimentos

AGabadinho

701 – Alfredo

Observando a Evolução da Educação em Portugal , pode afirmar-se que é quase uma Novela .
as Escolas do Estado Novo deram na altura um impulso numa época em que o analfabetismo se fixava talvez em mais de 80 % da população Portuguesa , no entanto os professores tinham um Estatuto conceituado nas localidades .

O ensino Secundário na maior parte do Algarve se limitava ao Liceu João de Deus e á nossa Escola Comercial e Industrial de Faro , nas Turmas que frequentei passaram alunos que vinham de Tavira a Albufeira , e a qualquer professor com que nos cruzávamos na Rua o cumprimentávamos com o Titulo de Doutor/a , excepção dos mestres das oficinas .

Passado algumas décadas se desenvolveram novas Escolas que passaram a ser denominadas do 2 e 3 ciclo e a nível mais alto as Secundárias .
Mas em compensação os Professores perderam aquele Estatuto de respeitabilidade oriundo do antigo regime , passando em percentual que desconheço a trabalhar nos denominados Recibos Verdes , alguns por vários Períodos que ultrapassavam a dezena de anos , o que equivale a uma precariedade de Emprego e como conseqüência dificuldades económicas . Enquanto para os pequenos empresários os Contratos de trabalho a termo se fixava nos 3 anos como máximo !

Naturalmente que com a desertificação das zonas Rurais , deixaram de existir os antigos Postos de Ensino ( ouvia falar do localizado na Alcaria Cova freguesia de Estoi ) em que a educação era prestada por uma regente Agrícola .

Nos limites da cidade a primeira Escola Primária que conheci a fechar foi a da Senhora da Saúde , que na realidade funcionou poucos anos .

As 701 Escolas que está previsto encerrar segue o ciclo de transformação, o receio que muitos pais têm é o de faltar estruturas alternativas e continuar a pagar acima das posses as despesas de deslocação o que acumulando com as despesas em material que neste início de ano lectivo complica muito os Orçamentos , até que em época de Crise sempre se constituíram grandes Fortunas como exemplo os 1.200 milhões de transferências para os paraísos fiscais como referiu o colega Jorge Tavares , e os Portugueses que sofrem as conseqüência são sim a maioria dos cidadãos.

Daí a razão da diminuição das Taxas de nascimento em Portugal em que educar filhos não é fácil , ao abrigo das leis em que os jovens só podem entrar no mercado de trabalho depois da maioridade , e em que o ensino de Nível Superior suplantou a formação profissional e ter uma licenciatura depois dos 20 anos se transforma em longas listas de Portugueses em procura do Primeiro emprego .

Uma referencia conheci muito bem a Professora Dona M. Emilia Pessanha Viegas , e os filhos o mais Novo Eng. Fernando Pessanha Viegas que muitos anos esteve á frente dos técnicos da Câmara Municipal de Faro .

Muito podia falar sobre a forma como em Portugal se desenvolve a Educação e outros factos como Saúde justiça etc. no entanto acho que a fase é mais de desaprender e me refugiar na frase Homérica de “ Só sei que nada sei “


Saudações Costeletas .
António Encarnação

701- ALFREDO-

O PROFESSOR PRIMÁRIO- ANOS 1939/40

Com muita saudade recordo sempre a minha Professora Primária, D. Maria Emília Pessanha, que dedicadamente leccionava na Rua Ataíde de Oliveira, no Bom João, numa vivenda adaptada a Escola e me preparou para os exames da 3ª e 4ª classes e Admisão aos Liceus, prova esta que era condição para ser "Bife".
Muitos dos nossos amigos Costeletas foram também seus alunos e dela terão também as melhores recordações do seu ensino.
A sua figura austera, grave, e rigorosa na disciplina e duma dedicção extraordinária ao ensino impressionava todos os seus alunos e Encarregados de Educação.
Os seus alunos, a maioria, conseguia sempre uma classificação invejável - a distinção- o que a enchia de satisfação e orgulho.
A dedicação era tanta que nas vésperas dos exames, aos sábados de manhã, levava sempre para sua casa o grupo de alunos queestavam propostos para as provas. As dúvidas eram tiradas numa das salas do 1º andar que habitava, no edifício do Distrito de Recrutamento e Mobilização (DRM), para que conseguissemos os melhores resultados.
Os Professores Primários foram sempre os melhores formadores de cidadãos. Eram eles que depois ds pais continuavam a modelar o seu carácter, lhes forneciam os ensinamentos e saber que os marcavam por toda a vida !! O Ensino Superior pouco ou nada mais fazia que dar-lhes uma formação universitária e profissional. As bases para se tornar um bom cidadão já lá estavam enraizadas desde os sete anitos !!
Conheci numa dessas idas a casa da D. Maria Emília Pessanha os seus dois filhos. O mais novo, ainda estudante do Liceu João de Deus, e o outro já estudante universitário de engenharia, em Lisboa.
Passaram-se anos, muitos, talvez quarenta ou cinquenta e uma bela tarde numa viagem de comboio de Lisboa para Cascais, sentado no banco da frente, lendo o seu jornal, vejo um cavalheiro já idoso e de cabelos brancos que me chamou à atenção. Os seus traços fisionómicos não me enganaram. Na minha frente estava o Engenheiro Pessanha que regressava a casa depois de mais um dia de trabalho na Câmara Municipal de Lisboa onde trabalhava. Não resisti. Recordei-lhe as minhas idas a sua casa como aluno da sua extremosa mãi, minha Professora do Ensino Primário.
Gostei do encontro e das recordações vividas, e ele também, e não escondemos um certo humedecimento que nos embaciava os olhos. Não tornei a vê-lo, nem sei se já nos deixou .

Estoril, 25 de Agosto de 2010

Maurício Severo Domingues

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DAQUI… E DALI

Hospital de Faro
Ressonância

O hospital de Faro vai ter, a partir de Outubro, uma unidade modular que irá permitir a realização de ressonâncias magnéticas. O facto resulta de um contrato entre aquele hospital e o S24 Group.

Quarteira
Vaivém Oceanário

O Vaivém Oceanário, projecto de educação ambiental em movimento do Oceanário de Lisboa, vai estar de hoje a 29 de Agosto no calçadão de Quarteira. Desenvolverá mais de 40 acções para crianças e o público em geral.

RC

DEBATE SOBRE O 701 DO ALFREDO

INVESTIGAÇÃO.

1 - A opinião de João Marcelino no DN de hoje é a seguinte:

Não sei, sincera e humildemente, se o Ministério da Educação está a fazer tudo bem no processo de reorganização do parque escolar que levou esta semana à decisão de encerrar 701 escolas portuguesas. Como em todos os grandes movimentos reformistas, acredito que haja erros, e espero por isso que o bom senso esteja aberto a corrigir no terreno a lógica nem sempre infalível das opções dos gabinetes de estudo.

Dito isso, aproveito este espaço para aplaudir a reorganização em curso.

Estamos, sobretudo, perante uma questão de requalificação pedagógica.

Mais do que semear escolas pelo País, em cada aldeia, em cada rua, o racional de uma educação de qualidade deve aglutinar o conceito de escolas mais modernas, mais bem equipadas, locais de reunião dos bons professores que se tornem centros de excelência e prazer para os alunos.

Se o Estado assegurar de facto, como está previsto nos protocolos com as autarquias, as suas responsabilidades na mobilidade dos jovens e respeitar os recursos económicos das famílias, este movimento, que agora é pontuado por desabafos compreensíveis de pais inquietos, acabará por tornar-se uma realidade serena. Assim o Governo cumpra, apesar da crise, a intenção de, num passo seguinte, actuar com determinação na modernização do parque escolar definido.

Quanto ao resto, as reformas nunca se fazem sem protesto, sem opções discutíveis e sem coragem política. Esta, aliás, é a segunda razão do meu aplauso: o regresso da coragem, que parecia perdida, às opções do Ministério da Educação…

2 - A opinião de um comentador anónimo é:

O Senhor João Marcelino como a maioria dos ditos "fazedores de opinião" só querem o "bem" do povo e como tal estão de acordo com todas as medias que são tomadas no sentido da liberalização da educação da saúde e da redução do estado a quase nada. Recordo aqui que no tempo do Estado Novo a educação e a saúde só eram acessíveis a alguns e que num futuro próximo o mesmo vai voltar acontecer. Na minha modesta opinião a maioria dos portugueses tem o que merece porque perpetuam no poder uma casta de políticos que dão forma a este tipo de medidas

3 – O Jornalista diz sim; o anónimo diz não.

Vamos debater..
JBS

O 701 DO ALFREDO

Não respondi em comentário; prefiro por aqui.

Fiquei muito satisfeito, orgulhoso mesmo, de ficar a saber:

1 - Dos sólidos conhecimentos demonstrados sobre esta matéria, quer pelo Alfredo quer pelo Maurício. Parabéns a ambos, por tudo o que demonstraram conhecer. E ainda felicita-los pelo interesse que a matéria lhes suscitou, pela clareza dos textos que apresentaram e como os apresentaram, pelo elegante convite ao debate. Não sei se estou a ver bem mas os textos tocaram-me.

2- Estes dois documentos, na minha opinião, podem ser considerados como exemplares do carácter costeleta, no sentido em que chamam a atenção com eficiência, que estamos perante um problema nacional que é preciso discutir.

Na minha opinião o Ministério está a cometer um erro porque o que se pretende instalar agora em Portugal, os centros escolares, já foi testado noutros países e falhou.

Penso que ao pensar assim estou a ir de encontro à vontade dos pais que não concordam com a decisão governamental e já começaram, eles próprios a melhorar as instalações escolares na aldeia.

Discutir o ensino em Portugal é fundamental, pois existem algumas centenas de licenciados desempregados e temos que detectar as origens. Em princípio isso deve-se à sua má preparação.

O ensino está mal em Portugal, penso eu.

Vou a debate.

Ab.
JBS

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


1.200.000.000,00€...parece muito dinheiro

Introduzi 1,2 mil milhões de euros, na minha máquina de calcular. Demasiados zeros, mas aceitou! Com papel e lápis confesso que há muito tempo não escrevo tais números.
Também tenho muita dificuldade em saber o que poderia adquirir com este valor. Comprar casas? Iates? Automóveis? Clubes de futebol -Sporting Clube de Portugal, Sporting Clube Farense-? Constituir Fundações com fins científicos, sociais ou culturais? Ajudar financeiramente Associações de apoio a carenciados? Será que também podia comprar a felicidade? E a saúde? E o respeito?
Enfim, vem este intróito a propósito da notícia que hoje vem publicada no Diário de Notícias, página 28, com o título "PORTUGUESES APLICAM 1,2 MIL MILHÕES EM OFFSHORES"
O texto, descreve em síntese, que saíram do nosso país para offshores ( Países sem carga fiscal - Paraísos Fiscais!), entre 01 de Janeiro e 30 de Junho do corrente ano (primeiro semestre) a quantia de 1,2 mil milhões de euros.
Ao lê-la, de imediato me veio ao pensamento, a tão falada crise e a pergunta dum leigo: Como é possível? Fiz um raciocínio primário e com os meus poucos conhecimentos destas questões económicas/financeiras , deduzi:
-Esta importância tão avultada, dos desempregados não deve ser. Dos aposentados também não! Será de quem trabalha?
Tenho dificuldade em crer que ao final de cada mês os trabalhadores em geral consigam poupar entre 5.000,00 e 5.500,00€, se a média salarial mensal está muitos degraus abaixo desse valor.
Então de onde será a sua proveniência? Economia paralela? Corrupção? Grandes fortunas?
Alguns costeletas participantes deste blogue, mais entendidos nestas questões, como o têm demonstrado nalguns textos relacionados com a crise, talvez possam explicar este "voar" de tantos milhões de euros, que nos colocam tantos pontos de interrogação.
Depois do que li, fiquei a pensar se não devo trocar a minha máquina de calcular, por outra com mais capacidade. Vou entrar em despesas...e a responsabilidade é da crise.

jorge tavares
costeleta 1950/56

nota final:
O jornal não tinha esta informação, mas seria interessante saber: a quantos individuos particulares ou colectivos pertencerá aquela importância?
701
ENCERRAMENTO DAS ESCOLAS PRIMÁRIAS EM TODO O PAÍS

Li com interesse e curiosidade o que sobre este assunto escreveu Alfredo Mingau e, naturalmente, achei que não podia calar em face da medida extemammente perniciosa como estão a tratar o futuro dos nossos jóvens.

As quatro perguntas que o Alfredo faz deviam ser respondidas por quem tem responsabilidades no Ensino em Portugal .

Lembro-me que há muitos anos, no tempo do Estado Novo , houve que incrementar o ensino nos meios rurais e onde houvesse uma criança a viver. Um ou vinte alunos pouco importava, o dinheiro para Professores Primários e Regentes Escolares, estes últimos de grande valor em zonas quási inacessíveis, a maioria recrutada entre os letrados residentes nas Freguesias, era preocupação do Governo de então !! Chegavam a ser tão bons , e por vezes melhores ,que certos professores que , por terem sido deslocados das suas terras de origem, onde viviam, se desmotivavam de trabalhar longe de casa.

Foi criado um grandioso Programa Escolar, que incluia a construção de Escolas nas mais recônditas Aldeias dp País para se acabar com o analfabetismo que existia . "O Programa dos Centenários" edificou escolas com um projecto e modelo único que ainda hoje estão a funcionar e se podem ver por aí . Distinguiam-se bem . A porta principal , em arco, encimava um escudo nacinal, em pedra, que as distinguia de todas as outras e também das edificadas pelo Benemérito Conde Redondo, homem que muito fez pelo ensino em Portugal, criando centenas de escolas em todo o território nacional a expensas suas !!

Mais tarde quando nos foi imposta pela ONU a irradicação do analfabetismo, condição para fazer parte da Organização, foi criado um novo esquema, à pressa, que instituiu o "Curso de Educação de Adultos " para proporcionarema e 3ª e 4ª classes a pessoas analfabetas que na sua juventude não foram à escola, nem sabiam ler e escrever .
Pessoas seleccionadas pelo Delegado Escolar, com conhecimentos , podiam em suas casas, normalmente à noite, ensinar essas pessoas e, na época dos exames, propo-los para serem examinados.
O Ministério da Educação pagava a estes professores 500$00 por cada aluno aprovado no exame.
Havia nesse tempo a preocupação de pôr todos os Portugueses a saber ler e escrever, coisa que parece não interessar agora à Ministra da Educação !
No Exército foram criadas as Escolas Regimentais, onde cheguei a leccionar, e tinham por missão apoiar os jóvens incorporados sem qualquer grau de instrução escolar. Muitos depois de terem a 4ª classe, entusiasmados ,continuavam a estudar. Alguns, mais tarde como vim a ter conhecimento, chegaram a tirar Cursos Superiores . Outros bem instalados na vida graças aos conhecimentos adquiridos progrediam nos negócios e profissões que escolhiam .

Parece, caro Alfredo Mingau, que tudo isto que está a acontecer no País tem origem em economizar "uns tostões" para tapar buracos no mal gerido "Orçamento". Já o fizeram com o Património Militar, caso da Garagem Militar, Terrenos e instalações do Antigo RAL-1 (Campolide) e outros que foram parar às mãos de camaradas amigos por menos de metade dos seus valores reais, e aplicados depois em escandalosas urbanizações imobiliárias. ! UMA VERGONHA !!

Estoril, 23 de Agosto de 2010

Maurício S. Domingues

domingo, 22 de agosto de 2010



701

Antigamente, se não estou em erro, para acabar com o “analfabetismo”, criavam-se escolas primárias em lugares quase inacessíveis em que os professores, ali colocados tinham, no Inverno, que subir a pé encostas, atravessar ribeiros para dar as aulas nesses lugares a 2, 3 e poucos mais alunos, onde os carros não chegavam. Ouvi contar de alguém que os pais dos alunos iam buscar a professora ali colocada à paragem da camioneta ou do comboio, para a transportarem de burro, porque, a distância era grande.
Hoje, fecham-se 701 escolas com frequência de 21 alunos, para os “mandar” para outras distantes das suas residências.
- Será que o ME, com esta solução, quer melhorar a qualidade do ensino, fechando escolas que, pelo que ouvi, estão bem preparadas e equipadas? Ou
- Será que o ME quer abater o número de professores existentes? Ou
- Será que o ME, com esta solução, quer voltar ao “analfabetismo? Ou
- Será que o ME, com esta solução, irá diminuir o “insucesso escolar”?
Se um aluno sai da sua casa manhã muito cedo e regressa tarde e cansado, que tempo e vontade lhe resta para estudar as suas lições?
Vi na TV, em noticiário, a entidade máxima da educação que temos, “Alçar” a palavra dizendo que tudo foi falado e acordado com as respectivas Câmaras Municipais(?) e acrescentar que a grande maioria das pessoas aceita e concorda com esta situação, mas… e há sempre um mas; na TV-SIC-notícias assisti ao programa que deu ao público a palavra para dizerem se “concordam com o encerramento de 701 escolas no país?” (E aqui veio-me à lembrança que o Costeleta Diogo Sousa, telefonando de Washington, deu a sua opinião sobre a eleição de um candidato a PR, num destes programas, gostei de o ouvir). E gostei de ouvir as verdades neste programa.
No final do programa a locutora apresentava o seguinte quadro:
- A favor do encerramento….. 15%;
- Contra o encerramento……. 85%.
Parece-me ser sintomático comparado com o que a responsável pela educação afirmou.
Já ouvi alguém dizer “o saber não ocupa lugar”; poderei contrapor “por isso deve-se acabar com 701 lugares de escolas”. Mandam-se os alunos para longe. Por quanto tempo eles e os pais vão aguentar?
Há quem goste de debates. Parece-me um bom tema, já que todos os Costeletas foram alunos e alguns dos que vinham dos meios rurais, poderão ter algo para recordar e contar. E alguns Costeletas foram professores primários nesses meios. Será que defendem os 15 ou os 85%?
Alfredo Mingau
PONTO DE ENCONTRO

Estimados Ex-companheiros da Escola Industrial e Comercial de Faro (hoje "creio") Escola Tomás Cabreira

Entre outros ando buscando a Victor Faustino Carromba, Menino Jesus, José Mendonça Barra, José de Horta. Como vêem sou já velho vivo em Venezuela e nesta altura da vida a gente começa a recordar-se do passado e me vem a memoria muita gente. Estou fora de Pais há 50 anos, já quase não sei falar nem escrever Português por o que peço desculpa.
Agradecia que me dessem o email desta gente para ver se me comunico com eles. O meu nome e Luís Duarte de Sousa, tenho 71 anos sou de Tavira, e estudei o Curso de Montadores Electricista.
Se querem mais uma costeleta me ofereço.

Um Abraço Para todos

1/2 costeleta

Luís de Sousa

sábado, 21 de agosto de 2010


A RAZÃO

A Razão é o resultado de uma atitude, de um gesto, cuja decisão se inclina para o lado do comportamento mais ético, mais de acordo com as regras que norteiam a sociedade. È aquilo que nós gostamos sempre de ter. A razão deriva de uma atitude justa e coerente.

A sociedade de hoje anda mais perto da injustiça do que da razão. A justiça e a razão andam de certo modo de mãos dadas e conduzem à serenidade, à tranquilidade, à paz de espírito, à solidariedade, ao humanismo e por aí fora.

Ser razoável ou ter uma atitude razoável é actuar dentro da razão.

Mas só temos razão se tivermos conhecimentos, porque a vida de hoje é também dialogo sobre as mais diversas matérias e isso exige conhecimento.

Conhecimento é igual a saber e o saber é distinguir o que está bem do que está mal. Equivale ao Rigor.

Ter ou não ter razão eis a questão.

Para minimamente estarmos dentro da Razão só devemos falar daquilo que sabemos. E para sabermos temos que partir da premissa Socrática "Só sei que nada sei". Aquilo que sabemos vem da experiência, princípios repetidos, que ganham força no contexto social.

Falta aqui um pormenor, meter aqui a consciência, o grande tribunal.
JBS
MENOS...E NÃO DO MESMO


Foi publicado no blogue, um texto contendo muitas coisas interessantes,o que foi motivo suficiente para efectuar a sua leitura até ao final.
Algumas verdades constantes do mesmo, ( embora sendo as verdades do escritor ) não devem ser escamoteadas. Há que ter a coragem de torná-las publicas. Gostei dessa atitude!
Todavia, outras afirmações há que me deixaram surpreendido, diria mesmo, algo perplexo:
- Voltei a ler os textos que escrevi para o blogue, pensando que o autor tinha intenção de se referir aos mesmos e consequentemente, que seria eu um dos costeletas que andei na Escola Tomás Cabreira, não teria aprendido com os mestres da altura, e estaria a ofender a sua memória.
Fiquei aliviado porque concerteza não era eu o pretenso atingido, mas " outros " costeletas, que escreveram textos ou comentários. Porquê esta certeza: Jamais um costeleta defensor da verdade, encontraria nos meus textos algo que defenda a mentira. Tal e qual o autor do texto, também tenho direito à minha verdade, ou não?
Considerei esta afirmação a parte do texto que justificaria referir-me ao mesmo. Quantos a alguns comentários, deste e de outros textos, dispenso-me de adjectivá-los...!. A responsabilidade é de quem escreve e as atitudes ficam para quem as toma.
Ainda a propósito do muito que se tem escrito sobre a chamada "verdade", sinto-me orgulhoso da pertencer a uma Associação com tantos membros, que se auto-classificam como pessoas acima de qualquer mácula, e como tal, em condições de adjectivar os outros, como seres impróprios de pertencer ao seu universo de seriedade. Gostava de entrar nesse grupo, mas não dessa forma.

Jorge Tavares
costeleta 1950/56

Nota:
De vez em quando vou à minha enciclopédia, com o objectivo de aumentar os meus poucos conhecimentos. Escolho um volume e abro ao acaso. Desta vez abri na letra P e escolhi a palavra "PASQUIM", que para quem não sabe e gostar de saber, significa: Sátira afixada em lugar público ou posta em circulação clandestinamente. Jornal ou folheto difamador.
Saber não ocupa lugar.
VAMO-NOS DIVERTINDO...COM COISAS SÉRIAS.


Um costeleta, nosso colega da década de 50/60, ex-bancário, na sua linguagem diária contesta tudo o que se fez, se faz e se vai fazer neste país. É mau e os seus promotores são vilipendiados: Quem está a governar (mal ou bem) é por ele adjectivado como se de autênticos gangsteres se tratassem, e pior ainda, afirma com veemência que antigamente é que era bom.

Cansado de ouvir toda esta verborreia, certo dia sentados à mesa do café, puxei de papel de lápis e convidei-o a fazer umas continhas (foi esta a expressão):
- Estás reformado há mais ou menos 20 anos. Recebes durante o mês determinada importância que vamos multiplicar por 14 e o resultado por 20. Este montante, com descontos de IRS inferiores aos de quem trabalha, e sem descontos para a Segurança Social, é no teu caso igual ou superior ao último vencimento que auferias;
- Colocada a importância total no lado das entradas, agora quantifica os descontos que efectuaste durante o teu período de trabalho, para a Segurança Social e Caixa Nacional de Pensões.
- O saldo que existe a teu favor, e que é imenso, está a ser pago por quem? Quem instituiu e garante a tua reforma?
- Foi necessário também chamar à realidade dos números, todas as importâncias suportadas pelo erário público, para cobrir a assistência na saúde a toda a familia (do próprio, mulher e filhos, pelo menos).
Infelizmente não obtive qualquer comentário, e ao que julgo saber, a dita verborreia continua. Já pensei se não será "chique" falar mal de tudo e todos.
A propósito deste episódio real, lembrei-me dos milhares de aposentados, alguns com algumas décadas nessa situação, e de outros que beneficiaram da abertura que lhes foi dada no início da década de 90, para comprarem anos de descontos e anteciparem reformas, que são um encargo que a "malandragem" da governação tem de gerir e pagar. A esta minha observação é usual a resposta: " Então não fiz descontos durante tantos anos??" Pois aconselho vivamente que façam "continhas", senhores aposentados.
A propósito de um texto de um colega costeleta, criticando o pagamento de 14 meses de vencimento, fiquei algo preocupado e pergunto ao colega: Já pensaste nos costeletas aposentados, que recebem igualmente 14 meses de vencimento?

jorge tavares
costeleta 1950/56

Nota:
Há dias li num texto do blogue escrito e comentado por costeletas, que os "mentirosos" dos orgãos de informação em Portugal tinham noticiado que a China tinha ultrapassado o Japão passando a ser a segunda economia mundial. Porque agora os mesmos "mentirosos" noticiaram a vinda a Portugal em Novembro do presidente Obama, pergunto a quem me saiba responder: É verdade ou mentira?
Se de facto for verdade, como é possível Portugal ( país de malandragem, decrépito, falido, etc) como tem sido amplamente caracterizado neste blogue, poder receber tão eminente estadista? O Homem deve estar enganado, e se o foi, lá estamos nós a ser vítimas dos mesmos. É o nosso fado...viver com esta "gente".

A Essência da Vida … No Planeta Terra

Algumas considerações

Sentada sob a copa de uma bonita árvore, toda florida de branco, que tenho no meu pequeno jardim, apoiei a cabeça entre as mãos, pensando em nada, como se diz: no “ mundo da lua “, por escassos momentos. Derrepente, entrei na realidade. Olhei em meu redor e verifiquei que o sol iluminava o ambiente, com alguma intensidade. Completamente descontraída , reflecti profundamente, no que pode acontecer ao planeta em que vivemos e, obviamente, à Mãe Natureza – Refiro-me à Ecologia, parte da Biologia que tem por objecto o estudo das relações dos seres vivos com o meio natural e da sua adaptação ao meio ambiente físico ou moral. Se os meios em que eles estão inseridos forem alterados, logo os seus ecossistemas se desequilibram e esses seres sofrem agressividades de vária ordem – quer na flora, quer na fauna podendo desaparecer da face da Terra, ou em vias de extinção, se o Homem não tornar medidas adequadas…
O Planeta Terra existe há muitos milhões de anos e outras espécies de vida, já andaram por aqui, como provam as pegadas de dinossauros e de outros testemunhos. Possivelmente, pelas mutações climatéricas ou causas desconhecidas… foram surgindo novos seres… Mas o Homem tem sido o grande gerador de problemas gravíssimos, que têm prejudicado o planeta. Cito alguns, que me parecem de grande relevância:
- As experiências nucleares; as constantes guerras, entre os Povos… os bélicos que “ fluiem ” substâncias mortíferas, transformando esses teatros, em cemitérios de putrefacção… Os incêndios, alguns por elevada temperaturas, outros por mãos criminosas e, ainda por falta de limpeza dos meios rurais ou por queimadas, sem controlo, devastando florestas e tudo, em seu redor… As variadíssimas lixeiras, contendo detritos tóxicos “a céu aberto” ou atirando para os rios… poluindo as águas e matando tantas espécies da vida marítima e tantas outras formas de poluição, que invade o ambiente e emana para a atmosfera, destruindo o ozono, gás que protege a Terra dos raios solares, directamente. E se for sendo destruído, o aquecimento global vai aumentando, provocando desastres ecológicos, como por exemplo: os degelos dos icebergs e as extensas superfícies geladas do planeta, habit de muitíssimos animais, alguns tão exóticos, …
Como poderemos melhorar a Saúde Deste Maravilhoso Planeta ?
Naturalmente, se o Homem se esforçar por mudar a sua mentalidade e por consequência, os seus comportamentos, levando à risca, cuidados e sistemas eficazes, de bom encaminhamento, para evitar o aumento do aquecimento do Planeta: Destruição do Planeta Azul…
Sugestões – Optando pelas energias renováveis – eólica; mar, sol; geomassa; geotérmica,… uso de lâmpadas eléctricas de baixo consumo; reciclar tudo o que for possível – papel, cartão, plático, metal, vidro, pilhas… E, cada pessoa ter a consciência de os colocar em ecopontos, devidamente seleccionados. Não deitar os lixos a granel, nem espalha-los pelo chão mas sim, acondiciona-los em sacos, completamente fechados, dentro dos contentores.
- A plantação de árvores, em larga escala, em terrenos baldios ou abandonados. Criar espaços verdes em todos os recantos possíveis, recebendo deles, benefícios de frescura e beleza.
Governantes de países de vários continentes têm-se reunido em Cimeiras, para discutirem, quais as melhores soluções, para evitar mais aquecimento, um mal maior, mas pelo que sei, tudo não passa de conversa e algo de bom que fica acordado, vai parar à gaveta… Alguns desses senhores, estão mais interessados em defender a Economia, nem que para tal, seja necessário sacrificar a Mãe Natureza!
Nota
A Natureza está agressiva, pelas variadas reacções, como ela se apresenta – Inundações; horríveis, vendavais, sismos de muita gravidade ,tsunamis o mar revolto, com ondas gigantescas em fúria, levando tudo à sua frente, destruindo povoações e matando tanta gente ! Toda esta loucura, parece dar a entender que são gritos de raiva contra a Humanidade, por não respeitar a sua integridade…
Conclusão
Qual será, então o seu futuro !?
Abracemos com amor, dignidade e todo o trabalho necessário de mãos dadas, com todos os Povos, para podermos salvar e deixar a herança do Planeta Terra, fértil, saudável, às gerações vindouras, exaltando essa grande vitória !...

Maria Romana

Sublime é o Amor!

Amor é sentimento de eleição
Um bem especial, com tal magia,
Que chega ao universo da paixão
E envolve a nossa alma de poesia!

Amor é semelhante a uma oração,
Força que resplandece e alumia
E nos conduz à paz e à perfeição,
- Transforma o sofrimento em harmonia!

Amor é como um cálice de vida,
A essência milagrosa… uma bebida,
De cor tão singular e transparente;

Sublime é, pois, o amor por natureza
E nele o altruísmo tem grandeza
E o homem mais feliz e consciente!...


Maria Romana

sexta-feira, 20 de agosto de 2010


AS PALAVRAS


Umas vezes magoam outras vezes trazem uma mensagem de humanismo. Gosto de ler Torga, ou Raul Brandão ou Teixeira de Pascoaes por causa disso, do humanismo. E também Baptista Bastos em toda a sua obra e Manuel da Fonseca, no conto "O LARGO", principalmente.

E aprecio o comportamento do costeleta Maurício, que às vezes atira-se a mim, com razão na sua óptica, não na minha, porque é um homem que defende os seus pontos de vista com vigor e vai até ao fim, mantendo uma postura de cavalheiro que aprecio. Nunca por nunca me passou pela cabeça afastar-me da boa relação que tenho com o Maurício, pura e simplesmente porque já tive a honra de almoçar em casa dele, a seu convite, lá nos Estoris, em companhia da sua excelentíssima esposa a quem aproveito para cumprimentar e nutro pelo casal elevado grau de estimação. E sei que ele por mim também.

Tenho tido divergências, não brigas, note-se, com alguns costeletas, nomeadamente com Jorge Tavares, Rogério Coelho, Maurício, Elias Moreno e talvez ouros, mas tudo se recompõe porque são pessoas que eu conheço e me conhecem. Mas não posso ter divergências com pessoas que eu não conheço nem muitos costeletas com quem tenho falado, conhecem.

A pessoa a quem me refiro é o António Viegas Palmeiro, que não sei quem é, estive apenas com ele uma vez num almoço da Escola e que, num comentário a um texto meu, avança por ali fora e lá disto. Pois meu caro amigo, tudo o que dizes a meu desfavor eu te devolvo. E mais duas coisas, era bom que dissesses quem és e que tomasses nota que quando cá chegaste já o blogue estava em andamento. Outra, não tenhas a mania que és o melhor do mundo.

As palavras dos costeletas que eu melhor conheço, são ALABI, ALABÁ, BUM, BÁ, ESCOLA, ESCOLA, ESCOLA.

E assim termino.

Deixo um abraço a todos.

E cá estarei todas as manhãs.

De cabeça levantada claro.

João Brito Sousa
Jbritosousa@sapo.pt

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


AS PESSOAS

È importante haver pessoas. Mesmo que não sejam do meu clube. Nada disso interessa. O que interessa é haver pessoas. Para a gente dialogar, melhorar as ideias, contar uma anedota e rir. Rir é saudável. Mas um rir franco, um rir com vontade.

Tive cenas interessantes com pessoas ao longo da minha vida. E tenho amigos. Mas às vezes dou-me mal. Uma vez, nos Açores coloquei-me em frente de três manos que estavam a conversar animadamente... e eu especado. Às tantas, um deles viu-me e disse-me, ói, o que é que há? E eu disse: estava a gostar de ouvir. E foi porreiro porque nos rimos todos.

Hoje já não tenho tempo para me chatear. Mas houve tempos em que sim. Melhor, as pessoas zangavam-se comigo sem eu saber porquê. Foi o que aconteceu com o Palmeiro. Nos seus comentários pareceu-me danado e até disse: "Fico-me por aqui".

Não gosto de ficar zangado com as pessoas, mas se tiver que ser, paciência. Bem adiante.

Disseram-me que o Alfredo Mingau me conhece e eu tenho pena de não o conhecer. Depois de embirrar com ele comecei a entrar na sua onda. E gosto de ler aqueles contos largos que o Alfredo manda aí para o blogue. Também gostei da Maria Esperança.

De resto, a minha maneira de ser encaixa mais no estilo Alberto Rocha, Romualdo Cavaco, Jacinto Nunes de Salir, Zé Gago de Moncarapacho, Jorge Barata, Remendinho, Zeca Bastos, Zé Félix, Zé Pinto e outros.

Vou fazer uma entrevista ao Padre de Messines, o Ó de Brito e depois mando para aí. Se ele a der. Talvez ande a precisar disso.
Mas todas as manhãs venho ao blogue. Porque gosto de vir. Sem receio algum, porque não há razões para isso.

E sempre de cabeça levantada.

A todos um abraço.
JBS


Ps- Ao António Encarnação um obrigado pelo mail.
ESPERANÇA

Era uma vez uma rapariga que gostava da cor verde, porque o verde, é a cor da esperança.
Um dia, um “Costeleta”, ao deparar-se com a rapariga, toda vestida de verde, admirado perguntou-lhe:
- Como te chamas menina?
- Chamo-me Esperança.
- Então os teus pais gostaram desse teu nome?
- Não, os meus pais puseram-me o nome de Maria e eu, já crescidinha, resolvi acrescentar Esperança. Mas gostava mais de me chamar Política. Maria Política.
- E porque não o puseste?
- Sabe meu caro senhor, as mulheres gostam muito de serem apreciadas e que falem muito delas e se eu tivesse esse nome muitos não poderiam falar de mim.
- Minha querida, eu como Costeleta até gostaria de falar de ti, no Blogue dos Costeletas.
- Isso é o que o senhor diz. Não podia, e não podia porque no vosso blogue estão proibidos de falar da política. Eu seria esquecida…! Fico com a Esperança.

De Alfredo Mingau

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Vitalidade de uma Nação

– Escrevia Eça de Queirós:

»Uma nação vive, próspera, é respeitada, não pelo seu corpo diplomático, não pelo seu aparato de secretarias, não pelas recepções oficiais, não pelos banquetes cerimoniosos de camarilhas: isto nada vale, nada constrói, nada sustenta; isto faz reduzir as comendas e assoalhar o pano das fardas - mais nada. Uma nação vale pelos seus sábios, pelas suas escolas, pelos seus génios, pela sua literatura, pelos seus exploradores científicos, pelos seus artistas. Hoje, a superioridade é de quem mais pensa; antigamente era de quem mais podia: ensaiavam-se então os músculos como já se ensaiam as ideias.·«

Eça de Queirós foi um dos maiores escritores portugueses e simultaneamente um dos maiores pensadores. Retratou como ninguém a sociedade e a psicologia dos portugueses, num estilo irónico e humorístico único, presente nos seus romances, crónicas e correspondência. Mais radical nos seus primeiros escritos, mais conservador nos últimos, em todos grassa uma actualidade e uma acutilância que continua a surpreender passados mais de cem anos sobre a sua morte.

Em 1867 “O Distrito de Évora escrevia: "Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"
Tudo isto me dá vontade de rir…

Porque, como escrevia Eça de Queirós, em Maio de 1971:
»O riso é uma filosofia. Muitas vezes o riso é uma salvação. E em política constitucional, pelo menos, o riso é uma opinião «

E, neste momento, a minha opinião é o riso! (aquele riso de descrença)

Alfredo Mingau
CANTINHO DOS MARAFADOS

AMIGO É COISA PARA SE GUARDAR

O filho pergunta à mãe:
- Mãe posso ir ao hospital ver o meu amigo? Ele está no hospital doente!
- Claro, mas o que ele tem?
O filho, baixa a cabeça e diz:
- Tem um tumor no cérebro.
A mãe, incomodada e sem autorizar, diz:
- E tu, queres ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho vira-lhe as costas e vai…
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, bastante áspera:
- E agora?! Estás feliz?! Valeu a pena teres visto aquela cena?!
Uma última lágrima cai dos seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
- EU TINHA A CERTEZA DE QUE TU VIRIAS!
(Desconheço o autor)

A amizade não se resume só às horas boas. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.

Tão logo apareçam corrijamos os nossos erros considerados pequenos, porque, sem isso, breve virá o dia em que passaremos a aceitar os nossos grandes erros como se fossem pequenos.

António Viegas Palmeiro

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Comentando uma noticia ou... desmistificando-a

Pelos fim da semana passada apareceu em grandes parangonas na nossa imprensa escrita , falada e televisiva a noticia de que a China se havia guindado a segunda economia mundial logo a seguir aos USA e, adiante do Japão! Por estas bandas não vi ou ouvi nada relacionado.
Não é mentira. E aí reside o problema. A noticia era sucinta, reduzida mas enganadora. Porquê? É que, depois de enaltecer o prodígio, se esqueceram de esclarecer que um operário chinês ganha um décimo de um operário japonês que por sua vez ganha um terço de um americano em média!...mais, a China tem um bilião e duzentos milhões de habitantes enquanto o Japão se fica pelos cinquenta milhões e divididos insularmente o que dificulta e encarece o preço da produção.
Será que nem na nossa imprensa podemos confiar? Informam ou desinformam?
Dá que pensar, a imprensa, nas democracias considerado o quarto poder, reflicta no nosso caso o mesmo desacerto da maior parte da nossa sociedade?...Ávida de algo para falar por falar!
Se for publicado deixo-vos um abraço.
Diogo

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

BODAS DE OURO

No passado dia 14 de Agosto, no restaurante dum hotel perto de Faro e num ambiente familiar, festejaram os 50 anos de casados o casal Costeleta Isabel Coelho e Rogério Coelho.
Aos felizes Costeletas desejamos as maiores felicidades.
Joaquim Teixeira
Absolvição pois claro!

Andava um juiz,
A estudar um processo,
Que tinha de julgar,
E pegava-lhe do avesso,

Que é como quem diz,
Era só o apalpar,
Pois era contrário a estudar,
Um tão grande calhamaço!

Para quê tanto trabalho,
Para fazer esta justiça,
Não bastará bater o malho,
Com um pouco de preguiça?

Trabalhar faz tanta dor,
Para quê tais aflições?
Se o arguido é um senhor,
Que só roubou 50 milhões!

Vou ver tudo com cautela,
Não faço juízos de valor,
O arguido é de ilustre parentela,
Filho dum rico comendador!

Que é dum ministro irmão,
Homem poderoso e influente,
Que farei? Condeno-o não?
Ou não me meto com tal gente?

Vou julgá-lo à minha maneira,
É melhor ondas não fazer,
Podem tramar-me na carreira,
E tal nunca poderá acontecer!

O mesmo outros fazem – adiante,
Sem nunca serem acusados,
Gente fina, respeitável, importante,
Que nem sequer são incomodados!

Assim, toda a prova valorada,
Nada, mesmo nada se tendo provado,
Não se tendo provado mesmo nada,
Mando-o em paz, absolvendo o acusado!

IN VENTOS DO SUL
Do Poeta Costeleta Dr. Manuel Inocêncio da Costa

domingo, 15 de agosto de 2010


CANTINHO DOS MARAFADOS


Um sujeito sente-se mal no meio da rua e é transportado por uma ambulância que passava, com a maior urgência, para o hospital mais próximo, uma unidade hospitalar gerida por freiras.
De imediato foi verificada a necessidade de ser operado ao coração, o que foi feito com êxito.
Quando acordou tinha a seu lado a freira responsável pela tesouraria que o informou que a operação tinha sido bem sucedida e que ele estava salvo, mas que havia um pequeno problema que era urgente resolver:
- Como o senhor pretende pagar a conta do hospital?
- Tem seguro-saúde?
- Não irmã!
- Tem cartão de crédito?
- Não irmã!
- Pode pagar em dinheiro?
- Não tenho dinheiro, irmã!
- Em cheque, então?
- Também não, irmã
- Bem, o senhor tem algum parente que possa pagar a conta?
- Irmã, eu tenho somente uma irmã solteirona, que é freira, mas não tem nem um tostão.
Desculpe que o corrija, mas nós as freiras não somos solteironas, como o senhor disse, nós somos casadas com Deus!
- Óptimo! Então por favor mande a conta para o meu cunhado!

ASSIM NASCEU A EXPRESSÃO “DEUS LHE PAGUE”


Desconheço o autor circula por aí!
Um abraço
António Viegas Palmeiro




MAIS DO MESMO

De uma forma mais ou menos cíclica aparecem publicados e bem, artigos cujo objectivo parece ser o de calar, ou no mínimo reduzir, as vozes mais incómodas para os mentores da actual situação económica, politica, social e de direito.
Quando digo que esses artigos são bem publicados é porque entendo que todos temos o direito de manifestar a nossa opinião e nesse sentido o nosso colega Rogério tem tido um comportamento exemplar, inclusivamente dando as respostas adequadas no momento certo.
Parece-me absurda a insistência de que os Estatutos ou a escritura de constituição da nossa Associação tenha qualquer referência (o Rogério já disse que não) ou limitação sobre determinados temas, mas se tal acontecer é urgente a revisão, uma vez que é cometida uma ilegalidade que fere a Constituição da República Portuguesa. Não vou transcrever mas aconselhar a consulta do Artigo 37º (Liberdade de expressão e informação) da CRP.
Por vezes acho que não frequentei a mesma escola que alguns colegas, passo a explicar melhor o meu raciocínio:
- Nunca ouvi falar de unanimidade de ideias
- Nunca ouvi nenhum professor ensinar a obrigatoriedade de aceitar a mentira para reforçar o espírito costeleta.
- Entendo até como ofensivo à memória dos que já partiram e dos que estando ainda entre nós, deram o melhor de si para nos ensinar e educar em termos que certamente repudiariam pressões para a criação de tal espírito costeleta, na base de pressupostos da negação da Liberdade e do Livre Pensamento.
- Ensinaram-me sim que participar da mentira, divulgar ou nada fazer para que a verdade seja reposta é tornar-se conivente com a dita cuja.
O que é politica, escrever sobre politica ou fazer politica?
Será que denunciar a fome e a miséria, a corrupção, a má gestão dos dinheiros públicos, o “amiguismo”, o compadrio, a falta de vergonha na cara, a falta de honradez, a falsidade e a mentira, a falta de justiça, o alheamento da gravidade da situação, e muitas, muitas razões que seria exaustivo apontar, é fazer politica? Se é, então eu sou politico e escrevo sobre politica.
Alguém poderá explicar-me porque razão vários presidentes de Câmara, de todo o País confessaram que os orçamentos dos municípios a que presidem são falseados com números irreais, nas previsões da alienação de eventual património, que de antemão sabem que não será alienado, ou cujo valor real é muito inferior aos valores inscritos e até hoje, nada aconteceu? Não aconteceu nem vai acontecer (digo eu, que até sei como estas coisas funcionam). O que assusta neste caso é o facto do leque se estender da ponta direita à ponta esquerda (os casos públicos e confessados)
Alguém pode imaginar a existência comprovada pela Justiça, de corruptores, sem corrompidos?
Alguém com bom senso e de boa fé pode pretender gastar biliões que não temos, em obras faraónicas, só para satisfazer o ego dos governantes e o bolso de certas empresas (sempre as mesmas), comprometendo o futuro dos vindouros, até à quarta ou quinta geração. Ou pior ainda criando condições para uma bancarrota, que não se deve fazer esperar.
Por último e os últimos são os primeiros, a assustadora falta de segurança no País.
Os fogos e a falta de material para que os abnegados e heróicos bombeiros voluntários possam combater essa praga (aqui cabe uma pergunta inocente, porque os bombeiros municipais não participam no combate aos fogos?)
Os roubos, a violência contra pessoas e bens, o desrespeito generalizado, o número crescente de crimes, por meios cada vez mais violentos, o descaso (e bem) dos agentes da autoridade.
Digo bem, porque se um agente de qualquer das forças responsáveis pela segurança dos cidadãos, tiver a infelicidade de matar um bandido, nunca mais se livra da prisão, arruinando a sua vida e dos seus familiares. Como se não fosse suficiente, aparecem de imediato os defensores dos direitos humanos (e são tantos, os defensores) a que certa comunicação social se encarrega de divulgar de forma exaustiva.
E as vitimas? Onde estão os direitos das vitimas? Certamente enterrados com sete palmos de terra em cima.
Duvido que se as vitimas fossem filhos, pais, irmãos, cônjuges ou outros parentes próximos desses senhores, onde se inclui o juiz que os solta e o legislador que fabrica os abortos que permite ao juiz soltar, bem como os 230 senhores, confortavelmente sentados em cima do poder, certamente as coisas seriam diferentes.
Será que estou sugerindo uma ditadura? Não! Estou sugerindo, respeito, honestidade, a punição de quem prevarica, o fim da “rebaldaria” instalada.
Sei que não estou só nesta luta, embora saiba também que os interesses instalados são muitos e com muitos tentáculos também, mas enquanto eu puder lutarei.

Permito-me transcrever a resposta a uma pergunta feita há `escritora Rita Ferro, publicada na revista Domingo do Correio da Manhã na rubrica “face oculta” (Não tem nada a ver com outras faces ocultas).
Eis a pergunta; - PROJECTOS
Eis a resposta: - Além do livro que tenho em mãos, a prioridade é acordar os portugueses antes do despertador da bancarrota. Continua tudo a dormir, ninguém acredita que em breve passaremos fome.

Terminarei prometendo voltar, com uma citação de Ruy Barbosa (aconselho vivamente a quem não conhecer, a leitura da sua obra):
“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantar os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
e a ter vergonha de ser honesto.”

Finalmente mesmo, quem duvidar de muito ou de tudo o que afirmo, está convidado para um dia diferente. Um passeio por lugares que visito normalmente com amigos, mas que em nada são agradáveis. O almoço deverá ser um naco de pão com linguiça, podendo o jantar ser num restaurante. Deverá ser uma refeição ligeira, como convém a pessoas das nossas idades, mas também duvido que alguém tenha apetite ao fim do dia para um lauto repasto, mas se tiver mesmo assim, disponível para a jantarada não haverá problema, eu pago a conta.

Um grande abraço para todos

António Viegas Palmeiro

sábado, 14 de agosto de 2010

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS


Fazem anos na 2ª quinzena de Agosto:

15 – Maria do Castelo Palminha Dias Azedo Correia. 16 - Maria Valentina Calado da Palma Domingos Abrantes; António José Parreira Afonso. 17 - Henrique Luís de Brito Figueira. 20 - José Carmo Elias Moreno; Maria Alice Nunes Mestre; José dos Santos Rocha Júnior. 21 – Maria da Conceição Pinto Pires 22 - Graciano Guerreiro Inês; Rui Manuel da Conceição Rosa. 24 - Maria Ivone Nascimento Rosa Pinheiro da Cruz; Diamantina Antonino Baeta Gonçalves. 25 - Maria Ivone Nascimento Rosa Pinheiro Cruz; Manuel Mário Matoso Silva Domingues. 27 - José Francisco Guerreiro Mendes 28 - Manuel Rodrigues Serafim; Jesuíno José Amândio Oliveira; Felisbela Guerreiro da Palma Morgado. 29 - Jacinto Manuel Afonso Teixeira Nunes; Maria José Geada Mendonça Piriquito de Almeida Rodrigues; Drª. Maria Almira Pedrosa Medina; Jorge Manuel Neto da Cruz.
OS NOSSOS PARABÉNS
(Pedimos desculpa por qualquer lapso)
RC.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DAQUI E... DALI!
Sub-21 portugueses ganham na Lituânia
A selecção portuguesa de futebol de sub-21 venceu nesta quarta-feira a Lituânia, por 1-0, em encontro do Grupo 9 de qualificação para o Euro2011, e manteve-se na luta pela presença na competição que vai decorrer na Dinamarca.

Na cidade lituana de Marijampole, o avançado Ukra, jogador do FC Porto, marcou o único golo da partida, aos 15 minutos, e garantiu o terceiro triunfo de Portugal na “poule”, em seis jogos realizados.

Com este resultado, a formação treinada por Oceano Cruz manteve a terceira posição, agora com 10 pontos, menos um de que a Inglaterra, segunda classificado.

No caso de vencer os dois últimos encontros no agrupamento, Portugal garante o segundo lugar e pode ainda chegar ao primeiro, neste caso, apenas se a Grécia perder na Macedónia (04 de Setembro), onde a equipa lusa empatou 1-1.

Os primeiros classificados dos 10 grupos de apuramento qualificam-se para o “play-off”, assim com os quatro melhores segundos classificados.

No próximo encontro do Grupo 9, Portugal recebe a selecção inglesa, a 3 de Setembro, em Barcelos.

in Público
RC.
DAQUI E... DALI!

EUA: Apanhado quando ia cozinhar o gato

A polícia de Buffalo (EUA) impediu um automobilista de comer o seu próprio gato na noite de domingo quando deteve o homem depois de ele ignorar um sinal de 'stop'. Ao revistarem a carrinha de Gary Korkuc, de 51 anos, descobriram na parte de trás da carrinha uma gaiola de transporte em que 'Navarro', um felino de quatro anos, estava a ser marinado em óleo, pimentos e sal.
in Correio da Manhã
RC

quarta-feira, 11 de agosto de 2010



COMENTANDO UMA NOTÍCIA
(VENDA DE ARMAMENTO)

O negócio de armamento, nas mais variadas épocas, foi sempre uma "mina" para muita gente, ilustres civis e militares que de um ou de outro modo, negociavam a compra e venda de material de guerra, novo ou usado, para depois os revender a outros países ou a movimentos de libertação de estados africanos do médio-oriente e até da América Latina .
Foi o caso de milhares de espingardas automáticas FN que vieram do antigo Ultramar cuja existência e destino pouca gente sabe.
Muito material de guerra foi aquirido nos Parques Americanos de armamento excedente e obsoleto da II Guerra Mundial, vendido como ferro vélho, que depois era reciclado e, por portas e travessas, ia parar às mãos dos guerrilheiros.
Constava na altura que algumas firmas recorriam aos serviços de operários epecializados da Fábrica de Braço de Prata,particularmente, para recuperar o armamento e até fazer alterações e beneficiar certas armas. Grande parte desse armamento era depois encaminhado por "corredores de venda"para a África do Sul e países Asiáticos, comprados a preço de oiro.
Fizeram-se grandes fortunas com esse negócio depois do fim da guerra e a ele estavam ligados elementos judaicos.
Até aviões eram vendidos pelos EUA, alguns ainda com grande capacidade de voar.
Lembro-me que há alguns anos vivia na Quinta da Marinha, em Cascais, já milionário, um antigo sargento paraquedista que em Moçambique, depois de desligado do serviço militar dirigia um lucrativo negócio de armas para o Médio-Oriente. Enriqueceu e com a guerra do Ultramar regressou ao seu refúgio em Portugal. Hoje, esses negócios são mais sofisticados, uma vez que a energia atómica requer outros esquemas como é o caso do Irão, Paquistão e outros .

A pistola metralhadora- " Styer ", que usei na India, era uma boa arma, muito robusta, com coronha de madeira, mas muito perigosa também porque a mola-recuperadora facilmente se distendia ao mais pequeno movimento no sentido vertical e armava a culatra.
A "FBP" era uma arma mais leve,de menos qualidade, com problemas no sistema automático que a tornavam também perigosa. Foi distribuida e usada pelo Exército Português , a partir dos anos cinquenta.

A "UZI", fabricada por Israel, mais pequena, podia ocultar-se facilmente no vestuário e tinha boas caracteristicas para ser usada por Comandos e Forças de Assalto . Esta arma foi aquirida pelo Estado Português muito sigilosamente, uma vez que as relações diplomáticas e o apoio dos judeus aos movimentos de libertação de Angola e Moçambique não permitiam um negócio
directo.
Outro país servia de intermediário, que as adquiria e vendia a Portugal, com muita confidencialidade, uma vez que o negócio era feito à revelia da NATO. A política internacional assim o exigia, ontem como hoje, e continuará pelos séculos fora !!

Muito mais haveria para dizer sobre esta matéria , uma vez que tudo rodava à volta do secretismo e o negócio de armas visavam sempre dar cobertura a grandes interesses políticos. O preço era coisa secundária.

Um abraço do Maurício S. Domingues
POLÍTICA, RELIGIÃO E FUTEBOL



Embora não tivesse participado na assinatura da escritura de constituição da nossa Associação, fiz parte do grupo inicial. O meu número de membro é prova factual do que escrevo.

O texto da escritura, não me recordo quem o redigiu, reflecte a pretensão da plena harmonia entre a família costeleta e para isso dele se eliminou todo e qualquer tema de carácter religioso e político.
Contudo, a essência destes dois temas fazem parte da nosso quotidiano. Na organização das sociedades actuais, politícos e sacerdotes convergem para proporcionar aos povos o bem estar económico, social e espiritual .

Perguntar-se-à então: Porquê omitir estes temas do convívio entre os costeletas?

Será que,por ignorância, não sabemos discutir estes assuntos ? Será porque não temos a inteligência de os discutir sem radicalismo de linguagem? Será porque quando os abordamos esquecemo-nos dos outros e só olhamos para o nosso umbigo? Será porque mantemos presente na nossa memória fantasmas do passado, de que não nos conseguimos libertar?

Não tenho respostas para estas perguntas! Os dois temas são demasiados fracturantes, na nossa sociedade em geral e no nosso blogue em particular.

Todavia, termino este meu pequeno texto lembrando alguns costeletas que a nossa farda escolar era o fato-macaco de ganga azul e que hoje, mesmo vestindo fatos de alpaca, complementados com gravatas de seda, aquela farda estará sempre sob esta farpela sofisticada.

Para ajudar a esclarecer alguma curiosidade inerente a este texto ou anteriores, e fugindo dos temas em apreço, aproveito para esclarecer que, se fosse jogador de futebol jogaria a defesa central ...não sou benfiquista, mas sou um apreciador do jogador DAVID LUIS, pela suas qualidades dentro das quatro linhas.

JORGE TAVARES
COSTELETA 1950/56
DE CÁ..... PARA LÁ

inéditos do poeta ALEIXO

---Sabes quando me convenço
---A pensar como tu pensas?...
---E quando tu me convenças
---Que pensas tal como eu penso.

-------------------------------------


---Mas como sei que não queres
---Pensar p'la minha cabeça..
---Tu pensas o que quiseres,
---Eu penso o que me apeteça.

Dos costeletas para os costeletas que divergem de opiniões
jorge tavares
costeleta 1950/56

terça-feira, 10 de agosto de 2010


Apresento aqui um pouco da cultura que faz com que muita gente tenha medo de ir a algumas cidades do País !



Assaltantes


ASSALTANTE BAIANO
Ô meu rei... ( pausa )
Isso é um assalto.. ( longa pausa )
Levanta os braços, mas não se avexe não..( outra pausa )
Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado ..
Vai passando a grana, bem devagarinho ( pausa pra pausa )
Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado.
Não esquenta, meu irmãozinho, ( pausa )
Vou deixar teus documentos na encruzilhada .


ASSALTANTE MINEIRO
Ô sô, prestenção
issé um assarto, uai.
Levantus braço e fica ketin quié mió procê.
Esse trem na minha mão tá chein de bala...
Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje.
Vai andando, uai ! Tá esperando o quê, sô?!


ASSALTANTE CARIOCA
Aí, perdeu, mermão
Seguiiiinnte, bicho
Tu te fu.. Isso é um assalto .
Passa a grana e levanta os braços rapá .
Não fica de caô que eu te passo o cerol....
Vai andando e se olhar pra tras vira presunto


ASSALTANTE PAULISTA
Pô, meu ...
Isso é um assalto, meu
Alevanta os braços, meu .
Passa a grana logo, meu
Mais rápido, meu, Pô, se manda, meu


ASSALTANTE GAÚCHO
O gurí, ficas atento
Báh, isso é um assalto
Levanta os braços e te aquieta, tchê !
Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê.
Passa os pilas prá cá ! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.


ASSALTANTE DE BRASILIA
Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, Imposto de renda, Lincenciamento de veículos, Seguro Obrigatório, Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, COFINS, CPMF...

SAUDAÇÕES COSTELETAS
ANTÓNIO ENCARNAÇÃO
DAQUI… E DALI!

Esta está com “VISÃO”

O que há num Sócrates

“O que começa por ser curioso na comparação entre o Sócrates grego e o Sócrates português é o facto de as próprias diferenças os aproximarem.
Repare: o Sócrates grego nunca disse ser sábio. Ao Sócrates português, até lhe atestaram a sabedoria ao domingo.”

IN revista Visão.

RC.
DAQUI… E DALI!

Faro

A Feira dos Doces, Frutos Secos e Bebidas Regionais chega ao Jardim Manuel Bívar de 20 a 29 de Agosto (19 às 24h – Sexta-Domingo até 1h)

DAQUI… E DALI!

Olhão

Local de passagem obrigatória no Verão Algarvio, o Jardim Pescador Olhanense recebe o 25º Festival de Marisco (10 a 15 de Agosto, das 19 às 24 horas). €8, €3-7-12 anos.
Além de bivalves e mariscos, doçaria típica e artesanato, conte também com muita música.
RC.
DAQUI... E DALI!

portal do cidadão
Site com muito interesse


http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


HOMENAGEM AOS CICLISTAS DA VOLTA A PORTUGAL

A Escola parece que não deu nenhum ciclista com projecção, a não ser um rapaz de Olhão, de nome Victor, que ainda correu no Ginásio de Tavira, no tempo do Dr. Mansinho.
Ou então os costeletas Cevadinha e o Jaime que vinham de Boliqueime nas suas pasteleiras até Faro, sempre a abrir. Ou o Manel Poeira que faz 40 kms por dia equipado à Zoetemelk O ciclismo é uma modalidade muito exigente, em termos de preparação e entrega e é curioso que cada atleta tem a sua especialidade; uns sobem bem e não têm ponta final, outros só se aguentam no plano e outros noutras coisas.
Uma coisa todos os portugueses têm em comum; são os mais habilidosos a andar em cima duma bicicleta. Demonstraram isso numa volta a França em representação de uma equipa do Sporting, que lá foi.
Armstrong foi grande mas o mais equilibrado, para mim, foi o espanhol Miguel Indurain.
Hoje o ciclismo é cientificamente estudado, nomeadamente no peso dos atletas quer nas tácticas da corrida.
Gosto de ver quando eles saem na montanha. O Eddy Mercks era um especialista nesse trabalho. Mas o nosso Agostinho era um ciclista espectacular.
Ab.
JBS
Escuta Portugal

Escuta oh nobre Povo de Portugal;
Lembra as caravelas que partiram,
Desbravando o mundo num sem igual,
Olha esses valentes que te miram!


Não baixes a guarda –luta;
Foi o que eles sempre fizeram;
Existirá sempre quem tome a batuta,
E quem lembre os que morreram!


Esses prodígios não foram em vão,
São um exemplo para os de agora;
Não quereis desmerecê-los pois não?
Então em bloco uni-vos –é a hora!


O País está doente, muito doente,
Já vezes sem conta esteve em sarilhos;
Mas levantou-se sempre –serrai o dente,
Arregaçai as mangas dilectos filhos!


Que temos agora no negro horizonte?
Dívida enorme –a descrença campeia,
Então bebamos a água da fonte,
Força, trabalho, não qualquer panaceia!


Mobilize-se o País –toda a gente,
Para campos, fábricas, investigação,
Que a tal ninguém fique indiferente,
Vamos – lutemos pela Nação!

IN "VENTOS DO SUL"
Do Dr. Manuel Inocêncio da Costa

domingo, 8 de agosto de 2010

Crise - Você prefere com ou sem açúcar?

Nós já enfrentámos e sobrevivemos a muitas crises. Talvez já tenhamos perdido as contas sobre o número e a origem delas. Mas as malditas já nos surpreenderam diversas vezes enquanto assobiávamos distraídos virando algumas dessas esquinas da vida. Algumas, foram provocadas pelo petróleo, outras, pela Rússia ou pela China, a maioria, gerada internamente, já que em matéria de crise, não somos auto-suficientes. A tal ponto que, se não chegamos a ser fraternos amigos – nós e as crises também não podemos negar que tenhamos nos tornado íntimos conhecidos.
Nenhuma crise é igual à outra. Esta que chegou com toda a força, agora, certamente é a mais diferente de todas. Porque o governo que temos não assume um pingo de responsabilidade sobre o que está ocorrendo e porque o país está no seu pior momento econo-micamente falando. Será que o país (governo) alguma vez esteve em dia com as suas obrigações, dever de casa feito, com um mercado interno forte, com pequenas e médias empresas tão sólidas, modernas e competitivas e com as suas instituições garantidas, para encará-las?
Mas isso não nos exime das consequências da crise. Que, por sinal, é também uma das mais potentes e destruidoras das que se tem notícia. Ela já está sendo dura e será ainda mais devastadora, não precisamos ser profetas para prevê-lo.

Então o que nos resta fazer?
Já toda a gente falou no corte das despesas, mas parece que o “dito” vai conseguindo gastar mais…
Adoraríamos poder contar com mais gente, mais empresários, mais cidadãos para ajudar a contrariar o óbvio, a não aceitar passivamente em todas as suas piores consequências o medo, pelo medo.
Crise nós já enfrentámos e, queiramos ou não, ainda enfrentaremos esta um largo tempo e outras por muitas vezes.
O que deve nos mover é a visão de como nós queremos ser percebidos assim que sairmos dela.
De pé, ou de cócoras.
Na crise, já disseram muitos, é que se separam os Homens (leia-se com H grande) dos outros. Ou seja, crise, pode ser um café pequeno para os Homens.
Eu gosto com açúcar.

Demitir irresponsáveis, ajudar investimentos, suspender novos projectos, são boas e óbvias ideias. Talvez, algumas tenham mesmo que ser feitas, quem sabe!
E é aí que reside o intuito de apelar para os que acreditam que o inóbvio existe. Não só existe, como pode ser feito neste exacto momento onde o óbvio é o que todos pensam, todos fazem, todos professam e todos aconselham mas tudo sai errado.
O intuito é despertar o empreendedorismo que sempre caracterizou o empresariado, a coragem que sempre foi a marca registada das nossas empresas, a capacidade inesgotável de reinvenção que sempre foi o norte dos vencedores neste nosso país.
E também é o intuito de demonstrar que um marketing original é a mais poderosa fonte de energia, capaz de gerar as transformações que uma empresa precisa num momento de crise.
Nós acreditamos piamente nisso. É necessário que o governo (este ou outro que o substitua) também acredite
Acreditamos que se este não é o momento de inovar, que outro será? Acreditamos que se este não é o momento de ser e parecer diferente, que outro haverá de ser?
Alfredo Mingau


O FIM DA CRISE

Não!... Podemos todos ficar tranquilos porque o título desta crónica não é o anúncio efectuado em qualquer um dos “milhentos” canais de televisão disponíveis e feito por um qualquer ministro com tendência humorística, de um desses países do terceiro mundo, espalhados pelo planeta.
O fim da crise no nosso país fui eu que decretei, após ter tomado conhecimento de uma importante entrada de fundos nos cofres do Estado, só possível pelo trabalho diligente e aplicado de zelosos funcionários do aeroporto de Faro.
Passo a explicar melhor:
Desloquei-me no final do mês de Junho ao Aeroporto Internacional de Faro com o objectivo de receber e transportar um casal de amigos, residentes no Brasil há 50 anos, mas que continuam com o seu Portugal e o seu Algarve no coração. O meu amigo do Algoz e a esposa de Paderne.
Até aqui nada de novo, as novidades vêm a seguir. Junto com o casal viajou um amigo que ficou retido no local da entrega das bagagens por lhe faltar um volume.
Solicitou-me o meu amigo que o esperássemos, uma vez que se trata de uma pessoa de 82 anos, que viajava sozinho e que trazia bagagem, que não tinha ninguém à espera. Assim foi feito durante mais de uma hora. Acabámos vindo embora sem que se soubesse o que se passou entretanto, uma vez que o balcão da companhia aérea estava fechado, no balcão das informações de nada sabiam e a polícia nada disse.
Acabámos vindo embora com a preocupação inerente a uma situação quase dramática.
Na última quarta-feira, vim finalmente a saber, contado pelo próprio o que se passou.
O volume que não aparecia continha 60 livros.
Falta aqui referir que este nosso amigo é escritor, com vasta obra publicada no Brasil e natural de Messines, onde se desloca periodicamente para matar as saudades, da terra, de Portugal, do Algarve.
Penso que todos já percebemos o que se passou, mas voltemos aos factos: - enquanto nós pensávamos que estava retido, estava afinal detido, situação que se manteve durante 3 horas e que terminou após o pagamento de um valor próximo dos 250 euros. No dia seguinte já em Faro foram finalmente entregues os 60 livros, mediante um pagamento de mais cento e tal euros.
- Os 60 livros eram de sua autoria e destinavam-se a ser oferecidos num lançamento do
mesmo a ser efectuado na sua terra natal. (legítima pretensão, que se realizou)

Quero agora falar um pouco deste escritor:
- António Neto Guerreiro, romancista e pesquisador da história portuguesa e brasileira, nasceu em Portugal e está radicado no Brasil desde 1952.
Formado em Direito, tornou-se empresário bem sucedido em São Paulo. Depois de criar filhos e netos, dedicou-se totalmente ao oficio de escrever,
É autor de romances como: - “Senhor Comendador”, “Heróis sem Glória”, “Deixo meus milhões ao diabo”, “Portugal, o primeiro país da idade moderna” “Brasil a construção de um continente – o legado da colonização portuguesa” entre outros.
Refuta chavões, repetidos aos quatro ventos, como o de que os portugueses vinham ao Brasil só para fazer fortuna rápida e voltar para Lisboa, que condenados e degredados foram responsáveis pela colonização do Brasil, que o sistema de capitanias hereditárias estaria na origem da falência do Estado brasileiro, entre muitos outros.
Este homem tem feito um trabalho notável na defesa do bom nome do país que o viu nascer, mas que tão mal trata os seus filhos
É figura destacada da comunidade portuguesa de São Paulo, tendo feito parte dos órgãos sociais de várias associações portuguesas e da Casa de Portugal em São Paulo.

Foi pois este “perigoso traficante” este “contrabandista” que foi detido no aeroporto internacional de Faro e só liberado depois de pagar os direitos correspondentes à perigosa mercadoria que pretendia fazer entrar no nosso País.
Quanto deve Portugal a este homem? O conhecimento que transmite, a defesa intransigente de uma posição, por vezes quase indefensável, dos portugueses no Brasil?
Não tem preço meus amigos.
Regressou ao Brasil na última sexta-feira e apesar da tristeza que lhe vi no olhar quando me falava sobre este infeliz episódio, volte breve, Doutor Neto. O senhor merecia um pedido formal de desculpas pela forma injusta, desabrida, cruel, mas reveladora do Portugal actual, como foi recebido no seu País.
Mas a vida é assim, uns nascem na Azinhaga outros em Messines e também ainda não pediu que Portugal passasse a fazer parte da República Federativa do Brasil.
A crise acabou, a verba entrou nos cofres do Estado.

António Viegas Palmeiro

Comentando uma noticia

Caros colegas, agarro a esferográfica para tirar umas notas e, hesito entre o escrevo... e o não escrevo .
Antevejo o Brito de Sousa de “fisga” apontada para me dar nos tornozelos.
O Jorge Tavares....éhh... nem vale um comentário...lá vem ele com o mesmo tema e lenga lenga.
O Rogério no dilema....publico?..não publico?
O Maurício....que terá ele para dizer desta vez?
O Romualdo...bahn...nem leio até ao fim!
O Montinho...???!!!!
Mas enfim, dou o peito às balas que é como quem diz” sujeito-me às criticas”. Acredito que a critica construtiva nos educa e nos torna melhores homens ( ou mulheres)..
Prometi no último texto voltar ao tema do “ revanchismo dos termos” mas não o vou fazer ..pelo menos por hoje. Vou falar de uma noticia que apareceu a meio desta semana , eu vi na “SIC Noticias”... a RTP que eu desse por ela não falou no assunto .Preferem mostrar os membros do governo” assentando” a primeira pedra em obras que nem autorizadas estão como aconteceu em Faro na véspera das ultimas autárquicas. Mas isso é outra estoria.
E, em grosso modo, rezava a noticia:-“ um ministro da defesa de um governo anterior ( Paulo Portas)vendeu por quarenta mil euros (40.000) a uma empresa americana, os planos de uma pistola metralhadora desenvolvida no que era antiga Fábrica Braço de Prata( agora tem outro nome) e que haviam custado ao estado quinze milhões!
A empresa compradora ,informei-me depois seria a “ Smith and Wesson”. Fiquei intrigado e resolvi ir mais fundo. Desloquei-me a um dos armeiros cá do burgo e, na verdade a pistola já existe à venda. Fiz-me interessado e vi a única que tinham em armazém. Foi-me dito que a arma existe em duas versões à venda ao publico. Uma por 1300 dollares e outra por 1200 porque difere na coronha...e que ainda existem acessórios vários como “alças telescópicas” .
Agora vamos ao fundo da questão. Aqui houve um crime de “lesa-pátria” a meu ver.
Ao ver a arma ela não tem nada de especial, para quem sabe, ela fica tecnicamente entre a Israelita UZI e a nossa velha FBP dos tempos do ultramar...difere um pouco da FBP porque tem uma coronha de fibra de carbono e o cano arrefecido por umas alhetas facílimas de fabricar. Disto, deduzo eu, a razão porque foram vendidos tão baratos os planos e, imagino eu, a patente. Então o crime de “lesa-pátria” foi perpetrado por quem?
Não por quem vendeu!. As leis de mercado imperaram. Esse ao menos recuperou 40.000 euros mas, por quem concedeu ou subsidiou 15.000.000 de euros para desenvolver um produto que à partida o mercado está saturado e não o comercializou. Se isto não é corrupção então digam-me o que é! Duvido que uma empresa privada disponibilizasse 15.000.000 para tal efeito e com fracasso adivinhado!
Alguém, neste trilho todo ficou com dinheiro, muito dinheiro!
E, para os colegas que cursaram a “ formação de serralheiros”, posso-vos afirmar que para desenvolver aquela arma, mais não seriam precisos ( se houvesse vontade) que o velho pequeno torno “MIBO”,o limador, o engenho de furar, a forja e umas limas... e claro o mestre Olivio. Porque os conhecimentos gerais já os tínhamos da FBP.
Como sempre termino, se for publicado deixo-vos um abraço .
Diogo