sábado, 21 de agosto de 2010

VAMO-NOS DIVERTINDO...COM COISAS SÉRIAS.


Um costeleta, nosso colega da década de 50/60, ex-bancário, na sua linguagem diária contesta tudo o que se fez, se faz e se vai fazer neste país. É mau e os seus promotores são vilipendiados: Quem está a governar (mal ou bem) é por ele adjectivado como se de autênticos gangsteres se tratassem, e pior ainda, afirma com veemência que antigamente é que era bom.

Cansado de ouvir toda esta verborreia, certo dia sentados à mesa do café, puxei de papel de lápis e convidei-o a fazer umas continhas (foi esta a expressão):
- Estás reformado há mais ou menos 20 anos. Recebes durante o mês determinada importância que vamos multiplicar por 14 e o resultado por 20. Este montante, com descontos de IRS inferiores aos de quem trabalha, e sem descontos para a Segurança Social, é no teu caso igual ou superior ao último vencimento que auferias;
- Colocada a importância total no lado das entradas, agora quantifica os descontos que efectuaste durante o teu período de trabalho, para a Segurança Social e Caixa Nacional de Pensões.
- O saldo que existe a teu favor, e que é imenso, está a ser pago por quem? Quem instituiu e garante a tua reforma?
- Foi necessário também chamar à realidade dos números, todas as importâncias suportadas pelo erário público, para cobrir a assistência na saúde a toda a familia (do próprio, mulher e filhos, pelo menos).
Infelizmente não obtive qualquer comentário, e ao que julgo saber, a dita verborreia continua. Já pensei se não será "chique" falar mal de tudo e todos.
A propósito deste episódio real, lembrei-me dos milhares de aposentados, alguns com algumas décadas nessa situação, e de outros que beneficiaram da abertura que lhes foi dada no início da década de 90, para comprarem anos de descontos e anteciparem reformas, que são um encargo que a "malandragem" da governação tem de gerir e pagar. A esta minha observação é usual a resposta: " Então não fiz descontos durante tantos anos??" Pois aconselho vivamente que façam "continhas", senhores aposentados.
A propósito de um texto de um colega costeleta, criticando o pagamento de 14 meses de vencimento, fiquei algo preocupado e pergunto ao colega: Já pensaste nos costeletas aposentados, que recebem igualmente 14 meses de vencimento?

jorge tavares
costeleta 1950/56

Nota:
Há dias li num texto do blogue escrito e comentado por costeletas, que os "mentirosos" dos orgãos de informação em Portugal tinham noticiado que a China tinha ultrapassado o Japão passando a ser a segunda economia mundial. Porque agora os mesmos "mentirosos" noticiaram a vinda a Portugal em Novembro do presidente Obama, pergunto a quem me saiba responder: É verdade ou mentira?
Se de facto for verdade, como é possível Portugal ( país de malandragem, decrépito, falido, etc) como tem sido amplamente caracterizado neste blogue, poder receber tão eminente estadista? O Homem deve estar enganado, e se o foi, lá estamos nós a ser vítimas dos mesmos. É o nosso fado...viver com esta "gente".

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