segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Quarenta e sete!

Gosto de ver bom futebol.
Embora não seja um grande conhecedor das leis deste desporto, aprecio o espectáculo que o futebol proporciona, quando os artistas, o júri e os espectadores se aliam para transformar esta hora e meia num prazer aos nossos olhos.
A "aficion" futebolística é necessária para dar calor e vida ao espectáculo. A discussão e a polémica civilizada, do antes e do depois, é salutar. O júri, porque é indispensável para acompanhar a qualidade do acto, deve ser imparcial, profissional e honesto. Pode falhar, mas deve passar a imagem de que o fez por dificuldade de análise ou outra razão entendível, e nunca por falhar qualquer das suas características intrínsecas, de forma a garantir o bom espectáculo.
Os artistas? Imprescindíveis ao espectáculo! Como em qualquer outra arte, predominam os muito bons, os bons, os razoáveis, os menos bons e os maus.
O futebol permite colocá-los em agrupamentos mais ou menos equitativos, de harmonia com a sua qualidade artística e performance. Todavia, nem sempre esta qualificação, proporciona bom espectáculo.
Ontem instalei-me frente à televisão, para assistir ao grande derby. O telefone perto, afim de ligar aos familiares e amigos benfiquistas no intervalo, e uma pastilha elástica ( tipo Jorge de Jesus ). A Maria Albertina (minha cara metade) lado a lado, e embora opositores clubistas, preparámo-nos para ver um espectáculo de elevado nível artístico. Porque não? Bom júri, muito bons artistas e excelente público espectador, eram os ingredientes necessários para tal acontecesse.
Após 90 minutos, que desilusão!
Os excelentes artistas, foram afinal medíocres ( quesilentos, manhosos, maldosos, fingidos), excepção para os guarda-redes, porque não dão, antes levam "pancada".
O júri, porque entendeu que a sua autoridade se podia transformar numa sinfonia de apito, contribuiu para o deplorável espectáculo.
Felizmente, os espectadores cumpriram a sua obrigação: Souberam manter-se durante os 90 minutos a apreciar um espectáculo que atingiu um número apreciável de 47 faltas..., ou seja, uma falta por cada 2 minutos de jogo.
É obra!!!!!!

jorge tavares
costeleta 1950/56

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