segunda-feira, 11 de outubro de 2010

DAR SIGNIFICADO AO TEMPO
Por João Brito Sousa.

Aquilino Ribeiro é que dizia, roubem-me tudo menos o tempo.

O tempo é indispensável a quem dele precisa para efectuar um determinado trabalho, que pode ou não traduzir-se numa profissão. Estes textos que faço, não se enquadram na definição de profissão, porque são crónicas avulso que quero publicar mais tarde, mas que por agora são textos/treino.

A vida pessoal precisa de tempo amanhã, depois e depois. Sem tempo útil disponível não há obra realizada ou em fase de realização.

Temos que nos render ao seu significado e atribuir-lhe o significado que ele realmente possui: o de indispensável à vida e ao trabalho.

O tempo é hoje amanhã e depois. Ontem já não é mais. Já foi.

Um dos prazeres humanos menos observados é o de preparar acontecimentos à distância, de organizar um grupo de acontecimentos que tenham uma construção, uma lógica, um começo e um fim, diz Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'.

Viver é ocupar o tempo da melhor maneira possível e com utilidade. Ocupar o tempo no vazio é uma atitude difícil mas há quem o faça e o saiba fazer.

Aqueles que gastam mal o seu tempo são os que não lhe atribuíram verdadeiro significado. Só os operários sabem e conhecem o verdadeiro significado do tempo e fazem-se pagar por ele.

Perder tempo na aprendizagem de coisas que não interessam priva-nos de aprender coisas interessantes, eis o verdadeiro significado do tempo.

O tempo na óptica da disponibilidade é indiscutivelmente precioso e deve ser bem gerido porque este minuto que está a passar agora não voltará mais. As pessoas, hoje em dia, gastam 3/4 do dia a ocupar-se do trabalho remunerado e por norma descansam pouco.

È preciso ter em atenção que a saúde está primeiro. E que a vida é curta, pelo que deveremos aplicar o tempo com sucesso, sucesso este que, por sua vez vem dignificar a utilização do tempo consumido.

Penso eu.

jbritosousa@sapo.pt

2 comentários:

J.Elias Moreno disse...

Caro João:

O Tempo?
Cada um tem o seu.

O meu tempo é muito veloz,líquido silencioso e transparente.

É indomável.E não tenho outro.
Quando eu pensava que tinha todo o tempo do mundo,decidi dividi-lo em três porções equitativamente iguais, e guardar cada porção em seu adequado espaço, que neste caso se chama ampulheta.
Se o tempo fosse sólido, por exemplo como os ovos;tínha-o colocado em três cestos,porque não se dever pôr os ovos todos no mesmo cesto.
Tenho tido um imenso trabalho,e gasto imenso tempo,a controlar o nível das ampulhetas que eu gostaria de esgotar simultâneamente até à ultima molécula.Nem sempre me tem sido fácil gastá-lo da forma que eu tinha programado:1/3 para trabalhar,1/3 para viver e 1/3 para dormir.As características físicas do meu tempo, não me permitem realmente ver de quanto ainda posso dispor.
Não posso comprar, vender ou pedir emprestado.
Não há Banco do Tempo.
Conheces crise maior do que a falta ou má gestão do Tempo?.
Não me venham agora também cobrar juros pelo tempo que vos fiz perder a ler o que eu penso do tempo!
Bom Tempo e Abraços
J.Elias Moreno

Anónimo disse...

MEU CARO ZÉ.

Viva.

Estás em grande forma e eu gosto de te põr a pensar.

Dá-me gosto ver-te discorrer pelas estradas da vida.

My way é de facto a canção que pode albergar esse estado de espírito puro e rebelde.

Tens competência.

Mas, desculpa lá, continuo a pensar que os teus melhores trabalhos - e fizeste muitos bons -foram os desenhos do OPEL REKORD e do FORD TAUNUS que fizeste na primária.

Tenho essas imagens guardadas comigo.

My way

Tenho por ti a maior consideração e respeito.

E ler-te-ei sempre com atenção.

Um Ab. do
JBS