quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO

GUSTAVE FLAUBERT
Por João Brito Sousa

PEQUENOS TÓPICOS SOBRE A OBRA "EDUCAÇÃO SENTIMENTAL"

GF escreveu "A Educação Sentimental", que é hoje considerado como um dos principais romances franceses do século XIX, a par de algumas obras de Balzac e do "Vermelho e o Negro" de Stendhal.

Aquando da sua publicação em 1869 a crítica acolheu o livro com alguma frieza e falou-se de obra falhada sobre a vida de falhados.

A Educação Sentimental tem como herói um jovem estudante, Frederico Moreau, que , mercê de uma herança, vai tentar a sorte em Paris. Após algumas tentativas inábeis, consegue introduzir-se na aristocracia financeira da capital, nos círculos políticos radicais e no mundo da boémia.

Frederico viu sempre o mundo apenas através dos seus apetites.

Um jantar na cidade. o encontro de um homem em determinado local, o sorriso de uma bela mulher, podiam ter, por uma série de acções que se encadeavam umas nas outras, resultados gigantescos.

Apaixona-se tímida e platònicamente, sendo a eleita a Madame Arnoux esposa do mercador de quadros Jacques Arnoux, um indivíduo sem princípios nem escrúpulos.

Ao mesmo tempo mantém Rosanette, uma cortesã em voga e tem uma ligação com a elegante mas pouco sincera Madame Dambreux.

Por fim, Moreau, nitidamente mais pobre de ilusões e de dinheiro, regressa à sua cidadezinha provinciana para aí viver na ociosidade. A última cena do romance mostra Frederico conversando com o seu velho amigo Deslamiers, outro protagonista da obra.

Frederico Moreau, tal como o Zé Matias da minha terra. Carpinteiro de profissão, veio para Lisboa mas regressou à aldeia.

Uma bonita história de Flaubert.

É o que eu penso.


jbritosousa@sapo.pt

1 comentário:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Já tinha ouvido falar deste escritor.
Não li nada dele.
Rogério