terça-feira, 5 de outubro de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO

RELAÇÕES HUMANAS

O Valor da amizade

Um amigo faz com que nos excedamos a nós próprios.
Todos poderemos triunfar ou morrer nas lutas da vida, nada nos auxilia mais na obtenção do êxito que uma amizade firme e leal. O amigo cujos pensamentos coincidem com os nossos, que se alegra com as nossas aspirações, que reconhece com imparcialidade a nossa força e a nossa fraqueza, é um poderoso estimulante das nossas boas qualidades, pois reprime as nossas más tendências e reduplica vantajosamente as nossas probabilidades de êxito.
Aquele que conseguir despertar nos outros interesse terá o mundo a seu lado; aquele que o não conseguir caminhará só.

Como cativar

Pessoalmente gosto imenso de morangos com açúcar, mas por uma estranha razão os peixes gostam mais de minhoca. Há muitos anos eu gostava de pescar e quando o fazia não pensava no meu gosto mas na predilecção dos peixes. O meu primeiro cuidado era colocar no anzol uma minhoca e não um morango. Só se consegue apanhar peixe colocando no anzol aquilo que ele gosta. Só se consegue influenciar alguém, ou criar amizades, falando-lhes no que deseja, ensinando a realizar o seu intento; ajudando.
Suponhamos que um certo garoto, chamemos-lhe Zezinho, adquirira o péssimo hábito de urinar na cama.
O Zezinho dormia com a avó. De manhã, quando esta acordava, e, sentindo o lençol molhado, dizia:
- Vês Zezinho o que tornaste a fazer na cama? E ele respondia:
- Não, não fui eu, foi a avó!
Repreensões, castigos, humilhações e ralhos, nada permitiam que a cama amanhecesse seca. Os pais perguntavam a si próprios como poderiam emendar o garoto?
E quais eram os maiores desejos do jovem: queria usar pijama como o pai, e não camisa de dormir como a avó: queria ter a sua cama própria.
A mãe levou o filho a uma loja e, piscando o olho à empregada, disse:
- Este pequeno cavalheiro deseja fazer algumas compras
A vendedora, percebendo, perguntou ao garoto:
- Que deseja adquirir?
O garoto cresceu um par de polegadas e respondeu
- Desejo comprar uma cama para mim.
Quando lhe mostraram aquela que a mãe achou mais conveniente, esta piscou de novo o olho, e a vendedora conseguiu convencer o Zezinho ser aquela que era melhor para ele.
A cama foi entregue e quando o pai à noite chegou a casa, foi recebido pelo filho que exclamou:
- Papá venha ver a minha cama comprada por mim.
- Bravo, tiveste bom gosto, agora não vais molhar a tua caminha, pois não?
- Oh! Não! Não farei xixi na minha cama.
Uma promessa com muito orgulho; era a “sua” cama, fora ele que a comprara e, agora, usava pijama como um homenzinho. E assim aconteceu.
A auto-expressão é uma necessidade dominante da natureza humana. “Despertar na outra pessoa um grande interesse. Aquele que o conseguir terá o mundo a seu lado. Aquele que o não conseguir caminhará só”
A crítica destrutiva tem efeitos nocivos, afectando o orgulho e a personalidade de outrem. É uma atitude imprudente que pode causar graves traumatismos e irremediáveis complexos. Em vez de condenarmos as pessoas, procure compreende-las, saber o motivo porque actuam de uma determinada forma, dando ensejo à simpatia, à tolerância e à bondade.
A acção emana daquilo que fundamentalmente desejamos. É preciso deixar que os outros descubram e “cozinhem” as suas próprias ideias, para que as encarem como suas e as valorizem. Só assim se desenvolverá um profundo e dinâmico desejo de contribuir com os princípios das RELAÇÕES HUMANAS.

Alfredo Mingau

1 comentário:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Boa Alfredo
Uma bela crónica com um bom sentido de humor à mistura.
Rogério Coelho