sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O VELHO E A GAIVOTA (cont)
Por João Brito Sousa


-Talvez, disse eu.
- Não deves forçar muito a nota, vive a vida, porque nesses intervalos o sub- consciente está sempre a trabalhar. Ele não para de pensar por ti e um dia vais acordar com o assunto clarificado na tua cabeça. È quase a mesma coisa quando nos queremos lembrar do nome de uma pessoa e nada. Um dia faz-se luz, disse a minha mulher, que continuou.
Tens que ler o Dr. Joseph Murphy e talvez outros, Conon Doile e Agatha Christie, por exemplo, porque essa investigação que pretendes fazer exige treino e persistência.
Acerca de Murphy, diria que escreveu um dos primeiros e mais famosos livros acerca do trabalho da mente, o "O Poder do Subconsciente", onde afirma que existe um poder dentro de cada um de nós accionado pelo pensamento. Essa obra, ajudou milhões de pessoas a alcançarem grandes objectivos apenas mudando a maneira de pensar. Aí tens a primeira coisa a fazer; colocar o problema a resolver no ponto de mira do pensamento. Mudar a maneira de pensar, sobretudo afinar a lógica do raciocínio.
Creio que podes adicionar a isso as técnicas de Murphy, por se basearem num princípio simples e prático, que passa por transportar no que se acredita para um retrato mental, colocando-o na mente, com o canal aberto que o seu objectivo se concretize. Assim, qualquer um pode transformar em realidade aquilo em que acredita. O "O Poder do Subconsciente" é um guia para libertar o poder da mente que revela segredos para melhorar um casamento, eliminar hábitos nocivos, ganhar dinheiro e ser feliz.
Murphy defende a tese de que a mente subconsciente, ao aceitar uma ideia, começa imediatamente a pô-la em prática por meios sobrenaturais. Desta forma, para se alcançar o sucesso e o êxito é necessário unicamente conseguir -se que a mente subconsciente aceite a ideia de sucesso, êxito, saúde, tranquilidade ou a posição social que se deseja.
- Mas isso é muito difícil para mim, sou pouco rigoroso e Murphy e os outros que citaste são investigadores, têm interesse, formação e intuição para explicar esses assuntos. Vê bem, eu fui ao jardim e estava um velho sentado solitariamente e pensei: aquele está disponível para conversar. Mas verifiquei que não estava tão disponível assim. Por aqui podes ver que a minha lógica é frágil, tem pouca consistência, dá poucas garantias de fidelidade se por acaso um dia chegasse a ter uma ideia.
- Mas, se queres abordar o tema tens de treinar, estudar partindo de hipóteses, excluindo umas e aceitando outras, disse-me a minha mulher.
- Mas no teu entendimento, em que âmbito se deverá encaixar o problema? O grande problema, disse eu.
-Um grande problema, em geral, é dinheiro ou... mulheres. Se o velho tem pinta pode ser esta última coisa, disse Carol
- Bem vou pensar, disse eu


jbritosousa@sapo.pt

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