segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

100 ANOS DE REPÚBLICA
Por João Brito Sousa


A propósito da apresentação da obra, 100 Anos de República - 100 Personalidades, da autoria do Prof. António Rosa Mendes e do jornalista escritor Neto Gomes, no Salão Nobre do Governo Civil, com a presença de altas individualidades da região, ocorre - me dizer que:

No dia 5 de Outubro de 1910 - uma quarta feira - as comunicações telegráficas entre Faro e Lisboa ficaram interrompidas, donde ignorar-se na capital algarvia o que realmente ocorria na capital do País.

A cidade não deixou porém de fervilhar de boatos. Os mais curiosos acudiram à estação dos comboios, na esperança de obter notícias frescas por algum passageiro. Em vão, contudo.

O que mas lograram saber foi que a partir de Vendas Novas, a circulação ferroviária estava cortada, pelo que os comboios que chegavam a Faro eram provenientes de Beja.

Era já noite quando, enfim, se ficou a conhecer com alguma segurança a proclamação da República em Lisboa. Muito povo acudiu então à Pr, de D. Francisco Gomes, a Praça de Faro, como era mais designada (hoje também Jardim Manuel Bívat)

À frente dos manifestantes, segundo o articulista do Província do Algarve, encontrava-se "o entusiasta republicano" operário João Henrique, brandindo um a bandeira vermelha e verde que intentou arvorar na fachada do Edifício do Governo Civil, sito na extremidade sul da praça, incrustado na muralha e contíguo ao magnífico Arco da Vila, erguido nos inícios do século XIX, segundo projectos do arquitecto italiano FABRI.


(de Roteiros Republicanos)


jbritosousa@sapo.pt

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