quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Escuta Portugal

Escuta oh nobre Povo de Portugal;
Lembra as caravelas que partiram,
Desbravando o mundo num sem igual,
Olha esses valentes que te miram!


Não baixes a guarda –luta;
Foi o que eles sempre fizeram;
Existirá sempre quem tome a batuta,
E quem lembre os que morreram!


Esses prodígios não foram em vão,
São um exemplo para os de agora;
Não quereis desmerecê-los pois não?
Então em bloco uni-vos –é a hora!


O País está doente, muito doente,
Já vezes sem conta esteve em sarilhos;
Mas levantou-se sempre –serrai o dente,
Arregaçai as mangas dilectos filhos!


Que temos agora no negro horizonte?
Dívida enorme –a descrença campeia,
Então bebamos a água da fonte,
Força, trabalho, não qualquer panaceia!


Mobilize-se o País –toda a gente,
Para campos, fábricas, investigação,
Que a tal ninguém fique indiferente,
Vamos – lutemos pela Nação!

IN  VENTOS DO SUL de Manuel Inocêncio da Costa

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