quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SE POR MIM PASSARES
Manuel Inocêncio da Costa


Se por mim passares,
Não me deites olhares,
Para me seduzir:
Tu sabes que me encanta,
O teu sorrir.

Passa-me ao lado,
E não pares,
Para não me enlevares,
E, eu, não soçobrar;

Eu, não te posso amar!
Então, assim deve ser;
Se tal seria asneira,
Para quê sofrer?

IN VENTOS DO SUL - Inocêncio da Costa

3 comentários:

Anónimo disse...

CARO MANUEL COSTA.

Viva.

Trouxeste de Coimbra a magia da poesia.

Se por mim pasares/ não me deites olhares,

é lindo e podia ser cantado por Fernando Machado Soares ou Fernando Rolim.

Acho que tu e a poesia se entendem bem. Muito bem mesmo.

Para què sofrer?

Eu faria assim:


SE POR MIM PASSARES ...

Levanta a cabeça e olha em frente
Podes nada dizer mas és honrado
Primeiro, porque se vé que és gente
E depois actuas como homem educado.

Na vida entramos sempre em disputa
E erramos sem disso ter consciência
Mas o essencial é manter a conduta
A serenidade, a calma e a paciência

Repara que tens todos de olho em ti
Se algo correr mal não chores, ri
Acredita que de nada vale chorares

Não temas a vida, faz-te à estrada
E percorre o caminho até à chegada
Com a coragem se por mim passares


Com um abraço do
JBS

Anónimo disse...

CARO MIC.

Para já um abraço.

Depois apreciar a tua poesia, deliciar-me com ela e imaginá-la nas vozs do Fernando Machado Soares ou na do Fernando Rolim.

"tu sabes que me encanta/ o teu sorrir"

Belo, belíssimo

SE POR MIM PASSARES

Se por mim passares dá-me devaia
Diz-me qualquer coisa a sorrir
E se o vento soprar na tua saia
Não acontece nada eu vou seguir

A rota que te disse para iniciares
Eu faço e tem-me feito tanto bem
Notarás isso se por mim passares
Dantes era nada e agora sou alguém

Isso depende do caminho seguido
Eu estive perto de alguém querido
Faz igual se melhor não achares

E é bom de cabeça levantada andar
Pela estrada da vida assim caminhar
Quero-te assim se por mim passares

Ab.
JBS

Anónimo disse...

Caro Brito de Sousa

É tempo de Natal! E, é tempo dum novo ano!Que um e outro sejam o melhor possível para ti e para todos os Costeletas, sobretudo no capítulo saúde, porque noutros aspectos os vôos serão sempre muito rasteiros!
Gostei da glosa da tua poesia.Continua. A poesia é o ilimitado, a sugerência, o que permite ao leitor algo que ele interpreta e vive.
Um abraço,do,
Manuel Inocêncio da Costa