domingo, 30 de janeiro de 2011

AGENDA

A cultura deve ser preservada a todo o custo. Por isso peço desculpa por vir ocupar este espaço que é seu para, juntos, divulgarmos os IX JOGOS FLORAIS DE AVIS, cujo regulamento já se encontra disponível em www.aca.com.sapo.pt
Obrigado.
Fernando Máximo/Avis
nota: O Blogue "Costeleta" está ao dispor da cultura. Quem desejar tomar conhecimento destes jogos florais pode fazer klicando no link indicado
Rogerio

http://www.aca.com.sapo.pt/
LUGAR AO SUL

Bom dia.

Hoje acordei a ouvir uma descontraída e muito interessante conversa entre dois portugueses (felizes, atrevo-me eu a dizer).
Meio estremunhado ainda, por momentos julguei estar a sonhar, olhei para o radio despertador, o alarme estava ligado e sintonizado na RDP Antena 1, e uma voz amiga, inconfundível e afável, acordou-me para a realidade ansiosamente desejada: o Lugar ao Sul voltou,para alegria e satisfação de muitos portugueses, do Sul do Norte e de todas as latitudes onde se faz ouvir.
Se já não estiver a sonhar, obrigado a quem trouxe de volta o programa LUGAR AO SUL, e o Rafael Correia, um dos melhores radialistas portugueses de sempre.
O testemunho de vida do senhor Diogo, velho guarda florestal reformado, poeta da vida vivida com paixão, amor e gratidão contados ao microfone do Rafael em poucos minuto, valeu por meses de discursos, comentários, críticas e lamúrias pseudointelectuais e estéreis.
Estes momentos de bom programa rádio e o reaparecimento do seu autor, vieram de certo modo compensar um pouco o sentimento de perda de outro grande valor da cultura do Algarve, como era D. Maria Amélia Campos Coroa, que ontem nos deixou.

J.Elias Moreno


O MENOR E MAIS ESTRANHO
PAIS DO MUNDO

PRINCIPADO DE SEALAND

Sealand é o menor e mais estranho principado do mundo – uma plataforma submarina construída durante a Segunda Grande Guerra.

Quem tiver a curiosidade de ir até lá, verá equipamentos de informática milionários, feitos especialmente para guardar e-mails e transações confidenciais, da mesma forma que acontece com contas bancárias em paraísos fiscais.


O cérebro da idéia é Sean Hastings, jovem empresário de 32 anos, que preside a Havenco. Ele deixou tudo o que tinha nos Estados Unidos e já está morando em Sealand, para supervisionar de perto o seu pioneiro centro de operações online.
“A Havenco oferecerá um espaço onde você aloja seu negócio, sem que seja espionado por concorrentes ou por órgãos oficiais. Seu objetivo é acabar com a apreensão de computadores e da investigação de arquivos pessoais, com base em pouca ou nenhuma evidência – coisa corriqueira agora na América. Em Sealand isso jamais ocorrerá”, anuncia Hastings

A singular história de Sealand é um indício de que Hastings tem razão. Ela teve início quando os ingleses perceberam a necessidade de ter uma fortaleza flutuante para repelir ataques nazistas por ar e mar, durante a Segunda Guerra Mundial.
Terminado o conflito, Roy Bates, major da reserva das Forças Armadas britânicas, assumiu o comando da fortaleza, batizou-a de Sealand, declarou-a independente da Coroa, argumentando que ela pertencia a seus antepassados, e autoproclamou-se príncipe.
Atualmente, Sealand conta com 160 mil cidadãos, todos homens de negócios, que preferem viver em seus países de origem, até porque não caberiam na ilha metálica. São eles que dão sustentação a Bates, que mora lá com a esposa, a princesa Joan, e o filho Michael.
Desde então, Bates não dá a mínima para Sua Majestade. Certa ocasião, defendeu a soberania da “ilha”, abrindo fogo contra um navio da Armada Real que tentava retomá-la. O governo britânico condenou o incidente e alegou que nada podia fazer porque Sealand estava fora de sua jurisdição.
Em 1978, um ricaço alemão mandou seqüestrar o filho de Bates, para trocá-lo pela posse da ilha. Não obteve êxito. Os invasores foram capturados e Bates considerou-os prisioneiros de guerra. A Alemanha pediu que a Inglaterra interviesse.
Pedido negado. Os ingleses caíram fora da disputa e o abacaxi ficou nas mãos de diplomatas alemães, que suaram para dar um desfecho feliz ao caso


TERRITÓRIO LIVRE

Por tudo isso, Roy Bates acredita que a Havenco se encaixa bem dentro dos princípios básicos de Sealand. “Esta é uma nova maneira mundial de pensar um negócio. E pouco importa que falem mal – quanto mais o povo grita menos luta”, ele diz.
Hastings e seus companheiros da Havenco concordam: “A Internet é território livre e o que estamos oferecendo a nossos clientes é uma forma de eles preservarem seus segredos e seu anonimato”, explica Hastings.
Mas a Havenco já ganhou adversários ferrenhos e dispostos a barrar suas pretensões. Um deles é o advogado Peter Somer, da London School of Economics, famosa instituição econômica inglesa.
“Se você tiver na ilha um negócio de produtos que podem se tornar perigosos, não está nem aí para qualquer acidente que possa acontecer porque, quem se sentir prejudicado, não tem como apelar à Justiça”, argumenta Somer.
Resta saber se a Inglaterra continuará a fechar os olhos para a aventura da Havenco em Sealand, uma vez que foi aprovada uma lei que permite ao governo britânico investigar arquivos eletrônicos e e-mails de seus súditos.
Será que a lei será utilizada no soberano território de Sealand? O “príncipe” Roy Bates adverte: “Não deixarei que tomem minha ilha. E fim de papo”.

António Encarnação

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

AGENDA COSTELETA




ANIVERSÁRIO
DE ASSOCIADOS COSTELETAS

FEVEREIRO
1-José Inácio de Brito. 2-Maria Emília Romano Escorrega Gonçalves Pêgo; Maurício Severo Domingues. 3-Heraclides Cabrita Silva. 5-Maria Célia Rodrigues da Encarnação Revez.  7- Eduardo Romualdo E. Martins; Manuel Inocêncio da Costa. 8 – Edmundo Gomes Fialho. 9- Maria José Fernandes; Rosa Ana Maria Machado Martins. 10-Joaquim Cláudio Gonçalves; Maria Isabel Dias Pereira; Zélia de Jesua Silva; Natália Joaquina das Dores Pires Caetano. 12 - Maria Suzete Amaro Pavão Romeiro Casaca. 13-Alberto Conceição Trindade. 14-Maria da Conceição B. Lourenço Dias. 15- Natália Maria Soares Marum; Maria Filipe Vieira de Sousa Guerreiro. 16 - António da Cruz Bica; João José Machado; Eduardo Octávio Abreu Neves. 18-António Santos Domingos. 19-Maria Luísa R. Marques Alves Miguel. 20-Armando Pereira Gonçalves; João Manuel Prudêncio Oliveira. 21- António Gonçalves Melão; Maria Alzira de Sousa Silva; Maria Filomena Farinha Prior de Sousa. 22-Fernanda Marçal Morais Nascimento. 23-Francisco Cabeleira; José Joaquim Silva. 25-Almerinda Santos Coelho;Jorge Manuel Matos Santos 26-Florêncio Pereira Vargues; Helder Madeira Tavares Belo; José Rodrigues Gonçalves; Vasco Gil da Cruz Soares Mantas. 27-João Rosário da Silva; Fran¬cisco José Coelho. 28-Adília Nascimento Nunes Aleixo; Alice Baptista Romão Lopes; José Joaquim Fernandes; Maria de Fátima Madeira Gago; Maria João Mendonça Rolão. 29-Maria da Conceição P. Tinoco Pudim.

PARABÉNS A TODOS

Pesquisa de Rogério Coelho

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

AMENDOEIRAS EM FLOR

Que eram conhecidas pela "neve Algarvia"

Nesta altura do ano os campos ficam floridos com a flor da amendoeira
Cartaz turistico Algarvio
Algumas, que florescem mais cedo, já se notam as folhas a crescer (temperão), outras, que florescem mais tarde, ainda não têm folhas (serôdio). Estas, neste momento conforme vi hoje, a brancura é mais notada..
Segundo me dizia o meu avô, as amendoeiras com flor mais branca, o fruto (amendoa) é de casca mais dura. as com flores rosadas dão o fruto com a casca mais tenra.

Rogério Coelho

terça-feira, 25 de janeiro de 2011



Dia de Santa Maria
Dia da Freguesia da Sé

Comemora-se no próximo dia 2 de Fevereiro o Dia da Freguesia da Sé.
À semelhança dos anos anteriores, realizaremos pelas 17h30 no Auditório da Biblioteca Municipal uma sessão solene, na qual será orador o Prof. João Leal abordando um tema referente às Freguesias.
Nessa sessão serão também entregues 4 Medalhas de Mérito a fregueses que se notabilizaram pela sua Cidadania.
À noite pelas 21h30 realizaremos um Sarau Cultural no Auditório do Conservatório Regional do Algarve dividido em duas partes: na 1ª parte actuarão alunos do próprio Conservatório e na 2ª parte teremos uma actuação de jazz pelo Grupo Betty M. & os Swing Cowboys.
Esperamos por si. A entrada é livre.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


A Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, de Faro, felicita e congratula-se pela reeleição do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, Costeleta e sócio nº 38 da nossa Associação.
Felicidades Senhor Presidente
A Direcção
O Presidente
Joaquim Teixeira
Com o frio que se tem sentido no País !
Não resisti enviar uma crônica de um escritor brasileiro a falar sobre a Praia .

A PRAIA


Chegou o Verão e com ele também chegam os Pedágios (Portagem), congestionamentos na estrada, os bichos geográficos no Pé, e a empregada cobrando hora- extra.
Verão também é sinónimo de pouca roupa e muito chifre, de pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.
Verão é Picolé de Ki-suco no palito reciclado (gelado de palito feito com pó para refrigerante), é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto para comer a gosminha branca.

Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis

Mas o principal, o ponto alto do Verão é... a Praia!! ah como é bela a Praia!
Os cachorros fazem cocó, e as crianças pegam para fazer coleção.
Os casais jogam frescobol e acertam com a bolinha na cabeça das idosas .
Os jovens fazem Jet Sky e atropelam os surfistas , que por sua vez miram a prancha para abrir a cabeça dos banhistas.

O melhor programa para ir á praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando .

Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, tres geladeiras de isopor (esferovit) cinco guarda–sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha acreditando que estão de férias.

Em menos de cinqüenta minutos já estão todos instalados, besuntados e prontos para enterrar a avó na areia.

E as crianças?
Ah que gracinha!
Os bebés chorando de desidratação , as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem .

As mulheres também tem muita diversão na praia , como buscar o filho afogado e andar vinte quilômetros para encontrar o outro chinelo do pé.
Já os homens ficam com a tarefa mais chata, perfurar um buraco para fincar o cabo do guarda–sol.
É mais fácil encontrar petróleo que conseguir o guarda sol ficar de pé.
Mas tudo isso não conta, dentro da alegria, da felicidade, de entrar no mar!
Aquela água tão cristalina, que dá para ver os cardumes de latinhas de cerveja no fundo.
Aquela sensação de boiar na salmoura, como um pepino na conserva .
Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal, e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa.
A gente abre aquela esteira velha, com cheiro de velório de bode, coloca os óculos escuros, puxa um ronco bacaninha .
E á noite o sol vai embora, todo o mundo volta para casa tostado e vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próxim, o shampo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde o creme de barbear ao desinfetante da sanita.
As toalhas com o cheiro de mofo que só a casa da praia oferece.
Aí, uma bela macarronada para entupir o bucho, e uma dormidinha na rede para adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas.
O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família.
Todo o mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha, torcendo para que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo se possa encontrar naquele inferno tropical...
Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência...

Autoria de :
Luis Fernando Veríssimo .

Saudações Costeletas

António Encarnação

FAVELA NO MANGUE

ENTRE
CIDADES DE SANTOS E SÃO VICENTE

A Catástrofe que há poucos dias aconteceu na Zona serrana do Estado do Rio de Janeiro, comoveu o Mundo pela forma em que mais de mil pessoas perderam a vida , a maioria moradora em favelas construídas em locais de risco .

As migrações de outros Estados para cidades mais desenvolvidas cria nestas , problemas de várias ordens pela falta de Estruturas para receber enormes fluxos de novos habitantes , obrigando os de fracas condições económicas a instalarem-se em favelas na maioria localizadas em locais de risco no que também são afetadas as próprias cidades que não foram projetadas para populações tão numerosas .
Temos o exemplo de Brasilia inaugurada em 1960 e projetada para uma população de 600.000 habitantes até ao ano de 2.000 ! que na realidade nessa época ultrapassava os dois milhões .

No litoral de São Paulo a cidade de Santos é considerada no Nivel de Desenvolvimento Humano a terceira do Estado com uma renda média por capita superior a 26,000 Euros ,.
Com uma População superior a 400 mil habitantes , nela se encontra o maior Porto maritimo da América do Sul .
Na divisa com o Município de São Vicente onde a actividade principal é o Turismo ( Praias ) existe uma Favela no sistema de Palafitas sobre o mangue( casas sobre estacas ) com uma população de cerca de 30.000 habitantes .
Essa população atira diáriamente todo o lixo e restante calculado em cerca de 50 toneladas para a rua ( diga-se água das marés ) originando um cheiro forte e outros problemas para a saúde dos moradores .

Num ambiente de costa marítima é natural que gaivotas e outras aves voassem sobre a região , no entanto as aves que predominam são os Urubus ( aves de rapina ) enquanto entre o Lixo existe verdadeiras colónias de ratos em vez de carangueijos e outros habitantes dos mangues .
Andar sobre tábuas que servem de ruas que no ambiente maritimo se estragam em pouco tempo , leva a acidentes fatais de forma constante nomeadamente entre crianças , em que não tem muito tempo uma de cerca de dois anos deixou cair a mamadeira e se desiquilibrou morrendo afogada .
A luz elétrica e água chega por ligações clandestinas , as familias são numerosas e a miséria enorme ! No entanto o que leva as pessoas a viverem nesse ambiente ? a maioria é por não ter condições de pagar aluguer . Podem crer que é uma das maiores degradações na sobrevivência que mesmo num Pais que ambiciona ocupar o quinto lugar na Economia Mundial . No aspecto qualidade de vida entre 200 países avaliados. O Brasil entre 2009 a 2010 passou da posição de 43 para 38 , enquanto o Estado de S. Paulo ocupa o melhor lugar no PAÍS.
Muito existe ainda para fazer no entanto esparamos que Portugal que ocupa a 21 Posição não Baixe demais a dignidade do nosso povo .

Palafita

Chamam-se genericamente de palafitas sistemas construtivos usados em edificações localizadas em regiões alagadiças cuja função é evitar que as casas sejam arrastadas pela correnteza dos rios. As Palafitas são comuns em todos os continentes sendo que em áreas tropicais e equatoriais de alto índice pluviométrico é maior. As Palafitas são contruções sobre-pilotis de madeira muito utilizada nas margens dos rios, na Amazônia, áreas do Pantanal Brasil, em países da África e Ásia. Também,encontradas no bairro de alagados (Bahia) e em São Vicente-SP. nas mediações da ponte do mar pequeno.

O Manguezal

Também chamado de Mangue, é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais. Associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se associam outros componentes vegetais e animais. Ao contrário do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, a cobertura vegetal do manguezal instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.
Devem-se distinguir os termos "manguezal" (ecossistema) de "mangue", termo comum dado as espécies vegetais características desses habitats

Saudações Costeletas
António Encarnação

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ria Formosa

IR AO MAR


Expressão que se empregava até há quase sessenta anos , quando os agricultores do concelho , precisavam de produtos para alimentar os animais e fins agrícolas ( murraça, mato , seba ) , além de outros alimentares verdadeiras iguarias das quais nos resta a saudade como os geados ( muges ) peixe rei , alcabrozes e uma longa lista .

É precisamente da Ria Formosa considerada uma das sete Maravilhas de Portugal que estou escrevendo .
Um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé ; Faro; olhão; Tavira e Vila Real de Santo António , abrangendo uma área de cerca 18.400 hectares ao longo de 60 quilómetros , desde o Rio Ancão até à praia de Manta Rota .
Este sistema lagunar tem uma forma triângular e apesar de ser reconhecido como ria.
Na realidade não o É !
Uma vez que uma ria é um vale fluvial inundado pelo mar o que não é o caso, uma vez que a laguna não é nenhum vale fluvial e é formada por ilhas barreira. O seu fundo é constituido essencialmente por sedimentos lagunares (matéria orgânica, vasa salgada), sedimentos Continentais (oriundos do transporte pelas ribeiras e escorrência das águas das chuvas) e sedimentos arenosos ( provenientes das correntes de maré, sobretudo nas barras, galgamentos e ventos) que se têm vindo a consolidar com a ajuda da "morraça" que é um tipo de vegetação predominante e caracteristico desta região.
A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar quase paralelo à orla continental, formado por duas penínsulas (a Península do Ancão, que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro; e a Península de Cacela, que engloba a Praia de Cacela Velha e a Praia da Fábrica) e cinco ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas), que servem de protecção a uma vasta área de sapal, canais e ilhotes.
A norte, em toda a extensão, o fim da laguna não tem uma delimitação precisa, uma vez que é recortada por salinas, pequenas praias arenosas, por terra firme, agricultável e por linhas de água doce que nela desaguam (Ribeira de São Lourenço, Rio Seco, Ribeira de Marim, Ribeira de Mosqueiros e o Rio Gilão).
Tem a sua largura máxima junto à cidade de Faro (cerca de 6 Km) e variações que nos seus extremos, a Oeste e a Este, atingem algumas centenas de metros.
Na actualidade super protegido como Reserva Natural ! quando será que são resolvidos os problemas provocados pela construção da Estrada do Cais ( antes conhecido como Novo , que pela falta das correntes naturais se tornou lodosa e mal cheirosa há muito tempo ?

Saudações Costeletas
António Encarnação




quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

JORGE TAVARES

jctavares@jcarmotavares.pt

faxonline-213516992

consultório fiscal online em www.jcarmotavares.pt

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CONVERSANDO COM

O título com o nome REVIVENDO era de letras maiúsculas, certas, vermelhas.
Quem lesse ficava pensativo.
Eu olhava para o Rogério e, com semblante em que se notava admiração, dizia em voz baixa:
- Que “ganda gaita” pá!, nem que eu cantasse do António Mourão, o tempo voltava pra trás.
- Você acha, heim? Com as coisas como vão… você tem razão!
Recostei-me na cadeira, peguei no copo de medronho depois de ter saboreado o café, dei um trago, fiz uma careta, poisei o copo e respondi:
- Aquele texto tem “cabelo na venta”…
Rogério retrucou:
- Vai outra golada? E para o garçom “mais dois copos”.
Um velhote tocando gaita, aproximou-se. Ficámos calados ouvindo. Quando parou a música disse-nos:
- Pagam-me um copo?
A esplanada do café estava vazia.
- Sente-se disse eu.
O homem trazia um cachecol azul, pegou no cálice de medronho e puxou conversa:
- Boa tarde… São servidos?
- Boa noite, já é seis horas, disse o Rogério.
- É mesmo! Já bateu as seis horas. Enguliu o medronho. Me vou, obrigado.
Rogério, enquanto olhava para o velhote a afastar-se, comentou:
- Então Montinho, continuas a escrever para o blogue?
Enquanto, com toda a calma, bebia o último trago, respondi:
- Não! A minha colaboração foi curta mas terminou.
Levantei-me da cadeira, sorri para o Rogério e olhei em silêncio a rua. Fiquei indeciso se subia ou descia a rua. Cuspi e esfreguei o pé em cima do cuspo. Por fim decidi e lá fui ladeira acima.

Um último arranjo do Montinho

PS: - O Rogério que me desculpe por ter usado o nome dele

REVIVENDO II

Por João Brito Sousa

AO MONTINHO, em especial

Porque o título é dele e não o quero usurpar. Permita-me que o utilize agora. Para dizer que gostei dos textos assinados pelo costeleta Montinho. Porque me pareceu ser um homem justo, sem menosprezo algum por todos os outros, obviamente. Gosto desta postura nos homens. Foi por estas e outras que Hemingway disse "é muito difícil ser homem" .

Reviver é ter saudade, é sentir outros tempos, outros comportamentos, é vontade de voltar, em suma, é voltar a viver. Achei particularmente bela aquela referência aos avós. Saramago disse o mesmo do avô Jerónimo e da avó Josefa.

Leia-se o Montinho-

O meu Revivendo II é resultado duma saudade de estar, sim, mas também revelador duma certa irregularidade no meu comportamento. Têm-me ensinado tanto e aprendido tão pouco. Conta até dez diz o Moreno, João, tens o coração perto do teclado diz o Jorge Tavares. Bons amigos.

Refugio-me na frase de Hemingway.

O Mingau bem me disse num seu texto, estou lá, vê lá se adivinhas. Nada, não adivinhei nada.

Se escrevo isto é por pensar que tudo isto é reviver. Reviver aproxima as pessoas, contribui para aumentar a auto estima, permite que me auto analise. É preciso ser-se autêntico e responsável, o que nem sempre sou. Mas adiante.

A Escola de 1952 / 61, que belas recordações. Que ficam para outra altura.

Para publicar, se se achar bem. Como dizia sempre o Montinho.

A quem deixo um abraço.

E aos ouros todos também.


João Brito Sousa
Costeleta 1952 / 61

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

REVIVENDO!...


Fui criado com princípios morais comuns.
Quando eu era “moce-pequeno”, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração.
Quanto mais de perto ou com mais idade, mais afecto.
Inimaginável responder de forma mal-educada aos mais velhos, professores ou autoridades...
Confiávamos nos adultos, porque todos eram pais, mães ou familiares e vizinhos da nossa rua, do bairro ou da cidade.
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror...
Hoje sinto uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos.
Tudo que os meus/vossos netos, um dia enfrentarão.
Pelo medo no olhar das crianças, dos velhos, dos jovens e dos adultos.
Direitos humanos para os criminosos, deveres ilimitados para os cidadãos honestos.
Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Aquilo que sou…Trabalhador digno e cumpridor dos deveres virou otário.
Pagar dívidas em dia é ser tonto - amnistia para corruptos e sonegadores.
O que aconteceu connosco? Com este povo?
Professores maltratados nas salas de aula; comerciantes ameaçados por traficantes; grades em nossas janelas e portas.
Que valores são esses?
Automóveis que valem mais que abraços. Filhas querendo uma cirurgia como presente por passarem de ano.
Filhos esquecendo o respeito no trato com pais e avós.
No lugar de senhor, senhora, ficou “oi cara”, ou “como estás, meu”?
Celulares nas mochilas de crianças.
“O que vais querer em troca de um abraço?” – “A diversão vale mais que um diploma.” – “Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa.” – “Mais vale uma maquilhagem do que um sorvete.” - “Aparecer do que ser.”
Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar nas flores…
Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão.
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a rectidão de carácter, a cara limpa e o olhar “olho no olho”.
Quero sair de casa sabendo a hora em que estarei de volta, sem medo de assaltos ou balas perdidas.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade.
Onde a palavra valia mais que um documento assinado.
Quero a esperança, a alegria, a confiança de volta.
Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de” ao falar de uma pessoa.
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã. E definitivamente bela como cada amanhecer.
Quero ter de volta o meu mundo simples e comum, onde existam o amor, a igualdade, a solidariedade e a fraternidade como bases.
Quero que voltemos a ser gente. A ter indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito. Construir um mundo melhor, mais justo e mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.
Utopia?
Quem sabe.
Precisamos tentar.
Nossos/vossos filhos merecem e nossos/vossos netos certamente nos agradecerão.
Quem sabe começando a caminhar ou ajudando a transmitir esta mensagem teremos de volta nossa dignidade, nosso respeito, nossos direitos, nossas vidas.
Pense, decida.
Só depende de você. E de todos os idiotas como eu!


Um arranjo do “idiota” Montinho
“Com um abraço de despedida”
UMA ESCOLHA DIFÍCIL!...

O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos costuma oferecer, antes do menu, o jornal do dia "facilitado", isto é, com traços vermelhos cercando as notícias importantes.
Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime começado em que Janeiro?, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que mexem com ele na alma.
Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o cheque a ser recebido no mês que vem ("Falta só uma semana, Seu Apolinário").
Além dessas delícias raras, Seu Apolinário faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e beneficiar-se com o filé mais fresquinho, as lulinhas fritas, o robalo de primeira, a batata doce frita feita na hora, especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-gostoso.
Uma noite dessas, o movimento era pequeno. Seu Apolinário veio sentar-se ao lado da antiga freguesa. Era hora do jantar dele, também.
O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu Apolinário, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:
- Que tal um fígado acebolado?
- Acabou, madame - atalhou o garçom
.- Deixe ver... Bife de atum de cebolada, está bem?
- Não, não tenho vontade disso - e Seu Apolinário sacudiu a cabeça.
- Bem, estou vendo aqui uns choquinhos com tinta, com arroz de coentro...
- Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi umas papas de milho (xarém) com conquilhas, uma delícia e há dois dias que me servem feijão ao almoço - ponderou.
A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom:
- Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há. Um bacalhau à qualquer coisa? Pois Seu Apolinário (refletiu ela) como bom português, e como todo lusíada que se preza, há de achar que todo o bacalhau é bom prato.
Da cozinha veio a informação:
- Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer?
- É, pode ser isso - concordou Seu Apolinário, sem entusiasmo.
Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo a Gomes de Sá. A freguesa olhou o prato invejando-o, e, para estimular o apetite de Seu Apolinário:
- Está uma beleza!
- Não acho muito não - retorquiu, inapetente.
O prato foi servido, o azeite adicionado, e Seu Apolinário “garfou” o bacalhau, depois de lhe ser desejado bom apetite. Em silêncio.
Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o:
- Como é, está bom?
Com um risinho meio de banda, fez a crítica:
- Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É bacalhau com batatas. E vou lhe dizer:
- Está mais para sem gosto do que com ele. A batata me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!
A cliente se lembrou, com saudade, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come no Retiro dos Amigos no Rio Sêco. E foi detalhando:- Lá é que se prepara um apetitoso, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo...
Seu Apolinário emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando desta vez em sorriso aberto:
- Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas britadas, daquelas... Um santo, santíssimo prato! Mas, encarando o concreto:
- Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência!
- Espera aí, Seu Apolinário, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o senhor se consolar. Não tinha, infelizmente.

Um arranjo do “idiota” do Montinho


domingo, 16 de janeiro de 2011

Porquê Ser Idiota?

Porque a idiotice é vital para a felicidade. Há Gente chata, que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Opss! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixemos a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, sejam idiotas! Riam dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em vocês. Ignorem o que o boçal doutrem disse. Pensem assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, são eles. Pobres deles.
Parafraseando, “Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice”. Tratemos o amor como nosso melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
A gargalhada !hahahahahahahahaha!”...
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que não vamos ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Vocês querem? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entenderam?Esqueçam o que vos falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não apanhar chuva. Pulemos à corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber o pauzinho do sorvete. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Testem a teoria. Uma semaninha, para começar. Vejam e sintam as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acordem de manhã e decidam entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entreguem os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso no bar da esquina agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cantem, chorem, dancem, escrevam e vivam intensamente antes que a cortina se feche!
Arranjem outra forma de dizer “NÃO”
E digam “SIM” ao que se escreve e apreciam no nosso blogue.

Um arranjo do “Idiota” Montinho

sábado, 15 de janeiro de 2011

E Afinal o quê?...

Era uma vez (porque as histórias deveriam começar sempre por era uma vez), então, como eu dizia, era uma vez, porque o tempo não interessa, passado, presente, futuro, se foi, é ou será não é o que interessa, o que interessa é que era já que era não fecha o tempo a um momento mas deixa-o aberto, e uma vez porque essa vez em que o tempo é irrelevante é única e pontual, porque há acção e cada uma acontece uma vez em dado tempo e nunca se repete. Mas como eu dizia...

Era uma vez um homem (até podia ser uma mulher, o género não interessa, ou uma criança ou um velho, mas a idade, também essa pouco importa). Ou seja, era uma vez um homem que nesse momento não estava feliz nem infeliz, não tinha grandes problemas nem grandes alegrias, já as tivera, mas não nesse momento, e seguramente iria ter mais no futuro, quer tristezas, quer alegrias conforme a “crise”. Não era rico nem mendigava. Tinha amigos, família, pessoas de quem gostava menos e mais, pessoas a quem amava ou a quem não dava grande importância. Tinha o necessário para viver, por enquanto, sem grandes luxos ou grandes apertos.

Diríamos então era uma vez um homem sem muito para contar e uma vida mediocre (no sentido de nada relevante se passar).

Então porque perco tempo a contar a história de alguém que não tem nada para contar e sobre um dia como a maioria dos dias?

Isto é o que o homem se perguntava. Então entra a acção e a história passa a ser história porque há verbo. Já não é uma descrição. O homem perguntava-se porque é que a sua história é uma história e ao fazê-lo transforma-a. Poder-se-ia perguntar mais vezes e então deixaria de ser uma vez e passaria a ser duas, ou três, ou mais, a monotonia tiraria o interessa à história já que nesse momento da sua vida não há nada de relevante para contar.

E deu-se conta que afinal havia algo de importante para contar. Deu-se conta de que pela primeira vez se perguntou porque é que aquele ponto da sua vida merecia umas palavras num blogue, quando passava uma fase monótona e aparentemente igual a tantas outras, descobrindo que essa história se faz unindo esses pequenos pontos uns atrás dos outros até aparecer uma história onde os golpes da sorte (ou do azar) nada mais são do que os condimentos que dão sabor ao prato principal.

Dera-se conta nesse momento e nessa vez e não haveria outra igual, ou haveria?, por isso e para que fosse publicado no blogue, começara com “Era uma vez…”.
E afinal o quê?
Tal como nos contos das “Mil e Uma Noites”… - Fica para o próximo.
Inté

Alfredo Mingau


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

TEMA: - conto

Elas sabem o que querem?

A garrafa de coca-cola na mesa do bar, o copo meio cheio, ao lado, um livro aberto na página 37, um pratinho de amendoim torrado e uma cadeira vazia a espera de alguém.
Sandra demonstra certa ansiedade, o relógio de pulso parece esquivar-se do seu olhar pois de minuto em minuto ela o consultava. Os versos de Julio já não surtiam o mesmo efeito e o livro é cerrado com o marcador de páginas fazendo o seu trabalho.
A coca-cola acaba e Sandra ainda belisca o amendoim.
Passa um garçon e ela pede dois martinis, olha em direção a porta, reconhece Sofia em meio as tantas pessoas que circulam no hal de entrada. Sofia dirige-se à mesa. O ar solitário, tenso e preocupado dá lugar a um largo sorriso que é correspondido. Sofia beija-lhe o rosto, senta na cadeira vazia que a esperava, observa o livro fechado, toma o drink e o diálogo entre elas estende-se por horas. E os martinis também.
Sofia paga a conta com o cartão e as duas vão até seus automóveis. Sandra desliga o alarme, abre o carro e coloca o livro no banco do "pendura", põe a chave na ignição, dá a partida e só então Sofia senta-se no seu carro, põe a mão no bolso do blaser em busca da chave e um guardanapo, colocado pela Sandra, dizendo ” Só as mulheres sabem o que as mulheres querem” vem junto com ela.
Sofia dá uma gargalhada e se diverte com a situação até que entra na garagem do edifício e por celular envia uma mensagem:
“Tu tens razão, nós sabemos o que queremos”…

Um arranjo de Montinho


TEMA: - CONTO

Vicios e Medronhos…


Sempre que o autocarro passava, em torno das 10:30h da manhã, a bebida estava liberada.
Não sei bem porquê!
Todos os dias, segunda, terça… sexta, sábado (menos no domingo) o autocarro estacionava em frente ao prédio do armazém de “Vicios & Medronhos, lda.”, desciam alguns passageiros, subiam outros, a motorista (sim, era uma mulher que dirigia o autocarro) engatava a marcha, seguia seu destino pelas estradas esburacadas do interior do Algarve, e a bebida estava liberada.
Claro que aquele ritual me deixava confuso. Em 1970, tinha lá eu pouca idade e algumas coisas ainda fugiam à minha compreensão.
O autocarro passava e o armazém citado, a taberna do Silva, a Casa do Povo, estavam liberados a vender o medronho, principal líquido ingerido pelos homens da vila. E os homens consumiam, muitos bebiam à exaustão e nem conseguiam chegar em casa para o almoço, outros chegavam mas atropelavam tudo o que vinha pela frente e tinha os que nem iam para casa, ficavam ali, em uma ou outra taberna ou café, bebendo e jogando conversa fora, picando um fumo para o palheiro e às vezes até comendo um pão com linguiça preparado pelo senhor Silva e bebendo.
E tudo, tudo, acontecia somente depois das 10:30h, depois que o autocarro passava. E no outro dia e no outro e no outro.
O vilarejo era pequeno, uma estrada principal e ao redor dela acotovelava-se o comércio.
Passei belos momentos de minha infância ali, na casa dos meus avós, com suas plantações de milho, pastagens para o gado que, inclusive, ajudava a ordenhar e às vezes a conduzir pela estrada de terra batida até ao monte de um amigo do meu avô onde o gado pastava.
E o vilarejo não prosperava.
Mas eu falava da bebida e ela enriquecia os comerciantes e destruia os lares e as economias da população.
O vício enraizado nos homens deixava sua mulheres escravas do trabalho, da educação dos filhos, da incompreensão coletiva, dos tombos de seus maridos, das idas ao centro da vila em busca deles jogados nos passeios.
A lei das 10:30h foi imposta pela população feminina e surgiu para amenizar problemas.
Saudades dos tempos em que o almoço era servido pela avó e nós na nossa inocência nada percebíamos. Saudades da vila que apesar de tudo cresceu e destas pequenas histórias que se perderam no tempo.
Hoje, brincamos com os factos ocorridos e muitas vezes usamos a mesma história para saber o horário certo do primeiro gole, aliás, Maria, que horas são mesmo? Ah, então tá, já podemos engolir o primeiro copo de medronho…

Um arranjo de Montinho

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

TEMA: - CONTO

MELODIA EM PLENA SERRA…

A Serra tinha como pano de fundo o murmúrio das nascentes - Diáfanos fios de água desciam tranquilos, serpenteando pelos montes, até se confluírem no Rio mais próximo.
Acordes musicais de uma flauta, entoavam na imensidade do espaço!
Manuel, o jovem pastor, tocava as mais belas melodias tradicionais, serranas, enquanto o rebanho de ovelhas e cabrinhas manchadas, dormitavam sob as escassas sombras do arvoredo que, exalavam fragrâncias de delicado aroma, perfumando a atmosfera. E em vigilância atenta, lá estava o fiel cão de guarda.
O Sol de Agosto tinha forte luminosidade mas, a leve brisa que se fazia sentir, de vez em quando, suavizava o calor ardente, que envolvia o meio.
O pastor, embora sonolento, exibia com deleite e profunda sensibilidade, as suas árias, algumas bem melancólicas !
Sublime essa musical idade que despertava na alma de Manuel, algo de singular. .. Era como se, nesse momento, estivesse a viver o irreal, um mundo de plena fantasia!
Os maviosos sons ecoavam, incessantemente, lá longe!. .. E as aves, em bandos, esvoaçavam, chilreando alegremente, faziam coro!
Até uma cigarra que, por ali se movimentava, elevava a voz com veemência. E os seres inanimados pareciam ter vida!
Neste dia, Manuel tocava o habitual reportório à bucólica paisagem - Animais vindos das redondezas da linda e imponente Serra - Atraídos pelos sons harmoniosos da flauta, que ele mesmo construíra, concentraram-se junto dele.
o pastor embevecido e fascinado pela magia da música, não dava pelo que estava a acontecer. Só quando terminara de executar a última melodia, reparara então, com enorme surpresa, na cena mais encantadora, que jamais tinha presenciado!
Todos os animais da Serra estavam ali reunidos. Até o lobo, esse animal selvagem, que tem tão má fama!... Sensível à harmonia dos sons musicais, sentia-se extasiado e em paz: ao brotar da sua essência o fascínio pela música e, contrariando o seu próprio instinto, se rendia, com humildade!...
E, foi assim que, Manuel, o jovem pastor, ao oferecer hinos de louvar à Natureza, via, apaixonadamente, como ela lhe agradecia!..

Maria Romana

TEMA: "Contos De Uma Noite de Natal"



UM SONHO LINDO...
EM NOITE DE NATAL!

Numa noite de Natal, uma família reunida, festejava o nascimento de Jesus e, uma anciã, elemento do grupo narrava um incrível conto que lhe fora contado por sua mãe! E começava assim:
Há muitos, muitos anos, esquecidos no tempo, existia, uma aldeia paradisíaca, a qual lhe deram o nome de "Aldeia dos Pescadores", onde não
faltava abundante vegetação; árvores de frutos tropicais, ... Animais selvagens e muitas outras maravilhas excepcionais, da Natureza ...
A bela aldeia era acariciada pelas águas límpidas do mar, riqueza invulgar, por possuir imensa variedade de peixes e tudo o mais que nele se criava. Os golfinhos, também flutuavam alegremente. Mas, este magnífico recanto, aos poucos, foi ficando abandonado por mutações constantes do meio
ambiente e c1imatérico. Os pescadores, considerandos " lobos do mar ", iam perecendo, naturalmente, ou mesmo, por motivo das tempestades, a que estavam sujeitos e ainda, os que seguiram outros 'destinos, ficando a aldeia reduzida apenas, a uma sobrevivente, a quem o mar lhe tinha roubado o seu companheiro. A pobre anciã vivia em completo isolamento, se não fora as gaivotas e outras aves, que sobrevoavam, de vez enquando, a sua humilde choupana, dando um pouco de ânimo àquele desvalido espaço.

Júlia passava os dias, junto à beira mar, esperando, como sempre fazia, para abraçar o seu homem, quando ele chegava da dura faina, tentando enganar a realidade, mas, nada acontecia!

Foi numa tarde, já ao sol-pôr, a estrela rutilante do dia, declinava para dar lugar à noite, dirigindo-se para lá, da linha do horizonte. Precisamente, em noite de Natal, ela continuava ali, naquele lugar, em sofrimento e levada pelo cansaço, adormecera sobre o areal e sonhara, um sonho lindo! Via emergir entre as gigantescas ondas alterosas, o seu amado que, dirigindo-se a ela, lhe deu a mão e os doiS elevaram-se na extensa área do firmamento, como se tivessem asas... aomesmo tempo que, um melodioso hino se expandia, pelo espaço envolvente... cantado pelos Anjos, lá nas alturas... anunciando o nascimento de Jesus, O Salvador da Humanidade !...

Maria Romana 

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA EM PORTUGAL

Por João Brito Sousa.

A Revolução Francesa, foi dos acontecimentos sociais mais relevantes do sec. XVIII. A França, nessa altura, segundo o historiador francês Albert Mathieu, precisava de ter á cabeça da Monarquia um Rei; havia apenas Luís XVI. A situação vigente era de extrema injustiça social. O Terceiro Estado, que trabalhava e pagava os impostos com o objectivo de manter os luxos da nobreza, era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial.

A França era um país absolutista nessa época. O Rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos cidadãos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo Rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade económica em seu trabalho.

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objectivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luís XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de Agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.

Face a este documento muitos indivíduos sentiram-se prejudicados nos seus direitos e sentiram a necessidade de emigrar, porque não estavam ao lado dos ideais da revolução mas também porque eram perseguidos. Procuraram outros países para aí se instalarem, tentando obter apoios com vista à restauração do regime político então deposto.

Nos finais do século XVIII, habitava em Portugal uma colónia francesa apreciável, constituída por pessoas das mais variadas profissões, como cabeleireiros, relojoeiros, alfaiates, tecelões, mercadores, que tinham sido atingidas no seu potencial económico pela via da Revolução de 1789, sendo de realçar o núcleo dos livreiros que mais os compradores de livros nacionais, sobretudo de Lisboa e Coimbra, muito contribuíram para a difusão em Portugal, das correntes do pensamento europeu, .o que levou as autoridades portuguesas a tomar medidas no sentido de isolar o nosso País da propaganda revolucionária instalada em França, afectando de certo modo os projectos dos franceses aqui residentes.

Bibliografia consultada.
Internet e
Da Ilustração ao Liberalismo de L.A. Oliveira Ramos

jbritosousa@sapo.pt

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Data: Faro, 10-01-2011


De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
"Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

NOTÍCIAS DO ELOS CLUBE DE FARO
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E é com enorme satisfação que informo os companheiros de que encetámos uma nova parceria com a Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa, cujo projecto, no âmbito da poesia terá iníco já no próximo dia 12 de Janeiro de 2011 – quarta-feira, pelas 18,00 horas, no auditório da Biblioteca.

Todos os meses, em cada segunda quarta-feira de cada mês, terá lugar “Quando a poesia acontece...” de cujo tema, sempre diferente, daremos oportunamente conhecimento.
A primeira edição do dia 12 de Janeiro será subordinada ao tema “Cantando o Mar” e convidamos todos os companheiros, amigos e familiares a participarem neste encontro que se deseja possa representar um regular encontro de amigos.

Também no decorrer do mês de Janeiro teremos a honra de apresentaro livro “Breve História da Física” da nossa companheira Mariana Fernandes, na Biblioteca Municipal de Faro, no dia 22 de Janeiro, pelas 16,00 horas (sábado). A edição é da autora a que o Elos Clube de Faro se associa na referida apresentação. Conto convosco para em conjunto podermos partilhar com a autora e nossa companheira este novo trabalho e que, corroborando o seu desejo, “ possa contribuir para ajudar alguém ...”

Permitam-me terminar reforçando os votos de paz e amor e o desejo de que no novo ano o nosso Elos se fortaleça, se estreite em torno de cada um dos seus companheiros e que sejamos cada vez mais capazes de contribuir para a construção de " um mundo sem desavenças ou guerras" e "que cada um de nós encontre tempo para amar e ser amado, tempo para ser útil aos outros..."

Esperando poder contar com a Vossa presença e apoio nas actividades enunciadas, apresento na oportunidade as cordiais Saudações Elistas.

Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

domingo, 9 de janeiro de 2011

AS MOCHILAS

Já pela história as mochilas adotaram diferentes formas e tamanhos.
Há registros de que na Idade do Cobre o homem já utilizava uma bolsa rudimentar nas costas e ficava com as mãos livres para escalar montanhas nevadas da Europa.

Há informações também de que, antes mesmo do nascimento de Cristo, as mochilas eram usadas pelas legiões romanas. Dois milênios mais tarde, exércitos ainda usam o equipamento tático para facilitar o cotidiano de seus pelotões .
Passado o tempo, o couro e os tecidos de fibras naturais do acessório militar deram lugar a modernos materiais sintéticos e a múltiplas cores. Na nossa época de Escola eram vistas mais freqüentemente por jovens estrangeiros que visitavam o Algarve viajando a pé e de Boleia ( denominado Turismo a dedo ) onde transportavam produtos básicos .

Aprovada pelas novas gerações por sua utilidade e praticidade, desde a década de 1960, a mochila virou item de moda.
Na atualidade é indispensável para os estudantes levarem livros , manuais e outros materiais escolares que fazem os pais entrar em despesas em alguns casos superiores ás suas possibilidades para os filhos terem no mínica a escolaridade básica ( se não estou errado até ao 12 ano ? ) sobre o risco de serem aplicadas penas como faltas e anotações pela falta de material . Recordar que os pesos das mesmas se encontram numa média superior aos 07 % determinado pela OMS , ultrapassando os 10 % do Peso do Aluno , com risco de agravamento dos males mais comuns do excesso de peso que são a cifose e a lordose (desvio para cima no final da coluna). Há poucos anos surgiram os computadores e ingenuamente pensei que a educação estava a evoluir ?
Tenho dois netos a estudar e pelo que me informam nada mudou !

Estes dias li na Net que O iPad está a ser adotado por uma série de escolas dos Estados Unidos.
E na mesma fonte que Mais de 50 restaurantes nacionais já trocaram as tradicionais cartas de vinho por listas virtuais no iPad, um processo que deverá ser replicado no Iphone, permitindo aos clientes informação detalhada sobre vinhos criados por mais de 500 produtores vinícolas .
Será que dentro de alguns anos teremos nas nossas escolas a abolição de Livros impressos em papel, independente dos mesmos que já há muito tempo deviam ser editados em CDs ou outra forma , que na realidade representava menor preço no Orçamento familiar ( queixam-se na diminuição da Natalidade atual ) .
Não pretendo ser futurista mas daqui há algumas décadas o livro impresso natural existirá como uma raridade !
Tudo tem o seu tempo e assim como aconteceu com outras atividades o sistema editorial deve acompanhar a evolução .

Saudações Costeletas
António Encarnação

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

TEMA COMPUTADOR

CONHEÇA O SEU  COMPUTADOR

Conheça todos os detalhes de configuraçaõ do seu computador.
Faça o seguinte (em qualquer versão do Windows):
- Prima as teclas  WIN + R para abrir a janela de execução, e aqui digite MSINFO32
- Confirme com a tecla ENTER.
- Abre-se uma janela com toda a configuração do seu computador...

Rogério Coelho

HOJE

Dia de Reis

Vieram os três Reis Magos
Das suas terras distantes
Guiados por uma estrela,
Cujos raios cintilantes
Os levaram ao Deus Menino
Que, a sorrir de bondade,
Recebeu os seus presentes
E os acolheu com amizade.

Raquel Martins

 
Colocado por Rogério Coelho

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Conceição Jardim
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Técnicas de Saúde
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Junta de Freguesia da Sé - Faro
Delegação da Penha
Rua Jornal "O Algarve" nº 39 8005-243 Faro
Tel: 289 803 416
Fax: 289 803 417
www.jf-se.pt

DAQUI!... e DALI!



DIA DE REIS
EM OLHÃO

Em Olhão o Dia de Reis começa a ser festejado com a montagem do acampamento dos Reis com animação.
Amanhã, dia 6, a partir das 10h00 horas, os Reis Magos desfilam de camelo pelas ruas da cidade.

Rogério Coelho

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Para recordação!


Era assim o alçado principal do Ginásio da "nossa" Escola. Também eu recordo as aulas de Educação Física ministradas no seu interior; as peças de Teatro dirigidas pelo saudoso Dr. Corôa e nas quais participei; as exposições dos trabalhos escolares no final dos anos lectivos e ainda as festas e bailes dos alunos finalistas.

Ficarei na espectativa aguardando a obra que o substituirá.

Cumprimentos

AGabadinho


AS OBRAS DA NOSSA ESCOLA

O DESMORONAMENTO DA ESCOLA
COMEÇOU PElO GINÁSIO

Reportagem fotográfica do Zé Elias Moreno
e Recordando a Alameda

Recordando a Alameda, com muitos estudos(?). muitas amizades e muitos namoros.







Um grupo de antigos alunos
Colocado pelo Rogério Coelho