sábado, 26 de fevereiro de 2011



OUTRA GENTE...

Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse:
"Estou aqui para servir o País. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR foi Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente da República Portuguesa.

INDUBITAVELMENTE, OUTRA GENTE!
( Sem comparação possível ! ! ! )

incógnito

3 comentários:

Anónimo disse...

Era de governantes com estas nuances que Portugal precisava, para sairmos do atoleiro em que nos meteram
Montinho

Anónimo disse...

PEÇO LICENÇA

Para acrescentar aqui o nome de Teófilo Braga, que foi o primeiro Presidente da República indigitado,depois sim foi M. Arriaga, oficialmente.

TB vinha a pé, ou de eléctrico até ao seu local de trabalho e chegava quase á hora do almoço ou mais tarde, porque era muito solicitado pelo povo, durante o percurso.

Ficou o gesto porque teve de emendsr caminho.

A implantação da República foi a concretização de um sonho, porque 800 amos de Monarquia cansaram.

E depois o Ultimato e o assinar do Dec. de João Franco pelo Rei D. Carlos em Vila Viçosa ... ajudaram.

O Diogo perguntará agora: Estaremso melhor?

Bem, o problema da Respublica era o sonho de mudar que conduziria à esperança.

Que não chegou a materializar-se

Como na Revolução Francesa. Devíamos ter posto Voltaire na cadeia, disse DeGaulle.

A saída, como fazer e para onde. Eis a questão.

Ab.
JBS

Anónimo disse...

A Democracia não requer uma Républica e qualquer revolução provoca sempre um arrepiu no desenvolvimento de um povo....que normalmente " vai ao rêgo" ( os do campo percebem o que quero dizer!) passado um iato!Isto acontece com todas as revoluções mesmo nas républicas ditaturiais uma vez que não houve revolução alguma até hoje que começasse com mais de vinte por cento de apoiantes Incluíndo a Americana onde oitenta por cento dos colonos estava com o Rei. São sempre minorias mais ou menos convencidas ou iluminadas que têem ao longo dos séculos mudado as formas de governo e de sociedade.
Tens a palavra João.

Abraço

Diogo