terça-feira, 29 de março de 2011

OPINIÃO


COMENTÁRIO CRÍTICO À ESCRITA DO MONTINHO

Por João Brito Sousa


A escrita do Montinho traduz-se num trabalho interessantíssimo, principalmente pela forma como desenvolve o enredo das suas crónicas. Por mim, seduz-me aquele envolvimento, porque não me deixa sair do texto, mesmo quando vou a meio já estou ansioso para chegar ao fim.

Porque aí está o melhor da prosa, pela imprevisibilidade.

Nos textos do Montinho, cada palavra tem ternura e força, simultaneamente, o que me leva a saborear as imagens que ele cria e recria no conjunto da crónica. Às tantas, mete-lhe uma frase poderosa, que nos esmaga e amarra-nos mais. Chegados ao fim, olhamos para cima, onde está o começo do texto e a nossa alma fica cheia nesses segundos. E voltamos a ler.

Estas últimas crónicas ILUSÃO 1 e 2, são trabalhos de muita qualidade em pouco espaço. Parece que há ali qualquer coisa de misterioso. E como eu deixei escrito no comentário, penso haver muito espaço por preencher.

As imagens que o Monitnho nos deixa andam uns dias connosco. No dia seguinte, ao pequeno almoço, elas lá estão, ao almoço idem e voltam ao jantar.

Os amigos ficarão a conhecer-te melhor … PURA ILUSÃO.

É um bom tema este. Os melhores amigos que eu tenho nunca os vi. Sério. Mas tenho amigos à distância de um brado. Os meus grandes amigos são os livros.

E as crónicas do Montinho.

A importância de que a literatura ainda se reveste nos nossos dias, decorre do facto de que ela, através da sua capacidade intrínseca de representação, continua a conter em si as possibilidades de um conhecimento insubstituível do homem e do mundo. Nada existe no mundo que a literatura não possa exprimir. Por outro lado, é ainda através da literatura que melhor podemos ter acesso à experiência de vida de uma época ou à interioridade do seu tempo social e cultural.


Pensa nisto.

Ab.
JOÃO BRITO SOUSA

1 comentário:

Anónimo disse...

Os meus agradecimentos ao Sr. Brito de Sousa pelas palavras que proferiu, para publicação neste blog, relativamente ao meu texto ILUSÕES II.
Não é, nem nunca foi, minha intenção de colher louros das minhas escritas, porque, não me considero nenhum "escriba" para merecer tal distinção. Se esse fosse o meu desejo, não assinaria com pseudónimo os meus trabalhos.
Para o Sr. Brito de Sousa, ILUSÕES II nasceu do seu pedido nesse sentido. Terei imenso gosto, se for seu desejo, de escrever e enviar para publicação ILUSÕES III.
Reitero os meus agradecimentos e envio um abraço.
Montinho