sexta-feira, 6 de maio de 2011


CAFÉ, JORNAL E BLOCO DE NOTAS

Obrigado Alfredo.
O café, estabelecimento comercial, o café liquido em chávena que em Faro pelo menos apelidamos de bica, o jornal à borla se possível, e, agora mais um elemento, por sugestão do Alfredo e com direito a agradecimento acima, o, como ele lhe chama, bloco de notas.
Neste conjunto, diariamente, é que costumo funcionar.
Ah… e um livro.
“A DAMA VELADA” de Nathaniel Hawthorne, um escritor norte americano, considerado pela crítica, como um dos melhores escritores do mundo no estilo mito trágico.
O que retirei do livro PARA O BLOCO DE NOTAS foi o resultado de um provérbio oriental, que, considera um indivíduo com três virtudes como um homem normal, mas com cinco virtudes será considerado um génio.
E foi isso que Hawthorne conseguiu na sua obra: cinco virtudes igual a génio.
PRIMEIRA VIRTUDE – Imparcialidade, virtude considerada irmã gémea da justiça. No seu comportamento literário, NH, não defende nem ataca os problemas, coloca-os nas mãos do leitor obrigando-o a pensar. Assim, em cada obra o autor oferece-nos uma verdadeira lição de vida.
SEGUNDA VIRTUDE: - Ser idealista. Nesta área o autor ataca o pecado onde havia o pecado, oferecendo-lhe todavia a esperança da regeneração. O sonho sobrevive à tragédia da vida e o sonho significa qualquer coisa de ideal. Para lá da fealdade do pecado está a beleza do sofrimento. Há idealismo, mesmo quando se sofre. O idealismo rompeu com a velha tradição que considerava a literatura entre as coisas mais pecaminosas do mundo, que chegou a ter de socorrer-se do rótulo de “PRELECÇÕES MORAIS”. Sonhava mais que vivia e alimentava a confiança no futuro.
TERCEIRA VIRTUDE –Ser verdadeiro. Um romance deverá ser uma autentica confissão. Não a confissão de um desiludido mas a confissão de um crente. Dum crente cuja religião será a verdade.
QUARTA VIRTUDE – Ser bom- O autor defende que não podemos alhearmo-nos das dores do mundo.
QUINTA VIRTUDE – Ser humano – para os seus personagens.
O tema parece-me aliciante. Vou voltar a ele.

Como fazia o fotógrafo Cartaxo, com direito a vitrina a Rua de Santo António, que andava sempre de máquina em punho, eu agora, Bloco de Notas, sempre.
Ab.
JBS

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