segunda-feira, 27 de junho de 2011


lnsónia

O sono encurta
E a noite alonga,
Então sou náufrago
No mar obscuro da insónia
Onde o farol da vida
Ilumina o confuso
E confunde o presente
Que se afunda nas águas
Negras e profundas
Do pensamento confundido,
Nos destroços do naúfrágio
Deste mar de maré viva
Se afunda o real
E se perde a flor de sal.


P'la manhã outra miragem,
Olho defronte
Vejo a paisagem
Outro horizonte ...

&&&

Enfim

É mais efémero o ruido
Do aplauso
Que o silêncio da ternura,
Um permanece no olvido,
Outro fica quedo, perdura.


Orlando Augusto da Silva
IN "Flores e folhas de mim"

Sem comentários: