sábado, 30 de julho de 2011

CANTINHO DOS MARAFADOS


CASAL MARAFADO EM VIAGEM
O marido pára o automóvel e pede à esposa:
- Ó Maria sai lá do carro e vê se tem algum pneu vazio.
Ela dá a volta ao carro e diz:
- Atrás está um pneu vazio mas é só por baixo, por cima está bom !!!!

António Gabadinho

CANTINHO DOS MARAFADOS



(HOJE NO ALENTEJO)

Este episódio chegou ao meu conhecimento relatado pelo meu amigo Carlos Sousa, dono da herdade das Cumeadas, ali para os lados do Vale de Santiago.
Quero começar por identificar melhor o amigo Carlos. É um homem mais velho do que eu, tipo do lavrador alentejano de antigamente, sério, honesto e respeitado.
Durante muitos anos fui responsável pela contabilidade da herdade e sempre que necessário ia até lá. Para além da parte profissional, era para mim um grande prazer conversar com este homem, digo era, não porque ele tenha passado para outra dimensão, mas porque quem está agora à frente da exploração é o genro, os anos não perdoam.
Sempre havia água fresca da fonte, em várias quartas (a) de barro, em fila numa bancada própria e em vez do copo de vidro, um cucharro (b) de cortiça, a água tem logo outro beber. Se acrescentarmos a simpatia da dona Maria, criada da casa desde os onze anos, já lá vão mais de cinquenta, está preparado o ambiente para uma tarde daquelas em que nem damos pelo tempo passar.
Quando aqui uso o termo “criada da casa” mais não estou fazendo do que utilizando a forma como a dona Maria gosta de ser tratada. Ai de quem se atreva a chamar-lhe empregada doméstica, a gata e a cadela é que são domésticas, eu sou criada da casa e criada na casa. Ela comanda os destinos do monte como se tudo fosse seu. Nem sonha a categoria que consta na folha de salários, até eu corria o risco de ouvir das boas. Apesar de avisada de que um dia podem aparecer os sindicalistas ou organizações que achem que é humilhante o tratamento de criada, ela responde de imediato: - Aqui sem minha autorização ninguém entra e se alguém tentar jogar-me contra os patrões e os meninos vai-lhe acontecer uma desgraça. Nem no tempo das ocupações de terras o conseguiram.
Tudo isto para concluir que de seguida a dona Maria ia pôr a mesa sempre farta e que se alguém recusasse provar algo que ela aconselhasse seria logo convidado a ir dar uma volta ao alpendre porque não estava a fazer nada ali sentado na mesa. O menu era sempre de lamber os “beços”, nunca faltava o presunto curado na chaminé lá do monte, queijinhos de cabra e de ovelha, torresmos feitos lá em casa, as azeitonas adoçadas num dos potes guardados no escuro e um naco de toucinho com uns oito centímetros de altura, curado e salgado numa arca de madeira na cozinha e comido cru. Posso garantir-vos que não faz mal nenhum e é uma delicia.
O vinho feito também na adega do monte era qualquer coisa de divinal e que ninguém ousasse perguntar a graduação. Para quê saber um pormenor sem interesse perante um néctar dos deuses. O pão amassado pela dona Maria era de comer e chorar por mais.
Entusiasmei-me falando da dona Maria, e quase esqueci o objectivo principal desta crónica. Já agora e para completar este capítulo dizer que o marido da dona Maria é o “Manel das ovelhas”, Manuel Francisco, um seu criado, como ele próprio se apresenta, é ele o “moiral” das cerca de quinhentas ovelhas da herdade e aqui começa então a descrição que me foi feita pelo meu amigo Carlos:
- Estava o Manel com as ovelhas do outro lado da ribeira, a pastagem era farta e o gado já estava mais para o descanso, bem guardado pelos dois rafeiros alentejanos,
aproveitando a sombra do sobreiro porque o sol já começava a “acalar” forte.
O equipamento era sempre o mesmo, uma balsa (c) com uma bucha de pão, um naco de toucinho ou de linguiça, uma pinga de vinho. Em dias com as manhãs mais frias levava os safões (d) a pelica (e),o cajado e a espingarda, podia aparecer uma perdiz ou quem sabe uma lebre e a ceia estava garantida.
Naquele dia no silêncio da manhã já avançada, ouviu-se um tiro e a alguns metros do local onde se encontrava o bom do Manel, caíram mortos dois trigueirões (f) nem se levantou do local onde estava, encostado ao sobreiro. Poucos minutos depois chegaram junto dele dois indivíduos que se identificaram como guardas da natureza e trava-se o seguinte diálogo:
- Então o senhor matou os dois trigueirões? Perguntaram!!
- Eu não matei os passarinhos!...
- Insistência de que matou
- Reafirmação com voz calma e pausada: - Eu nã matei os passarinhos.
Estava a discussão no auge quando, chamada pelos tais “verdes” apareceu uma patrulha da GNR.
Conversam com os ditos fiscais e finalmente dirigem-se ao Ti Manel.
- Bom dia Sr. Manuel!
- Diaaaa…
- Então conte lá o que se passou!
- Nã se passou nada! Esses gajos é que apareceram aqui a dizer que eu tinha matado uns trigueirões e eu nã matei passarinhos nenhuns.
Matou, não matei, matou não matei e por aí vai.
O cabo Matias já à beira da reforma, coçava a cabeça e não sabia o que fazer.
Até que o cabo, como se tivesse encontrado a chave do problema diz com alguma euforia:
- Ah! Mas aqui este senhor e apontava um dos “verdes”, diz que o senhor Manuel o ameaçou que lhe dava um tiro!
- Disse que lhe dava um tiro e se ele não desaparecer daqui depressa, dou-lhe mesmo!
O cabo queria resolver rapidamente o problema e cada vez a coisa se complicava
Mais.
- Mas porquê? Porquê essa ameaça tão grave?
Oh, senhor cabo, não é que esse malandro teve o descaramento de me desafiar, para ir com ele para trás daquela moita fazer porcarias dessas que os “homonãoseioquê” fazem, ele tá “pensando qa gente aqui é o quê” maricas?
Tudo piorou, os “verdes” ficaram embaçados, o cabo já não tinha mais cabeça para coçar, o outro guarda, jovem com poucos meses de serviço, não conseguia conter o riso, o ti Manel, calmo como sempre continuava na mesma posição, encostado ao cajado.
O cabo à beira de uma crise de nervos ainda perguntou:
- Então e o outro colega dele ouviu ele fazer-lhe essa proposta?
- Nã senhora ele disse isso, quando o outro foi ao carro deles para chamar vocês.
Porque maioral não anda com B. I. o ti Manel foi identificado por conhecimento e que depois alguém passaria no monte para o identificar formalmente, os verdes saíram de fininho e fiquei sem saber quem ficou com os trigueirões, porque o resto ficou por isto mesmo.
O ti Manel continua na velha calma e cumprindo a rotina de todos os dias, sem ser mais incomodado.

Para quem não conhecer os termos aí vai algumas definições.
a) - Quarta – recipiente de barro em forma de cântaro
b) – Cucharro – objecto em forma de concha usado para beber líquidos
c) – Balsa – Sacola feita em palhinha para transportar o farnel ao ombro, a alsa era um baraço de fio de sisal.
d) – Safões – perneiras só da parte da frente feitas em pele de ovelha
e) - Pelica – tipo de casaco sem mangas e que vai até ao meio da perna, também em pele de ovelha.
f) – Aves que existiam por todo o Alentejo e que hoje estão em extinção, encontram-se só em determinadas regiões e estão protegidas.
g) – Moiral – alentejanês de maioral

António Viegas Palmeiro

A REALIDADE E O SONHO

É sábado, dia de movimento, muito movimento. Julia se prepara, passa a sua maquiagem, arruma o seu cabelo, respira fundo e olha o local calmo que vai lotar em alguns minutos. Já tem fila lá fora, estão esperando o melhor bar-restaurante-dancing da cidade abrir, com música ao vivo; hoje a banda vai tocar anos 60, mas as pessoas mais jovens vêm também.

Por enquanto a crise ainda aqui não entrou

Finalmente, 19 horas, as portas são abertas, as reservas de aniversário já chegaram, as pessoas alegres e animadas escutam a banda de jazz, outras até dançam, enquanto esperam a atração principal, que só começaria a tocar à meia noite.

Julia passa pelas pessoas de todos os tipos, porém ninguém repara nela, ninguém nota sua presença. Julia adorava aquele lugar, ela se sentia bem vendo as pessoas felizes, rindo, dançando ao som da música, e sim, a música, ela a adorava acima de tudo! Ela amava ver os casais apaixonados jantando juntos, alegres, as moças rindo e dançando, algumas pessoas se arrumavam bastante, e Julia ficava admirada!

Toda vez que Julia ia para a cozinha, ficava se imaginando linda, como algumas moças que estavam jantando no bar, com um namorado que a amasse e a levasse a lugares como o que ela trabalhava, para jantarem ao som de boa música ao vivo. Eles iriam dançar e se divertirem juntos…

A imaginação de Julia é interrompida, o prato da mesa 7 está pronto, e lá vai ela, levar o jantar de um grupo de pessoas alegres. Ela está sorrindo quando entrega oprato, mas quase ninguém repara nela. Ela não se importa, e o serviço nunca para. Ela tem outras mesas para servir e outros pedidos para serem entregues. Eassim vai a noite, a banda da meia noite toca os clássicos, todos dançam, até Julia dança um pouquinho também, e lá pelas 3 horas da manhã, é hora de fechar, todos foram embora, restam apenas as mesas, cadeiras e funcionários para arrumar o local.

Julia vai limpando as mesas enquanto sonha acordada, imaginando estar bem vestida se divertindo e dançando com um rapaz – vai sonhando e fazendo o serviço. Chegou a hora de voltar pra casa, agora ela só voltaria à noite, com bastante movimento e casa cheia, como Julia gostava. “Bom…”, pensava Julia, “hora de voltar para casa, voltar para a realidade”, e assim Julia sai, vai para a paragem de autocarro com suas roupas humildes e seus sapatos normais, sem maquiagem e sem cabelo perfeito, apenas uma mulher comum, porém com suas melhores qualidades: não desistir, nem parar de sonhar.

 
Um arranjo de Alfredo Mingau

MARAFADOS NO "O SEU CAFÉ"

Na Esplanada de O Seu Café


Dois pombos comem na mão de uma pessoa e diz um para o outro:
- Já viste que nós até parecemos politicos...

- Por que dizes isso?

- Repara bem, mendigamos as migalhas às pessoas e depois, lá do alto, cagamos-lhes em cima!...

Mauricio enviou
Rogério Colocou

sexta-feira, 29 de julho de 2011

CANTINHO DOS MARAFADOS

POSSO IR?
- Um cão velho e com olhar cansado andava pela rua e entrou no meu jardim.
Eu pude ver, pela coleira e seu pêlo brilhante, que ele estava bem alimentado e bem cuidado.
- Ele andou calmamente até mim.
Então ele seguiu-me e entrou em minha casa.
Passou pela sala, entrou no corredor, deitou-se num cantinho e dormiu.
Uma hora depois ele foi para a porta e eu deixei-o sair.
No dia seguinte ele voltou, fez "festinha" para mim no jardim, entrou na minha casa e novamente dormiu por uma hora no cantinho do corredor.
Isso repetiu-se por várias semanas.
Curioso, coloquei um bilhete na sua coleira:

"Gostaria de saber quem é o dono deste lindo e amável cachorro, e perguntar se sabe que ele vem até a minha casa todas as tardes para tirar uma soneca."

No dia seguinte ele chegou para a sua habitual soneca, com um outro bilhete na coleira:

"Ele mora numa casa com 6 crianças,
2 das quais têm menos de 3 anos
- provavelmente ele está a tentar descansar um pouco.
Posso ir com ele amanhã???"
Diogo enviou
Rogério colocou

ANIVERSÁRIO

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS

AGOSTO
01 - José Martins Correia. 02 - Alierta Neto Gonçalves; José Mascarenhas Xavier. 03 - José António Cabrita Neves. 04 - Maria Ivone Simões Martinho; José Manuel Justo Sousa; Maria Estrela Parra Viegas Fernandes; José António Ponte Pires; Maria de Fátima de Sousa Almeida e Lopes. 05 - Manuel Cavaco Guerreiro. 06 - António Maria Marques Viegas; Maria José Emília Vítor da Silva; Maria Cecília Correia. 07 - Luís Alberto Rosa Cunha. 08 - Nuno Manuel Agostinho; José Morgado Norte. 09 - Maria Romana Costa Lopes Rosa; Hélio Morais Vila Nova. 10 - António Boaventura Gonçalves Brás; Maria Manuela Chumbinho Rebeca; Dina Luísa Camacho Piloto Santos; Vítor Manuel Fontainhas Pedrinho. 12 - Maria de Lourdes Bento Vieitas; Fernando Brito Ramos; Maria Piedade Viegas Santinho Coelho Soeiro. 14 - Maria José Moreira Brito Cavaco Guerreiro; Eduardo Santos Gonçalves; José Manuel Dias Silva; Filipe José Gonçalves Santa Rita; Maria da Assunção A. Mascarenhas Fonseca 15 – Maria do Castelo Palminha Dias Azedo Correia. 16 - Maria Valentina Calado da Palma Domingos Abrantes; António José Parreira Afonso. 17 - Henrique Luís de Brito Figueira. 20 - José Carmo Elias Moreno; Maria Alice Nunes Mestre; José dos Santos Rocha Júnior. 21 – Maria da Conceição Pinto Pires 22 - Graciano Guerreiro Inês; Rui Manuel da Conceição Rosa; Diamantina Antonino Baeta Gonçalves. 25 -  Manuel Mário Matoso Silva Domingues. 27 - José Francisco Guerreiro Mendes 28 - Manuel Rodrigues Serafim; Jesuíno José Amândio Oliveira; Felisbela Guerreiro da Palma Morgado. 29 - Jacinto Manuel Afonso Teixeira Nunes; Maria José Geada Mendonça Piriquito de Almeida Rodrigues; Drª. Maria Almira Pedrosa Medina; Jorge Manuel Neto da Cruz.
PARABÉNS A TODOS

Pesquisa de Rogério Coelho
Agradecemos que nos informem de qualquer lapso.

CANTINHO DOS MARAFADOS

Conversa entre o empregado e o chefe:

- Chefe, os nossos arquivos estão a abarrotar, posso deitar fora os que têm mais de 10 anos?
- Claro que podes, mas antes tira uma cópia de tudo.
Cumprimentos
AGabadinho

quinta-feira, 28 de julho de 2011



LISTA DOS PREMIADOS nos 41º JOGOS FLORAIS DE
NOSSA SENHORA DO CARMO FUSETA - 2011

MODALIDADE: QUADRA POPULAR

TEMA: SER JORNALISTA

1º PRÉMIO – Palmyra Maria Goulart Duarte – Rio de Janeiro - Brasil …. 175 pontos
2º PRÉMIO – Elen de Novais Félix – Niterói – RJ – Brasil ……………… 170 pontos
3º PRÉMIO – Ângela Togeiro – Belo horizonte – MG – Brasil ……. 160 pontos

MENÇÕES HONROSAS

N A C I O N A L
1. – António Isidoro Viegas Cavaco – Faro………………………………………………… 155 pontos
2. - Maria Aliete Viegas Cavaco Penha - Faro ……………………………………… 155 pontos
3. - Domingos Freire Cardoso – Ílhavo …………………………………………………… 155 pontos
4. - Maria Célia Guerreiro C. Roque – Faro …………………………………………….. 155 pontos
5. - Álvaro Manuel Viegas Cavaco – Soalheira – Loulé …………………………. 150 pontos
6. - António dos Santos Boavida Pinheiro – Lisboa……………………………….. 150 pontos
7. - João Francisco da Silva – Arruda dos Vinhos ……………………………….. 150 pontos
8. - José Gabriel Gonçalves – Carcavelos…………………………………………………… 150 pontos
9. - Abílio Ferradeira de Brito – Montenegro – Faro ……………………………. 140 pontos
10. - Maria Francisca Coelho Graça – Gambelas – Faro …………………………… 140 pontos
11. - Maria Margarida de Sousa Viegas Lourenço – S- Brás de Alportel 140 pontos

INTERNACIONAL

1. - Alba Helena Corrêa – Niterói – Rio de Janeiro Brasil ………………… 150 pontos
2. – Hermoclydes Siqueira Franco Humaitá – RJ – Brasil ………………..... 150 pontos
3. – Renato Alves – Vila da Penha – RJ – Brasil ……………………………………. , 150 pontos

MODALIDADE: L I R I C A

TEMA: HOMENAGEM A ANTÓNIO MARQUES

1º PRÉMIO – Ernesto Silva - Aljezur - ……………. ……………………………….. 170 pontos
2º PRÉMIO – Donzília da Conceição Ribeiro Martins - Paredes ……… 165 pontos
3º PRÉMIO – Maria Amélia Brandão Azevedo – Estoril …………………….. 160 pontos

MENÇÕES HONROSAS – NACIONAL

1. - Carlos Alberto Cardoso Luís – Portela ……………………………………. 150 pontos
2. - Maria Aliete Viegas Cavaco Penha – Faro ……………………………….. 150 pontos
3. - Álvaro Manuel Viegas Cavaco – Soalheira – Loulé …………….. 150 pontos
4. - António Isidoro Viegas Cavaco – Faro…………………………………. 150 pontos
5. – Abílio Ferradeira de Brito – Montenegro . Faro …………………… 140 pontos
6. – José Gabriel Gonçalves – Carcavelos ……………………………………. 140 pontos
7. – Maria de Lourdes Agapito – Lisboa…………………………………………. 140 pontos
8. - Maria de Lourdes Amorim – Lisboa ……………………………………….. 140 pontos
9. - Maria Romana – Faro ………………………………………………….. ……………. 140 pontos
10. – Judite da Conceição Nunes Higino – Portimão ……………………… 140 pontos

MODALIDADE: S O N E T O

TEMA LIVRE

1º PRÉMIO – Renata Paccola – São Paulo – Brasil –………………………. . 175 pontos
2º PRÉMIO – Maria Amélia Brandão Azevedo – Estoril ……………………… 170 pontos
3º PRÉMIO –. Glória Marreiros – Portimão …………………………………………. 160 pontos

MENÇÕES HONROSAS – NACIONAL

1. - Maria Aliete Viegas Cavaco Penha – Faro …………………………………… 150 pontos
2. – Ernesto Silva – Aljezur …………………………………………………………………. 150 pontos
3. – Gabriel de Sousa – Lisboa …………………………………………………………….. 150 pontos
4. – Dolores Guerreiro Costa – Portimão …………………………………………… 150 pontos
5. - Florinda da Conceição Botelho de Almeida – Porto …………………. 140 pontos
6. – António José Barradas Barroso – Parede ………………………….. 140 pontos
7. – Maria Romana – Faro …………………………………………………………………….. 140 pontos
8. - Maria Madalena Ferreira – Magé – RJ – Brasil………………………… 140 pontos

GLOSA EM QUADRA

1º PRÉMIO – Maria Cecília Sobral Santos Franco de Sousa – Lisboa ... 170 pontos
2º PRÉMIO – Maria Aliete Viegas Cavaco Penha – Faro ……………………… 165 pontos
3º PRÉMIO – Maria Célia Guerreiro Chumbinho Roque – Faro ………………. 160 pontos

MENÇÕES HONROSAS – NACIONAL

1. – Gabriel de Sosusa – Lisboa …………………………………………………………………….. 150 pontos
2. – António Isidoro Viegas Cavaco – Faro ……………………………………………………. 150 pontos
3. – Álvaro Manuel Viegas Cavaco – Soalheira – Loulé ………………………………… 145 pontos
4. - Glória Marreiros – Portimão ……………………………………………………………………… 145 pontos
5. - Dolores Guerreiro Costa – Portimão ……………………………………………………… 140 pontos
6. – Judite da Conceição Nunes Higino – Portimão ………………………………………. 140 pontos
MODALIDADE: P R O S A

1º PRÉMIO – Carlos Alberto Cardoso Luís – Portela ………………………… 170 pontos
2º PRÉMIO – Maria Amélia Brandão de Azevedo – Estoril …………….. 165 pontos
3º PRÉMIO – Gabriel de Sousa – Lisboa ………….. ………………………………. 163 pontos

MENÇÕES HONROSAS – NACIONAL

1. – Glória Marreiros – Portimão …………………………………………….. 160 pontos
2. – Judite da Conceição Nunes Higino – Portimão ……………… 160 pontos
3. - Cláudia Sofia Fernandes de Sousa - Olhão …………………… 150 pontos
4. – Sandra Helena Coentro Vieira .- S. António da Charneca… 140 pontos
5. - Fernando Catelan – Mogi das Cruzes – São Paulo – Brasil 140 pontos
6. - Victor Manuel Capela Batista – Barreiro ………………………. 140 pontos.

Reunião do Júri em 18 de Junho de 2011

A Presidente do Júri,

Profª Maria José Fraqueza



Nota:- clique sobre as duas fotos para ampliar.

Lavrador


Numa entrega total, o lavrador,
Num esforço heróico quase bruto,
Desbrava e trata a terra com fervor
Na esp´rança do almejado fruto.


De si se esquece e pouco lhe dói;
Numa luta imensa, nunca se cansa…
Com trabalho insano ele constrói,
E o que fora sonho, torna-se esperança.


Que imenso esforço tiveste!...
Quanto suor te correu p´la testa…
Ao rasgares esses montes tu fizeste,
De matos esquecidos, enorme festa.


Quantos anos nessa forma se quedaram
Esses montes de estevas e silvados;
Que, p´la força do engenho se tornaram
Em campos de querer, agora cultivados.


Como enormes cabeças de gigantes,
Ou hirtos seios de Deusas adormecidas,
Nesses montes surgirão refrescantes,
Árvores de fruto, e sombras apetecidas.


E mais não foi que a vontade de querer;
De dar à terra ávida e ressequida,
O braço forte e a água que quiser…
Dessedentando-a, e dar-lhe vida.




Orlando/2001
Do livro “Avô”

(Enviado pelo Poeta Orlando Augusto da Silva)

VIVE-SE O DIA DE HOJE
Por João Brito Sousa

Viver, é passar o tempo ocupando-o na elaboração de assuntos que nos dão prazer, a nós ou aos outros, ou a terceiros. Viver é ter um programa a cumprir e fazer por cumpri-lo, viver é alegria, é dor, é sofrimento. É acordar às sete da manhã, ou seis, ás vezes cinco é deitar cedo e cedo erguer, é tratar da saúde, é passear com o cão depois do jantar, é escrever uma crónica para um blogue, para um jornal, ou carpinteirar, ou soldar, ou pregar um prego, ou dois, ou muitos.

Pode ser tanta coisa.

Quando se é jovem pensamos que a vida é uma eternidade, que não acaba mais. Puro engano; a vida pode acabar agora. Não direi que ela está à espreita, mas pode acontecer. O Miguel Damasceno é que diz; tens o teu minuto.

Por isso, é vulgar ouvir-se, da rapaziada mais antiga, que se deve viver um dia de cada vez. Porque pode não haver amanhã. Mas há quem ame viver. E há quem não goste da vida. Mesmo os intelectuais, como Raul Brandão, Miguel Torga e até Saramago perguntou, afinal o que é que andamos cá a fazer.

Tema desajustado, já demasiado batido ou talvez não.

Hove cenas pitorescas da vida, sobretudo da vida de estudante. E houve trmas que ficaram famosas, como a turma do 2º 4 ª do Franklin, dos Molarinhos, do Zé Clérigo, do José António da Luz, do João Leal talvez. E alunos célebres também, como o Ludgero Farinha que jogava hóquei em patins e tinha o seu penteado clássico naquele cabelo preto que ainda hoje tem.

Como o actor Barroso Lopes.

Falando de actores da Escola, á cabeça Aurélio Madera, artista completo, a arte de representar está dentro dele. E por fora também. É-se artista em todo o lado, quando se é. Joaquim Teixeira e Maria José Fraqueza, igualmente grandes.

A quem deixo uma letra de fado para cantar. Que ela sabe.

Aí vai.

Anda-se na vida á vontade/ E faz-se a vida vivendo / Vive-se bem com humildade / Vive-se comendo e bebendo / Se à tua porta alguém bater / Diz donde estiveres, já vou / E depois vai lá dizer / Olha a gente já almoçou/ Se eu soubesse que vinhas / Guardava-te um pouco do almoço/ Mas se quisesses ainda tinhas / Ali um bocado de osso.

Ocorreu-me.

Ab.

jbritosousa@sapo.pt

quarta-feira, 27 de julho de 2011


DIA MUNDIAL DOS AVÓS
Alfredo Mingau

Os mais velhos Costeletas, alguns ainda nascidos nos anos 30, não deviam esquecer o dia de ontem, 26 de Julho
E deixo-vos este pequeno texto de recordação.
Nas sociedades modernas a figura do avô tornou-se mais imprescindível que nunca. Os mais velhos encontram no crescimento dos seus netos uma nova etapa na qual podem desempenhar um papel essencial de amigos, confidentes, transmissores do passado e algumas vezes de autênticos educadores.
Actualmente, tanto o avô como a avó têm um papel preponderante e quase imprescindível no desenvolvimento da criança. São a cara do carinho, da ternura, da cumplicidade e do amor incondicional.
Quando os netos nascem começa o declive como nos direccionamos para eles, um claro exemplo de uns avós modernos.
- E lembrem-se: a função de educar os netos é por conta dos pais. O papel dos avós é dar-lhes carinho, ternura e confiança.

E, a propósito, aqui fica este poema do Costeleta Orlando Augusto da Silva:

Lágrimas de Avô

Florzinha desejada que chegou
Nascida da semente semeada
De quem por amor a semeou…
É sempre por todos bem amada

As lágrimas do Avô que chorou
Ao ver essa dádiva orvalhada,
Recordam um tempo que passou
D’outra flor há anos desabrochada.

Ah, se neste mundo, neste canteiro,
Houvesse sempre amor verdadeiro…
Feito de ternura e fortes raízes.

Todas as crianças deste mundo,
Teriam o maior bem, o mais profundo,
Sejam elas Joanas, Anas ou Beatrizes.

Extraído do livro do Poeta  "Flores e folhas de mim"

TEMA: - COMPUTADORES

Congelar dá resultado
Bateria de portáteil

Se a bateria do seu portátil está "exausta" e já não aguenta carga, meta-a dentro de um saco de plástico totalmente hermético (que não deixe entrar humidade) e colóque  no congelador durante um ou dois dias.
Retire depois a bateria deste saco, deixe-a secar (não ponha ao sol) e experimente carrega-la no seu portátil. Em alguns casos a bateria volta a estar "como nova". E poupa dinheiro, as baterias são caras.
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Se a sua unidade de disco (já velhinha) com problemas de ser detectada, pode utilizar o mesmo método (24 horas). Provavelmente vai poder aceder-lhe pelo menos no tempo suficiente para recuperar ficheiros importantes.
Relatos de utilizadores satisfeitos com este método de congelamento que pode "fazer milagres" a alguns componentes do computador.

Roger 

terça-feira, 26 de julho de 2011


EU E AS PALAVRAS
Por João Brito Sousa

Encaixamos bem. Eu procuro-as ou elas vêm a meu encontro quando se inicia o processo da escrita. Escrevo para satisfazer uma necessidade pessoal. Na poesia que faço, muitas vezes não tenho ideia nenhuma do que vou fazer, mas sento-me á secretária e a ideia vem. Mentalmente preparo das palavras chave e o resto chega. Sempre tive essa facilidade, melhor, talvez inclinação. Com toda a modéstia.
Nos romances que já escrevi, para criar as personagens, encosto-me a um modelo de pessoa cuja postura eu gosto. E depois desenvolvo-as e meto-lhe um bocado de mim. Todavia, parece-me que não foi bem isso que disse o escritor norte americno, de origem judia, que há das foi entrevistado por José Rodriges dos Santos. O que esse escritor disse, lembro-me bem, é que as personagens são muito mais inteligentes do que os autores. E eu concordo.
As palavras são as ferramentas da escrita e têm o seu peso e função a desempenhar dentro do texto. São elas que dizem tudo.
"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo." Estas palavras de Oscar Wild, têm um longo alcance, porque interpretar, cada um às vezes interpreta á sua maneira e pode produzir equívocos graves.
As palavras compõem as ideias e constituem-se como via de diálogo entre as pessoas. As palavras agridem, acolhem deias, são do contra e estão do lado favorável. Há palavras que encantam, há palavras que nos hostilizam. Mas temos de saber uitlizá-las e saber clocá-las no sítio, isto se falamos de literatura. Como disse Hemingay, que reformulou 35 vezes o final do “Adeus às Armas”, para colocar as palavras a jeito.

As Palavras é uma obra auto-biográfica de Jean-Paul Sartre.

jbritosousa@sapo.pt

segunda-feira, 25 de julho de 2011

CANTINHO DOS MARAFADOS

 
Atenção... Nunca sair em dias de temporal
Sábado, como de costume, levantei-me cedo, coloquei o meu agasalho silenciosamente,
tomei o meu café e fui dar um passeio com o cão.
Em seguida, fui à garagem e engatei o barco de pesca no meu Jeep.
De repente começou a chover torrencialmente. Havia até neve misturada com a chuva,
ventos de mais de 80 Km/h.
Liguei o rádio e ouvi que o tempo seria de frio e chuva durante todo o dia.
Voltei imediatamente para casa. Silenciosamente tirei a roupa e deslizei para debaixo dos cobertores. Afaguei as costas da minha mulher, suavemente e disse baixinho:
- O tempo lá fora está terrivel!
Ela ainda meio adormecida, respondeu:
- Acreditas que o "corno" foi pescar com este tempo?

António Viegas Palmeiro

domingo, 24 de julho de 2011


O Homem
Manuel Inocêncio da Costa

P homem é o sim e o não,
E, os dois no mesmo dia.
Vê-se nisso alguma contradição?
Não, nada disso se contraria!


Ele é a mágoa e a dor,
A certeza e a incerteza,
O amor e o desamor,
A selvajaria e a beleza!


Ele é a força e a fraqueza,
O cansaço e a pujança,
É essa a sua natureza,
Ele é o ânimo e a esperança!


Ele morre para salvar;
Ele despe-se para vestir;
Ele não se importa de matar,
Por insignificâncias e, a rir!


Não é às vezes cruel?
E muito duro como o granizo,
Não é às vezes como o mel?
Tão doce como um sorriso?


O homem é assim - nada a fazer!
Do melhor e do pior é capaz;
Talvez assim não devesse ser
Porém é …e tanto lhe faz!


Diz-se: só os burros não mudam,
Isto poderia pois mudar,
Só desejos porém não ajudam,
A coisa assim irá continuar!


EU E OS OUTROS
Por João Brito Sousa


De uma maneira geral, tenho com os outros uma relação de consideração. Todavia, cheguei à conclusão, já tarde, que por muito boa vontade que tenhamos, mesmo tratando-se esses outros dos que considero melhor dotados, não se lhes pode dar tudo. Porque fazendo-o, corre-se o risco de perder o amigo, se o é, de se perde o dinheiro se o emprestamos, idem com o automóvel, com a caneta de tinta permanente e por vezes com a mulher.

A recíproca também é verdadeira.

Numa das vezes que estive hospitalizado, chamei um “bata azul”, das classes mais baixas lá do Hospital e pedi-lhe ajuda para ir á casa de banho. Conversámos um pouco e às tantas diz-me ele: “aqui vocês, digamos doentes, têm de se desenrascar”, querendo dizer-me que nós é que tínhamos de fazer pela vida.

E eu a pensar que era ao contrário.

Pensava eu que, estando em dificuldades, seria lógico que aquele que está em boas condições físicas me viesse dar a mão. Mas não é assim. Se precisares de ir á casa de banho, tocas a campainha, se estiveres no Hospital, claro e quando o bata azul vier já tu estás todo borrado.

Mas não deveria ser assim.

E se te pedirem dez mil euros, como é ?

É amigo ? Sim, então vai e em branco. Sem garantia nenhuma. Corres um grande risco, não sabias. Então experimenta e logo vês. Ou então vai perguntar ao bata azul que ele sabe como é. Repito aqui aquela cena que se passou comigo, quando fui à inspeção militar ao Hospital da Estrela, a minha mãe comprou-me uma balalaika em folha e um que estava lã comigo, pegou nela e foi vendê-la à feira da ladra. Eu fui queixar-me ao sargento, que chamou o presumível e disse-lhe: assinas uma letra e vai á cobrança. Sim meu sargento Resultado, a letra foi mas não cobrou nada, tendo eu ficado sem a balalaika e sem o dinheiro dos custos da letra.

Por outras palavras, a vida não é o que deveria ser, mas aquilo que é. E é ao contrário do que deveria ser. O Jorge Palma, até canta, “Projectos para quê se sai tudo ao contrário”. O AM também cortou o cabelo e concluiu que foi disparate. Grande não gostava, cortou-o e disse, “porra não era isto que eu queria”.

Complicado, isto. Ou é a crónica que está mal escrita ?

Se o Montinho já chegou a Faro, de certeza que vai apitar. E dizer de sua justiça. Mas se o Montinho não disser nada, espero que digam outros.

Se for publicada, como diz o Diogo.

Ab.

JBS

sexta-feira, 22 de julho de 2011


ABRAÇOS
Alfredo Mingau

Naquele dia estava estendido na praia, com o corpinho ao sol para ficar com um bronzeado mais bonito, e com a cabeça à sombra do meu guarda sol quando, de repente, uma beldade louraça estende a sua toalha à sombra do meu guarda sol, senta-se, bezunta-se com o bronzeador e estende-se em decúbito ventral.

Tudo isto sob o meu olhar de admiração.

Dirige-me o olhar e, sem preocupação de autorização e educação, como dizem das louras, avança com voz calma e descontraída:

- Você já reparou que sempre no Dia dos Abraços, estamos sozinhos, não temos a quem abraçar?

Fiz um tregeito de admiração pela pergunta insólita.

– Não? – Então é porque você está abandonado – Não? – é casado?

Mantive o meu silêncio, com olhar sério. Ela não esperou por resposta.

– Quem não está namorando, ou não é casado, passa por um conflito psicológico – “Está vendo, você foi terminar tudo, suponho, e agora está sozinho. poderia estar comemorando esta data, ao invés disso, está curtindo a fossa, aqui”.

E, de repente, sem me dar tempo a responder

- Não importa, eu não vou perder tempo consigo neste dia dos abraços.

Pegou na toalha e desandou. Fiquei a olha-la

Não é que estive sempre calado, pensativo e intrigado com aquele palavreado que não chegou a ser diálogo? Olhei-a enquanto se afastava rebolando as ancas.

Não é todo mundo que passa por este conflito – Eu sei– alguns homens nem se importam em demorar para ter a primeira namoradoa – a a a – e eu até acredito nisso. É sério, algumas pessoas chegam aos 17, 19 anos, e não estão nem aí para a vida amorosa. Depois de velho acontece-me cada uma…!

Algumas pessoas não dizem que o chocolate é o substituto natural para o amor? – Então! – Tem o substituto natural para o chocolate, o substituto para o substituto do chocolate.

Isso me lembra daquela piada dum sujeito, que não recordo o nome, dizia - quando o fumador depois de um longo e exaustivo tratamento, finalmente, ouve do médico. “Meu amigo, você está curado!”

O que ele fez em seguida? – Não, ele não chorou e agradeceu a Deus. Ele reuniu os amigos e deu uma festa, a festa começou na segunda, continuou na terça, quarta, quinta e sexta-feira, no sábado eles não tinham o que fazer, continuaram a festa, sábado e domingo. Na segunda-feira ele procurou o médico e disse: “Doutor, eu acho que me tornei alcoólico…”

Eu sei que é filosofia barata, mas a vida é assim mesmo.

Creio que o Dia dos abraços, como me fez lembrar a louraça neste dia 20 de Julho, foi criado somente para motivar as pessoas a procurarem seus parceiros, portanto uma forma diferenciada do cupido acertar a seta no alvo… Aí veio o cupido do mal, é, aquele que tem chifrinho, e criou o dia do sexo – Não! – Não me perguntem para que foi criado esse dia, isso é coisa de pervertido… e tudo isto me fez recordar a decada de 70.

Foi uma década mágica, década do “milagre económico”, uma época em que as pessoas sonhavam.

Nessa época as pessoas não perdiam dinheiro com a inflação, mas também não tinham dinheiro. O pobre não tinha dinheiro para pagar a faculdade dos filhos, mas era feliz assim mesmo.

Ninguém tinha dinheiro para viajar nos luxuosos aviões da TAP, aqueles “super constelations”; Na tv, fumar cigarros vendo Hollywood era como uma viagem ao Havaí ou a Cuba com um charuto nos dedos a queimar; Símbolo de sabor a liberdade, aqueles cigarros 20-20-20 e o Português Suave; mas, quando o dinheiro era pouco a salvação era os definitivos e os mata ratos. Por trás de tudo isso, havia sempre a realidade de uma morte à espreita.

Na tv, as series mais famosos eram: Cyborg – O homem de seis milhões de dólares; A mulher maravilha; As panteras; O planeta dos macacos; Jornada nas Estrelas; além das series policiais, - É crime, disse ela.

Noutros horários reprisavam series da década de sessenta como: O túnel do tempo; A feiticeira; Jeanie é um gênio e até o maior mito das séries de tv, Tarzan, além das series de Farwest de 31 episódios.

A música escolhida era “Marcas do que se foi”, essa era a canção que vendia a ilusão de que morávamos num paraíso, e que tudo ia bem.

Apesar dessa música deixar verter uma imagem utópica eufanista de uma época, a música é muito boa, sendo cantada até em igrejas.

Considerada uma mensagem de alegria, paz e fé, a música dos Beatles ficou na memória de todas as pessoas que viveram nessa época. Um hino à esperança e a um recomeço. Com muitos abraços e gritos histéricos.

O que vem à memória duma pessoa só por causa de “O Diados Abraços – 20 de Julho” e de uma louraça caída de paraquedas debaixo do meu guarda sol, fazendo lembrar aquele filme “E Tudo o Vento Levou”… com aquelas“ancas” a rebolar.

Como dizem, “estúpidas mas boas” e não só, neste dia dos abraços, com abraços!

NOTA FINAL: Uma história, para quem gosta, Made in Blog Costeleta.  De ficção. Toca a digerir e não esqueçam o 20 de Julho.
COMPLETARAM 60 ANOS


Que surgiram Três Inovações que mudaram nossos quotidianos !

Os mais novos não conheceram as canetas com Aparo , e muitos nem as denominadas de tinta permanente .

Nessa época apareceu as canetas denominadas de esferográficas BIC .

Mas o que mais marcou foi o Primeiro computador que surgiu na mesma época, o qual pela importância atual dispensa comentários .

Vou apresentar a história publicada por Inês de Menezes de outro facto que completou dia 5 de Julho 60 anos de existência
o Bikini !


Quando se trata de Verão uma das primeiras imagens que nos vem à cabeça é o bikini ou fato de banho que a moda ditou para este ano!

1900
Ir à praia não estava generalizado como hoje. Faziam-no apenas as pessoas a quem fosse receitado apanhar um banho sol medicinal. Não era costume ter a pele bronzeada, indicava que se exercia trabalhos braçais. A roupa de banho era uma túnica comprida que poderia ser feita de lã ou sarja e cobria quase todo o corpo para que fosse possível entrar na água gelada. Além disso, tanto os homens como as mulheres usavam toucas e calçados, tamancos ou botinas, totalmente inadequada para banhos.

A nadadora Anne Kellyrman popularizou os fatos de banho de peça única, pois até à data apenas se mostravam as pernas e os braços. Era feitos de malha elástica, sem mangas, decote redondo mini-calções cobertos por uma minissaia.

1920
É nesta década que começa uma preocupação maior em relação às roupas de banho . Os fatos de banho começam a perder espaço, em detrimento do gosto pelo bronzeado. Caem as mangas e ganham as formas femininas.
Dois modelos são generalizados no gosto popular, o duas-peças composto por uns calções de malha de algodão e uma camiseta e o macaco com pernas, ambos usados com sapatilhas de borracha. Foram lançadas roupas de banho com inspiração cubista e foi confeccionado o primeiro fato de banho de malha elástica.

1930
O desenvolvimento de novos tecidos, como o látex, mais leves e de fibras com propriedades secantes provocam o surgimento do maiô olímpico, de corpo inteiro, quase unissexo que se ajustava ao corpo. Os fato de banho ficaram mais ousados, deixando à mostra os ombros e grande parte das costas.
Sonia Delaunay lançou a moda do pareô como saída de praia.

1940
Os fatos de banhos eram aderente ao corpo e destacados do ventre até à coxa alongando a silhueta. O modelo de um fato-de-banho reduzido e composto por duas peças foi criado pelo engenheiro mecânico francês Louis Réard e apresentado ao mundo cinco dias depois da detonação da primeira bomba atómica dos Estados Unidos no atol de Bikini, no Oceano Pacífico, em 1946. Meses antes, o estilista Jacques Heim já havia anunciado a criação do menor traje de banho do Mundo, curiosamente, baptizado com nome alusivo à catástrofe nuclear - "atome".

Os jornais não receberam muito bem a novidade, até Brigitte Bardot, Jane Russel e Esther Willians começarem a aparecer de bikini nos seus filmes. Embora fosse ganhando aceitação crescente, era usado apenas por mulheres mais ousadas.
O bikini era um grande sutiã bem decotado nas costas e a parte inferior começava na cintura. “É a invenção mais importante deste século, depois da bomba atómica”, afirmou Diana Vreeland (1903-1989), editora das revistas de moda "Vogue" e "Harper's Bazaar". No final de 40 surgem novas técnicas como estruturas com arame que possibilitavam novas formas às partes superiores dos bikinis.

1950
Depois de sete anos o fato de banho de duas peças passa a ser popular, mas agora com um pequeno short masculino e um “top” tipo camiseta. Os fato de banho eram feitos com mais detalhes e enfeites, decotes e tecidos luxuosos que misturavam as formas.

1960
Aparece no mercado uma nova fibra, a lycra, aderente e modelando o corpo antes e depois de molhado.
O estilista americano Rud Gernreich inventa o “monokini”, um bikini apenas com a parte de baixo, deixando os seios a mostra, e o modelo unissex. O padrão de beleza modificou-se, os corpos deveriam ser esbeltos e os seios pequenos.
São usadas estampados vistosos com cores fortes, grandes flores, bordado inglês, sutiãs com arame, cai-cai. É o início de um desnudamento progressivo do corpo feminino. Nesta década, começam a ser confeccionadas roupas para a praia, e acabam sendo incorporadas no dia-a-dia.

1970
A praia tornou-se um ponto de encontro e cresce uma indústria paralela à da moda praia, com produtos voltados para a praia como vestidos, chapéus, protectores solares, óleos, óculos escuros, toalhas, toldos, cadeiras e outros. O topless torna-se normal e a moda brasileira da tanga, lançada em Ipanema, põe à mostra nádegas e seios.

1980
O tecido mais usado para fabrico de fatos de banho era a mistura de nylon e lycra, com variações. Poderia ser fino ou mais espesso, metalizado, com relevo, estampados, entre outros. Volta a exigência de cobrir novamente as partes do corpo que ficaram nuas. Era uma época que olhava para o passado, com roupas despojadas, o preto dominava nas ruas enquanto as cores fluorescentes, brilhos e metalizados dominavam nos fatos de banho. O bikíni foi diminuindo até chegar ao “fio-dental”.

1990
A moda estava reciclada, até se tornar um mix de tudo que já fora usado no passado e visava dar conforto e liberdade. Os modelos de roupas de banho são um reflexo dos usados nos anos 40 e 50, mas com outros materiais. A lycra mistura-se a tudo e a preocupação com a reciclagem cresce.

2000Há uma mistura de referências antigas, grande parte dos anos 70 e 90. Surgem novos modelos e sempre bastante diferentes. Na primeira metade da década o bikini diminuiu bastante para depois aumentar um pouco nos últimos anos.

Saudações Costeletas

António Encarnação


quinta-feira, 21 de julho de 2011

 
Três tesouros perdidos

Alfredo Mingau retirou da Net


Uma tarde, eram quatro horas, o Sr. X... voltava à sua casa para jantar. O apetite que levava não o fez reparar em um cabriolé que estava parado à sua porta. Entrou, subiu a escada, penetra na sala e... dá com os olhos em um homem que passeava a largos passos como agitado por uma interna aflição.

Cumprimentou-o polidamente; mas o homem lançou-se sobr eele e com uma voz alterada, diz-lhe:

– Senhor, eu sou F..., marido da Sra. Dona E...

– Estimo muito conhecê-lo, responde o Sr. X...; mas não tenhoa honra de conhecer a Sra. Dona E...

– Não a conhece! Não a conhece! ... quer juntar a zombaria à infâmia?

– Senhor!...

E o Sr. X... deu um passo para ele.

– Alto lá!

O Sr. F... , tirando do bolso uma pistola, continuou:

–  Ou o senhor há de deixar esta corte, ou vai morrer como um cão!

– Mas, senhor, disse o Sr. X..., a quem a eloquência do Sr. F... tinha produzido um certo efeito, que motivo tem o senhor?

– Que motivo! É boa! Pois não é um motivo andar o senhor fazendo a corte à minha mulher?

– A corte à sua mulher! não compreendo!

– Não compreende! oh! não me faça perder a estribeira.

– Creio que se engana...

– Enganar-me! É boa! ... mas eu o vi... sair duas vezes de minha casa...

– Sua casa!

– No Andar aí... por uma porta secreta... Vamos! ou...

– Mas, senhor, há de ser outro, que se pareça comigo...

– Não; não; é o senhor mesmo... como escapar-me este ar de tolo, que ressalta de toda a sua cara? Vamos, ou deixar acidade, ou morrer... Escolha!

Era um dilema. O Sr. X... compreendeu que estava metido entre um cavalo e uma pistola. Pois toda a sua paixão era ir a Minas,escolheu o cavalo. Surgiu, porém, uma objecção.

– Mas, senhor, disse ele, os meus recursos...

– Os seus recursos! Ah! Tudo previ... descanse... eu sou um marido previdente.

E tirando da algibeira da casaca uma linda carteira de couro da Rússia, diz-lhe:

– Aqui tem dois contos de réis para os gastos da viagem; vamos, parta! Parta imediatamente. Para onde vai?

– Para Minas.

– Oh! a pátria do Tiradentes! Deus o leve  asalvamento...Perdôo-lhe, mas não volte a esta corte... Boa viagem!

Dizendo isto, o Sr. F... desceu precipitadamente a escada, e entrou no cabriolé, que desapareceu em uma nuvem de poeira.

O Sr. X... ficou por alguns instantes pensativo. Não podia acreditar nos seus olhos e ouvidos; pensava sonhar. Um engano trazia-lhe dois contos de réis, e a realização de um dos seus mais caros sonhos. Jantou tranqüilamente, e daí a uma hora partia para a terra de Gonzaga, deixando em sua casa apenas um moleque encarregado de instruir, pelo espaço de oito dias, aos seus amigos sobre o seu destino.

No dia seguinte, pelas onze horas da manhã, voltava o Sr. F... para a sua chácara de Andar aí, pois tinha passado a noite fora.

Entrou, penetrou na sala, e indo deixar o chapéu sobre uma mesa, viu ali o seguinte bilhete:

“Meu caro esposo! Parto no paquete em companhia do teu amigo P... Vou para a Europa. Desculpa a má companhia, pois melhor não podia ser. – Tua E...”

Desesperado, fora de si, o Sr. F... lança-se a um jornal que perto estava: o paquete tinha partido às oito horas.

– Era P... que eu acreditava meu amigo... Ah! maldição! Ao menos não percamos os dois contos! Tornou a meter-se no cabriolé e dirigiu-se à casa do Sr. X..., subiu; apareceu o moleque.

– Teu senhor?

– Partiu para Minas.

O Sr. F... desmaiou.

Quando deu acordo de si estava louco... louco varrido!

Hoje, quando alguém o visita, diz ele com um tom lastimoso:

– Perdi três tesouros a um tempo: uma mulher sem igual, um amigo a toda prova, e uma linda carteira cheia de encantadoras notas...que bem podiam aquecer-me as algibeiras!...

Neste último ponto, o doido tem razão, e parece ser um doido com juízo.
Machado de Assis

É daqueles autores capazes de,sozinhos, fazer a grandeza de qualquer literatura. Romancista, contista,cronista, poeta e teatrólogo, escreveu algumas das obras-primas do conto emlíngua portuguesa. Nascido em 1839 e falecido em 1908. Um dos maioresescritores brasileiros de todos os tempos. Tenho imenso gosto em enviar parapublicação no blog.


quarta-feira, 20 de julho de 2011



DESEJO
Alfredo Mingau

(“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.”  Sêneca)

Há uma certa passagem no livro “Alice no País das Maravilhas”, que, a Alice pergunta ao gato que caminho deve seguir. O gato responde: “Depende do lugar aonde você quer chegar”. Quando a Alice responde que pode ser para qualquer lugar, o gato retruca: “Então não importa que caminho você vai tomar”.
Se temos clareza do desejo de direcção, se temos convicção disso não teremos dúvida ssobre qual o caminho a seguir, Se não sabemos aonde queremos chegar, qualquer caminho serve, porque, no final das contas, não estamos indo para lugar nenhum.
Temos que visualizar o caminho e o destino. Devemos ter uma visão sobre como queremos que a nossa vida seja. Alguém aqui no blog escrevia: “Para onde, por onde, como e quando”. 4 desejos apenas numa frase.
Uma vez visualizada essa missão e o caminho, poderemos fazer esse convite a todos aqueles que acreditamos possam contribuir para a realização dessa missão.
Mas, para isso, é preciso primeiro que tenhamos claro esse percurso na nossa mente. Qual a nossa visão de futuro? Aonde queremos chegar?
Quando pararmos para reflectir sobre isso, teremos que ser exigentes com o nosso desejo, sem receio de ambicionar algo grandioso, mesmo o impossível, para realizar os nossos sonhos, ainda que não os tenhamos alcançado concretamente. Como se já estivéssemos lá.
Porque não o desejo e o sonho de escrever alguma coisa neste blog, amigos Costeletas?
Vejam só:
Para onde?– para o Blogue;
Por onde? –pela Internet;
Como? –escrevendo e enviando:
Quando? –sempre.
Um abraço
AM.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O MEU CABELO
Alfredo Mingau

Faz pouco mais de um mês, talvez dois, que eu cismei em precisar de cortar meu cabelo. Uma cisma completamente fundamentada porque meu cabelo já havia chegado a insustentáveis 25 centímetros; sim, eu meço meu cabelo com fita métrica. Há quem meça cintura. Eu acho bem menos traumático medir cabelo. E tenho cabelo demais, e ele cai demais, comprido, quase em cima do ombro, desgrenhado, incómodo demais. Por onde eu passava, eu deixava o meu rastro capilar de 25 centímetros e, grande como estava, nem adiantava eu jogar a culpa na cabeça de outra pessoa, como eu costumo fazer quando ele está num tamanho razoável. Para dormir, um sacrifício. Cheguei a acordar algumas noites devido a um pesadelo que se repetia, com cobras me sufocando pelo pescoço. Abria os olhos e via que era o cabelo. Antes fossem cobras! Sem falar do factor estético e principalmente do calor sufocante nestes dias de Verão. Culpa minha, reconheço. Depois de fazer duas lavagens por semana, ir à praia seis vezes em dois meses, era praticamente impossível que não chegássemos a esse estado de calamidade. Passei a evitar espelhos e, quando olhava sem querer, levava um susto. Já não estava mais me reconhecendo.

Bom, talvez vocês já estejam se perguntando: "então por que diabos você não foi cortar esse cabelo?". Por causa da famigerada falta de tempo, por causa desse ciclo vicioso chamado espaço da vida que, às vezes, sempre agarrado ao computador, não dá brecha para coisas que não fazem parte do meu quotidiano-tipo, cortar o cabelo. E aí teve uma semana em que eu estive de cama, outra semana em que eu viajei, outra em que eu estive cobrindo um congresso musical. Quando me dei conta, já estava há semanas nesse sofrimento. Mas sábado passado eu bati o martelo e avisei para mim mesmo: desse final de semana não passa. Marquei com o cabeleireiro; odeio escrever esta palavra e fui.

- Corta, por favor. No mínimo, dois dedos de travessa. À “escovinha”. Avisei decidido.

- Você tá doido? Seu cabelo tá lindo, parece um maestro a dirigir a orquestra sinfónica!
Ai, era só o que me faltava. O cabelo é meu e eu faço dele o que eu quiser. Que cabeleireiro mais apegado!

- Não, ele cresce rápido. E dois dedos de altura nem são tanto assim. Pode cortar.

- Tudo bem, mas… quatro dedos de altura?

- Não! Dois dedos porra!

- Dois dedos da sua mão ou da minha?

- Não me aborreça, pode ser da sua mão que é maior. E não quero franja.

E, então, cheio de dor no coração, ele cortou. Que alívio. Que fresquinho. Quando me levantei da cadeira eu me sentia 200 quilos mais leve. Acho que saí do salão flutuando e talvez tenha até sorrido para umas desconhecidas na rua. Nem fui para casa. Passei no Forum para comprar alguma coisa que combinasse com meu novo cabelo. "Meu Deus, por que eu não me proporcionei essa alegria antes?", era o que eu me perguntava. Porque nós somos bobos e, quase sempre, nos esquecemos que a alegria está nas pequenas coisas.

Depois do Forum fui, enfim, para casa. Mostrei empolgado o novo corte para minha mulher e ela, com um sorriso também adorou. Como não? Do jeito que meu cabelo estava antes, qualquer um adoraria. Até um amigo, que encontrei no Fórum, notou que eu havia cortado o cabelo. O que era um bom indicador de que, realmente, havia feito diferença.

Então fui para o banheiro, namorar meu novo visual no espelho. E quando eu me encarei fixamente, chorei de arrependimento. E soluçando gritei:
“Porra! Quero o meu cabelo de volta!”
INTELIGÈNCIA
E PERSONALIDADE

Alfredo Mingau


Inteligência

Porque sei quem és?

Algumas pessoas têm uma determinada aptidão física, outras são sociáveis, algumas têm capacidades musicais e de escrita, outras têm um bom sentido de orientação. Algumas são bons bailarinos ou pintores,  enquanto que outras são bons a línguas e assim por diante. A inteligência é muitas coisas diferentes. Consequentemente,   é difícil medir a inteligência.

QI significa quociente de inteligência. O QI é uma medição da capacidade de resolução de problemas num teste de inteligência específico comparado com grupos etários semelhantes da mesma cultura. Para o grupo como um todo, o teste poderá muito bem dizer algo sobre os graus académicos, estatuto social, educação, etc. Mas um QI elevado nada nos diz sobre a capacidade da pessoa lidar com a vida real.

personalidade

Porque te conheço?

A personalidade desenvolve-se gradualmente ao ritmo da experiência de vida. Por isso, em determinados períodos somos semelhantes e por isso existe um determinado grau de previsibilidade. Quando vivemos perto de outras pessoas conseguimos fazer a leitura dos seus sinais inconscientemente, é fácil carregar no botão certo para obter a reacção desejada. Rapidamente formamos impressões sobre a personalidade de alguém que acabamos de conhecer numa festa ou num compartimento de um comboio. O cérebro faz a leitura de um determinado número de sinais de forma muito inconsciente fazendo a ligação com experiências que possui de outras pessoas.

É difícil alterar as primeiras impressões. Não simpatizamos imediatamente com alguém que tenha traços que nos lembram um inimigo. É frequente relacionarmos o nome de uma pessoa de quem não gostamos com uma personalidade desagradável.

Posso definir tudo isto como real, conhecendo as pessoas? Acham que tenho inteligência e personalidade sem me conhecerem?

Aqui vai mais esta para a “fogueira” - AM

segunda-feira, 18 de julho de 2011

COMENTANDO
OS SONHOS DA VIDA, de AM
Por João Brito Sousa

Começo por agradecer o comentário ao meu texto.

Sobre ele, direi que me parece que lhe deste tudo: Seriedade, autenticidade e coragem, tudo resultado de um pensamento profundo. Como diz o mano, o texto é para pensar. Fico satisfeito se provoquei isso.

António Aleixo, acerca dos sonhos da vida, disse

Um homem sonha acordado
E sonhando a vida percorre
E desse sonho dourado
Só acorda quando morre

Penso que AA e o AM têm alguma semelhança na forma de pensar. Admitem o sonho e querem dizer, ambos que o Homem em geral, sonha.

“Não existe uma vida sem sonhos”, diz AM que eu confirmo. E continua, dizendo, que o “silêncio monetário não lhos permitiu executar.”

Eu penso que estes sonhos são desejos de, vontades de ir, que estão dependentes da disponibilidade financeira.

Mas, sonho, em geral, é imaginação mas para Freud, é a realização de um desejo. Aqui Freud está ao lado de AM. O que é gratificante verificar.

Quando diz,”apenas me resta o espaço, o tempo sem o silêncio”, eu diria que o silêncio, em termos de normas culturais, pode ser interpretado como uma atitude positiva ou negativa. Os surdos convivem bem com o silêncio, vivenciando uma cultura completamente silenciosa.

Outras pessoas não.

Do comentário do AM ao meu texto resultou este apontamento. Que me levou a investigar, porque estas matérias não são a minha especialidade. São mais Norberto Cunha, que gostava que dissesse de sua justiça. Porque, é um costeleta que sabe desta coisa da psicologia.

Mas foi positivo.

Ab.

jbritosousa@sapo.pt

SONHOS DA VIDA

(Comentando “o espaço, o tempo e o silêncio”)

Atire a primeira pedra quem consegue viver sem sonhar. Não existe uma vida sem sonhos. Algumas pessoas têm sonhos grandes e complicados de serem realizados, outros têm sonhos mais humildes, mas tão importantes quanto os sonhos grandes. De qualquer forma é muito raro alguém se lembrar do que sonhou; apaga-se no “tempo”.
Eu sou um sonhador nato. Nenhum dos meus sonhos já consegui realizar, a lista é grande. E não recordo nenhum. Não sou, nem fui, um estudante de artes plásticas, tenho sonhos de ver alguns quadros ao vivo e a cores. Não os recordo, porque, “o espaço e o tempo” apagaram de imediato, apenas ficou “o silêncio”.

Mas os sonhos que gostaria de ver, de ter e fazer foram todos pensados acordados no “espaço e no tempo” mas que o "silêncio" monetário não me permitiu executar.

Para aquelas pessoas, que não compreendem meus pequenos e grandes sonhos, quererem me poupar de uma decepção, eu peço que entendam que existem algumas decepções necessárias em nossas vidas. Assim como não existe uma vida sem sonhos, não existe uma vida sem decepções no “espaço, no tempo e no silêncio”. E não adianta, uma pessoa viver os sonhos e as decepções dos outros, não vai passar de um sonho acordado não realizado e, convenhamos, antes uma decepção do que um sonho não realizado.

E apenas me resta “o espaço, o tempo sem o silêncio”.

Um abraço do

Alfredo Mingau

O ESPAÇO, O TEMPO E O SILÊNCIO.

Para todos, especialmente para o Montinho, Zé Elias, Tavares e

É por esta via que podemos chegar à felicidade, melhor, à harmonia social. Pelo menos depreendi isso, num texto que li no Jornal Expresso, quando o articulista se mete a explicar o binómio caçador/ caça, e, lá para às tantas, depois daquelas reuniões de amigos onde não se fala de mulheres, nem de política, nem de cinema, nem de literatura mas apenas de caça e de caçadores, surge o momento mágico no encanto da noite, traduzido num copo inofensivo na mão esquerda, um puro na mão direita, uma soleira de porta alentejana para se sentar, o espaço, o tempo e o silêncio, fazendo deste, o momento magnânimo e único que apetece viver.
O espaço, esse local onde não se passeiem as multidões permitindo-nos olhar e respirar, onde nos possamos encontrar a nós próprios, sem medo e com total confiança, que nos pode até conceder a patente de donos do mundo e onde, efectivamente, naquele momento, pensamos que tudo é nosso. O espaço é fundamental para a nossa afirmação, para a concretização dos sonhos no silêncio das noites.
O tempo, no sentido intrínseco do termo, é o local onde a vida se vive, onde os nossos sonhos se manifestam, onde nos reputamos presentes, é aí o domicílio da nossa vida. O tempo, essa dádiva que nos é concedida e é imprescindível. Sem ele não há nada, nada de nada, nem sequer a esperança. O tempo vive-se melhor no silêncio. E às vezes vive-se sem tempo porque não temos tempo para ter tempo.
È bom viver. Em qualquer circunstância, mesmo naquelas condições do caçador que na hora da deita se lembrou que no dia seguinte tinha uma letra no banco a pagamento. Lembrou-se e gemeu. O colega da caçada, perguntou-lhe, o que é isso ó Fernando, o que é que tens? E ele, amanhã…
Ou aquela cena, em que o bancário visitou o cliente que dormia a sesta, lá para as catorze e tal e a esposa foi-lhe dizer, está aí o homem do banco. E o cliente interrompeu a sesta e veio dizer ao bancário que estava a descansar e que ele, bancário, não tinha o direito de o vir acordar. E ainda lhe perguntou: ouviu o que eu disse?
O espaço, o tempo e o silêncio, funcionam como irmãos na família da vida e às vezes constituem o que há de melhor na nossa existência. O espaço é liberdade, o tempo é liberdade e o silêncio é liberdade. Nessa trilogia espaço, tempo e silêncio o homem encontra-se consigo próprio, estabelece padrões de vida, pensa e age, perspectiva situações, analisa e admite que pode ser feliz. Ou que um dia será. E às vezes até se julga poeta. E escreve umas palavras num papel e chama-lhe poesia. Nesse momento tudo lhe é permitido.
Um dia virá em que não haverá mais espaço nem mais tempo nem mais silêncio. Mas tudo continua, igual ou talvez não, num outro local, que pode ser na porta ao lado. Com uma mão vazia e outra cheia de nada, como disse a poetiza Irene Lisboa. Os poetas dizem cada coisa. Tinha que ser um poeta a dizer. E tinha que ser um poeta a escrever.
Gostava de ir à caça amanhã e usufruir desse tal momento mágico onde o espaço, o tempo e o silêncio fossem de minha propriedade. Única.
Nunca se sabe o que nos pode acontecer. Por enquanto o palco é aqui, neste espaço, neste tempo e neste silêncio.

João Brito Sousa

CANTINHO DOS MARAFADOS

O QUE SÃO AGÊNCIAS DE RATING!?

Todos os dias o Carlos, filho do dono da mercearia, rouba pastilhas ao pai para vender aos colegas na escola. Os colegas, cujos pais só lhes dão dinheiro para uma pastilha, não resistem e começam a consumir em média cinco pastilhas diárias, pagando uma e ficando a dever quatro.
Até que um dia já todos devem bastante dinheiro ao Carlos, por isso ele conversa com o Cabeças, - alcunha do matulão lá da escola, um gajo que já chumbou 4 vezes – e nomeia-o a sua agência de rating. Basicamente, cada vez que um miúdo quer ficar a dever mais uma pastilha ao Miguel, é o Cabeças que dá o aval, classificando a capacidade financeira de cada um dos “putos” com “A+”“A” “A“
“B”… e por aí fora.
A Ritinha já está com uma divida muito grande e um peso na consciência ainda maior, por isso, acaba por confessar aos pais que tem consumido mais pastilhas do que devia. Os pais ao perceberem que a Ritinha estava endividada, estabelecem um plano de ajuda para que ela possa saldar a sua dívida, aumentando-lhe a semanada mas obrigando-a a prometer que não gasta mais enquanto não pagar a dívida contraída.
O Cabeças quando descobre isto, desce imediatamente o rating da Ritinha junto do Carlos que, por sua vez, passa a vender-lhe cada pastilha pelo dobro do preço. A Ritinha prolonga o pagamento da dívida e o Carlos divide o lucro daí obtido com o Cabeças que, como é o mais forte, é respeitado por todos.
Espero que fiquem esclarecidos.

António Viegas Palmeiro

domingo, 17 de julho de 2011

CONCENTRAÇÃO ANUAL DE MOTAS EM FARO

O DESFILE DOS MOTARDS
Uma reportagem do Rogério

O início do desfile
E os mais pequenos já se sentem Motards
Um velho "cuciolo"
Quando o Sol está forte...
Este inventou uma mota feita de tijolos
Mas o peso dos tijolos e a subida da Avenida
teve que ser empurrada a pé
Para quem se cansa muito

E a minha bisneta Euridice também desfilou