domingo, 24 de julho de 2011


O Homem
Manuel Inocêncio da Costa

P homem é o sim e o não,
E, os dois no mesmo dia.
Vê-se nisso alguma contradição?
Não, nada disso se contraria!


Ele é a mágoa e a dor,
A certeza e a incerteza,
O amor e o desamor,
A selvajaria e a beleza!


Ele é a força e a fraqueza,
O cansaço e a pujança,
É essa a sua natureza,
Ele é o ânimo e a esperança!


Ele morre para salvar;
Ele despe-se para vestir;
Ele não se importa de matar,
Por insignificâncias e, a rir!


Não é às vezes cruel?
E muito duro como o granizo,
Não é às vezes como o mel?
Tão doce como um sorriso?


O homem é assim - nada a fazer!
Do melhor e do pior é capaz;
Talvez assim não devesse ser
Porém é …e tanto lhe faz!


Diz-se: só os burros não mudam,
Isto poderia pois mudar,
Só desejos porém não ajudam,
A coisa assim irá continuar!

2 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Já estava a fazer falta um poema.
Os nossos agradecimentos ao Dr. Manuel Inocêncio da Costa
Rogério

Anónimo disse...

CARO MIC,

Viva,

O ponto forte da tua poesia é a verdade que constactas no dia dia e trazes para a gente ler.

O poeta é o escritor das verdades.

Cito aqui a frase do Hemingway, que diz: "Não há coisa nenhuma no mundo que não seja verdade; é tudo verdade".

É o que este poema contem.

Tem mais verdade que encantamento, Mas tem um quadro de honra à espera.

Ab.
JBS