domingo, 10 de julho de 2011

O PENSAMENTO

O velho de olhar basso, cabisbaixo, via a vida a encurtecer. Enexoralvelmente o prazo chegava ao fim. Restava-lhe algo que nunca o abandonara. A memória. Essa maldita, tão boa e tão má, vivia com ele e fazia-o viver, pior, enganava-o por momentos, às vezes só flashs, relampagos momentâneos, outras não, ficava ali parada como ele, levava-o nas asas do pensamento aos lugares onde olhares ele havia trocado com alguém, fazia-o reviver dialogos curtos, talvez mesmo juras de amôr eterno, (quem as não fez e não as escutou ?) coisas marcantes ou marcas da juventude, como se as estivesse vivendo ou revivendo e aí o velho,num acto de ira, num sacudão nele próprio, estremecia, agitava-se, olhava à volta, amaldiçoava a memória mas não podia viver sem ela. Era seu destino viver com o pensamento... E seguia, dia após dia vivendo das lembranças de um passado senão glorioso pelo menos bem vivido.

Dedico ao joão meu amigo de todas as horas... retirado de “retalhos de pensamento”

Se fôr publicado....um abraço para todos

Diogo

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu Caro DI,

Amigo,

o mano Roger não tinha por onde não publicar este texto.

Porque, o texto

- traz com ele um sorriso,
- um estímulo
- uma palavra amiga
- um conselho
- uma ou várias verdades,
- e, entre outras coisas, vem acompanhado de grande dose de

- amizade,
- solidariedade

e por ai fora.

Este texto corresponde ao princípio vigente que se deve dizer sempre aquilo que se pensa.

E o autor disse, com

- isenção
- competência
- rigor

E chama-se DIOGO COSTA SOUSA (o colega de carteira do Bernardo Estanco dos Santos, na primária).

Gostei.

Ab.

João Brito Sousa